, uma garota que cresceu sem os pais e teve uma adolescência difícil. Mas isso não a impediu de seguir seus sonhos e entrar numa excelente faculdade e cursar Direito. Só que ao entrar na faculdade, ela não iria só seguir seu sonho, mas iria se apaixonar também.
Mas o que fazer se falta coragem para se declarar? E se ele for Damon Salvatore, o rapaz mais desejado?
demorou muito tempo para se declarar, a faculdade terminou e Damon ficou noivo de outra. Mas entre esse noivado e o novo emprego na empresa Salvatore, ela vai descobrir muitas coisas e talvez no fim consiga seu final feliz.
- Correio para Martin.
Foi o que eu ouvi ao atender o interfone. Coloquei o chinelo e desci, abrindo a porta do prédio para receber o carteiro.
- Pode assinar aqui. - ele indicou e eu assinei. - Está aqui.
Ele me entregou um envelope e eu subi, tentando descobrir o que era aquele envelope. Só o abri quando estava sentada no sofá do meu apartamento.
Fui abrindo com cuidado e ate receio, quem me enviaria um envelope tão bonito e que ate parecia um convite?! Eu não tinha ninguém nessa vida.
Parei de tentar adivinhar e terminei de abrir, comecei a ler e as primeiras linhas já indicavam que era um convite de casamento.
- Quem vai se casar que eu conheça?! - tentei puxar pela a memória, só que não lembrei de ninguém.
Então terminei de ler. Minhas mãos começaram a tremer, meus olhos embaçaram e soluços saíram de minha garganta. Levantei com tudo, joguei o convite no lixo e corri para meu quarto, me jogando na cama e chorando.
Aquelas palavras ficaram gravadas em minha mente, como tatuagem. Eu não conseguia esquece-las, ate a voz dela eu conseguia escutar, com o tom de alegria estampado.
"Você esta convidada para a celebração do casamento de Katherine e Damon. No dia vinte e cinco, as 17:00hrs."
Por que eu recebi o convite? Não éramos amigos, eles nem sabiam da minha existência. Parece que esse convite era para esfregar na minha cara, era para me ver sofrer. Acabei dormindo e sonhando com o dia que eu conheci ele.
"Era o primeiro dia de faculdade. O lugar estava uma loucura, mas mesmo assim eu consegui chegar a minha sala. Ela já estava cheia, varias pessoas desconhecidas se apresentando e conversando. Eu me aproximei de um grupo e me apresentei, nessas horas eu agradecia por não ser tímida, todos do grupo me receberam bem, então fui para outro grupo e fiz a mesma coisa, ate ter me apresentados a todos. E foi no ultimo grupo que eu conheci ele. Cabelos pretos, olhos azuis hipnotizantes, pele clara, sorriso lindo e sarcástico, era a imagem de um deus grego. Seu nome era Damon, filho de um dos advogados mais famoso e rico da cidade, mas pra mim não importava nada, nem dinheiro e muito menos fama, ele ate podia ser pobre, morar de baixo da ponte, porque o meu coração já tinha se apaixonada por ele."
Acordei com aquela ultima lembrança, a dos nossos olhos se encontrando e de um sorriso maior se formando em seus lábios. Eu achava que aquele sorriso dizia que ele também tinha gostado de mim e que nós íamos ficar juntos, mas eu estava enganada, aquele sorriso não dizia nada.
A campainha tocou e eu levantei, fui ate o interfone e atendi.
- Sou eu, a Miley. Abri pra mim, . - minha amiga disse ofegante
Apertei o botão para abri a porta do prédio e me sentei no sofá, esperando Miley subir e não demorou muito, ela abriu a porta do meu apartamento e entrou segurando um cartaz, sem me cumprimentar, falou:
- Você tem que fazer algo! - ela virou o cartaz e eu pude ver uma foto da Katherine e do Damon
- Como você conseguiu isso? - perguntei com a voz falhando e me levantando
- A empresa do meu pai vai preparar tudo. Você já sabia? - Miley perguntou largando o cartaz no chão e se sentando
- Eu recebi o convite - disse triste e voltando a me sentar
- Por quê? Por que te enviariam o convite?
- Eu não sei, Miley. Eles nem sabem que eu existo.
- Mentira. - ela me olhou torto - O Damon te conhece. Vocês fizeram cinco anos de faculdades juntos.
- Mas só nos falávamos quando tínhamos que fazer algum trabalho juntos.
- Só isso? Mais nada? - ela perguntou meio que incrédula
- Só isso. Ele nem se quer sabe quem eu sou e muito menos o que sinto por ele.
- Mas alguém te mandou o convite.
- Pode ter sido engano
- Ou o destino - Miley disse sorrindo e pulando no sofá
- Como? - perguntei confusa e rindo do jeito dela
- Pode ser o destino dizendo que eles não podem se casar e que você é quem vai impedir. - minha amiga parecia que estava descobrindo algo importante do jeito que falava
- Eu não vou impedir nada. - disse balançando a cabeça
- Então vai deixar ele se casar? O homem da sua vida vai abrir mão dele? - ela disse fazendo bico e ficando brava
- Ele nunca esteve em minhas mãos e nem sabe quem eu sou.
- Eu não acho. - ela continuava com o bico
- Quer saber o que eu vou fazer? - seu bico sumiu e ela abriu um sorrisinho
- O que?
- Vou tomar banho. - me levantei e escutei Miley bufar
- . - estava quase chegando no corredor quando ela me chamou
- O que? - perguntei me virando
- Cadê o convite? - ela se levantou
- No lugar dele, no lixo da cozinha. - apontei para a cozinha. - Mas por quê?
- Vou tentar ver se descubro como ele veio parar aqui.
- Okey. - dei de ombros
Deixei a minha amiga pra ela e continuei seguindo para o meu quarto, quando cheguei lá, peguei a minha roupa intima e entrei no banheiro. Tentei relaxar e esquecer de tudo no banho, mas só de imaginar Damon no altar esperando outra para dizer sim, me machucava e me deixava triste. Era nessas horas que eu me perguntava por que nunca fui corajosa o suficiente para me declarar ou por que nunca fui como as outras garotas, mais bonita e mais atirada.
Sai do chuveiro, já que ele não ia me fazer sentir melhor, fui pro quarto e me troquei. Quando estava saindo do quarto, trombei com a minha amiga e acabei me assustando.
- Miley. - gritei
- Desculpa, amiga. - ela estava com uma cara estranha
- Que foi? Que cara é essa? - perguntei indo pra sala
- Sabe o que é estranho? - ela disse me seguindo
- Alem de eu receber esse convite.. É, não. - me virei de frente para ela
- Esse não é o convite escolhido
- Não? - enruguei a testa - Como sabe?
- Eu estava na hora da escolha, meu pai me colocou pra trabalhar. Ele quer que eu aprenda as coisas, ele acha que eu vou ficar com a empresa. - ela disse revirando os olhos
- Okey e como é o convite escolhido?
- Certo, o convite escolhido é vermelho.
- E esse é azul.
- Pois é. A Katherine gostou do vermelho e ele foi o escolhido.
- Então como esse convite azul, com o nome deles veio parar aqui em casa?
- Não faço a mínima ideia.
- Isso esta ficando muito estranho.
- É, mas não para por ai não.
- Não?! - perguntei espantada
- Esse convite azul foi o que o Damon mais gostou.
- Serio?
- Sim, mas a Katherine ódiou e ele fez o que ela queria.
- Ela nem pensou em aceitar o que ele gostou?
- Não, assim que ele falou que gostou, ela descartou na hora.
- Que vaca.
- Nem me fale. Ele ficou chateado e triste, deu ate dó. Se bem que ele estava com a mesma cara desde que chegou, nem parecia que estava indo para organizar o próprio casamento.
- Vai ver ele não estava bem no dia.
- Não sei não, . Pra mim ele não quer se casar.
- Ate parece, Miley. Você só esta dizendo isso para me animar.
- Não, é serio. - e ela estava seria mesmo
- Ta bom, cansei desse assunto.
- Beleza. - Miley pegou sua bolsa e foi ate a porta
- Hei, vai a onde? - perguntei
- Vou investigar, descobrir quem lhe enviou o convite.
- Você vai mesmo insistir nisso? - perguntei desanimada
- Vou. - ela sorriu e abriu a porta - Tchau, amiga.
Dei uma aceno pra ela e me joguei no sofá, encostando a cabeça no encosto e fechei os olhos. Será que eu teria coragem de dizer o que sinto para o Damon se o encontrasse?
Acabei dormindo no sofá mesmo e acordei quando o sol entrou pela a janela, pisquei algumas vezes e levantei a cabeça, o relógio da TV marcava oito e meia da manha. Espreguicei-me toda e fui levantando devagar, já sentindo as dores por ter dormido no sofá.
Ainda sonâmbula, fui ate a cozinha, liguei a cafeteira e fui para o quarto, entrando no banheiro e tomando um banho. Depois de mais desperta, sai do chuveiro e me troquei, voltando para a cozinha e pegando o meu café. Sentei-me na bancada e fiquei olhando pro nada e só ai que me lembrei do dia anterior, do convite e da minha conversa com Miley e com isso eu senti um aperto no peito.
Antes que eu começasse a chorar, meu celular tocou e eu corri para atender:
- Alo
- Martin? - uma voz feminina falou do outro lado
- Ela mesma, quem é?
- Aqui é do escritório de advocacia Salvatore.
- Er... Pode falar. - Gaguejei um pouco
- Eu sou a secretaria de George Salvatore e ele pediu que eu te ligasse para marcar uma entrevista.
- Nossa. – foi a primeira coisa que saiu da minha boca. - Eu nem acredito, mas pode marcar sim. - disse sorrindo
- Bom, a senhorita está livre amanha de manha?
- Estou sim.
- Certo, Sr. George estará te esperando amanha as 08:00hrs para a entrevista.
- Okey, estarei ai.
- Ate amanha.
- Obrigada, ate.
Desliguei o telefone e comecei a pular e gritar pelo o meu apartamento, eu não estava nem acreditando que isso estava acontecendo. Ser chamada para fazer uma entrevista no melhor escritório de advocacia do país, sendo que eu nem tinha experiência, era um sonho.
Parei de pular cansada e me sentei no sofá, sorrindo para o nada. Eu queria tanto contar para a minha mãe, acabei ficando triste por pensar nela e em tudo o que ela estava perdendo, mas balancei a cabeça e afastei a tristeza, hoje era dia para ficar feliz e para completar a minha felicidade, eu ia sair para fazer compras. Fui pro meu quarto, coloquei uma roupa melhor e desci, indo pegar o meu carro na garagem para poder ir ao shopping e comprar algumas roupas, principalmente para amanha.
Fiquei a tarde toda na rua, andei pra lá e pra cá, entrei em varias lojas e mesmo sozinha, consegui me divertir, só parei quando eu vi que era três e meia da tarde e minha barriga roncou de fome.
Eu estava na área de alimentação do shopping quando eu os vi. Desde a ligação que eu não pensava no assunto que mais me machucava, mas ao ver aquele casal apaixonado, não pude segurar as lembranças e a tristeza, ao saber que em pouco tempo eles estariam casados.
Quando percebi, lagrimas rolavam por meu rosto, sequei logos elas para ninguém perceber e me levantei, querendo sair dali o mais rápido possível. Só que ao seguir para o estacionamento, acabei trombando com eles e todas as minhas sacolas foram parar no chão.
- Não olha pra onde anda não?! - Katherine disse brava
Nem me importei em responder ou encarar seu rosto, me abaixei para pegar minhas coisas e levantei, ainda sem encarar nenhum dos dois.
- Desculpe. - falei já saindo dali
Fui andando sem olhar pra trás e encarar os olhos azuis que tanto me hipnotizava, e eu achava que ia conseguir, ate ouvir sua voz.
- , espera.
Travei na hora e olhei pra trás surpresa por ver que ele sabia o meu nome. Ele se aproximou sozinho, com uma sacola minha na mão e sorrindo:
- Você esqueceu essa. - ele me estendeu a sacola
- Ah, nem tinha percebido. - disse sorrindo sem graça
- Que bom que eu vi, ne?!
- É. - ele sorriu ainda mais e foi impossível não sorrir junto.
Ficamos nos encarando e por um momento eu vi um sentimento passar pelos os olhos dele, que detectei como carinho e admiração, mas acho que era apenas meus olhos e mente me pregando uma peça, como cinco anos atrás.
- Damon, vamos. - Katherine o chamou, fazendo nossos olhos se desviarem.
Ele se virou pra mim antes de ir e falou:
- Tchau, , a gente se vê.
Ele piscou e foi ao encontro de Katherine, ela por sua vez, me encarou e me fuzilou, mas assim que Damon se aproximou ela abriu aquele sorriso de vitória, que sempre teve quando estava com ele. Virei às costas para ir embora e dei de cara com a Miley sorrindo:
- O que faz aqui? - perguntei pra ela
- Vim comprar algumas coisas e vi uma cena linda.
- Ah é? E qual foi? - estreitei meus olhos pra ela
- Damon e você, trocando olhares intensos.
- Querida Miley, acho que você esta precisando de óculos.
Fomos andando pro estacionamento e conversando, acabei contando da ligação que recebi mais cedo.
- Você trabalhando junto com o Damon?! Só pode ser o destino. - ela gritou no meio do estacionamento, dando eco ao lugar.
- Se você quer saber, nem pensei nisso. - disse dando de ombros
- Sei - ela revirou os olhos não acreditando
- É serio. - disse balançando a cabeça, mas ela ainda não tinha acreditado.
- Boa sorte amanha e me liga depois. - ela disse quando chegamos ao meu carro
- Pode deixar e obrigada.
- Ah e pensa no que falei
- Okey, mesmo eu achando loucura
- Mas não é.
Abracei a minha amiga e entrei no carro, indo pra casa.
No meio do caminho repassei a conversa que tive com a Miley.
"-Sabe o que falavam na faculdade?
-O que?
-Que a Katherine só esta com o Damon, por interesse.
-Mas como se a família dela também é rica?!
-Dizem que a família dela está falida
-Não acredito nisso. Eles são donos de varias empreiteiras, impossível isso.
-Mas parece que o avô e o pai fizeram varias dividas.
-Só que isso pode ser apenas fofoca.
-Você não vê o sorriso de vitória no rosto dela? Ela nunca mostrou um sorriso apaixonado quando estava com ele e lembra da Bonnie?!
-Lembro, era ou é amiga dela.
-Eram amigas, mas então, a Bonnie disse que a Katherine já traiu o Damon e que ela nunca foi apaixonada por ele."
Essa conversa com a Miley tinha me deixado com uma pulga atrás da orelha, seria tudo verdade? Ela teria coragem de fazer isso? Sim, ela teria. Katherine Petrova era uma mulher fria, egoísta, chata, falsa e todos viam e sabiam disso, só Damon que não enxergava.
Cheguei ao meu apartamento e cai na cama exausta. Amanha começaria o meu primeiro dia no novo emprego e uma nova rotina, uma rotina que eu esperava que fosse mudar um pouco a minha vida.
Meu despertador tocou quinze pra sete e pra não atrasar, levantei no primeiro toque. Fui direto pro banheiro, tomei um banho, fiz minha higiene matinal e voltei pro quarto, indo escolher uma roupa dentre as que eu tinha comprado ontem. Depois de pronta, fui tomar meu café e sai de casa logo em seguida. Peguei um pequeno transito, mas nada que fosse me atrasar, apenas me deixou mais nervosa. Cheguei ao prédio da família Salvatore quinze pras oito.
- Bom dia. - disse para a moça da recepção
- Bom dia, no que posso ajudar? - ela foi gentil
- Eu tenho uma entrevista de emprego.
- Seu nome, por favor.
- Martin.
- Ah claro. Andar 17.
Agradeci a moça e me encaminhei para o elevador, cheguei bem na hora que a porta se abriu e varias pessoas saíram, entrei e percebi que ia subir sozinha. Senti uma tremedeira e minhas mãos começaram a suar, eu morria de medo de ficar em elevadores sozinha.
As portas começaram a se fechar, ate que uma mão interrompeu o fechamento da porta e um moço jovem de cabelos claros e olhos verdes entrou. A porta voltou a se fechar e eu soltei o ar que nem tinha percebi prender. O moço me olhou e sorriu:
- Medo de elevador? - ele perguntou notando meu nervosismo
- Não, mas de ficar presa nele sozinha. - disse sorrindo sem graça
- Então fui seu salvador. - ele sorriu um sorriso lindo e que me lembrava alguém.
- É, acho que sim.
- Prazer, me chamo Stefan. - ele estendeu sua mão
- . - respondi apertando sua mão
- Trabalha aqui?
- Ainda não. Vim fazer uma entrevista.
- Então posso dizer que logo seremos colegas
- E como tem tanta certeza?
- Conheço o meu tio, com certeza irá gostar de você.
Acabei ficando chocada, Stefan, o rapaz bonito e do sorriso encantador, era primo do Damon. Nunca imaginaria isso e posso ver que a beleza é de família e o sorriso também.
- Você é sobrinho do dono? - perguntei ainda chocada
- Sim, mas aqui eu sou só mais um advogado.
Sorri pra ele e a porta se abriu, tínhamos chegado no andar 17, eu e Stefan saímos. Acabei ficando um pouco perdida com as varias pessoas indo e vindo e Stefan resolveu me ajudar, me levando ate a sala de George Salvatore. Quando chegamos lá, a secretaria não estava.
- Vou esperar. - disse olhando para o meu relógio
- Não precisa. - Stefan disse indo ate a porta do escritório e batendo, colocando a cabeça pra dentro logo em seguida
- Stefan, o que deseja? - ouvi uma voz grave vindo lá de dentro
- Sua secretaria não estava e a moça que será entrevistada chegou
- Ah claro, peça pra ela entrar.
- Okey.
Stefan se virou pra mim e sorrindo me chamou com a mão, fui ate lá e ele abriu mais a porta me deixando entrar e antes de ir, sussurrou:
- Boa sorte.
Sorri pra ele e murmurei um obrigada. A entrevista foi tranquila, George era um homem gentil, legal e simpático, nossa conversa fluiu naturalmente e ele acabou gostando de mim, me contratando como sua advogada-braço direito.
E eu fiquei surpresa com isso, pensei que ia ser só mais uma advogada no escritório, mas não, eu seria advogada do dono, melhor ainda. Sai da empresa mega feliz, tanto que nem me aguentava, eu iria começar na manha seguinte.
Tentei achar Stefan para contar a novidade, mas acabei não encontrando-o, então fui ate o elevador e dessa vez não teve jeito e tive que ir sozinha. No meio de um andar e outro, o elevador foi diminuindo a velocidade ate parar, meu coração foi à boca e voltou, fui sentindo falta de ar e ia entrar em desespero, quando a porta se abriu:
- ?! Você esta bem? - Damon entrou e veio ate mim
- Sim. - murmurei e só ai que percebi que o elevador tinha parado no andar 15
- Você esta pálida. - sua expressão era de preocupado
- Não é nada. - fui me acalmando e respirando melhor - Eu só me assustei com a parada repentina
- Tem medo de elevador? - ele perguntou mais calmo também
- Só quando estou sozinha. - disse sorrindo sem graça
Ele sorriu pra mim e nisso suas covinhas apareceram e seus olhos brilharam, só ai que eu percebi em como ele estava vestido. Ele trajava uma calça social preta, camiseta de manga comprida branca com os dois primeiros botões abertos e sapato social preto, ele estava ainda mais lindo. Ele deve ter percebido que eu estava secando-o, pois sorriu mais ainda, virei meu rosto pro lado vermelha.
- Meu pai te contratou, ne?! - ele disse depois de um tempo em silencio
- Sim, serei o braço direito dele. - sorri abertamente
- Fico feliz por isso e tenho certeza que ele não irá se arrepender.
- Só não sei por que ele me escolheu, existem tantos mais experientes e ate melhor do que eu.
- Eu não acho. Você sempre foi a melhor da turma e sempre dedicada
- Você acha? - sorri tímida
- Sempre achei. - respondeu olhando fundo em meus olhos
Seus olhos azuis brilhavam e me encaravam intensamente, acabei ficando vermelha. Nossos olhos não se desviaram por nada, só quando a porta se abriu.
- Tenho que ir. - disse desviando nossos olhos
- Quando começa?
- Amanha.
- Então iremos nos ver bastante. - ele sorriu e eu assenti com a cabeça saindo do elevador
Cheguei ao meu carro não acreditando em nada, eu precisava falar com alguém, pra saber se tudo era verdade, então fui ate a empresa Smity, Miley estaria lá agora. Assim que cheguei, entrei e encontrei o Sr. Smity.
- Oi
- Oi Sr. Smity
- O que eu disse sobre me chamar assim?! - ele disse sorrindo
- Verdade, desculpa, Mauricio.
- Assim esta melhor
- A Miley esta?
- Lá nos fundo, pode entrar.
Fui andando pelos os corredores ate chegar à sala que Miley ocupava, bati na porta e escutei sua voz:
- Entra. - entrei e antes de poder falar qualquer coisa, ela correu e pulou em cima de mim - Como foi lá?
- Calma - me afastei dela rindo. - Vou te contar tudo.
Comecei pela a reunião, depois falei do primo do Damon, Stefan e por fim contei sobre o Damon.
- Aaaaahhhhh! - Miley começou a gritar
- Quieta, Miley. - eu dizia rindo
- Como eu posso ficar quieta?! Sua vida esta dando um giro enorme, só coisas boas, é pra gritar mesmo.
- Nem dá pra acreditar
- Acredita amiga, por que é tudo real.
- Descobriu algo sobre o convite?!
- Perguntei para o meu pai e ele não me disse nada e não sabe de nada. Mas vou descobrir, nem que leva um certo tempo.
- Às vezes eu acho que é melhor não
- Por quê?
- Tenho medo da verdade
- Sabe o que eu acho?
- O que?
- Que a verdade já está na cara dele
- E qual seria essa verdade?
- Que foi ele quem te enviou o convite e que ele te ama.
- Se ele me ama, por que enviaria o convite?
- Pra você fazer algo e impedir o casamento
- E sabe o que eu acho?!
- O que?
- Que quando você nasceu, o medico te derrubou.
- Tonta. - Miley mostrou a língua pra mim e começamos a rir sem parar
Passei à tarde lá, conversando e ajudando minha amiga, quando estava anoitecendo, resolvi ir embora e quando estava saindo, esbarrei com a Katherine.
- Que isso garota, sempre esbarrando em mim. - ele disse brava
- Desculpe. - respondi sem olhar pra sua cara e saindo
- Hei, espera. - ela disse antes que eu me afastasse
- Que? - perguntei
- Da onde você conhece meu noivo? - ela frisou bem a palavra noivo
- Da faculdade. - como se ela não soubesse
- Ah. - ela fez uma cara pensativa
- Por quê?
- Nada. - ela disse ríspida e entrou
Dei de ombros e fui pro meu carro. Cheguei em casa e fui tomar um banho, para depois jantar e cair na cama. Essa noite acabei sonhando com Damon e estranhamente com o Stefan também.
- Oi
- Oi
- Eu sou a nova advogada do George
- Ah claro - ela mexeu em algumas coisas e entregou o meu crachá
- Obrigada - agradeci e fui pro elevador
Assim que as portas abriram, vi que estava vazia, respirei fundo e entrei. Quando eu ia apertar o botão pra subir, Stefan apareceu.
- Oi
- Oi Stefan - respondi e ele me abraçou
- Fiquei sabendo que será braço-direito do meu tio
- É. - disse apenas.
A porta começou a se fechar, mas Damon apareceu e entrou, fazendo um sorriso abrir em meus lábios. Ele deu um aceno com a cabeça para o primo e me deu um abraço, vi Stefan fazer careta e quando nos afastamos, perguntou:
- Vocês se conhecem?
- Sim. - respondi e Damon completou
- Fizemos faculdade juntos, foi eu quem indicou ela ao meu pai.
Nós três entramos numa conversa, o que foi bom, já que eu nem fiquei com medo do elevador. Por vários momentos percebi que Damon fazia cara feia com o entrosamento entre eu e Stefan.
A semana passou rápida, meus encontros com Damon e Stefan foram bem frequentes e sempre tinha conversa. Damon era o que menos falava ou era só quando eu estava presente, já que muitas vezes eu o via falando sem parar com os outros advogados. Stefan era muito engraçado e falava muito, sempre contando alguma historia, posso dizer que nos tornamos grandes amigos e Damon continuava a olhar torto para nós dois e descobri algo sobre os primos:
- Damon não gosta muito de mim. - Stefan disse
- E por quê? - estávamos conversando numa lanchonete
- Eu não sei bem, mas foi de uma hora pra outra. Éramos bem amigos na infância e começo da adolescência.
- Você não sabe o que pode ter acontecido?
- Eu penso muito nisso, ate já perguntei pra ele, mas nunca tenho a resposta.
- Estranho.
- Muito mesmo, mas agora eu nem ligo mais.
- Quem sabe eu consigo descobrir. - sorri
- Se você conseguir descobrir, me conte. - ele sorriu também
Agora eu entendia a cara feia que Damon sempre fazia quando Stefan estava perto, mas fiquei muito intrigada por saber qual seria o motivo, o que aconteceu para Damon agir assim?
Por todos esses dias foi bom estar perto do Damon, pude descobrir varias coisas, o que só fazia eu me apaixonar mais por ele, só que no fim eu sempre me lembrava que ele ia se casar e ficava triste.
O fim do mês chegou e eu descobri que era a melhor época, pois os trabalhos eram poucos, se bem que eu não podia reclamar, meu trabalho na empresa não era tanto e era bem tranquilo e sem falar no meu chefe, que era super de boa e legal. E sempre no começo do mês seguinte, ficávamos uma semana sem trabalho, era folga da empresa. E a conversa pela a empresa era o que cada um ia fazer nessa semana e eu parecia que era a única que ficaria em casa.
- . - Stefan me chamou
- Licença, meninas - disse me afastando de algumas colegas - Oi Stef
- E ai vai fazer o que nessa semana?
- Vou ficar em casa. - disse andando para a minha sala
- Como? - ele perguntou me seguindo e rindo
- Eu sou sozinha, não tenho para onde ir. - dei de ombros
- Resolvo seu problema
- Ah é?
- Sim, essa semana eu vou pra casa no lago da família e você vai comigo.
- Vou? - perguntei rindo e parando na minha porta
- Vai sim, vai ser legal.
- Não sei... - fiquei meio em duvida
- Viagem de amigos - ele sorriu – Prometo.
- Okey. - me rendi
- Passo amanha na sua casa, às nove e meia.
- Certo
Entrei na minha sala e voltei a trabalhar. Ainda tinha algumas horas de trabalho e nessa sexta eu não me encontrei com o Damon, pra falar a verdade, essa semana eu quase não encontrei com ele.
- . - George entrou em minha sala
- Sim. - parei o que estava fazendo
- Eu preciso de alguns papeis e de você no meu escritório.
Ele saiu e eu peguei os papeis, indo para a sua sala. Passei o resto do horário de trabalho na sala de George, falando sobre vários assuntos que envolvia a empresa e alguns advogados. Quando deu meu horário, peguei minha bolsa, alguns documentos que precisava levar pra casa e sai da minha sala, fui ate o elevador e entrei, hoje, ao fim do dia, eu não encontrei o Stefan no elevador, mas o medo já não era tanto. Chegando perto do hall, o elevador parou e Damon entrou, ele estava simples - calça jeans, camiseta pólo e tênis - o que indicava que ele não estava ali para trabalho. Ele entrou e nem cumprimentou, ficou calado e parecia bem bravo, ele apertou o numero 17. Primeiro o elevador foi ate a garagem, onde eu ia descer.
- Tchau - disse ríspida e saído
- Desculpe. - ele segurou no meu braço. - Não estou num bom dia
- Sei. - soltei o meu braço e fui andando
Eu podia entender e dizer que tudo bem, que essas coisas acontecem com todos, mas era melhor assim, ser fria e ríspida com ele. Era melhor pra mim, logo ele se casaria e eu ficaria sem ele, ele seria feliz e eu triste. Balancei a cabeça e entrei no carro, indo pra casa.
Assim que cheguei em casa, guardei as coisas no meu escritório, fui tomar banho e fazer algo pra comer, para só depois arrumar a minha mala. Nove horas da noite o meu celular tocou, era o Stefan.
- Só liguei pra saber se não desistiu da viagem?!
- Não desisti - disse rindo - Estou arrumando a mala
- Que bom
Conversamos mais um pouco e desliguei, para em seguida o celular voltar a tocar, mas dessa vez era a Miley. Fazia tempo que a gente não se via ou conversava, estava tudo muito corrido, mas eu sabia que ela não tinha desistido de descobrir sobre o convite, mas também não teve muito progresso.
- Esqueceu de mim? - foi a primeira coisa que ela falou
- Você sabe que não. Estou trabalhando muito.
- Nem me fale em trabalho. O casamento da "coisa" está me dando muito trabalho
- Essa "coisa" seria...?
- Katherine, claro.
- Por quê?
- Ela quer tudo o mais caro, o mais chique e o mais difícil de encontrar.
- O casamento deles, vai ser o casamento do ano. É o que eu ouvi falar.
- Quero só ver o que vão falar, quando não acontecer.
- E por que não vai acontecer? - Miley bufou
- Ora por quê? Por que o Damon não a ama e você vai impedir que o homem da sua vida faça essa burrice.
- Eu não vou fazer nada.
- Ah ...
- Nem começa. - cortei-a
- Okey. O que me conta?
- Vou viajar amanha.
- Como? - ela gritou - Pra onde? Com quem?
- Vou com o Stefan, pra casa do lago da família dele.
- Ah danadinha, pegando o primo.
- Que pegando o que?! Somos só amigos.
- Sei.
- É serio.
- Vai ficar ate quando lá?
- Uma semana.
- E o trabalho?
Expliquei pra ela sobre essa semana, que era tradição na empresa e logo depois começamos a falar sobre o trabalho dela na empresa do seu pai, ela reclamou um monte de coisas e no fim acabamos voltando ao assunto do casamento.
- Quer dizer que ele não esta gostando disso?
- Eu não disse isso, Miley, apenas falei que lá na empresa ele não fala sobre isso, com ninguém.
- Mas é o único filho dele, devia estar falando só disso. Devia estar orgulhoso, feliz, animado.
- Mas lá na empresa, ele não fala.
- Estranho, pai que esta feliz pelo o filho não para de falar quando o assunto é casamento.
- Vai ver ele é profissional e sabe separar as coisas.
- Não sei... Mas se bem que ele não seria o primeiro.
- Como? - lá vinha a minha amiga com suas suposições
- O Damon não esta feliz com o casamento. Ele não voltou mais aqui, não ajuda nas escolhas, não faz nada pelo o casamento.
- Ele trabalha demais.
- Quem quer casar mesmo, sempre arruma um tempo para acompanhar a organização.
- Você inventa demais.
- Não invento, só digo o que vejo. Eu observo as coisas.
Para não entrar numa discussão coma minha amiga, resolvi desligar. Despedi-me dela e voltei a arrumar as minhas coisas, pra dormir logo em seguida.
- Bom dia. - ele saudou
- Bom dia
- Já está pronta?
- Estou sim
- Okey, passo ai em dez minutos.
- Certo, estarei esperando.
Desliguei e fui lavar a louça, para depois organizar as ultimas coisas. O interfone tocou dez minutos depois, peguei as minhas coisas e fui me encontrar com Stefan. Ele ajudou a colocar as coisas no carro, para em seguida entrarmos no mesmo e pegarmos estrada. Conversamos sobre varias coisas, rimos e ele contou sobre suas viagens ao lago.
- Desde quando você vai pro lago?
- Desde pequeno, mas faz um tempo que não vou lá.
- E por que agora?
- Meu tio deu a idéia
- Vai ter mais gente lá? - perguntei um pouco receosa
- Eu não sei quem vai, mas não será apenas nós.
- Ah. - sorri
- Por quê? - ele tinha achando estranho meu animo para responder
- Nada. - desconversei e virei o meu rosto pra janela
Fiquei pensando nisso e acabei ficando um pouco nervosa. Será que o Damon ia? Katherine estaria lá? Eu não queria ficar no mesmo ambiente que eles, eu não suportaria, seria a pior coisa. Pensei se o Stefan ficaria triste se eu voltasse pra casa, mas era obvio que sim e ainda perguntaria o motivo: 'Eu amo o seu primo e não suporto vê-lo com a Katherine...' Não, eu não poderia falar isso, não agora.
- ? - Stefan me chamou
- Oi. - virei meu rosto, lhe encarando.
- Tudo bem?
- Sim. - sorri
- Você ficou quieta, algo que eu disse?
- Não é nada. Só fiquei pensando na sua família lá.
- Não liga pra isso, eles são de boa.
- Ate parece que você é meu namorado e esta me levando pra conhecer sua família. - sorri nervosa
- Está parecendo mesmo. - ele sorriu e eu percebi que ele estava nervoso
- Mas não é, somos apenas amigos.
- É.
Ali, naquela hora, se instalou um silencio e por um momento ate constrangedor. Mas logo chegamos, passamos por um portão enorme e entramos numa propriedade maior ainda, a rua que levava ate o casarão era de pedra e em volta se via um jardim incrível, o lago e varias outras coisas. Chegamos em frente a casa e eu tive que abrir a boca e exclamar:
- Nossa
- Bem vinda ao casarão Salvatore - Stefan disse sorrindo
- Deve caber cinco vezes ou mais o meu apartamento ai
- Meu tio gosta de casas grandes
- Será que já tem alguém ai?
- , nós podemos conversar?
- Claro, sobre o que?
- Tem alguém da minha família que você não quer ver?
- Como? - me fiz de desentendida
- Sei lá, tipo o meu primo?!
- Nada haver, Stef. Vamos entrar? - perguntei abrindo a porta
- Claro - ele saiu do carro me acompanhando
Resolvemos deixar as malas no carro e entrar. Stefan foi à frente e eu logo atrás, passamos pela a porta e eu fui olhando tudo em volta, passamos pelo o hall bem decorado, seguindo para a enorme sala e não tinha ninguém ali, então seguimos ate a cozinha e chegando perto escutei vozes.
- Stefan. - uma voz masculina e que eu conhecia falou
- Oi tio George. - Stefan respondeu entrando na cozinha
Fiquei observando Stefan cumprimentar George e depois uma mulher muito bonita.
- Veio sozinho? - George perguntou
- Não - ele olhou pra trás, diretamente pra mim - Trouxe a .
- Oi - disse entrando mais na cozinha, ficando visível para os tios do Stefan
- , não sabia que vinha. - George disse vindo me abraçar
- Stefan me convidou de ultima hora, espero não estar atrapalhando nada.
- Que isso. - ele sorriu se afastando - Querida, essa é a Martin.
- A famosa . - a mulher sorriu - Eu sou a esposa de George, me chamo Deborah
- Ola Deborah. - fui abraçá-la
Depois das apresentações, ficamos conversando sobre varias coisas e nos conhecendo ainda mais. Deborah era uma mulher muito bonita, simpática e divertida, acabamos nos dando muito bem. Perto da hora do almoço, nós estávamos sentados na cozinha, enquanto George e Deborah fazia a comida, eu estava adorando estar ali e muito feliz, conseguia me sentir em casa, ate que George fala:
- Damon esta demorando, não?
- Daqui a pouco ele chega
- Certeza que é culpa da Katherine. - George disse bravo
- Não vamos entrar nesse assunto de novo. - Deborah advertiu o marido
Encarei Stefan, que deu de ombros e sorriu, levantei já não me sentindo tão feliz e falei:
- Stef, vamos pegar as malas?
- Claro, . - ele sorriu se levantando
Pedi licença aos dois que ficaram e sai indo pra fora, mas antes de sair totalmente da cozinha, pude ouvir Deborah falar:
- Adorei ela
- Ela é maravilhosa e muito competente
- Ela tem algo com o Stefan?
- Não sei, mas o que eu ouço na empresa é que eles estão sempre juntos.
- Eu faria muito gosto de ter ela na família
- Por que diz na família e não junto de Stefan?
- Por que não tenho certeza que ela ficará mesmo com ele
- Não entendi agora, Debby
- Posso dizer que tem mais alguém na nossa família interessado por ela.
A conversa começou a ficar interessante, não só George queria saber, como eu também e a pergunta que rondava minha cabeça era: 'Quem estava interessado em mim?'. Eu não conhecia mais ninguém da família Salvatore, a não ser o Damon... Mas ela não falava dele, não poderia ser ele. Quando eu esperava para ouvir o final daquela conversa, Stefan parou em minha frente e falou:
- Tudo bem? - ele estava com a testa enrugada
- Ah.. - eu assustei - Tudo sim. - sorri e fui pra fora, chegando ao carro
Pegamos nossas coisas e eu percebi que Stefan não tirava os olhos de mim e eu me perguntava o por quê. Seria ele apaixonado por mim? E se fosse, como eu poderia falar que não seriamos nada alem de amigos sem magoá-lo? Mas por que não dar uma chance pra ele? Só por que eu amo o seu primo? Mas ele vai casar e eu nunca teria uma chance.
- ? - Stefan me chamou sorrindo
- Oi? - balancei a cabeça para afastar esses pensamentos
- Estou te chamando faz um tempo.
- Desculpa, estava perdida em pensamentos.
- Percebi. Quer falar sobre?
- Er... Acho que não.
- Okey, quando você precisar, pode vir ate mim, pra qualquer coisa.
- Obrigada, Stef.
Sorri pra ele e voltei pra dentro da casa, seguindo Stefan escada acima. Andamos por um corredor enorme cheio de portas, ate ele parar em uma.
- Meu quarto normalmente é esse. Você pode ficar com o da frente
- Ah, claro. Obrigada.
Sorri e abri a porta, entrando num quarto enorme com uma cama de casal no centro, entrei maravilhada com o quarto e fechei a porta para ter privacidade, coloquei minhas malas na cama e no chão e fui olhar o lugar. Fui ate a grande janela e abri a cortina, vendo o grande jardim, depois fui ate uma das portas que tinha no quarto e dei de cara com um banheiro grande e bonito, depois fui ate a outra porta e vi que era um closet médio.
Tirei as roupas da mala e organizei tudo no closet, tirei meus sapatos e coloquei um chinelo para ficar mais confortável, sentei na cama com o meu celular e mandai uma mensagem para a Miley, esperei ela responder e quando a resposta chegou, li e sai do quarto, encontrando-me com o Stefan. Seguimos para a escada, só que ele se lembrou de algo e voltou pra pegar, enquanto eu continuava descendo. Ao chegar no final da escada me encaminhei para a sala, onde eu ouvia vozes, entrei lá e dei de cara com Katherine.
- O que ela faz aqui? - Katherine disse alto apontando pra mim e fazendo careta.
- Vejo que já sem conhecem. - George disse bravo
- Claro, George, se ela fez faculdade com o Damon, obvio que conheceu Katherine. - Deborah disse calma
- E eu quero saber o que ela faz aqui? - Katherine parecia mais brava e eu percebi que George não tinha gostado do tom dela
- Eu a trouxe. - Stefan surgiu atrás de mim, colocando uma mão em meu ombro
Katherine fez careta e fechou a cara, já o Damon olhou furioso para Stefan e eu pude ate notar ele fechar a mão em punho.
- Sim, Katherine, é uma convidada do Stefan e por isso merecer ser respeitada. - Deborah disse seria encarando a nora
- Ah claro - Katherine desfez a cara fechada e sorriu forçado
Aquele clima estranho ficou por um tempo, ate que Damon resolveu subir com suas malas, Katherine o acompanhou e antes de saírem completamente, ela o beijou e depois olhou pra mim sorrindo, virei o rosto e fui me sentar ao lado de Deborah. Ao retornarem para a sala, George convidou Damon e Stefan para irem pegar lenha para a lareira, enquanto eu e Deborah preparávamos chocolate quente e a Katherine ficava olhando. Aquele fim de tarde estava frio e pelo o que Stefan disse, ia esfriar mais ainda a noite.
No dia seguinte, depois de uma noite fria, amanheceu com sol e quente, coloquei um short e uma blusa, descendo logo depois. Encontrei George e Deborah na cozinha.
- Bom dia, . - Deborah saudou sorrindo
- Bom dia gente. - respondi me sentando a mesa. - Só vocês acordados?
- Não, o Damon acordou e esta no píer. É o lugar preferido dele. - George disse apontando pela a janela
- Ah. - sorri fraco
Tomei o café com os dois e depois fiquei por ali mesmo. Eles conversavam sobre varias coisas, em alguns momentos eles me incluíam e em outros eu só ficava ouvindo, mas na verdade eu estava pouco me interessando pelas as conversas e estava um tédio ali.
- . - Deborah me chamou
- Sim. - levantei a cabeça e sorri
- Não precisa ficar aqui, pode sair por ai. Se sinta em casa, vá a onde quiser. - ela sorriu
- Vá conhecer a casa. - George completou
Dei de ombros sorrindo e agradeci, me levantando e saindo pra fora, indo conhecer o lugar. Mas eu não sabia por onde começar, então fui andando e quando vi estava no píer, observando o Damon jogar pedrinhas na água. E por um momento me vi pensando se continuava ali ou se ia embora, e na hora que decidi sair dali antes que ele me visse, foi tarde demais. Damon olhou pra trás e com a cabeça fez sinal que eu me aproximasse, eu dei de ombros e fui ate ele.
- Bom dia. - disse assim que parei ao seu lado
- Bom dia - ele respondeu olhando de canto
E ficou por isso mesmo, eu não sabia o que falar e ele não dizia nada, mas não ficou estranho, era ate bom aquele silencio. Fiquei encarando o lago e o céu, o único barulho era os passarinhos e as pedras quicando na água quando Damon jogava-as e eu estava gostando desse momento, era a primeira vez que ficávamos sozinhos e o clima e a vista estava ajudando, para o momento ficar perfeito.
- Posso te chamar de prima? - a voz do Damon quebrou o silencio me assustando
- An? - perguntei sem entender
- Te chamar de prima. Você não esta com o Stefan?
- Eu? - segurei o riso - Não, nós somos só amigos.
- Ah. - ele parecia surpreso e feliz - É que eu achei... Vocês vivem juntos... E você está aqui com ele... Eu pensei...
Damon não sabia o que falar, ele estava perdido e em nenhum momento olhou pra mim, eu tentei segurar o riso, mas não consegui e no fim estávamos os dois rindo.
- Eu gosto dele, mas apenas como amigo. Ele me convidou pra vir e como eu não tinha nada pra fazer, aceitei.
- Ah entendi
- Então não, você não pode me chamar de prima. - sorri
- É - ele sorriu junto - Que bom - ele disse baixo pra eu não ouvir, só que não adiantou.
E o silencio voltou e eu voltei a encarar a paisagem perfeita. Damon esticou a mão em minha direção e me ofereceu algumas pedrinhas, ficamos jogando e nos divertindo, rindo das minhas jogadas falhas.
Quando o sol começou a incomodar, voltamos pra dentro rindo e conversando, ao passarmos pela a porta da cozinha, encontramos Deborah e Stefan.
- Oi Stef. - cumprimentei-o
- Oi - ele respondeu olhando de mim para o Damon
- Se divertiram? - Deborah perguntou sorrindo
- A é horrível em fazer as pedrinhas quicarem na água.
- Hei, eu disse que nunca joguei isso.
- E eu ainda acho inacreditável, como nunca jogou isso?
- Eu não tinha uma casa no lago
- Falando nisso, você nunca falou de sua vida.
Abaixei a cabeça fazendo o meu sorriso sumir. Eu não gostava de falar da minha vida, não gostava de ver o olhar de pena dos outros, a única que sabia de tudo era a Miley e mesmo assim não foi fácil contar pra ela, muito menos para pessoas que eu tinha acabado de conhecer, eu sei que tinha que superar isso e começar a falar para as pessoas, mas aquela não era a hora. Todos perceberam minhas mudanças e Damon se aproximou mais de mim.
- Desculpa - ele pediu
- Não, tudo bem. - sorri fraco
Ele assentiu e logo mudou de assunto.
- Vou acordar a Katherine
- Vai mesmo, esta perto da hora do almoço. - Deborah falou
Damon saiu da cozinha e eu me aproximei mais do Stefan, ele me abraçou pela a cintura e ficamos conversando. Ajudei Deborah com o almoço e depois que almoçamos, eu fui ajudá-la a lavar a louça:
- Não precisa,
- Precisa sim. - insisti
- Você esta como convidada aqui
- Mas...
- Sem mais, algum dos meninos pode me ajudar.
- A Katherine ajuda. - Damon entrou na cozinha falando
- Eu? - Katherine disse surpresa logo atrás dele
- Eu já falei que posso ajudar. - tentei não criar clima ruim
- Katherine não fez nada ainda hoje. - Damon disse bravo
- Mas ela disse que pode... - Katherine fazia careta enquanto tentava fugir do serviço
- Katherine. - Damon falou mais firme e ela bufou, indo ajudar Deborah.
Damon estava serio e bravo e ele estava assim desde que desceu para almoçar e durante o almoço não abriu a boca, Katherine também ficou calada, mas ela não parecia brava. Deborah olhou pra mim e sorriu, dei de ombros e sai da cozinha, ia aproveitar que não estava fazendo nada e ia dar uma volta e ligar pra Miley. Antes de sair, subi pro meu quarto e peguei um casaco e meu celular, voltei a descer e sai.
Andei pelo o jardim, indo na direção contraria a que eu fui hoje de manha, depois de um tempo cheguei à outra extremidade do lago e parei onde tinha alguns bancos e balanços, me sentei no balanço e liguei pra Miley. Conversamos durante duas horas, falei sobre tudo o que aconteceu e ela já veio com suas teorias e idéias, perguntei sobre o casamento e sobre o convite, mas ela disse que estava tudo na mesma.
Desliguei quando senti o tempo mudar, o vento ficou forte e escureceu, levantei apresada e fui andando o mais rápido que consegui, senão pegaria chuva no meio do caminho. Só que eu estava longe demais da casa e vi que não ia dar tempo, mas antes de pensar em algo, Stefan apareceu ao meu lado dirigindo um quadriciclo.
- Sobe ai
- Okey. - sorri pra ele
Sentei atrás dele e fomos pra casa e só foi entrarmos na casa para começar a chover e foi muita chuva.
- É sempre assim? - perguntei para Deborah que estava na sala junto de George e Damon
- Quando você menos espera, começa a chover. - ela sorriu e me chamou com a mão para se aproximar
Sentei ao seu lado em frente ao Damon e comecei a ver as fotos que ela via, o resto da tarde seguiu assim entre fotos e historias. A noite chegou e eu já tinha tomado um banho quente e me trocado, também já tinha jantado e agora estava no quarto, vendo a chuva ainda cair e dessa vez tinha trovão e relâmpago.
Como não estava conseguindo dormir, resolvi ir ate o quarto do Stefan, ver se ele estava dormindo. Sai do meu quarto e bati em sua porta, alguns minutos depois ele abriu, estava só de calças e não parecia que estava dormindo, mas resolvi perguntar:
- Tava dormindo?
- Não, por que ?
- Nada.
- Esta sem sono? - ele perguntou sorrindo
- Sim. - fiz manha e ele sorriu ainda mais
- Entra aqui. - ele deu espaço pra eu entrar e fechou a porta logo depois.
Passamos boa parte da madrugada conversando e quando a chuva parou, fui pro meu quarto e dormi, isso já era seis horas da manha.
Hoje era sábado e o ultimo dia aqui, amanha íamos pegar a estrada cedo e eu resolvi dar uma volta, ir mais longe e conhecer direito o lugar, ia aproveitar o tempo limpo. Stefan ia comigo, mas acabou que ele teve que ir pro centro, um cliente ligou pedindo ajuda para resolver algo e ele teve que ir. Deborah e George iam ficar na casa resolvendo algo e Damon e Katherine iam ver algo do casamento, então fui sozinha, mas antes de sair Deborah falou:
- Se o tempo mudar e você estiver muito longe, procure um lugar pra ficar ate o tempo melhorar.
- Okey
Sai de casa e fui andando, apreciando a paisagem e o canto dos pássaros. Meia hora depois de passar os limites das propriedades Salvatore, eu andava por uma estrada de terra, quando ouvi barulho de moto, fui pra beira da estrada e continuei meu caminho, mas percebi a moto diminuir e parar ao meu lado, me surpreendi ao perceber que era o Damon.
- O que faz aqui? - perguntei surpresa
- Acabei brigando com a Katherine e voltei pra casa, deixando-a resolver tudo sozinha. E como não tinha nada pra fazer, decidi vir atrás de você.
- Se vai me acompanhar, nada de moto - disse divertida.
- Okey, como quiser.
Ele entrou na mata com a moto e a escondeu no meio de uns arbustos e me acompanhou. Fomos conversando, brincando e observado a paisagem, só que ao chegarmos perto do lago, percebi o tempo mudar violentamente e antes de pensar ou dizer algo, senti vários pingos cair.
- Estamos muito longe da moto - disse olhando em volta
- Vêm. - ele segurou em minha mão - Conheço um lugar.
Deixei que ele me levasse e logo chegamos em frente a um celeiro, mas mesmo assim acabamos nos molhando. Corremos ate o celeiro e entramos, Damon fechou a porta e o lugar ficou escuro, enquanto eu ficava na porta, ele ia conferir o local, depois de andar por todo o lugar, falou:
- Não tem nada aqui.
- Certo, vai dar pra ficar ate a chuva passar.
Só que eu estava encharcada e com frio, resolvi tirar pelo menos a roupa de cima, prefiro passar vergonha do que ficar doente e o lugar estava escuro, Damon nem ia enxergar nada. Comecei a tirar a roupa e ele perguntou:
- O que vai fazer?
- Não quero ficar doente
- Ah é mesmo. - ele disse olhando pra sua roupa molhada.
Tirei o short e a blusa, estendi no chão e fui me sentar, abraçando as minhas pernas. Damon fez a mesma coisa e se sentou ao meu lado. Por exatamente dez minutos ficou um silencio e só a chuva caindo lá fora era ouvida, eu permanecia de cabeça baixa e olhos fixo no nada, a respiração do Damon estava calma e eu podia ate achar que ele estava dormindo, mas não estava.
- Esta com frio? - ele perguntou
- Um pouco - sorri fraco
Percebi uma movimentação ao meu lado e senti Damon se aproximar mais, logo ele estava grudado em mim e passando os braços em torno do meu corpo, num abraço.
- O que esta fazendo? - perguntei nervosa
- Assim podemos nos esquentar - ele explicou um pouco nervoso também
- Er... - eu não sabia o que falar e ele achou que eu não estava gostando e ia se afastar, mas segurei em seu braço impedindo.
A nossa aproximação estava me deixando nervosa, seu corpo definido encostado ao meu, me arrepiava e era muito bom.
- Tudo bem ficarmos assim?
- Claro. - sorri com as bochechas vermelhas
Senti a respiração dele em meu pescoço e isso me arrepiava mais e mais, logo senti sua mão passar por minhas costas e depois estávamos nos beijando, tudo tinha acontecido muito rápido. O beijo era muito melhor do que tinha imaginado, sua boca era macia, tinha um gosto doce e refrescante, como se fosse morango e menta, sua boca encaixava perfeitamente na minha, tínhamos uma sincronia perfeita, só que não era certo e eu me afastei.
Levantei com tudo e me afastei mais, mantive-me de costas sorrindo com a mão na boca e relembrando a sensação dos seus lábios no meu, mas eu tinha que me acalmar e voltar a pensar com clareza, ele estava noivo e logo ia se casar, só que antes de conseguir raciocinar direito, ele se aproximou tocando de leve minhas costas.
- Desculpe. - ele sussurrou
- Você não devia ter feito isso. - disse baixo
- Eu sei...
- Então por que fez? - me virei lhe encarando
- Não consegui me controlar. - ele passou a mão em meu rosto, me fazendo fechar os olhos
- Você esta noivo. - me afastei novamente antes que perdesse o controle
Ele não estava ajudando e eu não estava conseguindo pensar direito, eu tentava me focar e pensar nas consequência, só que tudo o que vinha em minha mente era seu beijo e na vontade que eu tinha de pular em seus braços e provar do seu gosto novamente.
- Você não sabe como isso foi um erro. - ele disse e fez careta
E nessa hora eu levei um balde de água fria, me senti a pior pessoa e tudo o que eu queria era sumir daqui, essa frase era a que eu mais temia e ele falou, ele conseguiu me quebrar em vários pedacinhos com apenas uma frase. Mas eu tinha que concordar com ele, tinha sido um erro mesmo, ele estava noivo. Inconscientemente eu fui me afastando e só fui perceber quando bati as costas numa parede.
- É... Foi um erro. - disse baixo com a visão embaçada
- Não. - ele se apressou em falar, se aproximando rápido - O beijo não foi um erro.
- Não entendi. - fiquei perdida no raciocínio dele
- O erro que eu digo, foi ficar noivo.
- Como assim? - ele sorria
- Você me desculpa ter te beijado? - ele mudou de assunto
- Não tem o que desculpar - eu disse sorrindo fraco e ele sorriu
- Okey, não vou me desculpar mais, por que adorei ter te beijado. - sorri envergonhada
Voltei a me sentar e Damon se sentou ao meu lado, a chuva tinha diminuído, mas ainda não dava pra voltar. Não falamos mais sobre o beijo e nem sobre ele noivo, ao invés disso falamos sobre a minha vida.
- Você ficou triste quando eu perguntei sobre a sua vida, por quê?
- É.. - sorri triste
- Se não quiser falar, tudo bem. - ele passou o braço pela a minha cintura
- O problema não é contar, eu só não fico confortável me lembrar de tudo. - fiz uma pausa - Mas eu tenho que aprender a conviver com o passado.
Respirei fundo e senti Damon se movimentar, ele estava se aconchegando melhor e com isso ele acabou me puxando mais pro seu peito e eu sorri, me aconchegando ali.
- Quando eu tinha dez anos meus pais sofreram acidente de carro, um motorista bêbado passou o sinal vermelho em alta velocidade e pegou em tudo o carro deles. Eles nem tiveram chance, morreram na hora e o motorista bêbado não sofreu nada.
- E você?
- Eu estava na casa da minha avó. - ele assentiu e eu voltei a contar - O cara foi preso, só que ele era rico e não passou nem uma noite na cadeia. No dia do julgamento ele só precisou pagar uma pequena fiança e pronto, no dia seguinte estava nas ruas novamente como se não tivesse acabado com uma família.
- Foi por isso que decidiu fazer Direito? Por isso quis se tornar advogada?
- Foi por isso mesmo. Fiquei revoltada com a nossa justiça, com o que o dinheiro faz.
- Também ficou revoltado com a nossa justiça.
- Então eu fiquei com a minha avó ate meus quinze anos, quando ela morreu.
- E ai?
- Ai eu fiquei num orfanato ate completar meus 18 anos.
- Você não tem mais família?
- Meu pai e minha mãe eram filhos únicos, meus avos maternos morreram quando eu tinha dois anos e meu avô paterno eu nem conheci.
- Agora entendo por que fica triste quando pensa em sua vida.
- Minha vida só foi sofrimento e tristeza, nunca consegui ficar muito tempo feliz.
- Você nunca falou isso pra ninguém?
- Só minha amiga sabe.
- Amiga?
- É, ela se chama Miley, conheço ela desde os meus dezesseis anos.
- Conheceu no orfanato?
- Não, na escola.
- Ah ta.
- Você deve conhecê-la.
- Ela estudou com a gente?
- Na mesma faculdade sim, só que em outra área.
- Então como posso conhecê-la?
- A empresa do pai dela esta organizando seu casamento.
- Miley? Uma loira de olhos claros?
- Ela mesma. - sorri
- Então me diga por que ela é contra meu casamento? - ele perguntou rindo
- Contra? Por que acha isso? - perguntei nervosa, imaginando o que Miley pode ter feito ou dito.
- Por que ela disse.
- Ela te disse? - perguntei mais nervosa
- Não, eu escutei sem querer ela falar pro pai dela.
- Ah. - eu ainda estava nervosa
O que eu falaria agora? Como explicar isso? Eu ia matar a Miley quando visse, ela só me coloca em enrascada. Só que com muita sorte a chuva parou e eu consegui fugir da pergunta.
- Parou de chover, acho melhor irmos embora. - disse me levantando
- Okey. - ele fez muxoxo e levantou
Comecei a colocar a minha roupa e ele também, fui ate a porta e abri, assim que sai Damon passou por mim e sussurrou:
- Você tem um corpo lindo - e sorriu torto
Fiquei vermelha e fui andando de cabeça baixa, logo chegamos onde a moto estava escondida, montamos e voltamos pra casa. No meio do caminho fiquei pensando em tudo o que aconteceu e cheguei a conclusão que eu tinha que me afastar de vez do Damon. Ele parou a moto na garagem e eu desci, esperei ele descer e antes de sairmos, falei:
- Vamos esquecer o dia de hoje, okey? - disse um pouco ríspida
- Como? Por quê? Eu fiz algo? - ele estava com uma carinha que me deu dó, mas me mantive firme.
- É o melhor para nós dois. - disse saindo da garagem
- Espera - ele segurou o meu braço
- Não, Damon. - disse olhando pra onde ele segurava
- Por que tudo isso? Estávamos nos dando bem
- Por que no fim quem vai se machucar sou eu. - disse segurando o choro
E antes que ele pudesse falar qualquer coisa, escutamos as vozes de Stefan e Katherine. Afastei-me dele indo ate o Stefan:
- Fiquei preocupado com você.
- Eu estou bem. - sorri e o abracei
- Vamos entrar, você esta gelada.
Assenti e seguimos pra casa, fui direto pro meu quarto, tomei um banho quente e fui comer algo, contei pro Stefan e pra Deborah mais ou menos o que tinha acontecido e depois voltei por quarto, arrumei tudo e dormi.
Stefan me deixou em casa perto da hora do almoço, durante o caminho ele insistiu que eu fosse almoçar na casa dos tios dele, só que não tinha nem condições, não depois da minha decisão de me afastar de Damon e eu precisava pensar um pouco sozinha. Então peguei minhas malas assim que ele parou o carro em frente ao meu predio e subi, cheguei no apartamento e fui direto pro meu quarto, deitei na cama e dormi pelo o resto da tarde.
Só acordei com o interfone tocando sem parar, levantei um pouco a cabeça e olhei no relogio, era oito da noite e o interfone insistia em tocar, então levantei e resolvi ir ver quem era.
- É a Miley. - a voz da minha amiga soou pelo o aparelho
Apertei o botão e a porta se abriu, em alguns minutos ela estava na minha frente.
- Oi - disse sentada no sofá
- Você dormiu o dia inteiro? - ela perguntou notando a minha cara de sono
- A tarde toda - concertei
- Da no mesmo. Agora me conta o que aconteceu lá? - perguntou se sentando ao meu lado
Realmente ela me conhecia muito bem e não tinha por que não contar pra ela, ela era a minha melhor amiga e a unica pessoa que me ouviria. Deitei a minha cabeça em seu colo e contei tudo, chorei, ri e recebi conselhos, que eu tinha certeza que não seguiria nenhum.
- Eu tento te ajudar - ela disse por fim
- Eu sei
- Não sei mais o que fazer
- Continua sendo essa amiga, que já esta bom.
Ela ficou mais um pouco ali, jantamos e depois ela foi embora, tomei banho, arrumei algumas coisas e fui dormir novamente, amanha comecaria minha rotina novamente.
Duas semanas passou e eu consegui mudar minha relação com o Damon, eu apenas o cumprimentava e só. Já ele tentava de tudo pra puxar assunto comigo, mas ate então eu consegui fugir. Stefan percebeu a mudança, mas nunca perguntou e nem comentou. Não me encontrei com a Katherine depois que voltamos de viagem e eu tentei seguir minha vida normal, mas estava sendo dificil, ver o Damon todo o dia me trazia lembranças do nosso unico beijo.
Era sexta-feira a noite e eu e o Stefan estavamos em casa trabalhando num caso, quando decidimos dar uma pausa e eu fui buscar suco na cozinha.
-
- Oi - respondi da cozinha
- Posso te perguntar algo?
- Claro - respondi voltando pra sala
- O que houve entre você e o Damon?
- Como? - me sentei ao seu lado e servi o suco
- Você sabe do que estou falando
- Nada aconteceu. - tentei desconversar e deixar pra lá essa conversa
Ele deu de ombros e voltamos a trabalhar, quer dizer eu tentei, mas eu não consegui tirar o Damon da cabeça e acabei ficando aerea. E quando me toquei estava beijando o Stefan, ele tinha sido pego de surpresa, só que não resistiu, se entregou ao beijo. Só que quando eu ia aprofunda-lo, Stefan me afastou carinhosamente.
- Espera
- Desculpe. - pedi envergonhada
- Não tudo bem. É só que eu não quero ser enganado.
- Eu sei, não foi a minha intenção
- Eu sei que não foi, por isso eu preciso saber a verdade.
Suspirei, me afastei e levantei, Stefan me acompanhou e olhando olhos nos olhos, eu disse:
- Eu amo o seu primo. Sempre amei o Damon.
Foi doloroso ver a reação do Stefan, me cortou o coração e eu me arrependi de ter te beijado e ter dado esperanças. Stefan ia se virar, mas eu não deixei, mantive-o ali, olhando pra mim.
- Eu sei que não devia ter te beijado, mas utimamente eu estou com os sentimentos confusos, não sei o que estou realmente sentindo.
- O que aconteceu aquele sabado no lago?
E eu resolvi contar tudo, desde o dia que eu conheci o Damon ate agora, sei que seria doloroso para ele, mas eu precisava falar. Depois que eu terminei de falar, Stefan ficou um tempo em silencio e eu respeitei esse silencio, tinha sido muito pra ele assimilar rapido.
- Posso dizer que eu não esperava tudo isso. - ele sorriu fraco
- É tão dificil não ser correspondida.
- Eu não diria isso
- O que?
- Eu conheço o meu primo para saber que ele não ia te beijar por nada, ele sente algo.
- Eu não acho. Ele vai casar.
- E eu posso dizer que ele não a ama e conheço duas pessoas que concordam comigo.
- Eu sei que você esta falando isso só para me animar
- Não - ele riu sem humor - É dificil para um homem apaixonado por uma mulher admitir que outro a ama. E eu digo: o Damon te ama.
- Eu não...
- Por que você não consegue admitir? - ele me cortou
Me afastei do Stefan de cabeça baixa e fiquei pensando sobre o que ele falou. Realmente eu não conseguia admitir, esse sempre foi o meu erro.
- Por que... - minha voz estava embargada - Eu tenho medo de sofrer.
- Mas como você sofreria?
- Todos que eu amo, eu perco. Foi assim com os meus pais e avó, não quero perder mais ninguem.
- Eu te amo e você não vai me perder. - ele sorriu mais abertamente e veio me abraçar.
Retribui o abraço e acabei chorando, ele me levou ate o sofá e sentamos, chorei por muito tempo e acabei dormindo.
- Bom dia - ele saudou sorrindo
- Bom dia - disse sonolenta - O que aconteceu?
- Vá lavar o rosto e conversamos depois
Assenti com a cabeça e fui pro meu quarto, tomei um banho e voltei pra cozinha, eu e Stefan tomamos o café e ele me contou algumas coisas de ontem e eu fui me lembrando de tudo. Terminamos o café e eu fui me trocar, sai de casa e fui levar Stefan em seu apartamento, ele se trocou e voltou pro carro, hoje passaríamos o dia juntos, era a melhor coisa depois de ontem.
Fomos ao shopping, passeamos pelo o centro e fomos almoçar. Depois do almoço decidimos ir à empresa Smity, Miley estaria lá e eu ia apresentá-la ao Stefan.
- - Miley veio correndo me abraçar
- Oi Miley - disse sorrindo
- Oi Sr. Bonitão - Miley disse encarando Stefan
- Oi - ele sorriu encabulado
- Miley, esse é o Stefan.
- O primo? - perguntou me encarando
- Sim, o primo - sorri - Stef, essa é a Miley.
Ficamos conversando por um tempo e percebi que Miley tinha ficado interessada pelo o Stefan e eu faria muito gosto de ver os dois juntos, meu melhor amigo com a minha melhor amiga, e assim ele me esqueceria e teria chance de ser feliz. Com um pouco da minha ajuda, eles encontraram um assunto em comum que gostavam muito e eu deixei que eles conversassem. Fui andando pela a empresa quando esbarro com o Sr. Smity.
- Oi
- Oi Mauricio
- Você viu a Miley?
- Está lá trás - ele olhou por mim - Mas precisa de algo?
- Eu vou sair e preciso que alguém fique lá na frente
- Eu posso ficar - sugeri, eu não queria que atrapalhassem o clima entre Miley e Stefan.
- Tem certeza? - ele perguntou em duvida
- Claro - sorri
Ele deu de ombros e assentiu, acompanhei-o ate lá na frente e ele saiu, me deixando sozinha. Depois de um tempo sem ninguém aparecer ali, escuto a campainha soar e levanto a cabeça encontrando Katherine. Ao me ver ali, ela bufou e disse:
- Você esta em todos os lugares?!
- Boa tarde - apenas lhe cumprimentei
- Cadê alguém pra me atender??! - ela perguntou arrogante
- Sou eu mesmo
- Fazendo bico? - perguntou arrogante e sorrindo falso - Pensei que trabalhasse na empresa do meu noivo?!
- Não é da sua conta... Mas eu estou apenas ajudando
Eu estava perdendo a paciência com ela, já não aguentava ouvir sua voz, mas tinha que ser educada. Não me atentei ao que ela disse a seguir, lhe ignorei e falei:
- No que posso ajudá-la? - ela bufou e disse
- Vim ver alguns detalhes do meu casamento - e sorriu vitoriosa
Mas antes de começar a ver as coisas, Damon entrou pela a porta e ao me ver paralisou, dei as costas na mesma hora, respirei fundo e segui pelo o corredor, indo ate a Miley, eu não conseguiria atende-los. Antes de abrir a porta, Miley abriu rindo.
- Hei .
- Tem cliente - disse apenas e ela me encarou
- Meu pai...?
- Saiu - cortei-a
- Você esta arisca, o que houve?
Eu não respondi, apenas apontei para a sala da frente e ela seguiu pra lá, mas antes de passar pela a porta, se virou e fez careta, já sabendo quem estava lá. Entrei na sala e me joguei no colo do Stefan, contei quem tinha aparecido ali.
- Quer ir embora?
- Por favor - pedi fazendo bico
Mas mesmo assim teríamos que passar por eles, então respirei fundo e segui, chegando lá me despedi de Miley e segui sem encarar os dois, já Stefan demorou mais um pouco.
Sábado foi embora e domingo logo foi também, chegando segunda-feira. Quando amanheceu, me troquei e segui pro trabalho parando numa cafeteria antes, quando cheguei à empresa segui direto para o elevador e assim que ele chegou ao meu andar, fui pra minha sala. A manha se seguiu movimentada e cheio de trabalho, não vi Stefan e nem o Damon. George só foi trabalhar depois do almoço e assim que chegou percebi que não estava bem, parecia bem estressado e nervoso, mas mesmo assim fui ate a sua sala.
- George, licença - disse colocando a cabeça pra dentro.
- Entre - entrei e sentei a sua frente
- Tem alguns papeis pra assinar
- Ah claro - ele pegou as folhas da minha mão e assinou rápido. - Mas alguma coisa?
- Er... não - disse um pouco assustada com o seu jeito de falar
- Desculpe - ele disse após perceber como tinha falado
- Aconteceu algo? - perguntei meio hesitante
- Não, tecnicamente - olhei-o confusa - É o casamento do Damon - era a primeira vez que eu o ouvia falar sobre o casamento.
- O que tem? - esse não era um assunto que me agradava, mas acabei ficando curiosa.
- Está chegando - após ele dizer isso, meus olhos foram direto para o calendário sobre a mesa.
- Verdade - sussurrei
- O que você falou?
- Nada - balancei a cabeça e respirei fundo - Você devia estar feliz. - coisa que não parecia nem um pouco
- É devia...
- E por que não está?
- Por que esse casamento é uma burrada - me surpreendi com a resposta dele
- Como? - minha curiosidade só aumentou
- Katherine não é mulher para o Damon. Ela pensa que me engana, sei o por quê do casamento, ela não ama meu filho, é tudo interesse.
- Então por que não cancela o casamento?
- Não sou eu que tenho que fazer isso e sim o Damon
- Mas já falou isso pra ele?
- Já, mas ele não me escuta ou finge não ouvir. Não sei mais o que fazer.
- É complicado isso
Tudo o que a Miley falou pra mim desde o começo veio a mente, todas as acusações, as idéias, o que ela percebia e via e eu não acreditava em nada, mas agora não tinha como, George estava confirmando tudo e parando agora pra pensar, realmente Katherine só estava se casando com o Damon por interesse. E nessa hora eu tive vontade de fazer algo para impedir o casamento, mas eu não sabia como e nem tinha coragem.
- Eu queria poder ajudar...
- Isso - George me cortou - Você pode falar com ele. Damon te escuta, eu vi como vocês se dão bem.
- Mas...
- Por favor, . Você pode salvar a minha família e principalmente o Damon
- Eu não sei - George olhou de um jeito, que eu acabei me rendendo - Tudo bem, posso tentar.
- Obrigado, .
Ele levantou e veio me abraçar, depois eu sai e voltei pra minha sala, o resto da tarde eu nem consegui trabalhar, só pensava no Damon, em seu casamento e na conversa. Meu foco aquela tarde foi o calendário, a data piscava e eu sentia como se facas entrassem em meu coração cada vez que eu via a data e a imagem dos dois na igreja dançava em minha mente, eu não sabia o que falar e nem fazer, e eu tinha apenas duas semanas para fazer algo.
O casamento seria na sexta e hoje já era sábado, essa semana não conversei com a Miley, pois ela estava muito ocupada e hoje combinei dela vir em casa, para colocarmos a fofoca em dia.
- Se não fosse por sua felicidade, eu ia ficar uma fera por não ter o casamento. Sabe como isso esta dando trabalho?! - ela reclamou enquanto comíamos fondue
- Mais uma razão para eu não falar nada
- Ah nem vêm. Prefiro ver o meu trabalho arruinado, do que a sua felicidade.
- Minha felicidade?! Quem disse que eu impedindo esse casamento ficarei com o Damon?
- E você continua não admitindo
- Depois daquele dia, nós não conversamos mais, ele não fez mais nada.
- Por que você fugiu dele e o mandou esquecer. E se vocês não estão juntos agora, a culpa é sua.
- Claro, a culpa é sempre minha. - disse brava
- , converse com ele. Você prometeu a George
- Eu não sei o que falar.
Ficamos um tempo em silencio, quer dizer, eu fiquei em silencio pensando nesse assunto e Miley respeitou. Mas o silencio foi interrompido pelo o som do interfone.
- Deve ser o Stefan. - parei de levantar encarando a minha amiga
- Stefan?!
- É, eu mandei uma mensagem pra ele
- E desde quando vocês trocam mensagem? - perguntei divertida
- Desde o dia que você nos apresentou
- Quer dizer que eu fui cupido?!
- Não - ela jogou uma almofada em mim - Somos só amigos
- Ainda, você quis dizer - joguei a almofada de volta
- Vai atender o interfone, vai.
Gargalhei vendo a Miley vermelha e fui atender, e realmente era o Stefan, abri o portão para ele e o esperei subir. Stefan chegou com uma cara nada boa.
- Que foi, Stef? - perguntei assim que lhe cumprimentei
- Tava no ensaio do casamento - fiz careta
- Foi tão mal assim? - Miley perguntou
- Não
- Então o que? - perguntei
- O problema é a Katherine. Eu ainda vou estrangulá-la.
- O que há com a sua família? - Miley perguntou e Stefan e eu ficamos sem entender. - Todos a odeiam, mas mesmo assim vão deixar o Damon se casar com ela.
- E o que podemos fazer? Damon ama...
- Não, ele não a ama. - Miley cortou Stefan - O que impede vocês de fazer algo? Ela esta ameaçando a família, é isso?
- Não
- Eu também quero saber isso - falei - George me pediu para fazer o Damon desistir, só não sei por que ele mesmo não faz.
- O tio George eu sei por que não diz ou faz nada.
- Por quê? - eu e a Miley perguntamos juntas
- Tio George sempre controlou a vida do Damon. Desde criança, Damon fazia o que George mandava, ate o dia que George mandou Damon para um acampamento e ele quase morreu lá, depois disso meu tio nunca mais disse o que o Damon devia fazer.
- Nossa. - acabei ficando sem palavras
- Conta melhor essa do acampamento - Miley pediu
- Era ferias de verão e meu tio ia trabalhar, o Damon não tinha onde ficar, então George decidiu manda-lo para um acampamento. Damon não queria ir, pediu e brigou com o pai, mas não teve jeito. Damon foi pro acampamento e uma semana depois meu tio recebeu uma ligação avisando que o Damon tinha sofrido um acidente no rio e ele estava desaparecido. Meu tio entrou em desespero, foi ate o acampamento e depois de um dia inteiro, Damon foi encontrado inconsciente a varias distancias do acampamento. Ele foi levado pro hospital, passou uns dias lá em estado grave e foi ai que meu tio prometeu que nunca mais ia mandar ou se intrometer na vida do Damon. Alguns dias depois Damon acordou bem
- Não sabia disso - disse pasma com a historia
- Ninguém da minha família comenta sobre isso.
Depois dessa historia, ficamos um tempo em silencio, mas as horas foram passando e tudo voltou ao normal, coloquei um filme pra assistir e voltamos a falar do casamento.
- Eu digo que o Damon não quer se casar
- Se você acha isso Miley, me diga o por que ele não desisti? - perguntei encarando-a
- Ele não desistiu ainda por que não teve um motivo forte e a pessoa que poderia dar esse motivo ainda não foi falar com ele.
- Isso foi uma indireta pra mim?
- Não, foi bem direta mesmo.
- E eu falaria o que?
- Que tal: 'Eu amo você, Damon!' Acho que é um belo começo de conversa
- Eu concordo com a Miley. - encarei Stefan
- Eba - Miley gritou e pulou em Stefan - Alguém concorda comigo
Eu e Stefan caímos na gargalhada, depois disso fui pra cozinha fazer pipoca e pegar mais suco, quando estava voltando, ouço Stefan dizer:
- O que aquele envelope azul está fazendo aqui?
- É o convite que a recebeu. - Miley respondeu encarando Stefan como eu
- Do casamento? - Miley assentiu - Por que a cor é diferente?
- Não sabemos
- E eu nem sei por que recebi - completei
- Todos da empresa foram convidados
- Mas eu recebi antes de ser contratada
- E antes de todos receberem - Miley completou
- Estou confuso - Stefan falou encarando a nos duas
- Não só você - falei - Mas por que perguntou? - eu ainda estava curiosa
- Posso ver melhor? - ele ignorou minha pergunta
- Claro - dei de ombros e lhe entreguei o convite
Depois de alguns minutos e de Stefan analisar bem o convite, perguntou:
- Quem lhe mandou?
- Veio pelo o correio, não sei quem mandou. Mas por quê?
- Eu vi um convite igual a esse duas vezes com uma pessoa.
- Com quem? - Miley perguntou apressada
- A primeira vez que eu vi foi na casa do meu tio George, no quarto do Damon e na segunda vez eu vi na mão do próprio Damon, lá na empresa.
- Foi ele - Miley gritou - Ele te mandou o convite
- Por quê? - perguntei, mas não obtive resposta, apenas sinais negativos com a cabeça
Depois disso, resolvi deixar pra lá esse assunto, eu não queria mais saber desse casamento. Passamos o resto da tarde e começo da noite conversando sobre varias coisas, mas nunca voltando ao assunto casamento. Quando eles foram embora, resolvi ir tomar banho para em seguida deitar na cama, fiquei olhando por teto e pensando em tudo o que Stefan falou, então peguei o convite que eu mal tinha visto direito e comecei a vê-lo detalhadamente. Era muito bonito, tanto a cor como os detalhes, a escrita e os relevos, se fosse meu casamento eu escolheria esse convite. Depois de ver e rever, de ler varias vezes, eu percebi que o nome da Katherine estava sumindo e em baixo dele tinha outro nome escrito, então com a unha comecei a raspar o nome dela ate sumir e eu conseguir ver o que estava escrito, quando todo o nome já estava apagado, acabei me espantando ao ver o meu nome escrito ali.
- Damon e ?! - falei alto encarando o convite
Eu não podia acreditar, comecei a olhar melhor o convite e percebi que na parte de trás tinha algo grudado, como se fosse duas folhas grudadas juntas, então comecei a puxar ate onde dava e li o que continha ali.
- ... A garota dos olhos doces, do sorriso fácil. A mais inteligente, mais esperta, a mais linda! Foi naquele primeiro dia de faculdade que me apaixonei por você, foi ver em seu sorriso a aceitação que eu precisava. Nunca tinha me sentindo, como me sentia ao seu lado e por isso mesmo que eu acabei fugindo. E olha onde meu medo me levou! Estou prestes a me casar com alguém que não amo, não sei o por que. E esse medo me impede ate de desistir! Não quero desistir de algo sem ter um motivo e esse motivo é você. Não sei o que você sente por mim, por isso te envio esse convite. É esse convite que eu gostaria para o dia mais importante e feliz da minha vida. Essa cor. Essa escrita. Com o seu nome ao lado do meu. Você sabe o dia do casamento e tem ate lá para me fazer desistir e não precisa dizer muita coisa, é só dizer: 'Te aceito do jeito que é' e eu desistirei de tudo e serei feliz com você. Te amo, . Beijos, Damon.
Se eu não tivesse sentada, teria caído no chão, li e reli varias vezes aquela pequena declaração e decidi que já estava na hora de eu ser feliz, já estava na hora de ter uma conversa com o Damon. Passei a noite em claro e acabei dormindo o domingo inteiro, quando chegou de noite também não consegui dormir, estava muito ansioso para chegar amanha e conversar com o Damon, para enfim ter minha felicidade.
Quando cheguei à empresa, fui direto pra recepcionista e perguntei se o Damon tinha chegado:
- Não e ele nem vem hoje. - meu sorriso morreu um pouco
- Sabe por quê? - comecei a ficar triste
- Não
- Obrigada
Agradeci e subi, cheguei à minha sala e me sentei, teria que esperar mais um dia. George entrou logo em seguida:
- , temos varias coisas pra fazer hoje.
- Okey. - pensei em perguntar sobre o Damon, mas nem precisei.
- O Damon saiu da cidade e só volta na quinta
Vi todos os meus planos desmoronarem, Damon voltaria um dia antes do casamento, teria eu demorado demais? Seria muito tarde para ter a minha felicidade? Não, eu não ia desistir da minha felicidade, como ele disse na carta, eu teria ate o dia do casamento.
Os dias se arrastaram cheio de trabalho, não parei um segundo só, andei de um lado ao outro, subia e descia o elevador e quando chegava em casa, era banho e cama. Nesses três dias eu não consegui para pra pensar no que ia fazer, nem consegui conversar com o Stefan e nem com a Miley. Quarta-feira antes de irmos embora pra casa, George fez uma reunião rápida.
- Como todos sabem, meu filho vai se casar na sexta, então amanha ninguém precisa vir trabalhar. Quinta e sexta será folga, voltarão só na segunda.
Assentimos e fomos liberados, eu poderia ficar triste, mas tinha certeza que esse casamento não aconteceria. Entrei no elevador junto de varias pessoas e não consegui encontrar o Stefan, então deixei de lado, conversaria com ele depois, fui pra casa ansiosa para amanha, eu ia conversar com o Damon, de um jeito ou de outro.
Diferente das noites passadas, nesse eu tomei banho e liguei numa pizzaria.
- Uma pizza pequena de frango com catupiry
Meia hora depois a pizza chegou e eu comi com vinho acompanhando e uma musica calma, essa noite tinha sido boa e solitária, mas eu não achei ruim, não quando eu tinha a certeza de que o meu dia depois de amanha seria só felicidade.
Quando a manha de quinta-feira chegou, levantei um pouco mais tarde e fui tomar banho, voltei pro quarto e terminei de me arrumar, fui pra cozinha arrumei a louça de ontem enquanto o café na ficava pronto e assim que terminei tudo, resolvi sair de casa, eu precisava saber se o Damon tinha voltado, mas o problema era como?
Dei uma volta pelo o shopping, comprei algumas coisas e resolvi passar na empresa Smity, queria ver a Miley, mas quando cheguei lá, descobri que ela tinha saído e ia passar o dia fora, então resolvi ir almoçar.
Estava terminando de almoçar no restaurante, quando recebo uma mensagem de um numero desconhecido.
- Damon acabou de chegar de viagem, ele está em seu apartamento sozinho.
E não tinha mais nada na mensagem, nem nome ou numero, fiquei pensando quem teria enviado-a, mas não perdi muito tempo com isso, pedi a conta e fui embora, cheguei em casa rápido, tomei outro banho e me troquei, voltei pro carro e fui pro apartamento dele.
Agradeci mentalmente por ter aceitado uma vez fazer trabalho com ele, pois fomos fazer em seu apartamento e eu já sabia o caminho. Quando cheguei em frente ao seu prédio, estacionei o carro e fui ate a portaria.
- Oi, eu sou a ... - e antes de terminar de falar o porteiro abriu o portão e disse:
- Já fui informado que você viria.
Ele sorriu pra mim e eu dei de ombros sorrindo também, segui para o elevador e por um momento achei que isso era coisa do Damon, mas ao chegar em seu andar, tocar a campainha e ver a cara de surpreso dele ao abrir a porta, cheguei a conclusão que não era, ele não sabia da minha vinda.
- Oi - sorri nervosa
- Posso entrar? - perguntei ainda mais nervosa
- Claro. - ele sorriu e me deu passagem
Entrei observando tudo, ele realmente tinha acabado de chegar, pois suas malas ainda estavam na sala. Depois de fechar a porta, Damon surgiu na minha frente e me convidou para sentar e eu aceitei. Ficamos um tempo em silencio, eu não sabia o que dizer, estava ali e nada vinha em minha mente, tive ate vontade de levantar e sair correndo, mas a voz dele acabou me impedindo.
- Posso dizer que fiquei surpreso com sua visita.
- Ah é? Pensei que estivesse me esperando. - disse isso com dois sentidos
- Por que achou isso? - mas ele não percebeu nenhum
- Recebi uma mensagem dizendo que você tinha chegado de viagem e seu porteiro sabia que eu viria... - resolvi contar
- Estranho... - ele disse e se calou por um tempo, ficando pensativo. - Eu só liguei para uma pessoa avisando que tinha chegado. - completou por fim
- E quem seria? - perguntei sugestiva
- Minha mãe
Assim que ele disse isso, toda a conversa que eu ouvi na casa do lago entre Deborah e George, veio em minha mente, seria ela me ajudando?
- Eu vim aqui pra conversar com você. - resolvi começar logo o assunto
- Se foi o meu pai que pediu isso, eu peço desculpas. Mas ele...
- Não. - cortei-o - Quer dizer sim, ele me pediu isso - sorri - Mas eu não vim aqui por causa dele.
- E por que então? - ele ficou serio
- Por causa do convite azul - esperei um pouco ele assimilar
- Ah - ele disse um pouco surpreso e sorrindo - O que tem a dizer? - ele perguntou um pouco nervoso
- É tudo verdade? O que você escreveu no verso? - agora eu quem estava nervosa
- Todas as palavras - respondeu olhando em meus olhos
- Eu demorei um pouco pra descobrir - sorri de lado
- Quando eu te beijei, achei que você já soubesse o que eu sentia - neguei com a cabeça - E você?
- O que tem eu?
- O que sente por mim? - ele estava visivelmente nervoso
- Você é lindo, Damon. O cara mais lindo que conheci e mexeu comigo, muito ate. - sorri - Quando entrei naquela sala e vi você, quando seus olhos azuis se encontraram com o meu, eu me vi perdidamente apaixonada por você, tudo o que eu queria era te fazer feliz. - Você disse no passado, por que agora não é mais?
- Por mais que eu sabia que irei sofrer e por mais que eu não queria, eu continuou apaixonada por você - abaixei a cabeça - Eu tentei mudar isso, tentei seguir em frente e te esquecer, mas não consegui.
Ficou um silencio ao fim da minha declaração, eu queria levantar a cabeça e encarar o rosto do Damon, mas não tinha coragem. Mesmo ele dizendo que tudo na carta era verdade, tinha medo dele virar e dizer que era tarde demais. Quando tive coragem pra levantar a cabeça, me deparei com o rosto dele próximo ao meu e antes que eu me afastasse ou falasse algo, senti a mão dele em minha nuca, me trazendo pra mais perto, para enfim me beijar.
Diferente do primeiro beijo, esse foi calmo, lento e eu pude sentir carinho e amor. Nesse beijo, eu não me assustei e nem pensei em me afastar, ao contrario, eu queria mais. Passei meus braços por seu pescoço e juntei mais nossas bocas.
Quando sentimos o ar faltar, o beijou passou da boca pro pescoço, ouvido e depois voltou pro pescoço, e quanto mais ele descia, mais quente o lugar ficava e menos nós nos importávamos com os outros. Uma hora eu estava no sofá e no minuto seguinte estava sentada em seu colo e sabia que tinha que parar, mas não tinha forças.
- Damon. - sussurrei enquanto sentia seus lábios molhados em meu pescoço
- An?! - ele gemeu
- Vamos com calma - me afastei um pouco
- Por quê? - ele tentou se aproximar, mas não deixei.
- Por que você ainda é noivo e vai se casar amanha.
Eu sai do seu colo e voltei a sentar no sofá, ele bufou e se levantou, foi ate a cozinha e voltou com um copo de água, pensei que ele tinha ficado bravo ou algo assim, mas não, ele sentou ao meu lado e falou:
- Você acredita que eu ainda não sei por que aceitei me casar?!
- Nem você e nem sua família
- Eu sei
- Então por quê?
- Ela deu a idéia do casamento e eu achei que seria legal, já estava na hora de me casar mesmo e aceitei
- Em nenhum momento foi por amor?
- Da minha parte não.
- Você sabe o que falam da Katherine?
- Dela falida e querendo o casamento apenas por interesse?!
- É
- Eu sei, já ouvi falar.
- O que acha?
- Da Katherine, eu espero tudo.
- E mesmo assim ia se casar?
- É um pouco complicado isso
- Tem haver com o seu pai mandando em sua vida?!
- Como sabe?
- Stefan me contou
- Falando nele... O que vocês são?
Sorri pra ele, pois eu já esperava essa pergunta e contei tudo, toda a minha relação com o Stefan e ate contei o que achava sobre ele e a Miley. O tempo voou e já era de noite, Damon pediu comida japonesa e jantamos juntos, entre conversa e beijos.
- O que vai fazer agora? O casamento é amanha.
- O que vou fazer? - assenti - O que devia ter feito há muito tempo, vou cancelar o casamento.
- Só tenho dó da Miley. Organizou tudo pra nada
- Verdade - ele assentiu - Mas quem sabe não podemos compensar algum dia
- Como?
- Quando nos casarmos ela pode organizar.
- Casarmos? - engasguei
- É. Por quê? Não quer casar?
- Claro que quero. - sorri
- Então ela vai organizar tudo. Tenho certeza que isso a deixara feliz
- E como deixara - sorri e ele me beijou
Ali, jantando com o Damon, rindo e brincando, parecia um sonho, ainda mais sabendo que ele ia desistir do casamento pra ficar comigo. Começou a ficar tarde e eu resolvi ir embora, mas Damon não deixou e me pediu algo:
- Dorme comigo? - lhe encarei e percebi que ele falava serio
- Acho melhor não - eu queria aceitar, mas ia ser rápido demais.
- É apenas dormir, eu prometo - ele fez uma carinha tão fofa, que não resisti.
- Okey - disse por fim sorrindo
Ajudei Damon a lavar a louça e depois seguimos para seu quarto, era a primeira vez que eu ia lá e quando entramos fiquei observando cada canto.
- Quer tomar banho? - perguntou parando em minha frente
- Eu não tenho roupa
- Você pode dormir com uma camiseta minha
- Okey - dei de ombros, me rendendo novamente a sua carinha.
- O banheiro é ali - ele apontou para uma porta
Assenti e me encaminhei pra lá, tirei toda a roupa e coloquei num banquinho que tinha ali, entrei no chuveiro e tomei uma ducha rápida, assim que desliguei o chuveiro, ouvi Damon falar:
- Tem toalha limpa no armário
- Obrigada - respondi sorrindo
Sai do box e peguei uma toalha, me sequei e tive que colocar a mesma calcinha, fui ate a porta e abrindo-a só um pouco, falei:
- A camiseta - estendi a mão e logo recebia-a
Voltei pro banheiro e coloquei a camiseta preta do Damon, ela vinha ate a metade da coxa, desfiz o coque que tinha feito antes de entrar no banho, penteei com a mão e sai.
- Pronto - ao ouvir minha voz, Damon se virou
- Ficou linda com a minha camiseta - eu sorri e ele acariciou minha bochecha - Vou tomar banho, pode ficar a vontade.
Assenti e ele entrou no banheiro, olhei pro quarto e vi que a cama já estava arrumada, fui ate a sacada, dei uma olhada na noite e voltei pra dentro. Quando olhei pro celular dele em cima do criado-mudo, lembrei que o meu tinha ficado na sala junto com a minha bolsa, então fui buscá-la.
Quando voltei pro quarto, Damon já tinha saído do banheiro e estava apenas de samba-canção, sorri olhando para seu corpo, vendo como ele era gostoso, na medida certa pra mim.
- O que foi? - ele perguntou encabulado
- Nada. - balancei a cabeça
- Você vai precisar de uma escova de dente?
- Não, eu tenho a minha de reserva - tirei uma necesser da bolsa
- Uma mulher precavida - comentou sorrindo
- Sempre, amor. - sorri pra ele
- Como é? - ele fez uma cara engraçada
- O que? - perguntei sem entender
- Como você me chamou? - pensei no que tinha falado e entendi o que ele tinha perguntado
- Ah é. - sorri envergonhada - Eu te chamei de amor - minhas bochechas estavam vermelhas.
- E eu amei
Ele disse se aproximando mais e me beijando, retribui o beijo, mas logo me afastei, fui pro banheiro, escovei os dentes e voltei pro quarto. Damon já estava deitado e eu fui me deitar junto. Ficamos um tempo conversando e nos beijando ate o sono chegar e quando chegou, eu me virei e ele me puxou para grudar nele, ficando assim de conchinha e não deu cinco minutos e eu estava dormindo, sentindo seu calor e seus carinhos.
- Sei que está acordada, não vai abrir os olhos?
- Tenho medo que seja um sonho. - sussurrei também
- Não é - senti os lábios do Damon tocar minha nuca e me arrepiar inteira - Bom dia.
- Bom dia - respondi me virando e abrindo os olhos
- Eu ia adorar acordar todo dia assim
- E eu ia amar acordar e encontrar esse par de olhos azuis me fitando
Ficamos um tempo na cama nos beijando e brincando, ate que o celular dele toca anunciando uma nova mensagem.
- Quem é? - perguntei assim que ele pegou o celular, só que em vez de responder, ele me entregou o celular - Não esqueça que hoje casamos. Beijos Katherine
Li em voz alta e vi Damon revirar os olhos, larguei o celular na cama e levantei, indo pro banheiro, fiz minha higiene matinal e voltei pro quarto, Damon continuava deitado. A realidade estava batendo, Damon se casaria em algumas horas e eu não sabia o que ia fazer, ia ser mais difícil agora esquece-lo. Acho que ele percebeu o que se passava em minha mente, pois levantou depressa e veio ate mim.
- Hei, eu não vou me casar.
- E vai fazer o que? Deixar ela e todos esperando?
- Não - ele se afastou e foi pro banheiro
Enquanto ele ficava lá, eu coloquei a mesma roupa de ontem e arrumei a cama, Damon saiu do banheiro, foi ate seu guarda-roupa e tirou uma calça e camiseta preta de lá, ali na minha frente mesmo ele se trocou.
- Pra onde vamos?
- Primeiro pra sua casa, vou te deixar lá arrumando suas coisas e se trocando.
- E você?
- Eu vou ate a casa da Katherine, vou terminar tudo com ela e depois volto pra te buscar.
- E iremos pra onde?
- Que tal um final de semana esquiando? - perguntou sorrindo de lado
- Esquiando? - perguntei sorrindo também
- É. - ele deu de ombros
- Okey, eu aceito. Vou pra qualquer lugar com você. - lhe dei um selinho
Saímos do seu apartamento sem tomar café, no meio do caminho Damon ligou para o Stefan.
- Você está atrasado! - a voz do Stefan saia do viva a voz
- Não vou mais me casar - Damon disse calmo, como se ele estivesse falando do tempo.
- Como? - Stefan gritou
- Não vou me casar, estou indo terminar tudo com a Katherine.
- Por quê? - Stefan perguntou, mas pude notar que sua voz era pura alegria.
- Ela não é a mulher que me fará feliz - ele olhou pra mim e sorriu - Avisa todo mundo que não haverá casamento e peça desculpas em meu nome, depois eu explico tudo melhor.
- Okey - a felicidade do Stefan podia ser percebida a quilômetros de distancia, ele só faltava gritar de felicidade
Damon desligou o celular e parou o carro, olhei pra fora e percebi que já tínhamos chegado no meu apartamento.
- Daqui a pouco venho te buscar. Arruma uma mala cheia de roupas de frio. - sorriu por fim
- Pode deixar. Boa sorte. - lhe dei um selinho e sai do carro
Enquanto subia, desliguei o celular, eu não queria falar com a Miley e nem com Stefan, pois eu sabia que um deles ia me ligar, talvez ate os dois, mas por enquanto eu não queria falar com eles, queria apenas ficar centrada em arrumar minhas coisas e pensar na felicidade que me aguardava. Cheguei ao meu apartamento, comi alguma coisa e fui arrumar as minhas malas, quando terminei fui tomar banho e trocar de roupa, ainda tive que esperar um tempo e já estava começando a ficar sem paciência e preocupada.
Quando o interfone tocou, pulei do sofá e fui atender, era o Damon. Ele subiu, me ajudou a descer com as coisas e entramos no carro.
- Desculpe a demora, passei em casa para pegar as minhas malas.
- Tudo bem. Como foi lá?
- Horrível. Tentei uma conversa tranquila, mas não rolou. Katherine surtou, gritou e implorou.
- Mas acabou bem?
- Em partes. Ela disse que não ia aceitar isso e que ia dar um tempo pra eu pensar.
- Mas você contou o por quê?
- Contei e ela disse que sabia que era isso, e disse mais um monte de coisas, mas eu ignorei e declarei o fim do meu relacionamento com ela.
- Sua família deve estar sem entender nada.
- Devem estar mesmo, mas eu converso com eles quando chegarmos nos Alpes.
- Eu desliguei meu celular, pois sei que a Miley ou o Stefan vão me ligar.
- Também desliguei. Quero curtir nossa viagem.
Sorrimos e Damon pegou na minha mão beijando-a, seguimos para o aeroporto em silencio, quando chegamos lá o jatinho da família Salvatore já estava esperando, embarcamos e seguimos para os Alpes.
- Tenho três mensagens da Miley e duas do Stefan. E varias ligações deles dois. - falei sorrindo
- Tenho duas mensagens dos meus pais e varias ligações também.
- 'O Damon não vai mais se casar', essa foi à primeira da Miley. 'Onde você está? Preciso falar urgente com você' 'Te liguei varias vezes, me diga que não fez nenhuma burrada'
- Ela é louca - Damon disse rindo - O do meu pai é assim: 'Você fez a coisa certa, mas eu e sua mãe queremos uma explicação'. E da minha mãe é: 'Filho, por que não atende o celular? Você esta com vergonha do que fez? Não precisa, te apoiamos e estamos aqui. Liga.'
- É, seus pais estão preocupados, acho melhor ligar pra eles.
- Eu vou, mas antes...
- O que? - perguntei sem entender
- O que o Stefan mandou? - sorri não acreditando nisso, Damon ainda tinha ciúmes do primo.
- Ele escreveu assim: 'Meu primo não vai mais se casar, não sei o por quê, mas acho que você tem uma chance' e a outra foi: 'A Miley me ligou desesperada, onde você está? Tentei te ligar, mas deu fora de área. Onde está? Espero que esteja bem.'
- Vamos acalmar eles - assenti e Damon ligou para seus pais - Vou colocar no viva a voz
- Okey.
- Damon. Filho - duas vozes surgiram
- Oi - ele respondeu
- Onde está? - Deborah perguntou
- Estou nos Alpes Peninos, Suíça.
- Suíça? - George repetiu
- Por que fugiu? - Deborah perguntou
- Eu não fugi, mãe, só quis viajar.
- Você está sozinho? - escutamos uma terceira voz, era o Stefan
- Não - Damon respondeu e me encarou
- Quem está com você, filho? - Deborah era a única que fazia as perguntas
- A está comigo. - houve um silencio por um tempo
- Oi gente - resolvi falar
- . – escutei a voz da minha amiga e ela parecia desesperada - Eu quase morri de preocupação, você não atendia o celular, eu já imaginei coisas horríveis.
- Calma, Miley, eu to bem. Desculpe preocupa-la
- Agora vocês podem explicar as coisas? - George pediu
- Pai, não tem o que explicar. Eu amo a e ela me ama, vamos ficar juntos.
Depois que o Damon falou isso, houve uma explosão de perguntas, todos falando juntos, demoramos um tempo para conseguirmos explicar as coisas.
- Então minha mensagem deu certo?!
- Foi você, mãe?! - encarei Damon surpresa e ele também estava
- Eu vejo as coisas e quando conheci a , soube na hora que ela sentia algo por você, então resolvi dar um empurrãozinho.
- Obrigada, Deborah, ajudou muito - agradeci.
- Obrigado mesmo mãe.
- Que isso. Agora eu só quero que vocês sejam muito felizes.
- Seremos - dissemos juntos
- Curtam a Suíça. E não se preocupem em voltar rápido, vocês estão de ferias. - George disse feliz
- Okey. - Damon falou sorrindo
- Obrigada, George - falei sorrindo também
Despedimos-nos de todos e desligamos o celular, olhamos um pro outro e sorrimos e nos beijamos. Eu nem tinha percebido que o dia já estava acabando, mas logo o sol ia se por.
- Conheço um lugar lindo pra ver o sol se pondo.
Vesti um casaco mais quente e o Damon também, saímos da cabana de mãos dadas e seguimos para uma trilha, dez minutos depois eu podia ver boa parte dos Alpes Peninos e o sol se pondo, Damon me abraçou por trás e sussurrou em meu ouvido.
- O que achou?
- Lindo - sorri fechando os olhos e curtindo uma brisa gelada
- Um lugar perfeito para dizer algo
- E o que? - perguntei me virando de frente pra ele
- Te amo, - meus olhos encheram de lagrimas e eu sorri
- Te amo, Damon - respondi e nos beijamos
Realmente era o lugar perfeito e o momento perfeito, eu iria lembrar disso sempre, era como um sonho, mas era um sonho bem real.
Stefan andava de um lado pro outro na porta daquela igreja, ele tinha acabado de falar com o seu primo e descobrira que não ia ter mais casamento, mas ele não sabia o que fazer, as pessoas iam chegar daqui a pouco e ele teria que mandar todos de volta pra casa. Alguns minutos depois, Deborah e George chegaram, bastante preocupados com o sumiço de Damon.
- Ele não vem. - Stefan falou depois de ser questionado onde o primo estava
- Como assim não vem?
- Ele decidiu não se casar, só não pergunte o motivo, pois ele não disse.
E os três não tinham nada a fazer, a não ser mandar todos os convidados de volta pra casa. Stefan deixou seus tios em frente da igreja recebendo os convidados e explicando as coisas e foi ate Miley, a organizadora do casamento.
- O que foi? - ela perguntou um pouco nervosa
- Damon desistiu do casamento - Stefan sorriu no final da frase
- Jura? - ela perguntou sorrindo também e ele assentiu - Não acredito - ela gritou em plena igreja
- Ele acabou de me ligar.
- Quer dizer que nem tudo está perdido, a terá a sua chance.
- Sim, temos que falar com ela.
- Pode deixar que eu ligo.
Stefan voltou pra frente da igreja e Miley foi falar com o seu pai e ligar para sua amiga, . Todo o ritual de desfazer um casamento levou cerca de uma hora e meia, George pagou todas as coisas que não foi usado e liberou a igreja, indo para sua casa com Deborah, eles ainda estavam achando muito estranho o cancelamento de ultima hora e muito preocupados com a falta de comunicação do filho.
Miley tentou falar com varias vezes, mas não conseguiu. Ela já estava entrando em desespero, quando Stefan se aproximou.
- O que foi?
- Ela não me atende, não responde minhas mensagens.
- Vou tentar falar com ela.
E ficou os dois tentando falar com , mas nada da menina atender e isso levou horas. Stefan resolveu levar Miley para a casa dos seus tios, quem sabe lá eles não tinham alguma noticia, mas ao chegar lá, apenas encontraram Deborah e George preocupados com o sumiço de Damon.
- Ele pode ter ficado com vergonha e se escondido em algum lugar. - Deborah falava tentando se acalmar
- E a minha amiga? Ela era apaixonada pelo o Damon, tenho medo dela ter feito algo.
- Ela era apaixonada pelo o Damon?! - George perguntou surpreso e Miley assentiu
- Qual foi a ultima vez que falou com ela?
- Meu pai disse que ela foi me procurar ontem lá na empresa, depois disso não soube mais dela.
- Vamos todos manter a calma e os pensamentos positivos. Eles dois vão aparecer. - Stefan disse tentando se acalmar
- Será que não tem uma chance deles dois estarem juntos?! - Deborah perguntou, se lembrando da mensagem que enviou para ontem.
- Seria uma chance bem pequena - Miley respondeu
E a preocupação deles levou horas, ate o celular de Deborah tocar, anunciando uma chamada de Damon, ela colocou no viva a voz, para que todos escutasse e falassem. No fim estava tudo bem, Damon e estavam juntos e tinham ido para a Suíça, resolveram tirar umas ferias. Essa foi a melhor noticia naquele dia para todos, Miley pulava de felicidade pela a amiga, enfim ela tinha conseguido seu tão desejado sonho, tinha conseguido seu principe encantado. Stefan também estava feliz, feliz pelo o primo que tinha se livrado de uma interesseira e encontrado uma mulher de verdade que lhe amava muito e feliz pela a sua nova amiga, que tinha permitido amar e ser amada, que tinha encontrado sua felicidades. George e Deborah também estavam felizes, eles teriam a nora dos sonhos, uma garota batalhadora, adorável e carinhosa, que tinha passado por tantas e continuava amando a vida.
Uma semana depois
Na segunda-feira todos estavam na empresa para voltar seus trabalhos, mas foi uma segunda difícil para Stefan e George, que receberam varias perguntas em relação ao cancelamento do tão falado casamento, esse era o assunto mais falando na empresa e fora dela também, já que o casamento ia sair em algumas revistas, mas ao contrario disso saiu o cancelamento dela. Mas os dois respondiam as perguntas numa boa, sempre com a cabeça erguida, pois isso tinha sido uma benção.
E os dias foram passando, o assunto casamento foi esquecido e tudo voltou ao normal. Damon e resolveram ficar uma semana nos Alpes Peninos, resolveram aproveitar as ferias que George dera, mas tudo o que é bom dura pouco, e a diversão deles também acabou, no domingo de manha, eles arrumaram suas coisas e voltaram pra casa.
Mas para tinha sido a melhor semana da sua vida, ela tinha aproveitado ao maximo cada dia daquela semana, naquele lugar maravilhoso, ao lado do homem maravilhoso que era o Damon. E pra ele tinha sido igual, tinha conhecido tantas coisas de que ainda não conhecia e se apaixonado mais e mais por ela.
Quando voltaram pra casa, o primeiro lugar que pararam foi o apartamento dele, onde deixaram as coisas e descansaram um pouco, depois de um banho e de trocar de roupa, eles foram para a casa dos Salvatore, onde um jantar lhe esperavam. Foi um jantar onde todos puderam conversar melhor, contar um pouco de suas historias e por fim contar da semana que Damon e passaram na Suíça.
Mas nem tudo seria flores dali pra frente, eles sabia que teriam que enfrentar uma ex-noiva furiosa e que ia querer vingança e também vários comentários e obstáculos que as pessoas iam colocar em suas vidas, mas eles estavam felizes e juntos, tinham muito amor e era o que importava.
Três anos se passou e depois de muitos obstáculos, alegrias e tristeza, teria mais um sonho realizado, ela se casaria com Damon. A organizadora e madrinha do seu casamento seria sua melhor amiga Miley e claro junto do melhor amigo e agora primo Stefan.
se sentia a mulher mais feliz enquanto se arrumava, ela seria mais feliz se tivesse alguém da sua família ali, se ela tivesse seu pai para levá-la ao altar, mas estar se casando com o homem que sempre amou e estar construindo uma família com ele, já estava muito bom e ela sabia que de uma forma ou outra seus pais e avos estariam ali.
não se cansava de olhar no espelho e se ver vestida de noiva, ela virava e virava, de um lado pro outro, ate baterem na porta.
- - George colocou a cabeça pra dentro
- Oi - ela sorriu se virando pra ele
- Está tão linda - ele falou entrando e indo abraçá-la
- Você também está.
- Mas você me vê assim quase todos os dias. - ele brincou
- Mas hoje está mais lindo, tem um brilho em seu olhar.
- Tenho certeza que é o mesmo brilho que eu vejo em seu olhar.
- Pode apostar que sim. - eles se abraçaram de novo e antes que ela começasse a chorar, resolveram ir.
- Vamos, está na hora.
- Vamos sim. - ela respirou fundo
- Meu filho só falta fazer um buraco no chão de tanto andar de um lado pro outro.
- Então vamos antes que ele venha me buscar no colo.
Os dois saíram sorrindo da mansão Salvatore, onde tinha se arrumado e onde ia ser a festa, e foram pro carro que ia levar eles pra a pequena capela. A viagem foi curta, pois a capela ficava perto, assim que desceu do carro com ajuda do sogro, sorriu ao ver sua amiga e seu amigo ali.
- Está cinco minutos atrasada. - Miley brincou
- Toda noiva se atrasa - respondeu
Stefan veio ate e lhe beijou a testa, depois foi ate Miley e estendeu o braço, onde ela enganchou e se preparou para entrar. A primeira musica, escolhida para os padrinhos entrarem, começou a tocar, dois padrinhos da e do Damon entraram e a porta foi fechada, se encaminhou pra lá junto de George, o qual ia fazer a parte do pai da noiva. Ele tinha ficado muito emocionado quando ela veio convidá-lo para ser seu acompanhante, fazendo-o amar mais ainda sua nora. Depois de cinco minutos a musica escolhida para a entrada da noiva começou a tocar, segurou mais firme em George e respirou fundo, a porta foi abrindo lentamente e o coração dela começou a acelerar, quando ela conseguiu ver Damon em cima do altar, ela já nem sentia mais o seu coração, de tão acelerado que ele estava.
(Música)
Comparações são facilmente feitas
Uma vez que você tem o sabor da perfeição
Como uma maçã pendurada em uma árvore
Eu escolhi a mais madura
Eu ainda tenho a semente
Você disse "siga em frente"
Pra onde vou?
Acho que o "segundo melhor"
É tudo que eu saberei
andava lentamente, quando sua vontade era correr para os braços de Damon, ele tinha um sorriso tão lindo e tão iluminado, no meio do caminho ela já não conseguia mais segurar as lagrimas, então deixou-as rolarem, mas era apenas lagrimas de felicidades. Ela conseguiu tirar seus olhos cinco minutos da direção de Damon, para ver as pessoas que estavam presentes no seu dia mais importante, era bastantes pessoas, a maioria trabalhava com ela na empresa, alguns eram amigos do Damon da faculdade e no altar estavam as mais importantes, sua amiga Miley, junto de Stefan e Deborah.
Porque quando eu estou com ele
Eu estou pensando em você
Pensando em você
O que você faria se
Você fosse aquele
Que estava passando a noite
Oh! Queria que eu
Estivesse olhando dentro dos seus olhos
Você é como um verão indiano
No meio do inverno
Como um doce duro
Com uma surpresa no centro
Como eu fico melhor
Uma vez que já tive do melhor?
Você disse que há
Toneladas de peixes na água
Então as águas eu vou examinar
Já no fim daquele corredor, ela repassou tudo o que viveu para chegar nesse dia, tudo o que teve que passar, tudo o que teve que enfrentar. O dia que achou que tinha perdido-o para sempre, o dia que beijo-o pela a primeira vez, a sensação que teve em ter os lábios deles nos seus, a realidade que chegou depois, fazendo-a sofre mais, as vezes que teve que vê-lo com outra, os conselhos da sua melhor amiga... Tudo aquilo parecia tão distantes agora, quase irreal.
Ele beijou os meus lábios
Eu senti sua boca
Ele me puxou pra perto
Eu fiquei com nojo de mim mesma
Porque quando eu estou com ele
Eu estou pensando em você
Pensando em você
O que você faria se
Você fosse aquele
Que estava gastando a noite
Ah, queria que eu
Estivese olhando dentro...
E tudo o que faltava agora era três degraus, ao qual ele desceu para recebê-la do seu próprio pai, George sorriu, apertou a mão do filho e deu a mão de a ele.
- Cuide bem dela.
- Como a minha vida. - Damon respondeu sorrindo e com os olhos brilhando
Ele se aproximou mais de e beijou sua testa, limpou as lagrimas delas e subiu as escadas. se sentia mais segura agora, ela estava ao lado do seu porto seguro, o homem que faria de tudo por ela, como ele já provara muitas vezes. Ela não conseguia tirar o sorriso do rosto, era uma felicidade plena.
Você é o melhor
E sim, eu me arrependo
Como eu pude me permitir
Deixar você ir
Agora a lição está aprendida
Eu toquei e fui queimada
Oh! Eu penso que você deveria saber
Porque quando eu estou com ele
Eu estou pensando em você
Pensando em você
O que você faria se
Você fosse aquele
Que estava gastando a noite
Ah! Eu queria que eu
Estivesse olhando dentro dos seus...
Seus olhos
Olhando dentro dos seus olhos
Olhando dentro dos seus olhos
Oh, você não vai vir
E arrombar a porta, e
Me levar embora?
Oh! Sem mais erros
Porque nos seus olhos eu gostaria de ficar
Ficar...
A musica chegou ao fim e todos se sentaram, e Damon se olharam e sussurraram:
- Te amo
O padre olhou sorrindo para os dois jovens ali em sua frente e começou a falar:
- Estamos aqui reunidos para unir este casal...
escutou tudo o que o padre dizia, mas apenas se prendeu nas palavras que mais importava pra ela, as palavras que iam fazer todo aquele sonho se tornar realidade:
- Martin, você aceita Damon Salvatore como seu marido, e promete ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da sua vida?
- Aceito - ela respondeu sorrindo e chorando ao mesmo tempo
- Damon Salvatore, você aceita Martin como sua esposa, e promete ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da sua vida?
- Aceito - ele respondeu sorrindo também
Depois dessas palavras e do aceito, o padre disse mais algumas palavras e por fim disse:
- Eu os declaro marido e mulher. Agora você pode beijar a noiva.
Ele sorriu assentindo e beijou com todo o seu amor.
Depois disso, a festa aconteceu sem hora para acabar na mansão Salvatore, todos se divertiram e celebraram, teve discurso e declaração, e no meio da festa Damon e escaparam de fininho, indo ter o momento a sós deles, agora como marido e mulher.
- Ainda parece sonho? - ele perguntou em frente ao lago
- Sempre vai parecer um sonho e quero que continue assim.
- A melhor coisa que aconteceu na minha vida, foi fazer parte desse sonho com você.
- E a melhor coisa que aconteceu na minha vida, foi você ter entrado no meu sonho.
Os dois se beijaram apaixonados em frente ao lago, onde juraram amor e felicidade.
Stefan e Miley observavam os dois ali na beira do lago, eles tinham um sorriso nos lábios e estavam abraçados.
- Feliz por eles? - ela perguntou
- Muito. Consegui ter a amizade do meu primo novamente, consegui uma melhor amiga e ainda ganhei uma namorada incrível. - ele sorriu beijando Miley
- Ela sofreu tanto e agora terá uma felicidade plena. Agora eu acredito que sempre teremos aquilo que merecemos. Ela merecia a felicidade e conseguiu. E eu ainda descolei um namorado maravilhoso. - ela brincou no final e beijou Stefan
A vida deles não parou por ai, eles ainda tiveram muitas coisas, passaram por muitas coisas, mas sempre com felicidade e sonho.
Sonhar é importante, mas correr atrás é mais importante ainda.
"Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade."
Walt Disney
(N/A: É isso ai pessoal, espero que tenham gostado de mais uma estoria. Não esqueçam dos comentários. Beijos. Ate breve.)
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