One Night

One Night




Sinopse

Balada + bebida + carência = Consequência
O que seria passar uma noite com o seu melhor amigo? Para e Damon um erro, mas que seria totalmente esquecido. Só que se dessa noite tivesse uma consequência? Damon e vão ver suas vidas mudarem com apenas uma noite.

Prologo


Minha cabeça doía muito, eu tentava me recordar do que tinha acontecido, mas apenas flexes vinha em minha mente. Eram luzes piscado, bebida, musica alta e eu beijando o meu melhor amigo.
Pronto, bastou isso pra eu me sentar com tudo na cama, só que ao fazer isso, senti tudo rodar e voltei a deitar, colocando a mão na cabeça e fechando os olhos. Eu teria que ficar assim por um tempo. A dor foi passando, mas ela só ia passar completamente depois de tomar uma aspirina e a tontura também. Ainda deitada, fui lembrando do que aconteceu.
Eu estava mal por ter terminado o meu namoro de dois anos e não querendo me ver chorar, meu melhor amigo me levou para uma balada, nós dançamos, bebemos e curtimos. No meio da festa, um carinha chegou em mim e eu não dei bola, só que ele não se tocava e o meu amigo veio me ajudar, depois disso, nós acabamos nos beijando e o cara se afastou. Era pra gente parar por ai, só que o beijo estava bom demais e fomos parar numa parede, tendo uns amassos bem quente.
Eu falei pra irmos embora, então viemos para o meu apartamento, os amassos continuaram dentro do táxi, do elevador e foi seguindo, ate pararmos em minha cama e fazermos sexo.
Novamente me levantei com tudo, colocando a mão na cabeça e depois passando pelo o corpo, eu estava nua, deitada na minha cama... Devagar eu fui olhando para o lado e qual não foi a surpresa ao dar de cara com o meu amigo dormindo nu ao meu lado. Pensei em gritar, mas o que isso ia adiantar? Virei o meu rosto para os lados, tentando ver se isso não era um sonho, mas não... Era tudo muito real.
E o que eu faria agora? Eu fiz sexo com o meu melhor amigo e que tem uma namorada que não gosta de mim. E o pior, eu não sabia como a nossa amizade ficaria depois disso.

Capitulo 1 - Seremos sempre amigos


Eu não sabia se entrava em pânico ou não. Mas ai eu parei e pensei, pânico pra que? Já aconteceu mesmo, nada vai fazer voltar o tempo. A única coisa que eu poderia fazer era seguir em frente. Então levantei da cama, sem acordá-lo e fui pro banheiro, eu precisava de um banho.
Enquanto a água morna caia em minhas costas, mais lembranças da noite anterior vieram em minha mente. Em como o corpo dele era lindo e perfeito, suas caricias, seu beijo, sua língua, nossos corpos tinham sincronia... Abri os olhos e me recriminei por pensar nisso. Ele era apenas o meu amigo e nada mais.
Terminei o banho, me sequei e peguei meu roupão. Quando voltei pro quarto, Damon olhava para as paredes um pouco perdido.
- Não sabe onde esta? - perguntei e ele se virou pra mim
- Não sabia... - ele me olhava tentado entender alguma coisa
- Você esta na minha casa.
- Eu sei, mas o que faço deitado na sua cama e nu? - ele perguntou com a testa enrugada
- Tente forçar um pouco a sua mente. - disse fazendo uma careta
Damon ficou encarando o nada por alguns minutos e começou a fazer varias expressões, como se tivesse se lembrando e por fim sua cara era de surpresa e sua boca estava aberta.
- Nós fizemos mesmo isso? - ele perguntou
- Pelo o jeito que acordamos... - eu deixei a frase morrer, não precisava de mais para entender.
- Mas nós somos amigos.
- Eu sei. - disse indo me sentar
- Eu tenho namorada
- Também sei, Damon.
- E ela deve estar furiosa comigo.
- Se você acha que ela esta furiosa agora, imaginei se ela descobre que você passou a noite comigo.
- Ela me mata
- Não, amor, é bem capaz de ela me matar. Ela já queria fazer isso, agora tem motivo.
Levantei saindo do quarto e indo pra cozinha. Eu precisava logo de remédio e de café. Coloquei a maquina do café para funcionar e peguei no armário aspirina. Damon apareceu ali minutos depois, com uma calça e cabelos molhados.
- Usei sua toalha
- Tudo bem. - disse tomando o remédio
- É aspirina? - ele perguntou e eu assenti.
Ele também tomou uma aspirina e eu coloquei duas xícaras no balcão, assim que o café ficou pronto, enchi as xícaras e ofereci uma para ele. Sentamos e tomamos o café, em um silencio estranho e irritante.
E o que já dizia que não estávamos bem, era esse silencio. Nós nunca ficávamos muito tempo em silencio, sempre tínhamos assuntos. Sempre conversando e rindo. Eu não queria perder a amizade dele, eu conhecia Damon desde bebê. Ele era um mês mais velho que eu, nós dividimos o mesmo berço, nossas mães nos criaram juntos e agora, por um deslize, por uma bebedeira, íamos perder 22 anos de amizade.
- ? - Damon me chamava passando a mão em frente aos meus olhos
- Oi?
- Tava no mundo da lua?
- Não, pensando em nos dois.
- Sobre o que?
- Que eu não quero perder a sua amizade. - comecei a falar com a voz embargada e terminei chorando.
Damon levantou e veio me abraçar. Eu era sempre assim, quando pensava que nossa amizade estava em conflito, eu chorava. Por que eu não conseguia me ver sem o Damon, éramos como unha e carne, café com leite, arroz e feijão. Damon era tudo pra mim, meu confidente, amigo, irmão, tudo.
- Quem disse que a nossa amizade vai acabar? - ele falou ainda me abraçando
- É que depois do que aconteceu, eu pensei que você ia se afastar. - eu dizia fungando e ele me pegou no colo e me levou pra sala
- Hei. - ele chamou levantado o meu rosto, depois de sentarmos no sofá. - Pode acontecer o que for, eu nunca vou me afastar de você. Você é minha melhor amiga, minha confidente. Eu te conheço desde que nasci, não será um beijo ou uma noite de sexo que irá nos afastar.
- Promete? - disse igual a uma criança
- Prometo. - ele disse rindo e apertando a minha bochecha
- Mas nós temos que falar sobre isso. - eu disse mais seria agora
- Eu sei. - o celular dele tocou. - Mas depois, a Rebekah esta ligando.
- Okey. - disse fazendo careta e levantando do sofá
Fui pro meu quarto me trocar. Quando fiquei pronta, Damon entrou no quarto.
- Tenho que ir. Almoço na casa dos sogros.
- Vai lá curtir seu domingo.
- Okey e depois a gente conversa sobre o que aconteceu.
- Certo.
Ele pegou sua blusa que estava jogada num canto do quarto, vestiu, deu um beijo em minha testa e saiu, dizendo tchau. Escutei a porta se fechar e suspirei, as cenas da noite queriam voltar, mas eu as impedi e aproveitei pra arrumar o meu quarto. Coloquei toda a roupa de cama pra lavar, pois o cheiro de Damon estava impregnado nelas e isso só iria me fazer pensar no que fizemos e eu não queria isso. Abri as cortinas para o sol do verão entrar, organizei algumas roupas, coloquei outras pra lavar e quando achei que tudo estava no lugar, fui pra sala.
Meu celular tocou assim que sentei no sofá, anunciando uma nova mensagem. Peguei-o e fui ver, era de Damon.

De: Damon
Para:
"Independente de tudo, seremos sempre amigos. Não esqueça disso"


Sorri após ler a mensagem e suspirei. Damon era o cara dos sonhos de qualquer garota. Lindo, atencioso, gentil, educado, rico, engraçado, tinha o sorriso mais lindo do mundo, sem falar naqueles olhos azuis hipnotizantes e ainda era dono de um cabelo lindo, macio e na cor preta que contrastava perfeitamente com seus olhos. Ele podia ser resumindo como um desenho de Deus com perfeição. Você não encontraria outro igual ao Damon. Muitas meninas suspiravam por ele, queria pertencer a ele, queriam, nem que fosse, um pingo de sua atenção.
E eu tinha muita sorte de ser amiga dele, mesmo há um tempo querendo ser mais que isso. Só que agora eu tinha superado essa paixão e voltei a vê-lo só como o meu melhor amigo. O que eu não acho que foi sorte, foi o Damon ter conhecido a loira aguada, como eu chamo a namorada dele. Rebekah. Uma modelo linda, pena que chata. O que ela tinha de belo, ela tinha de chata, irritante e egoísta. Damon a acha tudo de bom, a mulher perfeita e eu acho ela uma vadia de primeira, que abre a pernas pra todos. Mas como dizem: o amor é cego e o Damon estava assim por ela.
Bufei irritada pelo o caminho dos meus pensamentos, eu não podia ficar sozinha, para pensar em besteiras e coisas insignificantes, como a Rebekah ou como Damon a chama: Bekah. Odeio quando ele fala assim dela, todo meloso. Pronto, já estou pensando de novo nisso.
Levantei decidida a fazer algo, quando o meu celular toca, olhei no visor e sorri.
- Stefan. - gritei ao celular
- . - ele gritou também
- Tudo bem? - disse mais baixo, só que sem deixar de sorrir.
- Sim e você?
- Bem. - tirando o fato que eu dormi com o meu melhor amigo e seu irmão, pensei. - Ligou pra que?
- Vai fazer algo hoje?
- Nada em mente por enquanto.
- Que tal um piquenique no parque?
- Nós dois?
- Pensei que você podia chamar aquela sua amiga... - Stefan disse e eu cai na gargalhada
- Pode deixar, eu chamo ela... Só se você chamar o seu amigo.
- Qual?
- Que isso, Stefan, ate parece que eu dou bola para todos os seus amigos.
- Não... Só pra metade deles.
- Assim você me magoa. Ta pensando que eu sou sua cunhadinha?
- . - ele me repreendeu
- Não é nenhuma mentira.
- O Damon sabe o que você pensa dela?
- Sabe sim. Eu não escondo o que penso
- Eu bem sei disso. Por causa disso já perdi muitas namoradas.
- Ah mais vai dizer que isso não é bom?!
- Bom como?
- Se você tivesse namorando alguma daquelas garotas, eu não teria te apresentado a minha amiga.
- Pensando assim...
- Viu!! Eu vou me arrumar e a gente se encontra no parque.
- Esta bem, pode deixar que eu levo a cesta.
- Certo e não esquece de chamar o Samuel.
- Sabia que você tinha ficando interessada nele.
- É, eu fiquei.
- E você não esquece de chamar a Elena.
- Pode deixar.
Eu desliguei o celular e fui pro meu quarto, indo colocar outra roupa. Arrumei o cabelo e passei algo no rosto, depois peguei meu celular e liguei para a minha amiga Elena.
- Oi Lena
- Oi .
- Tem algo pra hoje?
- Maratona de Sobrenatural.
- Serio, Lena? Vai passar o seu domingo assistindo Sobrenatural?
- Você sabe que eu gosto, .
- Eu sei, mas se eu disser que tenho algo melhor?!
- O que?
- Piquenique no parque?
- Ah não sei...
- E se eu disser que o Stefan vai estar lá? Ai você escolhe passar o domingo assistindo Sobrenatural ou ver o Stefan?
- Que horas você vai passar aqui?
- Quanto tempo leva pra se arrumar? - perguntei rindo
- Cinco, não... Espera, dez minutos.
- Okey.
Desliguei o celular rindo e terminei de me arrumar. Por isso que eu amava a Elena, ela era engraçada, pratica, não enrolava e me divertia muito. E não só por isso, Elena tinha varias qualidades incríveis, que fazia qualquer um se apaixonar ou gostar dela.
Peguei minha bolsa e as chaves do carro, desci o elevador e fui ate a garagem, entrei no meu carro e fui a casa da minha amiga.

Capitulo 2 - Piquenique


A casa da Elena não ficava tão longe da minha, levei quinze minutos pra chegar lá de carro. E assim que cheguei parei o carro na rua e desci, indo tocar a campainha. Ela atendeu o interfone e pediu que eu entrasse.
Esperei-a na sala, mas não deu nem pra esquentar o lugar, por que ela logo desceu.
- Oi amiga. - ela pulou em mim, que ainda estava sentada, era sempre assim.
- Oi Lena. Pronta?
- Claro. - ela disse sorrindo e já se encaminhando para a porta.
Entramos no meu carro e fomos para o lugar combinado, mas antes Elena quis que eu parasse no mercado.
- Mas pra que? O Stefan vai levar as coisas
- ... Eu não vou chegar de mãos abanando.
- Ele vai ficar chateado e vai achar que a gente não confia nele. - eu dizia no meio do caminho
- Tem certeza? - ela perguntou
- Eu o conheço desde que nasceu.
- Certo, então não precisa passar no mercado.
Assenti e continuei seguindo o caminho que levava ao parque. Parei o carro no estacionamento, passei um pouco de protetor solar, peguei a minha bolsa e sai, Elena já me esperava do lado de fora. Entramos no parque e fomos seguindo para a ala de piqueniques. Quando estávamos chegando perto, eu vi Stefan em pé e ele conversava com Samuel, que estava sentado. Continuamos a andar e antes que chegássemos perto, eu vi Vicki, prima de Stefan e Damon, que era chata e apaixonada por Stefan.
- Vai se preparando, Lena. - disse baixo
- Por quê? - ela perguntou me encarando
- Vicki esta ai.
- Quem é Vicki?
- Ela é prima do Stefan e é apaixonada por ele desde sempre. Odeia qualquer garota que de em cima do Stefan ou que ele esteja interessado. Ela vai te encher muito. - Elena encarou Vicki por um momento e riu
- , eu me garanto e não vai ser uma sem sal que vai me botar medo. Ela que se prepare, por que eu sou Elena Gilbert. - minha amiga dizia com o peito inflamado e cara de malvada
- Isso mesmo, amiga. - batemos à mão e rimos
Nisso a atenção de Stefan foi pra gente, que sorriu ao nos ver se aproximar. Ele veio andando ate a gente, por saber que Vicki não o deixaria cumprimentar a minha amiga direito.
- . - ele veio com os braços apertos.
- Oi Stef. - disse abraçando-o. - Por que trouxe a Vicki? - perguntei em seu ouvido
- Não tive opção. - ele disse fazendo um muxoxo. Afastei-me dele e deixei que ele cumprimentasse a minha amiga. - Oi Elena.
- Oi Stefan. - os olhos dos dois brilharam ao se encarar.
Eles se abraçaram forte e pude notar que eles conversavam aos cochichos. Disfarcei um pouco e encarei a mesa que a gente ia ficar, Vicki olhava pra gente, com cara de assassina, ainda mais para Elena. Sorri pra ela e acenei. Stefan e Elena se afastaram e fomos os três para a mesa. Ao chegar lá, Samuel, que estava mais lindo ainda, se levantou e me abraçou.
- Oi . Quanto tempo. - ele disse sussurrado em meu ouvido, o que me fez tremer dos pés a cabeça
- Oi Sam. Verdade, tempo mesmo. - disse fazendo o mesmo.
Samuel também cumprimentou Elena, parecendo saber quem ela era. Mas mesmo assim eu apresentei.
- Essa é a minha amiga Elena. Elena esse é o Samuel, amigo do Stefan e essa é Vicki, a priminha dele. - disse sorrindo na parte da Vicki, ela odiava quando era apresentada assim.
Elena cumprimentou Vicki como eu, só com um aceno de cabeça. Depois fomos nos sentar na mesa. Sentou eu, Samuel de um lado e Elena, Stefan e Vicki do outro. Tinha que ter alguém para atrapalhar o piquenique de casal.
Stefan e Elena engataram numa conversa e eu e Samuel noutra.
- E como anda a vida, ?
- Bem, poderia estar ótima se na quinta-feira a noite eu não tivesse levado um pé na bunda.
- Serio que seu namoro acabou? - a pergunta de Samuel era pra ter saído lamentável, mas notei um toque de alegria nela.
- É, mas quer saber, já não era sem tempo. Tyler era muito ciumento e grudento, sem falar em como ele sabia ser chato.
- Tenho que concordar com você. Aquele dia no churrasco na casa do Stefan, eu pude ver que ele era assim.
- E aquele dia foi um dos piores. - eu ri e ele me acompanhou.
Conversamos mais, depois começamos a conversar com Elena e Stefan e dessa vez Vicki também estava na conversa. Falávamos sobre varias coisas, pude notar as varias indiretas de Stefan para Elena e dela pra ele. Vicki tentou estragar o clima deles varias vezes, mas não conseguiu em nenhuma delas. Elena não se deixava intimidar por ela, o que a fazia ficar possessa. Nós também comemos muito, estava tudo uma delicia e quando Elena elogiou a cesta de Stefan, ele falou sem graça.
- Não foi eu quem fez, foi a minha mãe.
- Pois bem, agradeça a ela. - Elena disse sorrindo e fazendo Stefan sorrir também
- Se você quiser, pode você mesmo agradece-la. - Stefan disse sedutoramente
- Adoraria isso. - depois disso Elena e Stefan entraram num tipo de bolha só deles, que nem Vicki conseguia ultrapassar.
Eu voltei a conversar com Samuel, que estava bem soltinho hoje, já que ele era tão reservado.
- A piscina da minha casa foi reformada, você podia ir lá tomar um banho de piscina comigo. - ele falou depois que eu disse que estava bem quente e seria muito bom uma piscina
- Eu adoraria. É só marcar.
- Poderíamos ir hoje. - ele disse sorrindo ainda mais e mostrando seus dentes brilhantes
- Eu não tenho biquíni agora.
- Podemos passar em sua casa, antes de ir pra lá. Não deve ser tão fora de caminho. - pensei um pouco e ate que ele tinha razão, nossas casas ficavam no mesmo caminho. Dei uma olhada no relógio e pensei: Por que não?!
- Pode ser. - disse sorrindo e vi-o sorrir mais, se isso era possível
- Então vamos.
Chamei por Stefan e Elena e disse o que ia fazer, ate os convidei, só que recusaram, dizendo que já tinham outros planos. Então ficou certo de que Elena ia embora com o Stefan, enquanto Samuel ia comigo, já que ele veio com o Stefan. E a Vicki... essa decidiu dar uma volta, quando notou que sobrou e como ela tinha vindo com o seu próprio carro, não me importei com nada.
Ajudei a arrumar as coisas, depois peguei a minha bolsa e fui pro carro com Samuel. Durante o trajeto, fomos conversando sobre varias coisas, como faculdade, trabalho, namorados e namoradas, gosto musicas e tudo mais. Quando cheguei ao meu apartamento, convidei Sam para entrar e ele me esperou na sala, enquanto eu ia me trocar e pegar outra roupa. Demorei cerca de dez minutos e quando voltei pra sala, meu celular tocou. Era o Damon e eu senti meu coração acelerar, não entendendo o por que.
- Oi Damon.
- Oi .
- Tudo bem? - eu já tinha chegado à sala e Samuel me encarava
- Sim e você?
- To bem também.
- Fiquei sabendo que foi a um piquenique com o meu irmão.
- É, eu fui. E seu almoço? - fiz um sinal de espera para Sam e ele assentiu sorrindo
- Legal. - notei que a voz dele não tinha entusiasmo
- Por que eu não acho isso? - perguntei fazendo graça
- Sei lá, Rebekah esta diferente e a gente acabou se desentendendo.
- Mas isso não é novidade. Vocês sempre se desentendem.
- Mas hoje foi diferente. - notei que a conversa ia longe, se eu não desligasse. E eu não queria deixar Samuel esperando.
- Damon.
- Oi?
- Eu tenho algo pra fazer agora, poderíamos conversar depois? - eu não queria desligar, mas não seria o certo com o Sam.
- Claro, tudo bem. - notei que a voz dele ia perdendo a força e eu sabia que ele estava triste. - Vai fazer o que?
- Vou sair com o Samuel. - falei o nome, por que eu sabia que Damon o conhecia.
- Ah. - ele disse apenas. - Boa saída.
- Obrigada, de noite eu te ligo.
- Certo. - meu coração se apertou agora, ao notar a tristeza na voz dele e por um momento fique tentada a continuar a conversa, mas ao encarar Samuel e notar que a paciência dele estava indo embora, decidi desligar rápido.
- Tchau.
- Tchau.
Desliguei o celular e ainda fiquei encarando-o por um momento.
- Quer marcar pra outro dia? - Samuel perguntou e só ai que eu encarei-o
- Não, que isso. - eu disse sorrindo.
- Parece que Damon precisa de você. - ele disse também sorrindo, mas seu sorriso era triste
- Não, só uma briga com a namorada. Eu o conheço muito bem para saber que é algo passageiro.
- Se você esta dizendo. - agora seu sorriso era mais animado
- Vamos? - perguntei indo pra porta.
- Claro.
Descemos de elevador ate o hall, saímos do meu prédio e entramos em meu carro, que eu tinha deixado na rua. Peguei a primeira direita e fui pra casa de Samuel, que não era uma casa simples, mas sim uma mansão.

Capitulo 3 - Rotina


Aquele fim de domingo foi maravilhoso. Eu e o Samuel nos divertimos muito na piscina, conheci sua irmã Aline, que parecia com uma fada, era compulsiva por compras e amava moda. Quando eu disse que trabalhava numa revista na seção de moda, ela quase surtou. Ficamos conversando um pouco, só que ela teve que sair, ia se encontrar com uma amiga, uma tal de Paty e ainda disse antes de sair:
- A Paty podia ser que nem você.
Eu não sabia se ria ou achava estranho essa frase. Mas bem, eu e o Sam conversamos mais, comemos alguns doces e claro, nos beijamos. No começo foi estranho seu beijo, não que ele beijasse mal, longe disso. Mas parecia que não era aquele beijo que eu queria e por um momento, o beijo do Damon na noite passada passou por minha cabeça, mas eu logo tratei de esquecer. Naquele momento era só eu e o Samuel.
Não passamos disso, por que eu achava ainda muito cedo e muito rápido, eu não era essas que transava com o cara na primeira vez. E com a gente ficando, a tarde na piscina foi melhor ainda. Quando começou a esfriar, entramos para nos secar e trocar. Fizemos alguns lanches e ficamos assistindo TV abraçados. Quando deu umas sete e meia, eu decidir ir embora e foi na hora que a mãe dele chegou.
- Oi filho. - ela disse ao nos ver na entrada
- Oi mãe. - ele sorriu pra ela. - Essa é a .
- Oi . - ela disse simpática. - Sou Esmeralda, mãe do Samuel.
- Oi Esmeralda. - disse abraçando ela, que era muito simpática e bonita como o Samuel. - E tchau.
- Mas já? - ela perguntou um pouco triste
- Tenho que ir. Amanha trabalho e acordo cedo.
- Certo. - ela sorriu pra mim e voltou a me abraçar. - Venha mais vezes aqui.
- Pode deixar.
Samuel me acompanhou ate meu carro e nos despedimos com vários beijos. Ainda estávamos nos beijando, quando um carro entrou e parou ao nosso lado, era Aline com mais uma garota.
- Oi , ainda aqui? - ela perguntou sorrindo, um sorriso que ela não tirava do rosto.
- Sim, mas já estou indo. - disse sorrindo pra ela e Samuel me abraçou por trás.
- Essa é a minha amiga Paty. - Aline disse puxando-a mais pra frente.
- Oi Paty, sou a . - disse estendendo a minha mão, para cumprimentá-la
- Oi. - ela disse apenas, mas notei que ela não fora com a minha cara. - Oi Samuel.
- Oi. - ela lançou um sorriso enorme para Sam e eu soube por que ela não gostou de mim. Ela gostava do Samuel.
- Bom, eu já vou. - disse me afastando de Samuel.
- Volte mais vezes, . Gostei de você. - Aline disse sorrindo ainda mais
- Claro, Aline e se você quiser, de uma passada lá na revista, ia adorar conversar com você sobre moda.
- Pode deixar que eu vou. - ela disse pulando e me abraçando
- Tchau, Paty. - disse para a garota que nem olhava na minha cara, ela apenas assentiu e entrou com Aline.
- Tem que ir mesmo? - Samuel perguntou me beijando
- Tenho e Samuel?!
- Oi. - ele disse se afastando um pouco
- Eu não quero te iludir, mas por enquanto não quero compromisso nenhum.
- Claro. Tudo ao seu tempo. - ele disse sorrindo. - Seremos apenas amigos.
- Obrigada por me entender. - disse dando-lhe um selinho.
Ele aprofundou mais o beijo e depois eu me afastei, eu precisava mesmo ir embora. Entrei no carro e fui pra casa, assim que cheguei acionei o portão que se abriu, guardei o carro na garagem e subi. Quando abri a porta da casa, acabei me assustando, Damon estava sentando no escuro olhando para o nada.
- Damon. - disse colocando a mão no coração
- Desculpa, não queria te assustar.
- Tudo bem. - disse fechando a porta. - Aconteceu algo?
- Não. Só vim aqui pra conversar.
- Esta há muito tempo aqui? - perguntei sentando ao seu lado
- Não, cheguei faz meia hora e usei a chave que me deu.
- Tudo bem, eu dei a chave para você entrar aqui quando quisesse.
- Como foi o passeio com o Samuel? - ele perguntou, mas notei que ele estava triste.
- Foi legal, nos passamos à tarde na piscina da casa dele.
- Legal. - ele disse desanimado
- Que foi, Damon? - perguntei preocupada
- Briguei com a Bekah - ele disse passando a mão nos seus cabelos
- Mas é sempre assim, logo vocês estão bem.
- Dessa vez é diferente
- E o que é?
- Nós brigamos por que ela quer ir pro Brasil, fazer à carreira dela lá.
- E?
- E que ela pretende ir pra morar, ela disse que vai ficar por lá sem previsão de volta.
- E o que você acha?
- Eu não quero ficar longe dela, as coisas não vão funcionar assim. E eu não posso ir com ela, a minha vida é aqui.
- Olha, isso pode ser apenas fogo de palha. Lembra quando ela quis ir para o Japão? Ficou apenas dois dias lá e voltou.
- Mas dessa vez é diferente, ela esta animada, já tem ate trabalho por lá, esta tudo quase pronto para a viagem e o Brasil é um país lindo, maravilhoso, ela vai amar morar lá.
- Quando ela pretende ir?
- No fim do verão.
- Pois bem, meu amigo, você tem dois meses pra fazê-la mudar de idéia ou pensar numa maneira de dar certo o namoro a distancia.
Damon sorriu fraco com o que eu disse e me abraçou. Depois conversamos mais um pouco e ele foi embora. Eu tomei um banho e capotei na cama.

(...)


Levantei cedo, pois hoje era segunda e começava a minha rotina. Tomei um banho, escolhi uma roupa, me troquei e fui fazer o meu café. Depois de me alimentar, escovei meus dentes e o meu celular tocou.
- Oi Lena
- Oi , já ta saindo?
- Quase.
- Okey, já estou te esperando.
Desliguei o meu celular e desci, indo buscar a minha amiga, como eu fazia sempre. Parei em frente a sua casa e ela entrou no carro.
- Bom dia. - ela beijou meu rosto
- Bom dia. - respondi colocando o carro em movimento.
Fomos para a revista. Quando chegamos ao prédio da revista Glam, estacionei o carro e entramos, colocando nossos crachás e indo para a nossa seção. O lugar já estava cheio, varias pessoas indo e vindo, com papeis na mão e outras coisas, era sempre assim nas segundas-feiras. Cumprimentamos algumas pessoas e fomos para a nosso escritório.
A parte da manha na revista eu não parei um segundo, ia para um lado e para outro, esbarrei em Elena algumas vezes, mas em nenhum momento consegui conversar com ela. Só conseguimos um tempo na hora do nosso almoço, onde eu pude contar o que aconteceu na casa do Samuel e ela me contou sua saída com o Stefan, e o que me pereceu eles ainda esta andando como lesmas, mas ela se defendeu.
- Para um relacionamento dar certo, temos que nos tornar amigos primeiro. E você sabe muito bem disso.
E era verdade, eu sempre dizia que o relacionamento só da certo, quando você conhece seu parceiro, quando alem de tudo você cria uma amizade com ele, mas eu era apressada demais, nunca conseguia criar uma amizade com os meus namorados e por isso mesmo, eu nunca conseguia levar algum pra frente.
Quando deu seis horas da tarde, meu expediente acabou e eu fui pra casa.

(...)


A semana passou igual à segunda, correria o tempo todo. Mal tinha tempo para almoçar ou fazer outra coisa, e quando chegava em casa caia na cama e dormia.
Um mês se passou igual ou pior. Já que era quase fim de estação e nós da seção moda, tínhamos que ir atrás de desfiles, coleções, matérias entre outras coisas. E para piorar, minha chefe deixou encarregada a festa de quinze anos da revista na minha costa e da Elena.
Não tive tempo de sair com o Samuel novamente ou de vê-lo, as únicas vezes que conversei com ele, foi porque ele me ligou, mas as conversas não duravam muito. Damon eu via mais, mas por ele ir lá em casa quase sempre e por ele trabalhar na mesma revista que eu, só que na seção de artistas.
Nós dois conseguimos conversar sobre o ocorrido e chegamos a uma conclusão, não íamos falar sobre o assunto, ninguém iria saber e tentaríamos esquecer que aconteceu algo. Nossa vida seria a mesma coisa, como se nunca tivéssemos tido algo juntos. E ate que deu certo.
Minha vida estava corrida e por estar desse jeito, eu comecei a ter mal estar e hoje mesmo eu estava no banheiro da revista, debruçada em um vaso sanitário, colocando tudo pra fora ou o pouco que consegui comer.

Capitulo 4 - Primeiro sintomas


- , acho melhor te levar pro medico. - Elena dizia da porta do banheiro
- Não, Lena. - eu disse depois de me debruçar no vaso. - Não é nada.
- Como não?! Você esta assim há uma semana ou mais.
E era verdade, desde a semana passada que eu vivia colocando tudo pra fora, não conseguia comer direito e vivia dormindo ou com sono. Só que devia ser só o estresse e a correria, nada para se preocupar, porque alem disso eu me sentia bem.
- Eu já estou melhor. - disse me levantando após ver que nada mais ia sair.
- Tem certeza? - Elena perguntou após eu sair do reservado
- Tenho. - disse indo lavar a minha boca. Elena entregou minha escova de dente.
- Mas eu ainda acho que você deve ir ao medico.
- Eu to bem, se piorar, eu vou.
Saímos do banheiro e voltei pro meu trabalho, ainda tinha muitas coisas pra fazer. Esse mês que entrava era o fim da estação, tínhamos desfile das novas coleções e tinha ainda mais o aniversario da revista, que seria no fim daquele mês.
Quando deu sete horas eu sai da minha sala, hoje eu tive que ficar ate mais tarde, sexta-feira, fim de semana chegando e fim de mês, era uma loucura só. Dei tchau para algumas pessoas e fui pro elevador. Elena estava lá e conversava ao telefone, só que ao me ver chegar, parou de falar e sua cara era de assustada.
- Stef, a gente se fala depois. Tchau. - ela desligou. - , você esta bem?
- Estou. - menti, já que me sentia fraca. - Por quê?
- Você esta pálida. Você comeu alguma coisa?
- Não. - disse e o elevador abriu e ao me olhar no espelho vi que estava pálida. - Eu to branca como papel.
- É e eu vou te levar pra comer e é agora.
Elena apertou o botão para a garagem e descemos. Quando chegamos lá, Elena me segurou pela a cintura, já que a minha perna fraquejou e me levou ate o carro. Ela me ajudou a entrar e entrou no lado do motorista, me levando ate uma lanchonete do centro, aonde nós duas costumávamos ir. A ida ate lá foi rápida, já que o centro nessa hora estava fechado. Elena parou o carro no estacionamento e descemos, indo nos sentar numa mesa.
Uma garçonete veio trazer os cardápios e só de olhar para o nome das comidas, senti meu estomago revirar. Então larguei o cardápio e fiquei olhando para os lados, quando eu avistei numa placa atrás do balcão, algo que me deu água na boca e uma vontade louca de comer. Chamei a garçonete e Elena me encarou.
- Já escolheu?
- Sim.
- E o que vai ser? - não respondi, esperei a garçonete chegar.
- Sim?
- Eu quero aquele lá. - apontei pra placa. - Açaí na tigela.
- A claro. - a garçonete sorriu.
- O que é isso? - Elena perguntou fazendo uma careta
- É uma comida que veio do Brasil, é muito bom. - a garçonete disse e entregou pra mim e pra Elena um papelzinho, onde continha o que era açaí. - Vão querer algo mais?
- Pra mim é só o açaí.
- Eu vou querer uma salada de fruta. - Elena disse e a garçonete saiu.
Elena começou a ler o que era açaí, enquanto eu fiquei olhando para fora da lanchonete. Alguns minutos depois, a garçonete voltou com nosso pedido. O cheiro daquela tigela fez a minha vontade aumentar e logo tratei de experimentar. Aquilo derretia na boca e parecia que levava ao céu. Elena me encarava com uma cara, mas não falou nada.
Nos duas conversamos a respeito do trabalho e depois eu fui levá-la em sua casa, por que eu estava super cansada. Cheguei em casa e nem tinha vontade de tomar banho, por isso mesmo deitei na cama do jeito que estava. Minha vontade era de dormir por vários dias, esse cansaço era estranho pra mim, eu já tive dias como esses no trabalho e nenhum chegou a me derrubar tanto, parecia que eu estava cansada por outro motivo, só não sabia qual.
Pensando que não ia ser perturbada por ninguém e que teria uma ótima noite de sono, meu celular tocou fazendo meus pensamentos felizes desmoronar. Peguei o celular e vi que era o Samuel.
- Oi Sam - Oi , tudo bem?
- Sim. - disse depois de pensar um pouco, eu não queria dizer que estava passando mal fazia uma semana e meia. - E você?
- Estou bem também e com saudades.
- Eu também. - e era verdade.
- Vai fazer algo hoje?
- Pensei em dormir.- disse sorrindo e ele riu
- Serio? Sexta à noite?
- É. Meu trabalho está muito corrido e estou quebrada.
- Que pena. Mas tudo bem.
- Podemos fazer algo outro dia.
- Certo.
Conversamos mais um pouco e desligamos, virei pro lado e dormi. Mas tive que acordar e correr pro banheiro, colocando tudo que comi pra fora. Fiquei cerca de meia hora no vaso, debruçada. Quando senti que mais nada ia sair, levantei e tomei um banho.
Eu me sentia fraca e ao me olhar no espelho, vi que estava pálida também. É, eu precisava ir ao medico. Sai do chuveiro e me troquei, indo pra cozinha tomar um pouco de água. Olhei pro relógio, que marcava dez horas da noite e fui pra sala, fiquei encarando o nada, peguei um calendário que estava perto do sofá e fiquei olhando os dias, quando um sininho bateu em minha cabeça. Comecei a fazer umas contas, querendo que aquilo não tivesse acontecendo, só que pela as contas, pelo os sintomas, era isso mesmo.

Capitulo 5 - Gravida


Eu continuei sentada no sofá, olhando para o nada e tentando digerir isso. Eu não podia estar grávida, não tinha como. Ou tinha? Claro que tinha, eu parei de tomar o remédio e na noite com o Damon, duvido muito ter usado camisinha. Mas também podia ser só o estresse ou alguma virose. Mas a minha menstruação? Ai o que eu ia fazer agora? Levantei-me e fiquei andando de um lado pro outro, tentando enxergar uma luz no fim do túnel. Mas aonde eu ia encontrá-la? Eu estava perdida. Agora a única coisa a se fazer era ter a certeza. Corri pro meu quarto, coloquei uma calça, peguei as chaves do carro e fui procurar um farmácia aberta aquela hora da noite.
Rodei por varias ruas e não consegui encontrar nenhuma farmácia aberta, mas eu não ia aguentar ate o dia seguinte, então fui mais longe, fui ate o centro e depois de passar por varias ruas, encontrei uma aberta. Parei o carro e desci, indo comprar três teste diferentes, para ter certeza.
Voltei pra casa, já tomando uma garrafa de água e assim que cheguei ao meu apartamento, levei um susto. Damon estava sentando na sala.
- Ai que susto. - disse colocando a mão no coração
- Desculpa. - ele disse sorrindo
- Você esta fazendo muito isso. - disse rindo, mas um pouco nervosa.
- Já é a segunda vez, ne? - balancei a cabeça e segurei a minha bolsa mais perto do corpo. - Onde estava? - ele perguntou me analisando
- Eu saí rapidinho. - disse olhando pro lados, ainda nervosa.
- Você esta bem? Elena disse pro Stefan que você passou mal esses dias. - minha mão começou a suar
- Er... estou bem sim. - disse sorrindo, mas ele notou que eu estava nervosa.
- , você quer me contar algo? - e agora? Eu contava ou não?
- Não é nada não.
- Ta bom - ele disse desconfiado.
Aproximei-me mais do sofá e deixei a bolsa na poltrona e depois fui pra cozinha. Olhei pra sala e Damon olhava pra cozinha, sorri pra ele e fui ate a geladeira. Suspirei um pouco, tentando me acalmar.
- A Rebekah vai mesmo pro Brasil. - ele disse aparecendo na cozinha
- Ah é. - disse me virando pra ele - E ai?
- Nós vamos continuar juntos, mantendo um relacionamento a distancia.
- Espero que de tudo certo. - disse sorrindo sinceramente
- É, eu também.
Voltei pra sala e Damon se sentou no sofá, quando sentei na poltrona, percebi que a bolsa tinha ficando aberta e senti medo que ele tivesse visto algo. Olhei pra ele e não percebi nada, só que tinha um problema, Damon sabia esconder algo quando queria.
- Vou ao banheiro. - disse me levantando e pegando a minha bolsa
- E vai levar a bolsa? - ele perguntou e na hora eu sabia que ele tinha visto.
- Sim. - disse me virando pra ele. - Damon... - falei seu nome, só que a frase travou na minha garganta.
- Fala. - ele disse se levantando e se aproximando
- Eu tenho algo pra te contar
- Então conta.
- Eu... - minha garganta fechou e eu corri pro banheiro
Tranquei-me lá e fiz os testes, com o Damon batendo na porta e falando comigo. Eu comecei a chorar e não sabia o que fazer e nem o que falar. Esperei sentada os testes ficarem prontos e Damon continuava falando comigo.
- ? Abre a porta. Conta-me o que houve? Por favor.
Mais ele pedia mais eu chorava. Os testes ficaram prontos e eu comecei a ver. O primeiro deu positivo e meu coração acelerou, o segundo a mesma coisa e o terceiro também. Encostei-me na parede e fui deslizando, da minha garganta saiu um soluço alto e Damon escutou.
- ? Você esta chorando? O que houve? - foi ai que eu percebi que ele não sabia de nada.
E isso me deu mais desespero, como eu ia contar a ele que estava grávida e ele ia ser pai? Só que eu não podia ficar ali ate que ele fosse embora ou podia? Mas se eu não saísse ele não ia embora. Então me levantei, limpei meu rosto, joguei um pouco de água e abri a porta, com os testes guardado.
- ? - Damon me parou na porta. - O que houve? Conta-me, por favor?! - ele pedia desesperado
- Damon. - disse com a voz rouca. - Algo serio aconteceu.
- E o que foi? - peguei em sua mão e o levei ate a minha cama
- Lembra daquela noite, que nós... - ele assentiu.
- Não tem como esquecer. - ele disse sorrindo fraco
- Bom. - eu sorri também. - Nós não nos protegemos e eu tinha parado de tomar remédio. - cocei e levantei a cabeça, encarando seus olhos azuis
- ... - ele disse meio hesitante
- Eu to grávida, Damon. - disse às palavras que me deixava nervosa e que parecia surreal
- Grávida? Tipo com um filho na barriga?
- Sim, com um filho seu na barriga.
Damon ficou sem reação por um momento, depois levantou com tudo e começou a andar de um lado pro outro, puxando seus cabelos. Eu fiquei um pouco assustada e mais nervosa. Eu não conseguia mais encarar Damon.
- Isso não pode estar acontecendo.
- Desculpa, Damon. Mas eu não esperava por isso. - eu voltei a chorar e ele veio ate mim, acabei me encolhendo na cama, com medo.
- Calma. - ele disse meio hesitante em se aproximar, depois da minha reação. - Não tenha medo de mim. - Encarei seus olhos e relaxei um pouco.
- Só fiquei assustada. - disse e me deixei ser abraçada por ele.
- Nós vamos resolver isso. - ele disse em meu ouvido e nisso eu me afastei dele.
- Eu não vou tirar o meu bebê. - encarei seu rosto, brava.
- Calma, eu não disse isso. Nem passou por minha cabeça. - ele respondeu com as mãos pro alto
- Desculpa. - voltei a abraçar ele. - Eu não imaginava que isso pudesse acontecer.
- Eu sei, eu sei. - ele me abraçando apertado.
Ficamos abraçados por um tempo, só que comecei a ficar cansada e Damon me deitou na cama, o puxei pra vir junto e ficamos assim, abraçados ate pegarmos no sono.
Quando amanheceu, senti que estava sozinha na cama. Espreguicei-me e levantei, indo pro banheiro e tomando um banho. Quando sai, abri a gaveta e peguei um pente, quando fui guardar de novo, eu vi os teste lá e meus olhos encheram de água, coloquei a mão em minha barriga e acaricie. Não sei por quanto tempo fiquei ali, olhando por nada e com a mão na barriga, só sai do transe, quando vi o reflexo do Damon pelo o espelho. Ele sorria e se aproximou, depositando a sua mão na minha barriga.
- É tão surreal. - disse baixo
- E o que vamos fazer? Somos amigos e eu tenho uma namorada.
- Iremos continuar amigos e você namorando.
- Rebekah não vai aceitar.
- Ela não precisa saber, ninguém precisa.
- Mas como irá esconder isso tudo? Esconder sua barriga?
- Eu não vou esconder, só vou omitir quem é o pai. Ninguém sabe o que fizemos e não tem como saberem que você é o pai.
- E vai dizer o que?
- Que um dia ai, fiquei bêbada, dormi com um cara e acabei ficando grávida.
- Mas eu não vou deixar você sozinha com tudo isso.
- Você pode dar o apoio que você ia dar se o pai não fosse você. Você vai acompanhar tudo, só iremos omitir essa parte.
- Okey. - ele disse sorrindo e se afastando. - Fiz o café.
Assenti e ele saiu do banheiro. Fui ate o meu closet e me troquei. Fui pra cozinha ligando para a Elena.
- Oi .
- Oi Lena. Só liguei pra dizer que vou chegar mais tarde hoje.
- Okey, mas aconteceu algo?
- Não, nada pra se preocupar. Só vou fazer algo hoje cedo.
- Certo então. Ate mais tarde.
- Ate.
Desliguei o celular e sentei pra comer, com o Damon.
- Vai ao medico? - ele perguntou depois de um tempo
- Vou.
- Quer que eu vá junto?
- Você não tem que trabalhar?
- Posso chegar mais tarde.
- Okey.
Terminamos de comer, eu escovei meus dentes e Damon foi se trocar, já que ele tinha algumas roupas aqui em casa. Saímos de casa e fomos pra minha medica, liguei pra ela no meio do caminho e ela podia me atender agora. Chegamos lá e ela me recebeu.
- Oi .
- Oi doutora Meredith. Esse é meu amigo Damon.
- Ola Damon, sou a doutora Meredith Fell.
- Ola Meredith.
- Então , o que aconteceu?
- Bom doutora, eu descobri ontem que estou grávida.
- Grávida? - ela perguntou sem entender
- É, grávida.
- Bom, isso eu acho que é ótimo. - ela disse com um meio sorriso.
- É, por um lado. Se a gravidez não me pegasse de surpresa.
- Você era tão precavida. O que foi que aconteceu?
- Bebida. - disse sorrindo
- Ah, bebida. Muitos casos de gravidez começam com isso.
- É, e eu fui vitima de uma noite de bebida.
- Okey e você veio aqui pra conversar, certo?
- Isso mesmo. Você é ginecologista e obstetra, então...
- Okey, vou te fazer algumas perguntas e depois vamos fazer alguns exames.
Assenti, esperando as perguntas da doutora.

Capitulo 6 - Primeiro mês


Aquele dia na medica foi tudo normal, ela me fez todas as perguntas possíveis, sobre tudo. Examinou-me e pediu exame de sangue e de urina. Depois foi a vez do ultra-som. Damon ficou um pouco nervoso quando ela falou que ia fazer a ultra e eu tentei acalma-lo. Mas notei que ela percebeu algo, só que ficou quieta.
Eu deitei na maca e levantei a blusa, ela passou o gel gelado em minha barriga e disse.
- Hoje não vai dar pra ver muita coisa e nem escutar nada, isso será só pra ver de quantas semanas você esta. Daria pra ver pelo o exame de sangue, mas como vai demorar um pouco, prefiro assim.
- Okey.
Damon segurou em minha mão e eu lhe lancei um sorriso. A medica começou a passar a maquina e na tela atrás de mim começou a surgir algumas imagens, e como ela disse não deu pra ver nada. Ela passou por meia hora, analisou algumas coisas e desligou, me entregando um papel para limpar a barriga. Voltamos pra mesa e ela falou:
- Você esta de cinco semanas. Que é um mês e uma semana.
- Certo. - assenti, me lembrando da noite que passei com Damon.
- Eu irei receitar uma vitamina pra você, ela irá ajudar na gravidez.
Ela escreveu algumas coisas numa folha e me entregou.
- Assim que ficar pronto os exames eu te ligo e você volta. Mas pelo o que eu vi esta tudo em ordem.
- Obrigada doutora.
- De nada. E só mais uma coisa, é bom que nos primeiros três meses você fique mais calma, não faça muitos exercícios ou se estresse, por que isso pode ocasionar um aborto.
- Certo doutora. - disse tranquila, por já saber que isso poderia ocorrer, mas Damon... Ele ficou nervoso e quase estérico.
- Como assim aborto? - ele perguntou com seus olhos arregalados.
- Nos três primeiros meses, o feto não esta tão seguro no ultero. E algo a mais pode fazer com que o corpo da mulher rejeite ele.
- Então acho melhor a ficar três meses em casa.
- Damon. - disse brava
- É serio. Não quero que você tenha um aborto. - ele disse me encarando e eu tentei repreende-lo, já que agora eu teria a certeza que a medica ia perceber algo.
- Não é pra tanto, Damon. Ela pode fazer o que faz normalmente, não é assim tão fácil do corpo rejeitar. Só não se esforçar muito, passar do limite e a vitamina que eu receitei vai ajudar a manter o feto forte e seguro. - ela dizia sorrindo, para acalmar Damon.
- Tem certeza?
- Claro que ela tem, ela é medica Damon e para de ser paranóico. - cheguei mais perto dele e sussurrei - Ela vai perceber sua preocupação.
Disfarcei depois que disse e nós despedimos da medica, indo pro carro. Percebi que Damon ainda estava preocupado.
- Damon.
- Oi?
- Eu sei que você esta preocupado, mas nada vai acontecer com o bebê.
- Eu sei. Mas é que eu não quero que nada aconteça. Eu sei que não foi algo esperado, mas eu quero muito o bebê, quero muito ser pai. - seus olhos brilharam quando ele falou a palavra pai
- É meio louco tudo isso, mas eu amei saber que vou ser mãe. Sempre quis isso e se for pra ter um filho, fico feliz por você ser o pai. Por que sempre teremos um vinculo. - sorri pra ele e segurei sua mão livre.
- .
- O que?
- Me prometa que qualquer coisa você vai falar comigo? Se você precisar de qualquer coisa, a qualquer hora?
- Claro que prometo, Damon. Eu vou-te encher muito com essa gravidez, ate você dizer que não aguenta mais.
- Então será nunca.
- Mas não podemos dar muita bandeira, senão vão perceber.
- Claro.
Depois desse dia, se passou uma semana, meu mal estar diminuiu, sendo agora toda manha. O que fazia eu mal tomar café, mas fora isso nada demais. Com o que a medica disse, eu tive que começar a diminuir o ritmo de trabalho. Pedi que a Elena procurasse ajuda de mais alguém na festa da revista, ela não entendeu e eu disse que estava em uma semana ruim, ela entendeu como menstruação e eu deixei que ela acreditasse. E o resto eu consegui manter o ritmo que estava. Minha alimentação mudou, antes eu comia quando dava, agora eu comia a cada três horas, sem falta, estava sempre com algo de comer na bolsa.
Damon vivia me ligando ou indo ate o meu andar saber como eu estava e isso acabou deixando Elena curiosa e me enchendo com isso. Eu sabia que tinha que contar pra ela, mas ia esperar os exames ficarem prontos e a medica dizer que a minha gravidez estava bem.
No meio da semana eu recebi uma encomenda da minha mãe e foi ai que eu lembrei que tinha que contar pra ela e não sabia como. Eu sabia que ela ia me apoiar, mas ficava pensando em qual seria sua reação ao descobrir que eu não sabia quem era o pai, que no meu caso era omitir quem era o pai. Mas eu deixaria para pensar nisso quando fosse revelar e com ela eu não poderia demorar a contar.

(...)


No inicio da segunda semana, Meredith ligou para o meu celular dizendo que os exames estavam prontos e eu marquei para aquela tarde mesmo, já que o meu dia estava mais livre. Damon conseguiu agilizar as suas coisas e foi comigo, o que fez ela perceber ainda mais e eu já sabia que ela desconfiava que ele era o pai, mesmo ela nunca ter dando a entender.
O fim do mês estava chegando, eu estava completando dois meses. Minha barriga ainda não estava aparecendo, mas eu percebi que algumas calças não entravam mais. A medica disse que a gravidez estava bem, que eu estava saudável e que tudo corria bem, mas que era pra ainda tomar cuidado. Ela também disse que a barriga ia começar a aparecer lá pro fim do terceiro mês e isso já me deixou nervosa, pro outro lado, Damon ficou eufórico, já querendo ate saber o sexo do bebê.
Elena estava cada dia mais curiosa em relação a minha saúde, já que os meus hábitos mudaram e eu estava mais preocupada com a minha saúde, eu tentava fazer ela esquecer, mas ela insistia cada dia mais.
Eu me encontrei com o Samuel duas vezes naquele mês, um foi o jantar a dois que ele insistiu que acontecesse e o outro foi no aniversario de sua mãe, que fez questão da minha presença. E foi nesse dia que eu contei a ele que estava grávida. Por dois motivos, eu estava realmente gostando dele e não queria mentira e porque nas duas vezes que nos encontramos eu passei mal.
- Samuel.
- Oi . - nós estávamos sentado numa mesa em frente a sua piscina
- Eu tenho algo pra te contar.
- O que?
- É algo que pode ser que mude nosso relacionamento.
- Você esta me deixando nervoso assim. - ele disse sorrindo, mas percebi que estava ficando nervoso mesmo.
- Eu descobri há um mês e meio que estou grávida. - disse olhando em seus olhos verdes
- Grávida? - ele perguntou assustado
- É. - eu disse abaixando a cabeça
- Mas eu pensei que você estivesse solteira
- E estou, mas aconteceu.
- Quem é o pai?
- Eu não sei. - disse abaixando a cabeça novamente, com medo do que ele fosse pensar.
- Hei. - ele levantou meu rosto. - Tudo bem. Nada vai mudar. Se precisar estou aqui.
- Obrigada. - eu disse abraçando-o e beijando seus lábios.
- Alguém mais já sabe?
- Só o Damon. - Samuel fez careta. Eu acabei descobrindo nesse mês que Sam tinha ciúmes de Damon.
- Por que ele? - sua voz tinha um leve tom de raiva
- Ele é meu amigo e estava comigo quando eu descobri. - menti e ate que eu era boa nisso.
- Ah. - ele disse apenas e depois de um tempo voltou a falar. - Se precisar de alguém pra ajudar ou sei lá dizer que é o pai...
- Não. - eu não deixei ele terminar. - Não quero te envolver nisso. Nós somos amigos, eu gosto muito de você, estamos tendo um envolvimento legal, mas eu quero que seja só ate ai. Não quero te envolver com o meu bebê, porque não quero perder nossa amizade, se isso não der certo.
- Okey, te entendo. - ele disse, mas notei que ele ficou chateado.
Mas eu não podia deixar mesmo. Ele não era o pai, meu filho já tinha um pai bem presente. Damon não ia gostar e eu também não queria isso. Seria iludir demais o Samuel e eu não queria isso. Por que eu sabia que mais cedo ou mais tarde eles iam saber quem era o pai do meu filho. Imagina se o meu filho sai a cara do Damon? Isso era uma coisa provável e que eu queria que acontecesse. Imagina uma miniatura do Damon. Com aqueles olhos azuis e cabelos pretos. Com todo seu charme, seu olhar e seu sorriso. Meu filho iria encantar a todo mundo. E se fosse uma menina? Ela iria arrasar corações e ia dar uma dor de cabeça para o pai, do jeito que ele é ciumento.
Sai dos meus devaneios quando sinto alguém pular em minhas costas, era Aline. Samuel ficou bravo depois, dizendo que poderia ter me machucado e tudo mais, Aline não entendeu, mas eu sim. E agora eu teria que aguentar, se já não bastasse Damon, teria o Samuel para ficar me enchendo com a minha segurança e do bebê.
Eu contei pro Damon depois que Samuel sabia que eu estava grávida, ele não gostou muito, mas odiou mais ainda quando eu disse que fiz isso porque gostava dele e queria ter um relacionamento serio e sem mentiras e Damon jogou na minha cara:
- Relacionamento serio? E o que disse sobre o pai do bebê? Que sou eu?
- Não. Eu disse que não sabia.
- Belo relacionamento serio esse. - ele estava bravo e eu não entendi o por que.
- Por que esta assim? Nunca ligou para os meus relacionamentos, nunca falou nada.
- Você esta grávida e de um filho meu.
- O que isso tem haver? Só o filho é seu, eu sou solteira e posso me relacionar com quem quiser.
- Eu não quero te ver sofrer e algo acontecer com o meu filho.
- Nada vai acontecer com o nosso filho.
E essa foi a primeira vez que brigamos serio. Ficamos uma semana sem nos falar e só falávamos o básico, que era sobre o bebê.
Foi a pior semana da minha vida, era como se faltasse um pedaço de mim.

(...)


Meu relacionamento com Samuel estava cada dia melhor, ele era todo preocupado comigo e com o bebê, era carinhoso e um sonho. Mas às vezes eu não me sentia feliz ao seu lado, como se não fosse o certo.
Já era a ultima semana do mês, a festa da revista já estava pronta, era só chegar o dia. Elena não ficava muito no meu pé, mas eu percebia seus olhares. Rebecah ia mesmo para o Brasil e Damon estava preparando uma festa de despedida e isso eu soube pelo o Stefan, já que Damon não queria falar comigo.
A festa da revista chegou e eu estava me arrumando, quando o interfone tocou. Coloquei um roupão, já que não encontrava roupa nenhuma que ficava boa e fui atender.
- Quem?
- Damon.
Ele disse e eu apertei o botão para abrir o portão. Não sei por que ele não usou a chave, mas acho que por não estarmos nos falando, ele deve ter achando sem graça aparecer do nada. Abri a porta, quando ouvi o barulho do elevador.
- Oi. - eu disse sorrindo e ele sorriu de volta
- Oi. - ele passou por mim e acariciou a minha barriga.
Fechei a porta e fui ate o sofá, onde ele já estava sentando.
- Não usou a chave por quê?
- Fiquei sem graça de aparecer do nada.
- Que isso, Damon. Somos amigos, não somos. - disse sorrindo
- Sempre. - ele se levantou e eu também, nos abraçamos.
- Senti a sua falta.
- Eu também. - eu já estava chorando. - Não chora.
- São os hormônios. - e era verdade, agora eu chorava por tudo.
- Esta pronta?! - ele perguntou depois de afastarmos
- Não. - disse limpando as minhas lagrimas. - Eu não acho roupa.
- Ah já vai começar. - ele disse balançando a cabeça
- O que?
- Você ficando paranóica, dizendo que não tem roupa e a sua barriga nem cresceu ainda. - ele disse rindo, eu bati no ombro dele e fui pro quarto.
Ele me seguiu e ficou sentando na cama me vendo jogar as roupas. Depois de experimentar varias e de Damon falar que todas estavam boas, eu escolhi o vestido que ficou melhor em meu corpo e aproveitei e peguei um casaco, já que estávamos entrando no outono e a noite sempre esfriava, não era frio, mas como eu estava grávida, era melhor não arriscar. Arrumei o meu cabelo e fiz uma maquiagem, indo para a festa com o Damon.
Como a festa era da revista, os convidados era os funcionários de todos os andares, alguns amigos dos chefes e de outras revistas e poderíamos levar algum companheiro, eu chamei o Samuel, mas ele teve que estudar. Era o ultimo ano dele na faculdade de Medicina.
A festa foi ótima, eu e a Elena recebemos muitos parabéns e elogios. Nos divertimos, comemos e bebemos, ate dançamos. Mas no meio da festa comecei a ficar cansada e fui me sentar na mesa que era minha, da Elena, do Damon e do Stefan. Rebecah não pode vir porque estava se arrumando pra viagem, mas eu sabia que era por que ela não gostava de festas de trabalho e nunca veio em nenhuma da revista. Só ia às festa que pudesse se promover.
- Que foi, ? - Elena se aproximou perguntando
- Cansei. - disse tomando água
- Que isso? Harris cansada numa festa?
- Hei, eu sou humana, ta.
- Sei, mas você esta estranha.
- Estranha? Como?
- Vive cansada, não quer mais sair pra nada e hoje nem bebeu, só ficou na água e suco.
- Estou me cuidando, Elena e você devia fazer o mesmo.
- Eu acho que tem alguma coisa ai.
- Não tem nada.
- O que as moças estão conversando? - Damon chegou com Stefan
- Nada, só a Elena implicando comigo.
- E por quê? - Stefan perguntou sentando e puxando Elena pro seu colo
- Eu só mudei alguns hábitos e ela achou ruim.
- Eu acho que a esta certa em mudar alguns hábitos. - Damon disse se sentando ao meu lado
- Eu acho legal, mas por quê? A vida é uma só, temos que aproveitar. - Stefan disse animado.
- Então vai ser assim, ficarei por um tempo nesse meu habito e depois eu volto.
- Quanto tempo? - Elena perguntou e eu sabia que sua pergunta não era à toa
- Sete meses. - disse sorrindo e antes que Elena pudesse me falar algo, eu disse. - Vou ao banheiro e depois quero ir embora.
- Eu te levo. - Damon disse logo em seguida.
Corri pro banheiro e depois me despedi de Elena e Stefan, e fui me encontrar com Damon na porta.

Capitulo 7 - Viagem


A primeira semana daquele mês começou tranquila. A revista estava calma, mas eu sabia que era por pouco tempo, logo começava os desfiles da coleção de Outono e eu estaria em todos, e alem disso eu teria que viajar para cidades e ate mesmo países, onde estaria tendo os desfiles. Fiquei um pouco preocupada com isso, mas deixei de lado.
Era uma sexta-feira e hoje eu estava a fim de sair. Então sai do meu escritório e fui ate o da Elena.
- Oi amiga
- Oi .
- Tudo bem?
- Sim e você?
- Também. Vai fazer o que hoje?
- Não sei. O Stefan vai ficar estudando hoje.
- Você e ele estão se dando bem, ne? - perguntei me sentando em sua frente
- Sim. Estamos nos conhecendo cada dia mais.
- Já estão namorando?
- Pode se dizer que sim. Mas ele não fez o pedido oficial. - Elena disse meio triste
- Calma, amiga. Conheço o Stefan, ele vai pedir. Só que ele esta meio atrapalhado, ne? Fim de faculdade.
- Eu sei, não to reclamando. - ela sorriu - E você e o Damon?
- Você quer dizer eu e o Samuel, certo?
- Não, você e o Damon?
- O que tem?
- Vocês brigaram e ate hoje não me falou o por quê e eu não sei como vocês estão.
- Nós estamos bem. E nossa briga foi algo bobo.
- E o que foi?
- Foi por causa do Samuel.
- Serio? Damon estava com ciúmes?
- Que isso, Lena. Ele só estava enchendo o saco e eu me estressei.
- Harris, porque eu estou achando que você esta me escondendo algo e fugindo das minhas perguntas?
- Elena Gilbert, você esta paranóica, isso sim.
- É serio, . Eu sei que esta acontecendo algo com você.
- Não é nada serio. Um dia eu te conto.
- Você não confia em mim?
- Claro que confio. Mas é algo complicado e tem que ter o momento certo pra contar e prometo que não vai demorar.
- Okey ne.
- Vamos sair hoje?
- Pra onde?
- Sei lá, só quero sair, dançar.
- Okey. Vamos sim.
- Passo na sua casa umas oito e meia?
- Combinado.
Sai de sua sala e fui pra minha, terminar meu trabalho.
Meu turno acabou seis e meia, estava saindo pra ir embora quando a secretaria da chefe me chamou.
- Oi
- A chefe quer te ver.
- Okey. - disse bufando e indo pro andar de cima
Cheguei lá e bati em sua porta, entrei e me sentei em sua frente.
- Sim.
- , queria te pedir algo. - ela disse sorrindo e eu me preparei
- Pode pedir
- Você poderia ir sexta-feira que vem cobrir um evento de moda em Los Angeles?
- Sexta que vem?! - perguntei fazendo careta
- É, por quê? Tem compromisso?
- Na verdade sim. Uma festa de despedida.
- Serio?
- É.
- Mas é quando?
- No sábado.
- Mas o evento é só na sexta.
- Mas não vai dar pra chegar a tempo.
- E se eu alugar um jatinho pra você?! Você chega aqui sábado de manha. Nova York e Los Angeles não é tão longe.
- Não sei, ficaria muito corrido e pesado. - fiquei pensando por um momento
- Por favor, . - pensei mais um pouco, pensei nos pros e contras, coloquei a mão em minha barriga e falei.
- Okey, eu aceito.
- Certo, irei confirmar a presença da revista e alugar o jatinho.
Sai da sala da chefe e fui pro elevador, indo ate a garagem pra pegar o meu carro e ir pra casa. Fiquei pensando nessa viagem, mas comecei a ficar com dor de cabeça, então deixei pra pensar outra hora.
Tomei um banho, passei creme no corpo e fui escolher uma roupa pra sair. Peguei um vestido soltinho, uma sandália baixa, arrumei o cabelo e fui pra cozinha comer algo, já tinha passado mais de três horas. Enquanto eu comia o meu celular tocou, era o Samuel.
- Oi meu anjo
- Oi Sam.
- Tudo bem?
- Sim e você?
- Cansado, mas bem.
- O estagio esta pegando muito pesado?
- Um pouco, mas eu gosto. Hoje eu participei de uma cirurgia.
- Que legal.
- É. E o seu trabalho?
- Essa semana esta calma. Mas logo começa os desfiles.
- Quando?
- Sexta eu tenho que ir pra Los Angeles, cobrir um.
- Mas e a festa do sábado?
- Eu vou. A minha chefe vai alugar um jatinho.
- Mas não vai ficar corrido?
- Não. Eu chego aqui no sábado de manha e tudo bem.
- Tem certeza?
- Claro
- Okey. Vai fazer algo hoje?
- Vou sair com a Elena.
- Noite das mulheres?
- É.
Ficamos conversando mais um pouco, ate dar o horário de buscar a Elena, sai de casa e entrei no meu carro, indo buscá-la em casa.
A noite de garotas foi divertida. Fomos para um bar que tinha karaokê. Elena e eu cantamos muito, demos varias risadas e conversamos bastante. Quando deu duas e meia resolvemos voltar pra casa, eu já não me aguentava mais.
No final de semana eu fiquei em casa, acabei acordando mal no sábado de manha e passei o dia todo na cama, Samuel veio passar aquele sábado comigo e foi muito bom, eu podia dizer que aquele carinho e amizade que eu tinha por ele estava crescendo a cada dia, só que ao mesmo tempo eu sentia que não era o certo e que nosso relacionamento não ia pra frente. E o meu maior medo era machuca-lo e decepcioná-lo. Eu falei com ele sobre isso, mas ele me disse:
- Eu sei que você não quer compromisso serio comigo, mas sei que ainda irei te conquistar completamente.
Eu assenti e percebi sua convicção em falar aquelas palavras, mas dentro de mim eu sabia que de nada ia adiantar, ele não me teria por inteira. Eu queria, mas tinha algo me impedindo. Imaginei por um momento que fosse por causa da gravidez, mas parecia que tinha algo a mais, como se o meu coração tivesse fechado e só o cara certo, aquele que tivesse a chave, iria conseguir abrir. Mas quem era essa pessoa que me deixou assim? Não podia ser o Tyler, por ele eu não sentia mais nada, nem raiva. E eu não tive mais ninguém depois dele e esse sentimento surgiu depois que eu... Parei de pensar quando uma pessoa surgiu em meus pensamentos, seus olhos azuis não me confundiam. Não podia ser ele. Nós éramos apenas amigos. Sempre seriamos apenas isso. Mas íamos ter um filho juntos, certo?! Deve ser por isso que o meu coração esta fechando.
Balancei a cabeça e parei de pensar um pouco. Essa era uma questão que eu não tinha a resposta e não queria, por enquanto. Eu ia deixar o tempo dizer tudo, por enquanto eu ia me dar de completo para o Samuel e tentar fazer nosso relacionamento virar serio.
Sábado à noite Samuel foi pra sua casa, ele queria dormir aqui e uma parte de mim queria deixar, mas tudo o que pensei aquela tarde, do sentimento que me prendia, fez com que eu recusasse e disse que era melhor não, que ainda era muito cedo. Como? O que estava acontecendo comigo? Antes de terminar com o Tyler, eu já tinha pensando em dormir com o Samuel e agora que tenho ele, que estou solteira, eu recuso? O que foi que houve?
Passei a madrugada toda sem dormir, tentando entender o que estava acontecendo. Meu coração e cabeça diziam que eu sabia a resposta, mas o meu eu interior não queria admitir. E ate eu estava com medo de admitir.
Consegui dormir duas horas só. Levantei passando mal e corri pro banheiro, colocando todo o jantar que Samuel fez pra fora. Quando não tinha mais nada pra sair, tomei um banho e voltei pra cama, hoje novamente eu estava indisposta e com uma leve dor na barriga. Fiquei um pouco preocupada, mas se a dor aumentasse eu ligaria para a doutora Meredith. Perto da hora do almoço o meu interfone tocou, me levantei, vesti o meu robe e fui ver quem era, ao andar ate a sala, senti uma dor mais forte, só que ela veio e passou, então ignorei e atendi.
- Quem?
- , é a Elena.
- E o Stefan.
Escutei a voz dos dois e sorri.
- Podem entrar.
Abri o portão e esperei eles subirem. Fiquei na porta esperando e assim que o elevador abriu, os dois saíram. Elena estava sorrindo, mas logo fechou a cara.
- Que foi? - perguntei
- Ainda de pijama? Já viu que horas são? - balancei a cabeça. - Quinze pra meio dia.
- Mas já?
- É e por que esta de pijama? - deixei eles entrarem e vi Stefan com varias sacolas.
- Estava deitada ainda. - disse dando de ombros e Stefan entrou na cozinha deixando as sacolas lá. - Vieram fazer o que aqui?
- Almoçar. É domingo.
- Eu sei.
- E trouxemos as coisas pra fazer. - Stefan voltou falando
- Stefan vai fazer o almoço hoje pra gente.
- Okey. - disse assentindo e indo pro sofá.
O almoço foi uma delicia e já que eles estavam ali, fui me trocar, colocando uma roupa melhor. Passamos a tarde conversando e jogando uns jogos de tabuleiro. O mal estar e as dores não voltaram mais, então me despreocupei, só que Elena percebeu que eu não estava com uma cara boa e perguntou:
- Aconteceu algo?
Mas antes de responder a porta se abriu e Damon entrou.
- Oi garotas.
- Oi Damon. - dissemos juntas.
Ele veio e beijou Elena no rosto e deu um beijo em minha testa. Percebi que ele estava com uma sacola e dentro tinha um embrulho. Ele percebeu que eu olhava e tentou esconder. Stefan, que estava no banheiro, chegou na sala e não deu pra perguntar o que era.
Ficamos os quatros ali e resolvemos assistir um filme. Quando anoiteceu, Stefan e Elena foram embora e Damon ficou. Assim que eles saíram, Damon começou acaricia a minha barriga e eu resolvi não falar nada do mal estar de sábado e domingo. Depois ele foi e pegou a sacola.
- O que isso?
- Um presente
- E pra quem?
- Pro bebê. - ele disse sorrindo e eu o olhei confusa
- Mas já?
- Não resisti. - ele fez bico e eu ri.
Ele me deu o pacote e eu abri, revelando um macacãozinho branco lindo.
- Que lindo. - meus olhos encheram de lagrimas. - Perfeito.
Abracei-o e ficamos os dois ali, sonhando com o nosso filho, fazendo planos para ele e no fim ate se emocionando.
Damon resolveu dormir ali em casa mesmo e o mais estranho foi que em nenhuma hora eu achei a idéia ruim, ou achei que não devia. Parecia que ter o Damon ali me deixava segura. Como se fosse o certo e logo me repreendi pelo o pensamento. Mas ter ele dormindo ali era tão natural, que acabei me convencendo de que eu só aceitei por que ele era meu amigo e não por que era algo que eu queria.

(...)


A semana passou lenta e sem graça. Organizei tudo pra minha viagem ate Los Angeles, contei ao Damon que não gostou nada, mas ficou quieto, pra não acabarmos brigando. Sexta chegou e eu já estava embarcando para Los Angeles, chegaria lá de tarde e já ia pro evento.

Capitulo 8 - Festa de despedida


O desfile de Outono estava lindo e cheio de novidades. Fiz o meu trabalho lá, tirei fotos, escrevi as tendências que foram mostradas, fiz algumas entrevista com as modelos e os estilistas, e estava tudo pronto. Agora era só chegar à segunda-feira e passar pro computador e montar a matéria.
Depois dos desfiles, teve uma festa e pra não fazer desfeita fui, mas fiquei só um pouco. Quando cheguei ao hotel, fui pro meu quarto. Eu estava exausta. Não tinha parado um segundo daquele dia, nem pra comer direito. Meu pé estava inchado e a dor na barriga tinha voltado, estava levemente, mas incomodava um pouco. Fui dormir, já passava das duas da madrugada e eu ia pegar o jatinho às seis.
Levantei um pouco atrasada, mas resolvi fazer as coisas na calmaria. Eu já tinha extrapolado ontem e tinha medo de que isso fosse um problema na minha gravidez. Então tomei um banho, já me sentindo melhor e menos cansada, me troquei e pedi um serviço de quarto. Tomei um café da manha bem light e depois arrumei minhas coisas, pedi um táxi e ele me levou ate onde estava o jatinho.
Cheguei em meu apartamento de tarde e a única coisa que fiz antes de dormir, foi ligar para o Samuel e o Damon. Com o Sam eu tive uma conversa rápida, já que ele estava no hospital e não podia falar, mas com o Damon a conversa foi mais longa, mesmo ele tendo que organizar os últimos detalhes da festa.
Ele perguntou como tinha sido, se eu descansei, não abusei, se comi direito, se estava sentindo algo e na maioria das resposta eu tive que mentir. Era um dia importante pra ele e eu não queria atrapalhar nada e eu já estava me sentindo bem.
Dormi a tarde toda e só acordei quando o despertador tocou na hora que eu coloquei. A festa ia começar as oito e eu tinha uma hora pra me arrumar.
Tomei um banho e passei um creme no corpo, nessa hora eu estava de frente pro espelho só de lingerie e foi quando eu percebi o leve volume em minha barriga. Era uma coisa não muito perceptível, mas estava ali. Sorri me olhando pro espelho e varias lagrimas caíram dos meus olhos. Passei uma meia hora me olhando e alisando a minha barriga, depois voltei a me arrumar. Como não queria que ninguém percebesse o volume em minha barriga, coloquei um vestido bem solto, que não marcava nada. Coloquei um salto, já que estava sentindo falta de usar e fiz uma maquiagem básica.
Quando estava indo pra sala o meu celular tocou, era a Elena.
- Vai com o seu carro? - ela perguntou depois de cumprimentar
- Não tava querendo dirigir não. - eu ainda estava cansada e desde que tinha levantando estava com um mal estar
- Quer que eu passe ai?
- Quero sim.
- Okey, em quinze minutos estou ai.
Desliguei o celular e me sentei no sofá. Fiquei olhando pro nada e passando a mão na barriga, sorrindo sempre. Fui me levantar pra tomar água, senti uma pontada forte, que me fez sentar novamente, gemendo.
- Que foi, bebê? - perguntei olhando pra minha barriga
Respirei fundo e a dor foi passando. Levantei-me novamente e a dor não veio, fui ate a cozinha e bebi água. Senti uma fraqueza nas pernas e tive que me apoiar no balcão.
- Se eu não for, o Damon vai ficar bravo? - perguntei pro nada
Nisso o interfone tocou e eu sabia que era a Elena, agora não dava mais pra desistir. Atendi dizendo que já estava indo e desci. Cheguei lá embaixo, mudei a minha expressão, para que Elena não percebesse nada e entrei no carro.
A festa ia ser num clube, perto da casa dos Salvatore. Chegamos lá e entramos, Elena estacionou o carro e descemos, indo pra entrada.
- O Stefan já esta lá dentro. - Elena disse quando chegamos à porta
Eu assenti e entramos. Na entrada estava Rebecah e Damon. Ele sorriu pra gente e ela fez cara feia. Abracei-o e fui abraçar ela, mesmo contra a minha vontade e ainda disse em seu ouvido.
- Essa é a festa que eu mais esperei.
Afastei-me dela sorrindo e ate me sentindo melhor, ao notar sua cara de assassina. Andei por entra as mesas com Elena do meu lado e fomos ate uma que estava o Stefan. Elena foi ate ele e lhe deu um selinho e eu o abracei.
Sentamos todos juntos e começamos a conversar. Quinze minutos depois o meu celular tocou e como estava uma musica alta, fui atender no terraço.
- Oi Samuel.
- , você esta na festa?
- Estou sim, a Elena me deu uma carona.
- Ah sim.
- E você? Não vai vir?
- Por isso mesmo te liguei. Acabei ficando preso no hospital. Um medico teve que sair e eu to no lugar dele.
- Serio? - fiquei triste. - Não vai dar pra vir?
- Não sei. - ele também estava triste, dava pra notar. - Se eu for, te ligo.
- Okey. - dei de ombros. - Ate mais tarde então
- Ate. Se cuida e divirta.
- Pode deixar, vou tentar.
Desliguei o celular e fiquei mais um pouco ali, a vista era incrível e o vento gelado estava bom.
Voltei pra festa, estava com sede e precisava beber algo. Sentei na mesa, mas me arrependi. Ali estava Rebecah, Damon e a Vicki. Mas como estava cansada fiquei por ali mesmo. O garçom passou e eu pedi uma água, mas ele sorriu de lado e disse:
- Tem certeza que quer uma água? Temos bebida alcoólica também. - sorri pra ele já imaginando o que passou em sua cabeça, eu ia responder, mas Damon que estava beijando e sussurrando no ouvido de Rebecah, se virou com tudo e disse:
- Não. Ela vai querer apenas água. - ele disse isso bravo. - E sempre que vier trazer algo pra ela, será sem álcool. Entendeu?
- Sim senhor. - o garçom disse baixo e encheu meu copo de água.
Olhei pro Damon tentando entender aquela reação, mas não consegui. Percebi que ate a Rebecah e a Vicki se assustaram. Mas só eu sabia o verdadeiro motivo pra isso. Ignorei completamente esse exagero e tomei minha água, depois perguntando onde estava Elena e Stefan.
Fui andar um pouco pelo o salão, estava muito entediada. Parei pra conversar com Serena, a mãe do Damon e do Stefan.
- , querida. - ela disse me abraçando
- Oi Serena.
- Quanto tempo. Sumiu lá de casa.
- Desculpa, muito trabalho.
- Eu sei. Nem o Damon eu vejo mais e olha que ele é o meu filho.
- É a vida de adulto. - disse rindo. - E o Guilherme?
- Esta por ai. Conversando com os amigos. E seus pais?
- Estão viajando. Agora estão na Alemanha.
- Serio? Que maravilha.
- É mesmo. Eles estão se divertindo muito.
- E quando vem pra cá?
- Acho que semana que vem.
- Vamos marcar um churrasco.
- Pode deixar.
Meus pais tinham se aposentados e decidiram que iam viajar pelo o mundo a fora, mas sempre voltavam para me ver. Às vezes ficavam dois dias, às vezes uma semana. Eu estava esperando eles voltarem para contar da minha gravidez, por que não ia ser bom contar pelo o telefone. Fiquei conversando com Serena mais um pouco e depois voltei a andar, parando em alguns lugares e conversando e/ou cumprimentando alguns amigos.
Quando o jantar foi servido, me sentei na mesa e comi, conversando a todo o momento com Stefan e Elena e ignorando Vicki e Rebecah.
No meio do jantar teve uma homenagem para Rebecah e uma musica dedicada pra ela. Depois tudo voltou ao normal. Quando eu terminei de comer, senti o meu estomago embrulhar e pra não colocar tudo pra fora, fui dar uma volta. Fui direto para varanda. Eu tinha amado aquele lugar.
Fiquei um tempo ali pensando nas coisas, senti novamente uma dor incomoda na barriga e resolvi me sentar num banco que tinha ali. Elena apareceu depois de alguns minutos, conversamos um pouco, ela contou que tinha conhecido Serena, que tinha adorado ela e o Guilherme também. Serena tinha amado Elena.
- E sabe o que ela falou? - Elena disse empolgada
- O que?
- Que eu sou melhor nora do que a Rebecah e que eu sou a única nora que ela gostou logo de cara.
- Você é adorável, Elena. - disse sorrindo
- Será que ela não falou só por falar?
- Conheço a Serena, ela fala o que sente. Ela não é de falar por falar.
- Ai que bom. - Elena estava toda feliz. - Vamos entrar, está frio.
Entrei com ela e fomos à mesa, que estava vazia. Elena avistou Stefan dançando e a Vicki dando em cima dele, então foi lá. Eu resolvi dançar também, mesmo me sentindo mal.
Acho que fiquei dançando por uma meia hora só, meu corpo começou a cansar e minha perna fraquejar, então resolvi sentar.
- Elena
- Oi. - ela disse brava
- Vou sentar
- Vou com você.
Ela tinha ficando brava com o Stefan, por deixar a Vicki se esfregar nele e tinha passado àquela meia hora de cara emburrada e dançando comigo. Cheguei à mesa e Rebecah estava lá de cara fechada e Damon falando com ela, e só foi eu sentar pra ela levantar brava e sair. Dei de ombros olhando pra Elena e vi a cara de triste do Damon.
- O que foi, Damon?
- Rebecah e o de sempre.
- Não esta gostando da festa, certo?
- Certo. Ela queria que tivesse fotógrafos de revistas mais importantes.
- Resumindo, ela não quer aparecer na revista que eu trabalho, ou melhor, nós trabalhamos.
- Por ai.
Ele riu fraco e saiu da mesa, eu tomei um copo de água e comecei a falar com Elena, mas senti uma dor mais forte na barriga e meu estomago rodou, decidi ir no banheiro.
- Vou ao banheiro
- Vou junto.
Eu ia recusar, mas nada ia adiantar e eu queria chegar logo lá. Fui andando o mais rápido, só que mais eu andava mais eu sentia dor na barriga e a dor não era como as outras, era muito mais forte. Cheguei lá e fui pro reservado, eu tentei colocar algo pra fora, mas nada saia e eu ate achei estranho. Então sentei no vaso e fiquei olhando pra porta, minha barriga doeu mais e eu cheguei a gemer.
- , você esta bem? - sai do reservado e Elena me encarou
- Só uma dor na barriga.
- Deve ser cólica. Tenho remédio, quer?
- Não deve ser cólica.
- Como não? Eu acho que você menstruou. - Elena me olhava analisando e apontando para as minhas pernas.
Olhei pra baixo e vi que escorria sangue nas minhas pernas, senti uma pontada forte na barriga e quase fui ao chão, mas Elena foi mais rápida e me segurou.
- ?! Você esta bem? - comecei a chorar e entrar em desespero.
- Ai Elena.
- Que foi?
- Me ajuda.
O sangue não parava de sair, logo em baixo de mim tinha uma poça de sangue.
- , esta saindo muito sangue. O que esta acontecendo?
- Chama o Damon. Por favor.
- Por que ele?
- CHAMA O DAMON. - disse mais alto e desesperada.
Elena me deixou sentada no chão e correu pra porta, mas eu a chamei.
- Oi
- Não faz alarme. Não quero que ninguém saiba e traz só o Damon. Por favor.
- Okey.
Ela correu pra fora e eu me recostei na parede chorando e muito desesperada. Eu não podia estar perdendo o meu filho. Eu não ia aceitar. Puxei a minha bolsa que estava um pouco longe e peguei o meu celular, disquei o numero da doutora e esperei. Como era tarde, ela demorou pra atender. No quarto toque, ouvi sua voz de sono.
- ? Aconteceu algo?
- Meredith, eu preciso de você.
- O que houve?
- É meu filho. Eu to sangrando e com dor.
- Onde você esta?
- Numa festa.
- O Damon esta com você?
- Sim.
- Fala pra ele ir pro hospital, te encontro lá. Rápido.
Desliguei o aparelho e voltei a chorar, cinco minutos depois Damon entrou no banheiro desesperado e Stefan atrás.
- .
- Damon, me ajuda. - ele olhou pra poça de sangue e se desesperou ainda mais.
- Vamos. - ele me pegou e Elena entrou no banheiro com uma toalha
- Pedi para um garçom.
Damon me enrolou na toalha e olhando pro Stefan disse.
- Eu preciso sair sem que ninguém veja.
- O que esta acontecendo? - ele perguntando ignorando Damon
- Damon, me leva pro hospital. - eu dizia chorando
- Vai ficar tudo bem. - ele disse no meu ouvido
- Vem, eu vi uma porta de saída aqui do lado. - Elena disse já saindo.
Damon passou pelo Stefan e foi atrás da Elena. Passamos pela a porta e os dois foram atrás, só que Damon parou e falou:
- Stefan diga para a Rebecah que eu tive que sair e já volto, mas não diga o que aconteceu.
- Okey.
- Eu vou com o Stefan depois pro hospital. - Elena disse com uma cara preocupada.
Eu assenti e Damon correu pro carro dele comigo. Colocando-me no banco do passageiro e foi pro motorista. Ele fez a viagem em menos de dez minutos, eu não aguentava mais de dor, preocupação e medo. Quando chegamos, Damon parou na ala de emergência e saiu, alguns segurança começaram a brigar com ele, mas ele não deu atenção e abriu a porta pra mim.
Quando ele me tirou de lá e alguns enfermeiro viram como eu estava, vieram ajudar. Entramos no hospital e Meredith já nos esperava.
- Vem Damon. - ela disse indo pro corredor
Depois me colocaram numa maca e não deixaram Damon ir comigo.
- Damon. - choraminguei e Meredith falou:
- Ele tem que ficar.
E a maca foi andando e o Damon cada vez mais se afastava e o meu coração se apertava. Eu vi que ele queria ir junto e ate tentou passar, mas os enfermeiros não deixaram. Entramos numa sala cheia de aparelhos e Meredith falou:
- Eu vou ter que te dopar.
- Não
- Você esta nervosa. Eu preciso.
Alguns enfermeiros entraram e começaram a preparar as coisas e ligar os aparelhos, Meredith chegou com uma agulha e injetou no meu braço, logo a inconsciência me dominou e eu não senti mais nada.

Capitulo 9 - Contando


Não sei por quanto tempo fiquei apagada. Mas quando eu comecei a sentir as coisas, fui aos poucos abrindo os olhos, a luz forte me incomodou no inicio, pisquei algumas vezes e escutei os barulhos da maquina, fazendo me lembrar da onde estava, meus olhos encheram de água e minha mão foi pra barriga, olhei pros lados a procura de alguém, encontrei Damon sentado num sofá.
- Damon. - minha voz saiu embargada
- Oi anjo. - ele veio pra perto de mim
- Nosso... Filho? - eu dizia quase chorando
- Calma, ele esta bem. - ele disse colocando a mão em minha barriga
- O que foi que aconteceu? - perguntei mais calma
- Foi quase um aborto, mas vou chamar a Meredith pra falar.
Assenti e ele foi saindo, mas lembrei que o Stefan e a Elena estavam ai fora e assim que Damon saísse, eles iam entrar e me encheriam de pergunta. Então chamei por ele.
- Oi.
- O Stefan e a Elena...?
- Estão ai fora
- Eu sei. Mas eles vão fazer perguntas e...
- Eu disse que nós iríamos contar tudo depois.
- Vamos contar tudo mesmo?
- Eu já venho pensando nisso há algum tempo, eu nunca escondo nada do Stefan, ele é meu irmão e...
- Eu também pensei isso da Elena, ela é minha amiga e eles merecem saber a verdade.
- Então contamos depois.
Eu assenti e ele saiu, indo procurar a doutora. Eu suspirei e os dois entraram, vindo preocupados perto de mim.
- ? Como você esta? - Elena perguntou
- Estou melhor agora.
- O que aconteceu? - Stefan perguntou preocupado
- Espera eu falar com a medica e o Damon voltar que conto tudo.
Eles assentiram e foram sentar num sofá. Esperamos Damon e Meredith, que demoraram dez minutos. Assim que eles entraram, Meredith sorriu e falou:
- Como esta se sentindo?
- Melhor.
- Você me deu um susto em.
- Desculpa, mas o que aconteceu?
- Primeiramente, seu filho esta bem. - assenti e vi Stefan e Elena levantarem com tudo ao escutar a palavra filho.
- Filho? - os dois disseram juntos
- Depois a gente conversa. - eu disse pro dois e voltei a minha atenção para a medica.
- Você teve uma hemorragia, quase um aborto. Mas conseguiu chegar a tempo e eu consegui estancar a hemorragia.
- Mas foi serio?
- Não, mas quando eu vi seu estado pensei que não fosse conseguir salvar você e o bebê. - ela suspirou - Como foi há sua semana? Você não parou um segundo, certo?
- Eu tive que viajar na sexta.
- E não parou, não comeu direito, foi uma correria só?!
- Isso mesmo.
- , eu disse pra você, nada de correria. Sorte que você esta tomando a vitamina certo e já esta no fim do terceiro mês.
- Desculpa, eu sei que não devia, mas era o meu trabalho.
- Você devia ter falando comigo, . - Elena se aproximou mais
- Eu sei, eu sei. - disse abaixando a cabeça.
- Você sentiu algo?
- Algumas dores durante a semana, mas bem fraca.
- Você sentiu e nem me falou? - Damon disse bravo e eu assenti.
- , qualquer dor, você tem que me ligar ou vir pro hospital. Da próxima talvez não terá tanta sorte. E você não quer que a gravidez se torne de risco, certo?
- Não.
- Então. - ficamos em silencio e depois ela voltou a falar. - Segunda-feira você volta aqui, quero fazer alguns exames e uma ultra.
- Okey.
- Volto daqui a pouco com sua alta.
Balancei a cabeça e ela saiu. Fiquei olhando para Damon, Stefan e Elena. Os dois últimos estavam curiosas e eu não sabia como começar, olhei pra janela e vi que estava quase amanhecendo.
- Que horas são?
- Cinco e meia. - Elena disse olhando no relógio
- Tudo isso? Fiquei apagada três horas.
- É.
- E a festa?
- Eu voltei lá, depois de saber o seu estado e falei pra Rebecah que a festa tinha que acabar, ela ficou feliz por um lado, mas brava por saber que meu sumiço tinha haver com você.
- Imagino como ela ficou.
- Minha mãe também ficou preocupada e disse que vai te visitar na segunda e falar com você. - Damon disse
- É, to vendo que esta na hora de contar algumas coisas.
- Falando nisso... - Elena disse se aproximando. Olhei pro Damon e suspirei.
- Como vocês ouviram, eu estou grávida. - disse encarando Stefan e Elena, que arregalaram os olhos e abriram à boca.
- E eu sou o pai. - Damon completou e a cara dos dois foi cômica, deu ate vontade de rir.
- Como... Como... - Stefan tentava falar.
- Como isso aconteceu? - Elena disse ao ver que da boca de Stefan não ia sair nada
Ajeitei-me na cama e contei tudo. Desde o termino do meu namoro, a balada, o beijo, a noite que passamos juntos e por fim a descoberta.
- Agora entendo algumas coisas. Você passando mal, algumas vontades, mudança de habito - Elena ia dizendo e o Stefan ainda estava atônito.
- Stefan? Stef. - comecei a chamá-lo
- Por que não me contaram? - ele disse depois de um tempo.
- Nós não queríamos que ninguém soubesse. - Damon disse.
- E como a ia esconder a barriga? - Elena perguntou
- Eu não ia esconder a gravidez, só quem é o pai.
- E a Rebecah? - Stefan perguntou
- E o Samuel? - Elena perguntou também
- Ele sabe que estou grávida, só não sabe quem é o pai.
- Claro, se ele souber é bem capaz de surtar e querer acabar com o Damon. Já que ele morre de ciúmes e ódio dele. - Stefan disse com um leve sorriso
- A Rebecah não sabe de nada e não vai saber.
- Vai mentir pra ela?
- Vou. - Damon disse dando de ombros.
- E seus pais, ? - minha amiga questionou
- Eu estou esperando eles vierem me visitar, pra contar.
- É, porque isso não se conta pelo o telefone. - assenti. - Vai contar tudo?
- Não. Isso é só entre a gente, okey?
Os dois assentiram e Stefan abriu um sorriso enorme, se aproximou e colocando a mão na minha barriga disse:
- Oi sobrinho. Aqui é o titio Stefan.
Meus olhos encheram de água e do Damon também, Elena se aproximou mais e começou a conversar com o meu filho, junto do Stefan. Depois a doutora entrou com uns papeis na mão.
- Aqui a sua alta. - assinei e ela falou. - Cuidado dessa vez , não quero outro susto.
- Pode deixar
- E agora ela tem mais babas. - Elena disse apontando pra ela e o Stefan.
Meredith assentiu e saiu.
- Como vou sair daqui? Meu vestido deve ter estragado.
- Eu peguei a chave do Damon e fui buscar outra roupa pra você. - Elena disse e eu assenti.
Dois enfermeiros entraram no quarto e tiraram os aparelhos de mim, depois com ajuda da Elena levantei e fui tomar um banho e me trocar. Quando sai, Damon e Stefan esperavam a gente.
- Como esta? - Damon perguntou vindo pro meu lado
- Melhor.
Elena foi abraçar Stefan e Damon me ajudou a ir ate o carro. Mesmo eu estando bem, Meredith pediu um pouco de repouso, então aquele domingo eu passei em casa sem fazer nada, só com a companhia dos meus amigos.
De noite o interfone tocou e Elena foi atender.
- É o Samuel. - bati a mão na testa
- Eu esqueci de falar pra ele. Ele não sabe o que aconteceu.
- Vou deixar ele subir.
Elena disse e eu assenti. Fiquei pensando no que ele ia falar ou sua reação. Quando ele chegou, Elena foi abrir a porta. Sua cara era de feliz, mas mudou ao ver Damon ali e principalmente por eu estar com a cabeça em seu colo e ele acariciando a minha barriga. Sentei-me e levantei, indo lhe dar um selinho.
- Oi Sam.
- Oi . - ele me abraçou e depois cumprimentou todos.
- Tudo bem? - perguntei voltando a me sentar e puxando ele.
- Sim e você? - fiz careta e falei.
- Agora estou bem. Mas aconteceu algo ontem.
- O que? - ele perguntou preocupado
- Eu quase tive um aborto.
- Como? - ele disse exasperado e Damon bufou.
- Por causa da viagem e do dia corrido, eu acabei tendo uma hemorragia, que quase virou aborto, mas fui pro hospital logo e agora esta tudo bem.
- Por que não me ligou? Eu podia ter ajudado. Quem te levou pro hospital? - a cada pergunta, eu ouvi Damon bufar do meu lado. O ódio era recíproco.
- Eu acabei esquecendo, estava preocupada na hora com o meu filho. E você não podia fazer nada pra ajudar e o Damon me levou.
- Ah. - ele disse apenas e vi-o bufar.
Olhei pra Elena que segurava o riso e Stefan estava como ela. Mandei uma olhar mortal pros dois e eles se calaram. Um silêncio mortal se instalou em meu apartamento e isso estava me incomodando. Então Stefan puxou assunto com Samuel e Elena disse que ia fazer pipoca. A todo o momento senti os olhares de Samuel em mim, mas eu não sabia o que fazer. Damon voltou a acaricia a minha barriga, isso me acalmava e eu sabia que ele gostava, só não podia imaginar a reação do Sam.
Ele tirou a mão do Damon da minha barriga sem ser educado. Senti Damon enrijecer ao meu lado e sua respiração ficou mais alta, eu acabei ficando assustada e brava, pelo o modo que Samuel agiu, olhei pra ele e disse:
- Por que fez isso? - mas antes dele conseguir responder, Damon levantou e puxou-o do sofá.
- Quem você pensa que é?
- Damon não. - eu disse me levantando
- Eu quero saber quem você pensa que é pra ficar passando a mão na barriga da minha mulher? - Samuel dizia no mesmo tom de Damon e eu acabei ficando brava com a ultima parte.
- Para vocês dois. - Stefan tentava fazer os dois se afastar.
- Como é que é? - eu e Damon dissemos juntos.
- Já chega! - Elena disse e tacou um pote na cabeça de cada um, fazendo eles se afastarem e passarem à mão na cabeça.
- Ai Elena. - Damon reclamou
- Obrigada amiga. - eu disse agradecida.
- Que isso. - ela disse e voltou pra cozinha.
- Damon, me espera lá no quarto. - disse brava
- Nã...
- Agora. - eu disse mais brava ainda.
Stefan puxou o irmão e o levou pro quarto. Eu me virei pro Samuel e disse:
- Como assim sua mulher? Ate onde eu saiba nós só ficamos e em nenhum momento eu disse que era sua mulher.
- Desculpa, saiu sem querer. Mas ele me da raiva e ainda fica passando a mão em sua barriga. Quem ele pensa que é?
- Ele é meu amigo, o conheço desde bebê. Ele tem todo o direito de passar a mão na minha barriga e eu decido quem passa ou não. Ele tem direito a isso.
- Por quê? - Samuel estava magoado, mas não mais que eu.
- Por que ele sabe por tudo que eu passei, me conhece bem. - eu disse depois de pensar um pouco.
- É estou vendo que ele é mais importante que eu. - Samuel disse saindo
- Espera. - ele parou e eu respirei fundo. - Eu sabia que nosso relacionamento não ia pra frente. Tivemos momentos muito bons, eu gosto de você, mas não dá. Não por enquanto. A minha vida esta muito louca, são muitas coisas juntas.
- Isso quer dizer que estamos terminando?
- Sim, mas quero continuar sua amiga.
- Claro. - ele sorriu sem humor. - Te dou o tempo que você quiser. Quem sabe depois que você tiver o bebê.
- Eu não quero que você me espere. Mas nunca vou dizer que não haverá mais nada.
Ele veio ate mim e beijou a minha testa.
- Fique bem e sabe onde me procurar. Pra qualquer coisa, qualquer coisa mesmo.
- Te adoro, Samuel. Você é um amigão.
Ele beijou a minha testa de novo e saiu. Senti meu coração apertado, mas ao mesmo tempo me senti bem, como se tivesse soltando ele de um relacionamento sofredor. Sentei-me no sofá e Elena apareceu ali.
- Tudo bem, amiga?
- Pior que sim.
- Vocês não iam se dar bem. Vocês não combinam.
- Eu sei, Lena, mas eu gosto dele.
- Gosta, mas não ama. Você ainda serão amigos.
- Eu sei.
Fiquei um tempo abraçada a Elena e depois Stefan e Damon apareceram ali.
- O chato já foi embora? - Damon disse sentando ao meu lado
- Damon. - eu, Stefan e Elena o repreendemos.
- Que foi? Ele é e ainda pensa que pode algo. Quem eu penso que sou?! Rah... Sou o pai do filho dela, otário.
- Damon. - o repreendi outra vez
- Ele me da nos nervos.
- Chega ne. - Elena disse batendo na cabeça do cunhado e indo pegar a pipoca.

Capitulo 10 - Quarto mês


Minha semana foi a pior de todas. Fiquei em casa sem poder ir trabalhar. Elena voltou na Meredith e pediu que ela fizesse um atestado pra mim, assim eu poderia ficar de repouso, sem perder o meu emprego. Minha chefe não gostou, mas entendeu. Eu estava doente e precisava ficar em casa. Mas ela me mandou um pouco de trabalho, eu precisava montar a matéria da minha viagem ate Los Angeles e fazer outras matérias. Mas isso Elena disse que estava tudo bem, era só eu ficar deitada mexendo no computador.
A cada cinco minutos era um dos três que me ligava, perguntando como eu estava, se precisava de algo ou senti alguma coisa. As respostas eram sempre a mesma:
- Eu estou bem.
Na segunda, como eu já esperava, Serena veio me visitar e eu acabei contando que estava grávida.
- Mas grávida?
- É Serena. Eu acabei me descuidando e aconteceu.
- Mas você esta bem?
- Sim, foi apenas um susto.
Depois da surpresa, ela adorou e disse que ia amar me ver com barrigão, ajudar a cuidar e tudo mais. Se ela já estava feliz assim, imagina o dia que descobrir que será neto dela. Por um momento fiquei tentada a contar, mas achei melhor não. Ela ficou fazendo planos e nessa hora eu vi da onde Damon tinha puxando esse jeito. Serena era igual ao Damon na hora de pensar. Antes de ir embora, ela me disse que eu podia contar com ela sempre e qualquer coisa era só ligar.
Na quarta-feira eu liguei pra minha mãe, conversei brevemente com ela e fiquei sabendo que ela e o meu pai iriam vir me visitar na próxima semana. Eu tive que mudar a minha consulta para quinta-feira, já que por causa da matéria, eu perdi o meu dia. Só que nesse dia Damon ia estar ocupado, então acabou que Stefan me acompanhou. Vê-lo chorando ao ver a imagem no ultra-som foi hilário, só que ao mesmo tempo emocionante e saímos os dois chorando.
Como ainda estava no inicio do quarto mês, não deu pra ver muita coisa, mas a medica disse que na próxima consulta, já daria pra ver melhor e escutar o coração. Fiz uma bateria de exames e estava tudo bem comigo e o bebê. O que deixou Damon aliviado.
Na sexta Rebecah embarcou pro Brasil e eu fiz questão de ir me despedir dela. Elena não entendeu, mas foi comigo e quando chegamos lá, é que ela percebeu o que eu ia fazer.
- Becah. - disse me aproximando.
- ?! - Damon disse sem entender
- Vim-me despedir da Becah e me desculpar, é claro.
- Se desculpar do que? - ela perguntou brava
- Pela a sua festa. Eu acabei atrapalhando tudo.
- Ah é, você deu um showzinho pra chamar atenção.
- Eu?! - coloquei a mão no peito. - Damon não te disse o que houve? - ela fez que não e Damon estava com uma cara assustad, com medo do que eu iria fazer
- Não, ele não disse.
- É que eu estou grávida sabe e acabei passando mal.
- Grávida? - ela olhou de mim pro Damon. - Já sei, está dando o golpe da barriga em alguém?
- Não, querida. Eu não preciso disso, não sou você. - sorri pra ela e sua face ficou vermelha de raiva. - Tchau querida, faça uma boa viagem.
Disse abraçando-a e afastando. Virei-me pra Elena e ri, minha amiga riu comigo, mas balançava a cabeça desaprovando. Voltei pro carro, deixando ela falando com o Damon e exigindo que ele contasse a historia direito e o motivo de eu vir falar aquilo.
- Por que isso, ? - Elena quis saber
- Ela tinha que viajar sabendo. Ela vai ficar com coisa na cabeça e isso é o que eu quero.
- Ela é chata e tudo mais. Só que você não gostar dela tem haver com o Damon, ne?
- Não. Por que acha isso?
- Eu sei que você não sente apenas amizade por ele. Sei que o ama.
- Eu?! Elena, você deve estar viajando. - ri de nervoso
- Ta bom, não precisa admitir, mas eu sei o que se passa nesse coração.
Resolvi ficar quieta, era melhor. E também eu não tinha o que falar.
Damon também quis saber o por quê que eu fiz aquilo e eu disse que era pra deixar na mesma moeda o que ele fez com o Samuel.
O meu final de semana foi em casa, mas eu já não aguentava mais e não via a hora de chegar segunda pra poder voltar a trabalhar.
No domingo à noite, Damon levou um pote de sorvete de maracujá pra mim, por que eu estava morrendo de vontade. E quando ele chegou, eu estava deitada no sofá com a blusa levantada e acariciando o volume um pouco maior da minha barriga.
- Sabia que essa visão é perfeita. - ele disse sorrindo
Depois sentou e colocou a minha cabeça no seu colo.
- Ela já esta grandinha. - disse pegando a mão dele e colocando em minha barriga.
- Esta mesmo. E tão linda.
- Algumas roupas já não servem mais.
- Minha mãe quer te levar pra fazer compras. Ela esta pirando com esse bebê, deixando todos loucos.
- Isso por que ela acha que é apenas um "sobrinho" dela.
- Se ela soubesse é que o neto ia matar todos com suas loucuras.
- Eu sinto vontade de contar.
- Eu também.
Passamos a noite de domingo assim.

(...)


Segunda de manha voltou a minha rotina e de tarde os meus pais iam chegar.
Eu revisei a matéria que tinha feito em casa naquela semana, mandei pro e-mail da chefe e voltei a fazer as outras coisas. Na hora do almoço, Elena me chamou para comer.
- Só tenho que acabar de revisar esse artigo pra revista.
- Okey.
Ela sentou em minha frente e percebi um sorriso em seu rosto.
- O que foi? - perguntei sorrindo também
- To pensando em como será a sua vida quando o bebê nascer.
- Eu não paro de pensar nisso.
- Eu acho que vai ser um menino e a cara do Damon.
- Eu ia amar isso. Ter um Damonzinho comigo.
. - Já que você não pode ter o original, ne?
- Não vamos começar com essa conversa, ne?!
- Por que você não admite?!
- Admitir o que?
- Que você ama ele e não é apenas como amigo.
- Eu não admito, porque não é verdade.
- Ta bom. Agora vamos.
Mandei aquele artigo pro e-mail da minha chefe, peguei a minha bolsa e sai com a Elena. No elevador nos encontramos com o Damon.
- Vão almoçar?
- Sim. Quer vir? - perguntei
- Quero sim.
Chegamos à garagem e fomos pro restaurante.

(...)


Cinco horas da tarde recebi a ligação da minha mãe.
- Já chegaram?
- Acabamos de pousar.
- Quer que eu vá buscar?
- Não precisa, vamos pegar um táxi.
- Okey. Vocês ainda têm a chave do meu apartamento?
- Temos sim.
- Certo. Eu vou terminar aqui e encontro vocês lá.
- To curiosa pra saber o que você tem pra nos contar.
- Logo saberão.
Desliguei o celular e acabei ficando um pouco nervosa, o que fez o meu estomago revirar e eu tive que correr pro banheiro, mas no caminho me encontrei com a chefe e ela ficou preocupada.
- ? - ela me chamou, mas não pude dar atenção.
Cheguei ao banheiro, entrei num reservado e não deu tempo de fechar a porta e coloquei tudo pra fora. Quando vi, Elena e a Marisa, nossa chefe, estavam ali.
- , você esta bem? - Marisa perguntou.
- Ela ta bem sim, Marisa. - Elena respondeu, já que eu não podia.
- Como bem? Ela ta colocando tudo pra fora. - Marisa estava preocupada.
- Eu to bem sim. - disse limpando a minha boca e levantando. - É só um enjôo.
- Como enjôo? A não ser que você... - ela foi perdendo a voz quando eu levantei a minha blusa.
- É, eu to grávida. - disse sorrindo fraco e dando de ombros.
Ela ficou um tempo parada, com uma cara assustada. Depois correu e me abraçou, começando a gritar.
- Aaaaaaaa.. Que maravilha.
Eu e a Elena começamos a rir.
- Você acha? - perguntei me afastando dela
- Claro. Sempre sonhei em ser mãe. Pena que não encontrei a pessoa certa ainda.
- Faça como eu, durma com qualquer um.
- Como? - ela perguntou sem entender.
- não sabe quem é o pai. Ela tava bêbada e dormiu com um cara ai. - Elena dizia numa cara bem lavada, como se aquilo fosse realmente verdade.
- Ah, mas pelo menos você esta grávida. - Marisa deu de ombros e sorriu.
Fiquei com vontade de contar pra ela. Pelo simples fato de que o pai do meu filho trabalhava na revista também. Percebi que a todo o momento eu queria contar quem era o pai, porque eu não ligava para o que iam pensar. Mas eu só não fazia isso, por consideração ao Damon e seu namoro. Eu não queria o ver sofrendo se a Rebecah terminasse com ele.
Depois de melhorar e conversar mais um pouco com a Marisa, voltei pro meu escritório, peguei a minha bolsa e fui pro elevador. Na garagem, encontrei Damon perto do meu carro.
- Oi.
- Você esta melhor?
- Como?
- A Tati me falou que viu você correr pro banheiro.
- Tati fofoqueira. Só podia ser ela. - disse rindo. - Mas estou bem sim, acabei ficando nervosa e meu estomago revirou.
- Nervosa com o que?
- Em contar pros meus pais.
- É hoje, ne?!
- Sim. Eles já chegaram.
- Quer que eu vá junto?
- Não precisa.
- Mas passo lá mais tarde.
- Okey.
Dei um beijo no rosto dele e entrei no carro, indo pra casa enfrentar os meus pais.

(...)


Assim que coloquei o carro na garagem, acabei ficando mais nervosa. Respirei fundo algumas vezes e sai, subi de elevador, usando a respiração que a doutora Meredith tinha me ensinado. Quando as portas se abriram, tremi um pouco, respirei fundo e entrei, encontrando os meus pais na sala.
- Filha. - minha mãe levantou do sofá e correu ate mim.
- Oi mãe. Que saudades. - entrei agarrada com ela e fechando a porta.
- Como você esta? Parece bem. E vejo que anda comendo bem também. - ela dizia depois de me soltar.
- Eu estou gorda? - perguntei me olhando, pra ver se a roupa estava marcando.
- Que isso, filha. - meu pai disse se levanto e me abraçando. - Esta linda como sempre.
- Verdade, filha. O que eu disse, é porque você parece bem, esta com o rosto vistoso.
- Ah ta. - disse me sentando. - Como foi à viagem pra Alemanha?
Entramos numa conversa, onde só os meus pais falavam. Eu queria adiar o maximo possível a minha surpresa.
- Mas então filha o que tinha pra nos contar? - minha mãe perguntou
- Ah é. - sorri fraco - Vou tomar um banho e eu conto, pode ser?
- Claro. - minha mãe ia recusar, mas meu pai falou na frente.
Sorri pros dois e fui pro meu quarto. Tomei um banho de meia hora, coloquei uma roupa folgada e voltei pra sala.
- Conta filha. - percebi que a minha mãe estava ansiosa.
- Okey. - sentei na poltrona de frente pra eles. - Antes de tudo quero saber como esta a saúde de vocês?
- Por quê? - minha mãe perguntou
- Pra o caso de vocês não terem um ataque do coração.
- Filha, você esta deixando eu e sua mãe preocupados.
- Desculpa.
- E nossa saúde esta boa, agora conta.
- Okey, lá vai. Eu to grávida. - disse e sorri
Meus pais ficaram me encarando por um tempo, eles não tinha reação nenhuma. Comecei a ficar preocupada, percebi a minha mãe perder a cor e meu pai colocou a mão em seu peito. Levantei-me e fui ate eles.
- Mãe, pai. Por favor, falem alguma coisa? Vocês estão bem?
- Grávida? - minha mãe levantou com tudo e gritou. - Grávida? Como grávida?
- Mãe. - ela gritava e não me deixava falar. - Mãe, me escute.
- Escutar o que Harris? Que você engravidou aos vinte e dois anos? Que jogou sua vida fora? Quem é o pai? Fala-me.
- Mãe. - meus olhos estavam cheios de lagrimas, mas eu ia ser forte e não ia chorar. - Eu não joguei a minha vida fora. Eu quero e vou ter esse filho. Sempre foi o meu sonho...
- Sonho? Ser mãe nova? Perder as oportunidades da vida?
- Cristina. - meu pai falou alto a repreendendo.
- O que, Leandro? Vai me falar que pra você esta tudo bem sua filha grávida aos 22 anos?
- Não é isso. Mas escute o que ela tem pra falar. Deixa ela se explicar. E se ela quiser ter esse bebê à gente vai apoiar.
- Mas...
- Nada de mais, Cristina.
Minha mãe ficou quieta e sentou no sofá, me encarando ainda brava. Olhei agradecida para o meu pai e sentei na poltrona.
- Sempre foi o meu sonho ser mãe. Quando eu descobri fiquei perdida, sem saber o que fazer. Mas foi passando os dias e agora eu não me vejo mais sem essa gravidez. Eu estou amando isso. - disse com um sorriso no fim da frase e meu pai acompanhou. Percebi que minha mãe ficou mais calma, só manteve a cara fechada. - Eu não sei quem é o pai.
- Como? - minha mãe ia levantar, mas meu pai a segurou.
- Eu terminei o meu namoro com o Tyler, como contei a vocês. O Damon não queria me ver triste então fomos para uma balada, eu bebi demais e acabei dormindo com um cara ai, só que eu não sei quem é e nem me lembro.
- O Damon estava junto? - minha mãe perguntou e eu assenti. - Ele devia estar tomando conta de você, por que deixou você fazer isso?
- Mãe, ele estava lá pra se divertir também. E ele não ia imaginar que isso ia acontecer.
- Resumindo, ele estava bêbado.
- Deve ser. - dei de ombros.
- E não tem como ele ser o pai? - meu pai perguntou e eu acabei me assustando um pouco
- Não. Claro que não. - eu disse gaguejando um pouco. - Pai, ele tem namorada.
- Mas se vocês dois estavam bêbados...
- Eu nunca ia dormir com ele, pai. Somos só amigos. - doia mentir para eles, mas era melhor assim.
- Tem certeza?
- Eu não posso ter certeza de nada. - disse por fim.
- Leandro, não viaja. Se fosse ele, saberia. Damon não ia sair no meio da madrugada.
- É isso mesmo, mãe.
- E o que você vai fazer, filha?
- Eu vou levar essa gravidez adiante. Vou ter esse filho, vou cuidar dele.
- Sozinha?
- Não, o Damon vai me ajudar, a Elena e o Stefan também.
- E nós dois também.
- Obrigada, pai. Mas eu não quero que vocês desistam da viagem por minha causa.
- Mas filha...
- Não pai. Se eu precisar eu falo com vocês. Mas ajuda dos meus amigos já esta de bom tamanho.
- De quanto meses você esta?
- Acabei de entrar no quarto mês.
Conversamos sobre tudo e quando deu oito e meia, meus pais resolveram se deitar.
- Mãe.
- Oi.
- Você esta brava comigo?
- Claro que não, minha filha. Fui pega desprevenida, de surpresa. Mas esta tudo bem. Fico feliz por você. E vou amar ser avó, mesmo achando que sou nova ainda.
Abracei-a e meu pai se junto no abraço.
- Também quero. - nos afastamos quando ouvimos uma voz.
- Damon. - minha mãe gritou indo abraçá-lo
- Oi Cristina. Que saudades. - ele a abraçou. - Oi Leandro. - ele disse abraçando o meu pai também.
- Como está, garotão? - meu pai perguntou.
- Estou bem. E vocês?
- Um pouco surpresa com o que soubemos, mas bem. - minha mãe disse.
- Então já souberam? - Damon perguntou me olhando
- Que seremos avós? Sim.
- E?
- sabe o que faz, ela tem sua vida e uma boa vida. Tenho certeza que nossa filha se dará bem como mãe. - meu pai falou com os olhos brilhando
- Eu acredito nisso e vou ajuda-a a cuidar desse bebê. - Damon dizia passando a mão na minha barriga e meu pai olhou meio de canto, como se tivesse desconfiado de algo e gentilmente eu me afastei do Damon.
- Nós sabemos. - minha mãe disse - Agora nos de licença, que vamos dormir.
- Okey.
Meus pais se despediram de nos dois e foram pro quarto. Eu me joguei no sofá e Damon veio junto.

Capitulo 11 - Curtindo a gravidez


Eu assistia a mais um episodio de Teen Wolf, enquanto Damon passava a mão em meus cabelos. O sono estava quase me dominando, ate que uma vontade vem e me desperta. Levantei-me com tudo e acabei assustando Damon.
- Que foi? - ele perguntou.
- Vamos ao cinema?
- Agora?
- É. Estou com vontade.
- Já ouvi falar em grávidas com vontade de comer coisas, mas de sair pros lugares nunca.
- Eu sou uma grávida diferente. Mas se você não...
- Eu vou. Claro que vou. - ele disse sorrindo. - Tudo pra mamãe do meu bebê. - ele sussurrou essa parte.
- Okey. - disse me levantando. - Vou me arrumar.
- Eu tenho que passar...
- Não. Tem roupa sua aqui. Está no outro quarto.
- Certo.
Eu fui pro meu quarto e ele foi para o quarto ao lado. E era verdade, Damon tinha varias roupas aqui. Sempre que vinha dormir, deixava roupas e coisas pessoais. Em meia hora estávamos prontos e não era tão tarde assim para pegar um cinema. Antes de sair de casa, passei no quarto dos meus pais e disse pra onde ia e com quem.
- Aproveita mesmo filha. - minha mãe disse.
Sai de casa com Damon, fomos com o seu carro. Chegamos ao shopping e fomos direto à bilheteria.
- Que filme quer assistir?
- Me deixa ver. - fui pra frente das placas de filmes. - Quero assistir esse. - disse apontando.
- O Segredo das Fadas?! - ele perguntou fazendo careta. - Não podemos assistir Caçador de Vampiros?
- Não. Quero assistir Tinker Bell.
- Você esta muito maternal pro meu gosto. - Damon dizia ainda fazendo careta.
- Não é maternal, só quero assistir desenho.
- . - Damon choramingou e acabou chamando a atenção de uma família que estava perto da gente.
- Damon, eu que convidei você e a vontade é minha.
- Ta bom, o que eu não faço pra você.
- Eu e meu filho agradecemos. - disse rindo e percebi a mulher sorrir também.
- Nosso filho. - Damon sussurrou e passou a mão em minha barriga que estava mais saliente e marcava, por causa da roupa.
Fomos pra fila e a família também. Eu pude ouvir que eles falavam da gente.
- Viu que lindo esse casal. - a moça disse
- Eles são jovens, ne? - o homem falou.
- Sim. Mas dá pra ver que tem muito amor ali.
- Verdade. Os olhos dela brilham pra ele.
- E o dele pra ela. Viu ele acariciando a barriga dela?! Os olhos brilhando e o sorriso de bobo.
- Isso me lembra a gente.
Olhei pra trás e vi os dois sorrindo um para o outro e depois se beijando apaixonados. Senti o meu coração se aquecer com essa cena e por um momento me imaginei tendo esse momento com o Damon. Mas logo balancei a cabeça, espantando esse pensamento. Só que o que eles disseram ficou na minha mente e pensei se o Damon tinha escutado. Olhei pro rosto serio dele e o cutuquei.
- Tudo bem?
- Sim. - ele disse sorrindo. Dei de ombros e esperei nossa vez chegar e não demorou muito. O filme foi muito lindo e eu adorei. Percebi que Damon também tinha gostado e no final ele deu o braço a torcer e ficou comentando comigo todo o filme. Depois fomos dar uma volta, olhar as vitrines das lojas já fechadas e quando chegamos à praça de alimentação, acabei ficando com vontade de comer um sandue de caramelo.
- Damon.
- Oi.
- Quero sandue de caramelo.
- Serio? - ele disse olhando a fila.
- Serio. Estou ate salivando.
- Okey. - ele disse fazendo muxoxo.
Entramos na fila e eu contei quantas pessoas tinha em nossa frente. Era em torno de umas seis pessoas e a cada pessoa que sai com o sorvete mais eu ficava com vontade.
- , se acalma. - Damon disse me segurando, já que eu não parava de me mexer.
- É muita vontade, Damon.
- Já estamos chegando.
- Eu sei. - fiz muxoxo
Nisso uma senhora que estava na nossa frente, olhou pra trás e me analisou de cima a baixo, e quando viu o volume em minha barriga sorriu e disse pro Damon.
- Quer passar na minha frente? Não queremos deixar sua mulher com vontade. - Damon sorriu e ele ia recusar, mas eu apertei seu braço e assenti.
- Se não for incomodo.
- Claro que não. Conheço essas vontades. Podem passar.
- Obrigado. - Damon disse sorrindo pra senhora.
- Que isso. E aproveite a gravidez. É uma coisa linda. - ela disse olhando pra mim
- Obrigada. - disse sorrindo pra ela.
- Você e seu marido são lindos, tenho certeza que a criança também será.
Eu sorri meio sem graça e não sabia se falava ou não que Damon não era o meu marido, só que ate que ela estava certa, meu bebê era filho do Damon, então deixei quieto.
Nossa vez chegou e Damon comprou o meu sandue e uma água. Voltamos a andar, enquanto eu me deliciava com o sorvete, paramos em frente a uma loja de bebê e ficamos "namorado" as coisinhas. Ate que eu escuto o meu nome e quando olho pra trás vejo Aline e mais uma moça loira.
- . - dei meu sorvete para Damon e fui abraça-la.
- Oi Aline.
- Quanto tempo.
- Verdade.
- Não apareceu mais em casa.
- É, ando trabalhando demais e também eu e seu irmão...
- Eu já sei. Ele contou. - ela fez cara triste, mas depois voltou a sorrir. - Essa é a Jaqueline. - ela disse puxando a moça.
- Ola Jaqueline.
- Oi. - ela disse sorrindo simpática.
- Ela é minha cunhada.
- Esta namorando?
- Estou sim. Jonas é o nome dele. Um dia você vai conhecê-lo.
- Com certeza. - ela me olhou de cima a baixo e parou em minha barriga.
- , desculpa a pergunta mas você esta...
- Grávida, Aline.
- OMG. - ela disse cobrindo a boca com a mão. - Não vai me falar que é do Samuel?
- Não. Não é, Aline.
- Mas essa barriga é de...
- Quatro meses.
- Mas então o Samuel...
- Ele sabia de tudo e não foi por isso que terminamos. Nós não combinávamos.
- Desculpa a sinceridade, mas tenho que concordar. - ela disse e eu sorri.
- . - olhei pra trás e Damon me chamava.
- Quem é aquele? - Aline perguntou sorrindo
- Damon, meu melhor amigo.
- Ele é o Damon Salvatore?
- Esse mesmo. Conhece?
- Só por foto, mas conheço o irmão dele. Esses dois são lindos, ou melhor, perfeitos. - ela disse e eu e Jaqueline rimos.
- Concordo com você. Mas tenho que ir agora.
- Ah claro. Mas temos que marcar algo, colocar a conversa em dia. Falar do seu bebê.
- Pode marcar.
- Então é pra já. Sábado em minha casa. Churrasco, pode levar quem quiser.
- Okey Aline. - abracei ela e Jaqueline e me despedi e fui me afastando, só que ela gritou:
- A partir das duas e sem hora pra acabar.
- Certo.
Cheguei em Damon e fomos pro carro, durante o caminho fui contando quem era Aline e ele me disse que tinha visto uma foto dela e não acreditou que ela era irmã do Samuel ou como ele chamou: :Chatonildo. Chegamos a minha casa e eu perguntei:
- Vai dormir aqui?
- Não, vou pra casa. Ainda vou falar com a Rebecah.
- Okey.
Dei um beijo em seu rosto, agradeci a noite, ele acariciou minha barriga e eu entrei. Indo pro meu quarto e dormindo logo em seguida.

(...)


Terça e quarta passaram voando e sem nada de importante, apenas trabalho. Agora que a maioria sabia da minha gravidez, eu comecei a usar roupas mais justinhas, sem medo de deixar a barriga aparecer. O pior lugar foi à revista, todo mundo só falava nisso, vinham me perguntar sobre tudo. E eu dava as minhas respostar curtas e o pessoal desencanava. Na quarta à noite, eu, Elena, Stefan e Damon fomos pro shopping bater perna e aproveitei e comprei algumas roupas, já que as minhas não entravam mais em mim.
- - Elena se aproximou me puxando.
- O que?
- Vem ver essa loja.
Paramos em frente a uma loja de bebês.
- Olha quanta coisa linda.
- É, mas ainda não podemos comprar nada. Nem sabemos o sexo ainda.
- Podemos comprar coisas unisex.
Eu ainda fiquei tentando segurar Elena fora da loja, mas só foi o Damon e o Stefan chegar, pra não ter mais jeito. Eu conseguia segurar um, mas três era demais. Damon e Stefan acabaram se empolgando também, então entramos os quatros.
- Boa noite. - uma moça disse
- Queremos ver tudo de bebê. - Elena disse empolgada.
- Menino ou menina? - a moça perguntou sorrindo para a minha amiga.
- Ainda não sabemos. - Stefan disse abraçando Elena.
- Vocês são os pais? - a moça perguntou para Elena e Stefan.
- Não. É a minha amiga. - Elena respondeu e me puxou.
- Ah claro. - a moça sorriu ao ver a minha barriga. - E devo concluir que ele é o pai? - disse apontando para Damon que estava ao meu lado.
- Sim. - eu ia responder, mas Stefan e Elena responderam mais rápido e juntos. A moça sorriu e começou a mostrar as coisas.
Damon não estava tão empolgado, mas só foi ver umas roupinhas, para empolgar e viajar nas coisas. Eu tentei não me empolgar muito, alguém precisava controlar as coisas, só que não dava e por fim estava os quatros babando e viajando nos acessorios e roupinhas.
- , olha esse vestido rosa. Imagina se for uma menina e como ela vai ficar linda.
- Verdade, amor. Nossa sobrinha com a gente no parque. - Stefan disse sorrindo.
- Imagina um molecão correndo no quintal de casa com essa roupa. - Damon segurava um macacão jeans com desenhos de bola. - E eu ensinando ele a jogar bola.
- Olha esse macacão branco. Imagina ele ou ela na igreja no dia do batizado?! - eu disse sorrindo.
- E eu sendo a madrinha junto do Stefan.
- Essa criança será muito mimada, em. - a moça disse sorrindo com as nossas conversas.
Depois de viajar muito, acabamos comprando varios acessorios que dava tanto pra menina, quanto pra menino. E também levamos uma roupa de cada. Uma azul e uma rosa.
Andamos mais um pouco, fomos comer e depois fomos embora.

(...)


Quinta eu acabei acordando indisposta e fiquei em casa, sendo cuidada pelo os meus pais, o que foi muito bom. Fui bastante mimada. Sexta a noite chegou, hoje ia ter um jantar na casa dos Salvatores e eu estava me arrumando.
Depois de pronta fui pra sala e descemos, meu pai foi dirigindo. Quando chegamos lá, Serena veio nos receber.
- , minha grávida mais linda.
- Oi Serena, tudo bem?
- Sim e você?
- Bem também.
- E esse bebê?
- Cada dia crescendo mais e me deixando cansada.
- É um pequeno sacrifício para algo maravilhoso.
- Eu sei. - disse entrando
- Cristina, Leandro.
Eles ficaram se cumprimentando, enquanto eu entrava.
- Mas como ela esta linda. - Guilherme disse me abraçando
- Ola Guilherme.
- Ola querida. - ele disse passando a mão em minha barriga.
Ele foi pra porta e eu entrei mais, indo pra sala.
- Amiga. - Elena levantou do sofá e correu ate mim.
- Oi Lena
- Como você esta?
- Bem, muito melhor que ontem.
- Que bom.
Cumprimentei o Stefan também e ficamos conversando na sala.
- Onde esta o Damon?
- No quarto dele, estava falando com a Rebecah. - Stefan respondeu e eu assenti, me levantando e indo ate lá.
Subi as escadas daquela enorme mansão, andei em dois corredores e cheguei no porta daquele quarto muito conhecido por mim. Bati duas vezes e Damon pediu que entrasse. Ele estava deitado na cama, com os olhos vermelhos.
- Hei, que foi? - perguntei me deitando ao seu lado
- Nada. - ele disse limpando uma lagrima
- Não esconda nada de mim, Damon. - disse mais seria, puxando o seu rosto pra me encarar.
- É a Rebecah
- O que ela fez pra você chorar? - perguntei brava e Damon sorriu.
- Eu estou chorando por que sou bobo.
- Mas o que ela fez?
- Não é o que ela fez. É tudo isso! Eu não to aguentando essa distancia. Meu namoro não é mais o mesmo.
- Por que você fala assim?
- Por que ela perguntou o que eu sentia por ela e eu acabei ficando sem saber o que responder. Eu já não sei de mais nada. No começo quando ela foi embora, a gente se falava quase a todo o momento, eu não conseguia passar o dia se ver ela ou pelo menos uma foto, mas agora... - Damon deu de ombros. - Eu falo com ela agora só quando dá e pra você ver, hoje foi à segunda vez na semana que nós falamos.
- Damon, eu não sei o que te falar. Eu nunca gostei dela e pra mim você não estava com ela há muito tempo....
- Eu sei. Ate pensei em terminar o namoro, só que não quero fazer nada sem ter certeza do que sinto por ela.
- E ela por você?
- Eu a senti mudada. Ela não se interessa pelo o que fiz no dia, não pergunta como eu estou, se estou saindo. E eu perguntei se ela vai vir me visitar e ela disse quando der. Falei se eu podia ir visita-la e ela logo proibiu.
- Damon, não é por que eu não gosto dela, mas isso me cheira a outra coisa.
- Nem começa . Rebecah não teria coragem de fazer isso comigo. - ele disse um pouco bravo
- Okey. - disse levantando os braços. - Não esta mais aqui quem falou.
- Mas vamos mudar de assunto?!
- Vamos.
- Como você esta?
- Bem melhor.
- Desculpe não ter ido ontem.
- Tudo bem.
- Aquela reunião durou ate tarde.
- Eu sei. Marisa me mandou a ata de reunião por e-mail.
- E quando é a próxima consulta?
- No fim do mês e poderemos escutar o coração. - disse sorrindo.
- Não vejo a hora. - Damon sorriu e acariciou minha bochecha. - Você esta mais linda agora grávida.
- Obrigada. - ficamos nos encarando não sei por quanto tempo, mas varias coisas me passaram pela a cabeça.
Imaginei nos dois juntos com o nosso filho. Uma casa, com um quintal enorme. Damon brincando com ele e eu sentada sorrindo para os dois. Depois imaginei em nos dois tendo mais uma noite como aquela depois da balada. A gente feliz, nos amando e tendo um domingo em família, com os meus pais, os pais dele, Elena, Stefan e varias crianças correndo pela a casa e o quintal.
Depois de imaginar essas coisas, eu cheguei a uma conclusão, Elena estava certa, eu estava apa...
- Hei vocês dois, vem jantar. - Stefan apareceu ali no quarto, fazendo nos dois despertar e parar de nos encarar.
Tentei voltar a minha conclusão, mas acabei ficando com medo de assumir pra mim mesmo, então deixei pra pensar depois sobre isso. Passei pelo o Stefan na porta e desci, mas pude escutar Stefan perguntar para irmão:
- O que vocês estavam fazendo?
- Como? Nada.
- Sei lá, vocês estavam se olhando, mas era como se vocês não estivessem nesse mundo.
- Você ta ficando louco, irmãozinho.
- Ta bom, no que você estava pensando olhando pra daquele jeito?
Mas não pude ouvir a resposta, Elena se aproximou e começou a falar comigo. Eu senti que estava um pouco confusa e com os pensamentos longes e Elena também percebeu.
- Hei, o que foi?
- Acho que precisamos conversar.
Eu precisava da minha amiga agora. Precisava desabafar com alguém, dizer tudo o que estava sentido, pra ver se assim a confusão se acalmasse.

Capitulo 12 - Eu amo o Damon.


Elena me encarou com a testa franzida, sem entender o que eu estava falando, mas ao ver Stefan e Damon passar por ela, entendeu um pouco.
- O que aconteceu no quarto? - ela perguntou baixo
- O problema não foi o que aconteceu, mas o que esta acontecendo comigo.
- Você esta me deixando assustada.
- Assustada estou eu.
- .
- A gente conversa em outro lugar.
- Dorme em casa hoje, assim podemos conversar sem ninguém ouvir ou atrapalhar.
- Certo.
- Meninas, vêm jantar. - Serena nos chamou.
Fomos ate a mesa e nós sentamos. Sentei na frente de Damon e encara-lo, depois de quase admitir pra mim mesmo o que sentia, era um pouco difícil, pela a primeira vez fiquei sem saber como agir em sua frente. O jantar foi tranquilo, com varias conversas paralelas, mas por um momento o foco ficou em mim e na gravidez.
- Como esta se sentindo, ? - Serena perguntou com os olhos brilhando.
- É um sentimento sem explicação. - disse sorrindo e colocando a mão na barriga.
- Sei como é. - ela disse e minha mãe assentiu.
- Já teve desejos?
- Já sim. - disse sorrindo.
- Verdade, sorvete de maracujá, ir ao cinema. - Damon dizia rindo.
- E não esqueçam do Açaí.
- Aça o que? - todos perguntaram e eu e Lena rimos.
- É uma comida brasileira. Uma coisa roxa estranha com frutas. - Elena disse fazendo careta.
- Mas é muito bom gente.
- É, ela gostou. E olha que isso foi antes de saber que estava grávida. - todos riram.
- Mas alguma coisa, ? - Serena quis saber
- O Damon deve saber. - Stefan disse sorrindo de lado, mas eu sabia que era pra provocar.
- Por quê? - Guilherme perguntou olhando para os filhos.
- É por que a liga pra mim sempre que tem um desejo. - Damon respondeu logo, antes que Stefan provoca-se mais.
- Estranho isso. - meu pai disse me olhando.
- Por que, pai? Ele é meu melhor amigo. Esta fazendo o papel de pai do meu filho, só isso. - disse dando de ombros.
- Verdade, Leandro. Não tem nada de estranho nisso. Eu acho lindo, o Damon se preocupa com a nossa filha.
- Isso mesmo, pai.
- Certo, não está mais aqui quem falou. Ate acho bom isso, pelo menos a não esta sozinha nisso.
- Nunca, Leandro. nunca ficará sozinha. Eu vou ajudá-la em tudo.
- Tem certeza, filho? - Guilherme perguntou encarando ele. - Não é nada contra você, ou o seu filho, mas é que sei lá. A Rebecah pode não gostar e cuidar de uma criança não é fácil e você não é obrigado...
- Pai, não estou fazendo isso por obrigação. Eu gosto da e cuidar desse bebê vai ser incrível. E se a Becah vai gostar ou não, é problema dela. Não vou deixar de cuidar, dar atenção para o me... Quer dizer para a e o bebê por um capricho da Rebecah. Ela é minha amiga e é o essencial para ter certeza que vou cuidar do bebê com ela.
- Okey filho. - Guilherme disse sorrindo. - Conheço você muito bem para saber que você não deixaria uma amiga na mão.
- E eu concordo com o Damon. Você esta fazendo o certo, meu filho. - Serena disse e depois se levantou, indo beijar Damon.
Voltamos a conversar sobre a minha gravidez e bebê.
- Eu já vou deixar certo aqui. Elena Gilbert, vulgo eu, vou ser a madrinha do bebê. - todos caíram na gargalhada depois disso. - É serio gente. Pode deixar marcado viu e Damon.
Todos olharam para a Elena e depois pro Damon. É parece que essa conversa do meu bebê esta sendo muito delicada. Primeiro foi o Damon que quase falou "meu filho", agora é a Elena colocando o nome do Damon no meio. E para não voltar ao assunto paternidade, disse:
- Okey amiga, já sabemos que você será a madrinha com o Stefan. Agora eu quero saber, tem sobremesa?
- Tem sim, querida. - Serena disse se levantando e indo pra cozinha.
O assunto tinha se encerrado por ai, mas vi um olhar questionador do meu pai pra mim. Eu sabia que ele estava desconfiado e que não ia deixar isso passar. Eu só esperava que ele não fosse perguntar nada de novo. Serena voltou com os doces e comemos, eu comi de lamber os beiços. Depois foram todos para a sala e conversamos sobre historias antigas.
- Eu achava que o Damon e a fossem namorar. - Serena disse depois de lembrar em como eu e ele éramos inseparáveis na infância.
- Todos nós achávamos, Serena. - minha mãe concordou.
- E por quê? - Elena perguntou, eu sabia onde ela queria chegar. Mas seria bom recordar um pouco, eu conseguiria ver onde foi que esse sentimento entrou em mim.
- Esses dois alem de viverem grudados, sempre estavam brincando de namorados, de casados... - Serena começou
- Verdade, me lembro das festas juninas onde o Damon falava que seria o noivo e a a noiva.
- E ninguém podia dizer que seria o noivo, que o Damon virava um bicho.
As duas só riam, o que fazia os outros rirem também.
- Não é bem assim, mãe.
- Ah não? Então como era, Damon?
- Eu só gostava de ser o noivo.
- Para se casar com a . - Stefan cutucou e Damon lhe lançou um olhar.
- Nós éramos crianças. - eu disse
- Que se amavam. - minha mãe rebateu sorrindo.
- Mãe. - ralhei com ela.
- O que? - ela deu de ombros.
E a conversa não parou por ai. Minha mãe e Serena começaram a contar varias historias de nós dois juntos, eu em vários momentos fiquei vermelha e Damon fingia que não era com ele. Mas no meio disso tudo, eu acabei concluindo que esse sentimento, que eu tinha tanto medo de admitir, já estava em mim desde criança/adolescência, mas eu acabei mascarando ele com a amizade, com medo de perder o Damon, com medo de não ter ele por perto, nem como amigo. Mas agora não tinha mais como, essa gravidez só fez essa mascara sumir aos poucos e eu sabia que logo não conseguiria mais esconder, estaria estampado na minha cara.
Essa gravidez só fez esse sentimento encontrar uma maneira de fugir da prisão que eu coloquei e agora ele estava ganhando forças e logo estaria me controlando. Eu realmente precisava conversar com a Elena. E com isso, com esses pensamentos, decidi que já estava na hora de ir embora.
- Gente. - eu disse cortando o assunto que eu nem prestará atenção pra saber qual era. - Acho que vou embora.
- Esta tarde mesmo. - minha mãe disse olhando o relógio
- Mãe, hoje eu vou dormir na casa da Elena.
- Okey filha.
- Vamos Lena? - olhei pra ela, que estava sentando ao lado do Stefan.
- Vamos sim. - ela disse beijando Stefan.
Comecei a dar tchau para todos na sala e foi ai que percebi que Damon já não estava mais lá. Então conclui que ele estaria em seu quarto, então fui ate lá. Entrei sem bater mesmo e Damon estava saindo do seu banheiro só de cueca, senti meu coração se acelerar e minha respiração ficou irregular, enquanto olhava para seu corpo, tentei normaliza-la.
- Hei . - Damon disse depois de perceber minha presença.
- Er.. Eu... - balancei a cabeça para afastar os pensamentos impróprios e disse: - Eu vou embora.
- Mas já? - Damon sentou na cama
- Sim. Estou cansada.
- Esqueci, gravidez deixa a mulher cansada rápido.
- Isso mesmo. - me mantive na porta, não queria me aproximar muito, com medo do que pudesse fazer.
- Então vem aqui me dar tchau. - ele disse sorrindo. Eu não sabia dizer se ele tinha percebido o efeito que tinha causado em mim.
- Claro. - disse sorrindo nervoso.
Aproximei-me dele, que continuou sentando e beijei sua bochecha e quando ia me afastar, senti sua mão no meu pulso.
- Que despedida mais sem graça. - ele me puxou, fazendo eu me sentar em seu colo. Acabei me arrepiando toda e quase perdendo o resto de juízo.
- O que você esta fazendo? - perguntei em meio a ofegos
- Nada. Por que esta assim? - ele perguntou sorrindo torto.
- Damon, não sei se você sabe, mas os hormônios das mulheres grávidas ficam loucos e eu estou há algum tempo sem fazer sexo, então você deve imaginar o meu estado.
- Então quer dizer que eu desperto tesão em você? - Damon passava a mão pelas as minhas costas, me provocando. Onde ele queria chegar?
- Como eu disse. Hormônios loucos.
- É só isso mesmo? - tentei me levantar, mas ele não deixou.
- Damon, você tem namorada.
- Isso não te importou na noite depois da balada. - ele disse no meu ouvido para depois morder. Eu acabei gemendo e me remexendo no colo dele.
- Eu estava bêbada. - disse ainda mais ofegante. - Damon, o que você quer?
- , eu também estou há um tempo sem sexo e você sabe que eu não sou de trair...
- Então por que esta me provocando? - disse olhando em seus olhos
- Mas com eu disse mais cedo, eu já não sei o que sinto pela a Rebecah e desde a noite que passamos juntos eu venho sentindo algo por você...
- Não, Damon. Não diga mais nada. - disse seria. Eu não estava pronta pra ouvir nada. Precisava primeiro me entender.
- ...
- Damon, eu preciso ir. Amanha a gente se fala. - ele viu que eu falava serio e me deixou levantar.
- Espera. - ele disse quando eu estava me afastando. - Não fique brava pelo o que eu fiz ou falei, é que eu estou um pouco confuso...
- Eu sei, Damon. Se quer saber também estou. Mas acho melhor pensarmos antes de fazer qualquer coisa.
Ele assentiu, voltei e lhe dei um selinho e sai do seu quarto, comecei a descer as escadas e encontrei Elena.
- Eu ia te chamar, estava demorando.
- Estava conversando com o Damon
- Só conversando? Você esta meio ofegante.
- Te conto em casa.
- Okey.
Descemos as escadas, meus pais já tinham ido, dei tchau para Serena e Guilherme. Stefan foi com a gente ate o portão. Dei tchau para ele e entrei no carro, Elena ainda ficou se despedido. Depois de umas duas buzinadas, ela entrou no carro e fomos para a sua casa. O caminho todo fizemos em silencio.
Fomos ate o seu quarto, ela me emprestou uma camisola, ficou um pouco apertada, mas nada que incomodasse e sentamos em sua cama.
- Agora me diga o que esta acontecendo!
- Lena, eu estou muito confusa.
- Sobre o Damon?
- Sim. - choraminguei.
- Sabia que ia acontecer isso.
- Como sabia?
- , eu vejo okey. Sei como você olha pra ele, como age perto dele.
- Lena, eu tentei ver e pensei muito sobre esse sentimento. Tentei encontrar quando foi que isso aconteceu.
- E você viu que sempre estava ai dentro.
- Sim. E com a gravidez, o carinho dele por mim, tudo isso só me mostrou o que eu sentia.
- E já conseguiu admitir?
- Não. Tenho medo.
- Do que?
- De me machucar.
- Você não sabe o que ele sente, ne?
- É. Mas hoje aconteceu algo.
- O que?
- Na hora de ir embora...
Contei o modo que Damon agiu, o jeito dele provocador e Elena ficou com a boca aberta.
- Eu conversei com o Stefan em relação a isso.
- E?
- Ele acha que o Damon gosta de você, muito mais que apenas um amigo.
- Ele está confuso isso sim. A viagem da Rebecah, a minha gravidez, tudo isso esta mexendo com ele.
- Mas se você não admitir e correr atrás, pode acabar perdendo ele e ficar sem saber o que seria se tivesse tentado.
- Mas...
- Sem mas, . Admita.
- Okay, Elena. Eu amo o Damon. Ta bom?
- Muito bom.
- Eu amo o Damon. E muito. - eu disse olhando pro nada e pensando nessa confissão.
Nisso eu senti algo na barriga, como se fosse algo se mexendo, mas era muito cedo para ser o meu bebê. Ou não? Elena percebeu a minha cara e perguntou:
- Que foi?
- Eu senti algo.
- Está doendo?
- Não, só senti como se o meu bebê mexesse.
- Será?
- Não sei, acho que é cedo ainda.
- Sabe o que é isso?
- O que?
- O seu filho dizendo que você tem que ir atrás do pai dele.
Eu sorri para Elena e passei a minha mão na barriga, como se tivesse concordando com o meu filho. Elena acabou ficando emocionada e veio se deitar mais perto de mim e começou a acariciar a minha barriga. Conversamos sobre outras coisas, fizemos brigadeiro, porque eu acabei ficando com vontade e quando o sono bateu, dormimos.

Capitulo 13 - Resistindo ao desejo


Um som estridente começou a tocar do meu lado da cama, mas o sono estava tão bom, que ignorei. Só que o som não parava e Elena acabou se irritando.
- , atente a porcaria do telefone.
- Arg. - tirei a coberta da cabeça e peguei o meu celular. - Alo. - disse brava.
- Tava dormindo?
- O que acha, Aline?! - falei para uma voz alegre.
- Que isso? Em pleno sábado dormindo ainda?
- É a gravidez. - usei a melhor desculpa. - E hoje eu não trabalho, tenho que aproveitar.
- Mas esta um lindo dia lá fora, com sol e quente. Raro no outono.
- Eu sei, Line, mas o sono é mais forte.
- Okey, não liguei para isso. Só queria confirmar, você vem hoje?
- O churrasco, ne?
- Isso mesmo. Ate o dia resolveu cooperar.
- Vou sim. A partir das duas, certo?
- Isso mesmo.
- Então irei, mas ate lá posso dormir.
- Se é para você vir, eu deixo você dormir. Tchau.
- Tchau Line.
Desliguei o celular e coloquei a coberta novamente na cabeça. Virei-me para o lado, de modo que não machucasse o bebê e tentei voltar a dormir. Só tentei, por que logo o meu estomago roncou e eu não consegui dormir. Mas eu não era a única, já que Elena falou:
- Era a Aline falando do churrasco?
- Sim. Como sabe?
- O Samuel convidou a mim e ao Stefan.
- Vocês vão?
- Sim. Daqui a pouco Stefan esta ligando pra ver se estou acordada.
- Eu vou só pela a Aline.
- E o Samuel?
- Sei lá, não quero ver ele por agora.
- Por quê?
- Sinto que eu o magoei e que ele ainda tem esperança.
- Mas não é para ele ter?
- Depois do que eu admiti ontem... Não.
Tirei a coberta da cabeça e encarei Elena, que tinha um misto de pena e felicidade. Dei de ombros, porque eu entendia a sua reação. Meu caso era um pouco perdido, Damon ate podia estar sentindo algo, mas eu duvidava que ele fosse assumir ou que nós teríamos algo. Damon presava muito a amizade e tentar algo podia acabar com isso e ainda tinha a Rebecah. Eu estava perdida. Nunca consegui administrar uma paixão boba, imagina um sentimento tão grande como ao que eu estava sentindo. Eu não ia conseguir esconder por muito tempo, agir como se nada tivesse mudado. Eu e Damon estávamos muito próximos, ele me conhecia muito bem.
Parei de pensar nisso quando a minha cabeça começou a doer, levantei da cama e fui para o banheiro. Depois de algum tempo escutei o celular da Elena tocar, terminei as minhas coisas no banheiro e voltei para o quarto e logo em seguida indo ate a cozinha, eu precisava comer.
Fiz algumas panquecas para nós duas e suco de laranja e quando estava colocando tudo na mesa, Elena apareceu.
- Café esta pronto?
- Só fiz suco de laranja e panquecas.
- Okey, vou fazer ovos mexidos para mim.
- Certo.
Ela foi pra cozinha e eu me sentei na mesa, me servido de panquecas com geléia e suco. Fiquei pensando em nada especifico e comendo, ate que Elena voltou com um prato com ovos mexidos e o cheiro veio com tudo, fazendo o meu estomago rodar e eu ter que sair correndo da mesa.
- Arg, odeio ovo.
Disse antes de colocar tudo pra fora. Elena correu atrás de mim e segurou os meus cabelos.
- Desculpa , eu não sabia.
- Nem eu. - disse depois de levantar.
Lavei a boca e voltei pra mesa, o prato já estava de volta na pia e as janelas estavam todas abertas, o cheiro agora estava fraco, mas ainda me fazia ter enjôos. Respirei varias vezes, ate voltar a comer minhas panquecas.
- Está melhor?
- Sim. - disse sorrindo
Elena foi comer seus ovos na cozinha e depois voltou a se sentar. Entramos numa conversa banal, ate terminarmos o café.
Depois de tudo lavado e limpo, fomos nos trocar, eu precisava ir em casa e me trocar para o churrasco. Depois de achar uma roupa da Elena que me servisse, entramos no seu carro e ela me levou pra casa, antes de ir pra casa do Stefan.
Entrei em casa e meus pais estavam tomando café, olhei pro relógio e dei de ombros, era estranho ver eles comendo a essa hora.
- A noite foi boa? - perguntei sorrindo
- E por que acha? - minha mãe perguntou
- Vocês tomando café às dez e meia da manha.
- E dai?
- Vocês sempre acordam com as galinhas!
- Resolvemos dormir mais, só isso. - meu pai disse, mas pelo os sorriso deles, eu sabia que não era isso.
- Sei. - disse sorrindo de lado e indo pro meu quarto.
Entrei no banheiro, tomei um banho fresco, porque realmente hoje o dia estava quente e sai de lingerie. Damon entrou no meu quarto e eu acabei me assustando e me cobrindo com a toalha.
- Que foi? - ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas. - Já te vi sem nada.
- Fala baixo, Damon, meus pais estão em casa.
- Não estão não.
- Não?
- Não, saíram para andar.
- E nem me falaram?
- Foi bem na hora que eu estava entrando e disse que te avisava.
- Certo, mas o que faz no meu quarto?
- Vim te ver.
- Ah é? - sorri sacana
- A Elena chegou em casa e começou uma melação entre eles, resolvi sair.
- E não tinha pra onde ir e veio aqui?!
- Isso mesmo - ele disse se sentando numa poltrona.
- Obrigada pela a parte que me toca. - falei indo ate o closet
- Estou brincando. - Damon apareceu no closet, quando a toalha já estava no chão e me abraçou por trás.
- Damon. - ralhei com ele, mas a minha vontade era de me virar e beija-lo, abusar dele.
- Você esta chata hoje. Não dormiu direito? - ele perguntou se afastando um pouco e eu me virei pra ele.
- Não é isso, é que eu estou semi nua e...
- E nada, ne ? Você esta grávida, de um filho meu e como você acha que ele foi parar ai? De roupa é que não foi.
- Eu sei, Damon, mas... - parei de falar quando percebi que estava falando demais e suspirei.
- Mas o que? - minha vontade era de dizer: "Mas eu estou louca de desejo por você nesse exato momento e você não ajuda", só que eu não podia.
- Nada.
Dei as costas pra ele e voltei a procurar uma roupa para o churrasco e eu ainda tinha que ver um biquíni que me servisse.
Comecei a tirar as roupas do lugar e fui pra frente do espelho, Damon estava sentando na poltrona que dava direto em mim, ele ficava me olhando, enquanto eu escolhia as roupas.
- Sua barriga esta bonita. - ele disse depois de um tempo em silencio.
- Ela esta bem redondinha. E agora entrando no quinto mês, ela vai crescer a cada dia mais. - sorri e passei a mão.
- Será a melhor fase. - ele disse se levantando e me abraçando por trás e passando a mão na minha barriga.
Senti um calor subir pelo o meu corpo e concentrar na minha intimidade, por um momento eu quase soltei um gemido e tive que morder os meus lábios para não acontecer, mas acho que isso não foi bom, já que eu acabei sentindo algo ficar duro em minhas costas. Olhei para Damon pelo o espelho e percebi que ele estava com uma expressão estranha, então tratei de me afastar.
- Não será não. Eu vou ficar cada dia mais gorda e nenhuma roupa irá servir.
- Mas você vai continuar linda.
- Ata. - disse voltando a procurar uma roupa.
- Serio? Você não consegue ficar feia.
- Nem se eu tiver gorda como uma baleia?!
- Nem assim. E você não vai ficar gorda e sim gostosa.
Eu ia rir, mas pelo o espelho vi a sinceridade e seriedade com o que Damon falou e as palavras sumiram de minha boca. Senti minhas bochechas esquentarem e a área da bochecha ficar vermelha, abaixei a cabeça e continuei mexendo nas roupas.
Depois de fazer uma bagunça achei uma roupa legalzinha, agora seria a parte dos biquínis.
- Vai sair?
- Vou a um churrasco.
- O dos Parkers?
- Isso mesmo.
- Serio? Mesmo depois de terminar com o Samuel?
- A Aline me convidou.
- Afe.
- Que foi? Você nem conhece eles.
- Mas conheço o chatonildo.
- Damon.
- Que foi? - ele deu de ombros e eu balancei a cabeça.
- Vem comigo.
- O que? Eu?
- É. A Aline falou que eu podia levar quem quisesse
- Muito obrigado, mas eu passo.
- Por favor?
- Não.
- A Elena vai ficar com o Stefan e eu sozinha.
- E o Samuel?
- Ele é passado e eu não quero ficar dando falsas esperanças para ele.
- Não.
- Damon. - disse me aproximando e fazendo voz de pidona. - Vem comigo. - pedi fazendo bico.
- Nã... - passei a mão pelo o seu braço, subindo ate chegar em seu rosto. - Você esta tentando me seduzir? - ele perguntou se afastando e com a respiração alta.
- Não. - me fiz de inocente.
- Estava sim. - ele disse sorrindo.
- E consegui? - sorri também.
- Bem... - ele disse olhando pra baixo e eu segui seu olhar e vi sem membro ereto e acabei ficando um pouco vermelha. - Mas você vestida assim não ajuda.
- Então você vem? - perguntei sorrindo.
- Okey, você me convenceu.
Acabei dando pulinhos e corri para seu braços, ele me abraçou, passando a mão pelas as minhas costas, ate que senti ele chegar a minha bunda e apertar.
- Damon. - disse me afastando
- Que foi? - ele se fez de inocente.
- Que foi? Você apertou a minha bunda.
- , o que posso fazer se essa gravidez esta te deixando ainda mais gostosa?! - e novamente eu fiquei vermelha
- Eu não acho.
- Nem comece. - levantei as mãos e voltei a procurar um biquíni.
Damon saiu do quarto, indo procurar uma roupa mais leve no quarto ao lado e quando voltou, já estava pronto e eu terminava de arrumar uma mochila.
- Guarda minha troca na sua mochila? - ele se postou ao meu lado perto da cama.
- Guardo sim.
Peguei a outra muda de roupa, cueca e uma toalha que ele me estendia e guardei tudo na mochila. Fomos para a sala e quando estávamos saindo, meus pais chegaram.
- Vão sair?
- Churrasco na casa de uns amigos. - eu disse
- Certo, ate mais tarde. - meus pais disseram e nós saímos.
Entramos no elevador e começamos a conversar, decidimos ir com o carro do Damon.
Chegamos à casa dos Parkers já era duas e meia, entramos, paramos o carro perto dos outro e seguimos para a entrada. Assim que batemos na porta, Aline apareceu ali toda saltitante.
- . - ela gritou e me abraçou, eu sabia que ela já estava um pouco bêbeda.
- Oi Line, trouxe o Damon, tem problemas?
- Não, claro que não. Oi Damon.
- Oi Aline.
Entramos e seguimos para o fundo da casa, onde estava rolando o churrasco. O lugar estava cheio de gente desconhecida por mim, só que mesmo assim as pessoas iam me cumprimentando. Chegamos ate uma rodinha com pessoas conhecida ou nem todas, Elena e Stefan estavam ali.
Lena foi a primeira a me cumprimentar, sendo seguida pelo o Stefan e depois Aline começou a apresentar.
- , esse é o Jonas, meu namorado. - ela me apresentou o rapaz que estava ao seu lado, muito bonito.
- Oi. - estendi a minha mão.
Depois cumprimentei a Jaqueline e um cara que estava ao seu lado, seu nome era Robson e segundo Aline, era o peguete da Jaqueline. Paty também estava ali e sua primeira reação ao me ver foi de espanto, mas acho que foi por causa da minha barriga, depois de pouco caso, mas percebi que ela olhava de mim para Samuel que estava ao seu lado com a cabeça meio baixa. Cumprimentei os dois bem educada, Paty só balançou a cabeça e Samuel veio me beijar no rosto, Damon bufou ao meu lado e ignorou a mão estendida de Sam.
Sentamos todos na mesa que estava ali perto e varias conversas surgiram.
- Como você esta, ? - Samuel que estava ao lado de Paty e na minha frente perguntou
- Estou bem, graças a Deus.
- E o bebê?
- Também. - Damon a todo o momento bufava e eu lhe lançava vários olhares.
- Quando saberá se é menino ou menina? - Jaqueline perguntou sorrindo
- No fim desse mês.
- Que legal. - Aline e Jaqueline falaram juntas
Conversamos sobre outras coisas e eu comecei a ficar com calor, então resolvi colocar o biquíni.
- Lena. - chamei pela a minha amiga
- Oi.
- Vamos colocar o biquíni, estou com calor.
- Vamos sim. Também estou.
Pedimos licença e levantamos, indo para o banheiro. Tirei a minha roupa e coloquei o único biquíni que serviu, assim que sai do reservado, Elena assobiou.
- Nossa, que linda que você esta.
- Não é pra tanto.
- Como não? Esse biquíni deu um contraste em seu corpo.
- Eu estuo gorda.
- Não, você esta gostosa.
Ela disse e eu caí na gargalhada, me lembrando do que Damon disse mais cedo. Coloquei um vestido por cima e saímos do banheiro, indo ate a mesa. Quando chegamos lá, Aline, Jaqueline e Paty já estavam de biquíni, Samuel, Stefan e Damon estavam de sunga. Damon estava de cabelo molhando, que dizia que ele já tinha entrando na piscina. Assim que colocamos as mochilas na cadeira, Elena tirou o short e eu tirei o vestido e nessa hora senti muitos olhares em minha direção e acabei ficando com vergonha, já colocando o vestido de volta, mas uma mão me impediu e eu vi como sendo do Stefan.
- Não coloca de volta não.
- Todos estão me olhando, Stef.
- É por nunca viram uma mulher tão linda como você. - Lena disse ao meu lado.
- Okey. - deixei a vergonha de lado e retirei completamente o vestido e logo me sentando.
Damon se sentou ao meu lado e bufou, a maioria parou de me olhar, mas tinha alguns homens que ainda me comia com os olhos.
- Que foi? - perguntei para um Damon de cara fechada
- Esses caras te olhando, o que? Nunca viram uma mulher grávida?
- Já viram, mas não tão bonita como a . - Stefan disse sorrindo.
Fiquei vermelha de novo e voltei a conversar com as meninas. Damon cansou da nossa conversa e de alguns cochichos direcionados a mim e foi nadar. Acompanhei com os olhos sua ida ate a beira da piscina e vi varias garotas secando ele com os olhos e foi a minha vez de bufar, chamando atenção das meninas ali da mesa.
- Está interessada no amigo, ? - Paty perguntou amarga
- Não, Paty.
- E por que ficou tão brava com os olhares que ele recebeu?
- Acho que você esta vendo coisas. - disse brava
- Hei, não precisa ficar nervosa. Ate prefiro que você esteja interessada nele.
- E por quê?
- Assim você deixa o Samuel em paz.
- Samuel é passado, Paty, pode ficar tranquila. O que eu quero dele agora é apenas amizade. - disse sincera e encarando seus olhos
- Espero mesmo. - ela disse suave, percebendo a minha sinceridade. - Eu só tenho uma pergunta e que você seja sincera...
- Pode perguntar.
- Esse filho não é dele, é?
- Não, Paty. Eu e o Samuel não tivemos relação sexual. Foi algo muito rápido, não passamos dos beijos. - disse sorrindo no final.
- Fico mais tranquila com isso.
- Pode ficar. E eu espero que vocês dois dêem certo.
- Eu também. Acho que agora ele esta me dando mais bola.
- Não rolou nada ainda com vocês?
- Só um beijo. Mas ele diz que não quer nada serio agora, que temos que ser amigos primeiro.
- Vá com calma, se é para ser, será.
Ela sorriu pra mim e eu retribuí. Paty era legal e poderíamos ser amigas, em algum futuro. Voltei a olhar pra piscina e vi Damon conversando com duas garotas, que praticamente se jogavam pra cima dele. Cansada de ficar só olhando e depois de um olhar da Elena pra mim, me levantei e fui ate lá. Passei por alguns garotos e eles mexeram comigo e eu só sorri. Quando estava me aproximando da borda, onde Damon estava, um cara me parou.
- Oi Gatinha. - ele ate que era bonito
- Oi - sorri olhando para Damon, que encarava a cena de cara fechada.
- Sabia que você é a grávida mais linda.
- Que isso.
- Serio!
- Se você diz.
- Como o seu namorado te deixar andar sozinha por ai desse jeito?
- Eu não tenho namorado.
- Mas o seu filho tem pai, certo?
- Tem, mas quem se importa, ne?! - disse sorrindo mais ainda, não pelo o cara, mas sim pela a expressão de Damon.
- Oh.. Então esta sozinha na pista? - por um momento vi os olhos do cara brilhar.
Mas antes de poder responder, Damon me chamou e eu resolvi ir ate lá, por que eu não ia ficar com esse cara que nem sabia o nome.
- Licença. - pedi me afastando e vi que ele não gostou. - Oi Damon. - disse assim que me aproximei.
- Não vai entrar? - as garotas ao seu lado fizeram cara feia e eu só sorri.
- Claro, mas você me ajuda? Por causa da barriga. - sorri e Damon assentiu
- Ajudo sim. - ele me ajudou a descer e eu entrei na piscina.
Ficamos lá dentro conversando e brincando, depois Stefan e Elena se juntaram a nós. As garotas se afastaram e não se aproximaram mais. O tempo estava bom, mas a água estava gelada, então depois de uma meia hora, resolvi sair. Quando notaram que eu saia, as garotas sorriram, já pensando em se aproximar novamente, só que para infelicidade delas, Damon saiu comigo.
- Está com frio?
- Um pouco. - disse e Damon me enrolou com a toalha.
- Vamos nos trocar. - assenti e peguei a mochila.
Quando chegamos ao banheiro, percebi que estava cheio, tanto das mulheres, como o dos homens. Eu e Damon nós olhamos e demos de ombro, teríamos que esperar, só que começou a ventar e eu comecei a sentir mais frio, Damon me abraçou, mas como ele estava molhando não ajudava muito. Aline passou por ali perto e vendo o meu estado, falou:
- Hei, não precisam esperar.
- Como? - perguntei sem entender
- Lá dentro tem banheiro e como vocês são amigos íntimos nossos, podem usar.
- Mas estamos molhando. - Damon disse para Aline
- Não tem importância. Vem. - ela pegou em minha mão. - Vou mostrar para vocês.
Seguimos Aline pra dentro de sua casa, subimos uma escada e ela nós deixou num corredor grande.
- Olha, aquela ultima porta é um quarto de hospedes e tem banheiro, podem usar e ficar a vontade. - percebi um sorriso malicioso em seus lábios, como ela não estava no seu juízo perfeito, deixei de lado.
Assentimos e fomos andando, enquanto Aline voltava para a festa. Entramos no quarto de hospedes e eu coloquei a mochila na cama e Damon falou:
- Vai você primeiro.
- Tem certeza?
- Absoluta, meu filho teve estar com frio. - ele riu e eu ri junto.
Peguei a toalha e uma lingerie e fui pro banheiro, indo tomar um banho bem quente. Quando a água quente caiu no meu corpo, o senti relaxar e ate suspirei, era muito bom. Comecei a me ensaboar e aproveitar a água, quando me virei de frente, deixando a água cair em minha barriga, senti algo se mexer e paralisei. Já era a segunda vez, mas essa foi mais forte e não parou, uma felicidade me invadiu e eu comecei a chorar e sem me importar com nada, chamei pelo o Damon.
- Damon.
- Oi. - ele apareceu ali nervoso. - Aconteceu algo? - percebi que ele mantinha os olhos fechados.
- Vem aqui, sente isso. - eu dizia sorrindo
- Tem certeza? Você esta..
- Vem logo, vem sentir o nosso filho.
Assim que ouviu a ultima parte, Damon entrou no box e com os olhos abertos e sorrindo, colocou a mão na minha barriga, o bebê estava se mexendo e dava para sentir perfeitamente, Damon olhava para a minha barriga maravilhado e eu continuava a chorar e sorrir. Ele então levantou a cabeça, me encarando, seus olhos estavam cheio de lagrimas e ele sorria também.
- Nem acredito. - ele disse e me abraçou
- Maravilhoso, não?
- Muito.
Ele voltou a colocar a mão em minha barriga e depois que o momento mágico foi passando, é que eu cai na real e lembrei que estava nua de baixo do chuveiro com o Damon.
- Damon.
- Oi.
- Er... Então, acho que esse momento já não está tão perfeito. - mostrei pra ele o chuveiro e meu corpo nu.
- Ah é. - ele sorriu sem graça e ficou olhando para o meu corpo.
Senti uma quentura subir e concentrar na minha intimidade, ter o Damon tão perto nessas condições, estava me tirando todo o juízo e ainda mais com aquele olhar.
- Damon. - o que era pra ter saído normal, saiu em gemido.
Ele me encarou e seus olhos cheios de luxuria me prenderam, tirando o resto do meu juízo. Numa hora estava encarando seus olhos e na outra beijava sua boca e sentia a sua mão em minha cintura, apertando e me puxando mais pra ele.

Capitulo 14 - Deslize


A mão do Damon desceu da minha cintura para a minha intimidade, ao senti-lo tocar o ponto mais sensível, arfei e gemi em sua boca. Com a falta de ar, Damon desceu seus beijos para o meu pescoço e foi descendo ate chegar ao meu seio direito e sem aguentar mordiscou o bico, gemi mais ainda e arranhei suas costas. Por causa da gravidez meus seios estavam maiores e sensíveis, Damon percebeu.
- Estão maiores. - ele sussurrou sedutoramente e eu só consegui gemer.
A mão dele, que estava na minha intimidade, começou a acariciar, fazer movimentos frenéticos, me levando a loucura e me fazendo gemer. Agarrei em seus ombros e apertei, eu não ia aguentar por muito tempo e percebendo isso, seus movimentos diminuíram, o que me fez gemer de raiva, ele levantou seu rosto e sorriu, voltando a me beijar. Minha mão desceu para a sua bunda apertando e infiltrando dentro de sua sunga.
Damon me empurrou ate a parede, para que ficasse mais fácil e sem esperar, ele desceu a sua boca ate a minha intimidade e trocou o dedo pela a língua, me fazendo gemer mais alto ainda. Minhas mãos estavam em seus ombros, para me manter em pé. Quando estava perto do clímax, Damon intensificou as lambidas e em pouco tempo eu gemi alto, chegando ao orgasmo. Ele se levantou e eu senti minhas pernas falharem, então me segurou e voltou a me beijar, fazendo eu sentir o meu gosto eu sua boca. Desci a minha mão ate a sua sunga, com a intenção de tirar, mas um barulho no quarto fez a minha mão travar no meio do caminho, Damon percebeu e parou o beijo me encarando.
- O que foi? - não respondi nada e voltei a escutar o barulho, era de celular.
- Seu celular esta tocando. - disse sem reação
- Não deve ser importante. - Damon disse voltando a me beijar, mas o nome de Rebecah surgiu em minha mente e eu travei.
- Damon, não. - virei o meu rosto, fugindo do seu beijo e o empurrei.
- Por que não? Estava tão bom. - ele voltou a se aproximar, mas eu não deixei.
- Não, Damon. Esqueceu da Rebecah? Você tem namorada. - dessa vez ele se afastou sozinho e me encarava serio.
- Rebecah. - ele disse num sussurro
- É. Não podemos cometer o mesmo erro. Não que essa gravidez seja um erro.
Damon estava em transe e eu resolvi deixar ele com seus pensamentos. Terminei de me lavar e sai do chuveiro, deixando-o ligado para o Damon. Quando estava saindo do banheiro, ele continuava parado, sem reação, então resolvi chama-lo.
- Damon. - ele se virou pra mim
- Oi.
- Toma um banho.
- Ah claro. - só ai que ele percebeu que eu já tinha saído.
Entrei no quarto e sentei na cama, a cena de alguns segundos atrás veio em minha mente. Tinha sido errado, mas estava tão bom, que a minha vontade era de voltar lá e acabar com o que começamos, mas não podíamos. Fiquei não sei por quanto tempo parada sem reação, só fui me trocar, quando escutei o chuveiro sendo desligado. Peguei a mochila e tirei a minha roupa de lá, me trocando em seguida.
O celular da Damon caiu na cama e eu dei uma olhada, tinha uma chamada não atendida e era da Rebecah. Senti um remorso, que logo foi embora ao lembrar quem era Rebecah. Damon entrou no quarto só de toalha e fiquei de costas para ele, ou senão poderia atacá-lo ali mesmo.
Depois de arrumados, descemos em silencio, nenhum dos dois queria falar sobre o ocorrido. Chegamos à mesa e Elena me encarou, e eu entendi o seu olhar, ela queria saber onde eu estava e por que da demora, só dei de ombros e me sentei.
- Quer comer? - Damon perguntou para mim e só ai que eu senti a minha fome
- Quero sim.
- Já volto. - assenti e tentei entrar na conversa das meninas, mas estava um pouco aérea.
O churrasco se seguiu e ia seguir ate mais tarde, só que eu acabei ficando cansada e resolvi ir embora. Já eram seis horas da tarde e Damon também estava cansado. Elena que tinha bebido um pouco, estava empolgada e tinha feito amizade com Aline, Jaqueline e Paty, então ela ia ficar ate mais tarde. Eu e Damon nos despedimos e fomos ate o carro, ainda em silencio. Eu queria conversa sobre isso, mas não sabia como.
Ao chegar em casa, perguntei se Damon ia subir, ele pensou um pouco e decidiu que sim. Meus pais iam embora amanha e ele queria passar mais um tempo com eles. Ao chegarmos lá em cima, meus pais estavam todo arrumados.
- Vão sair? - perguntei
- Sim, vamos jantar fora. - minha mãe respondeu.
- Querem vir? - meu pai perguntou. Olhei para Damon que deu de ombros e respondi:
- Claro.
Eu fui pro meu quarto e Damon para o do lado, nos trocamos e voltamos para a sala, indo ate o restaurante que os meus pais reservaram. Fomos todos com um carro só, Damon não queria dirigir, então o meu pai foi.

(...)


Durante o jantar contei sobre o bebê ter mexido, minha mãe ficou emocionada e também falamos sobre a viagem deles.
- Eu não queria ir.
- Como não, mãe?
- Eu queria ficar e acompanhar sua gravidez.
- Não e não. Eu não vou deixar vocês desistirem do sonho de vocês.
- Mas esse sonho pode se adiado.
- Que isso, mãe. Vocês cuidaram de mim por dezoito anos, agora posso me cuidar sozinha.
- Mas você esta grávida e...
- Eu tenho o Damon, meus amigos.
- Eu falei Cristina, a não ia aceitar.
- Eu não to recusando a sua ajuda, mãe. É só que eu não preciso, não por agora.
- Verdade. Cristina. Curtam vocês dois as viagens e quando o bebê nascer vocês voltam.
- Isso mãe, escuta o Damon.
E ainda demorou um pouco para convencer dona Cristina a seguir seu sonho, mas no fim ficou resolvido que eu manteria eles a par de tudo e quando o bebê nascesse, era só avisar, que eles vinham correndo. Ate ficou resolvido que eles me mandariam presente sempre. Não gostei, mas ou era isso ou ter a minha mãe aqui me enchendo um monte.
Aquele jantar tinha sido maravilhoso, parecia mesmo que éramos uma família, ate fomos confundidos com isso. Algumas pessoas falavam em como era lindo ver uma família jantando assim e como eu era uma grávida linda. Meu pai como sempre, me lançava olhares sempre que alguém comentava sobre eu e o Damon, e falava sobre paternidade.
Como o dia tinha sido agitado, eu estava cansada, então resolvemos voltar. Mas meus pais nos deixaram lá e foram andar pela a cidade. Damon subiu para pegar sua chave e já foi embora, mas não sem antes me dar um beijo no rosto e na testa. Quando ele estava quase entrando no elevador, eu falei:
- Damon, a gente precisa conversar sobre o que aconteceu.
- Eu sei, mas pode ser amanha ou outro dia.
- Claro.
- Preciso pensar um pouco sobre o que aconteceu.
- Tem todo o tempo do mundo. - sorri pra ele
O elevador chegou e ele se virou para entrar, mas voltou e me deu um selinho.
- Te adoro, dorme bem. - e deu outro selinho, entrando no elevador.
- Dorme bem também. - sorri e quando a porta estava fechando eu disse: - Te amo.
Ainda pude ver a cara de surpreso dele e percebi que também estava, mas tinha saído tão naturalmente. Mas que se dane! Era isso mesmo que eu queria falar, é o que eu estou sentindo, pra que esconder? Entrei em casa, ainda divagado sobre o que tinha falado para o Damon e sem saber no que mais pensar, fui pro quarto dormir.

(...)


Acordei cedo no domingo, já que os meus pais iriam embora antes do almoço. Fiz um café delicioso e fui chamá-los. Tomamos o café entre risadas e conversas e quando deu o horário, fui levá-los ao aeroporto, dessa vez eles iriam para a Itália. Na hora da volta, o meu celular tocou.
- Alo..
- Oi .
- Oi Serena. Tudo bem?
- Sim. Seus pais já foram?
- Acabei de deixá-los no aeroporto.
- E você vai fazer o que agora?
- Ficar em casa.
- Não quer vir almoçar aqui em casa?
- Acho melhor não. Tenho trabalho pra fazer em casa.
- Okey então querida. Qualquer coisa me liga.
- Obrigada Serena.
Desliguei o celular e continuei a dirigir. Cheguei em casa, fiz um almoço rápido e light, organizei algumas coisas em casa e fui fazer o trabalho que tinha trazido pra casa. No meio do trabalho, me lembrei do que aconteceu comigo e com o Damon e acabei me perdendo em pensamentos e sabia que se não contasse para alguém ia ficar louca. Então peguei o meu celular e liguei para Elena, tocou varias vezes, mas ela não me atendeu. Resolvi ir tomar banho e sair um pouco, dar umas voltas no shopping, comprar algumas coisas.

(...)


Depois de andar bastante, resolvi ir comer alguma coisa, sentei numa mesa depois de pegar um big mac e comecei a comer. Estava pensando na vida, quando escuto uma voz atrás de mim, ela ria e falava, e eu por um momento achei que estivesse viajando, então me virei discretamente e eu a vi. Loira, esnobe e arrogante, Rebecah estava sentada numa mesa atrás de mim, com um cara e pelo o jeito, eles pareciam bem íntimos. Uma raiva tomou conta do meu corpo e minha vontade era de levantar, e dar um tapa na cara dela. Mas respirei fundo e comecei a pensar com mais clareza no que ia fazer. Se ela estava aqui, devia estar com o Damon, certo? E ele sabia que ela estava aqui? Se soubesse, ele me falaria? Será que foi pra falar isso que ela ligou ontem? Muitas perguntas começaram a rodar a minha mente e nenhuma resposta eu tinha, ate que o meu celular tocou. Era a Elena, na hora certa.
- Lena.
- Oi amiga, queria falar comigo?
- Onde você esta?
- Na casa do Stefan.
- Está ai desde que horas?
- Eu dormi aqui, mas por quê? Não to entendendo.
- O Damon esta ai? - perguntei baixo, pra Rebecah não me ouvir.
- Esta sim. Não saiu do quarto o dia todo, só pra almoçar e estava com uma cara pensativa, estava longe.
- Você sabe se a Rebecah ligou? Ou tem noticia dela? - falei mais baixo ainda
- , por que esta falando baixo? Onde esta?
- Responde, Lena.
- Okey. Olha eu acho que ela ligou sim, já que a única coisa que o Damon falou hoje foi que ela estava indo para Búzios, fazer umas fotos.
- Búzios? No Brasil.
- Sim, amiga. Já que ela esta lá.
- Obrigada amiga. - minha voz saiu bem raivosa, já que eu não estava aguentando aquela mentira toda.
- Você esta bem, ? Parece que esta brava, sei lá.
- Elena, eu acabei de descobrir algo.
- O que?
- Que a Rebecah é uma mentirosa, filha de uma puta, desgraçada.
- Que isso, ?!
- A gente se fala depois.
Desliguei o celular e me levantei da mesa, sai da praça de alimentação sem que ela me visse. Um pouco mais distante, voltei a olhar pra onde ela estava, ela ria e conversava com o cara, como se não estivesse nem ai. E antes que eu fizesse alguma loucura, sai dali. Quando cheguei ao meu carro, senti um dorzinha na barriga e logo depois o bebê chutou.
- Eu sei, meu filho. Seu pai esta sendo enganado e não será por muito tempo. Mamãe vai fazer algo.
Cheguei em casa, ainda sem saber o que fazer. Eu não podia simplesmente chegar para o Damon e contar que a Rebecah estava aqui e não falou nada. Ele podia não acreditar e também ficar arrasado.

Capitulo 15 - Te amo


Ainda pensando no que fazer em relação à Rebecah, deitei na cama e logo apaguei. Tive sonhos muito estranhos que envolvia a mim, Damon e Rebecah. Acordei no dia seguinte com dor de cabeça e muito enjoada, como há muito tempo não ficava. Fiquei meia hora colocando tudo pra fora, quando estava melhor, tomei banho, me arrumei e fui trabalhar, mas a dor de cabeça não tinha passado, só aumentando por causa da pouca comida no estomago.
Assim que cheguei ao trabalho, Elena percebeu que eu não estava bem, largou o que fazia e me acompanhou ate a minha sala.
- , o que houve?
- Lena, eu estou péssima.
- Melhor ir pro hospital.
- Não dormiu direito?
- Não. Tive pesadelos à noite toda.
- O que aconteceu ontem pra te deixar assim?
Encarei Elena e depois a minha mesa, eu pensava se contava ou não e por fim achei melhor contar. Pedi que ela se sentasse e contei tudo.
- Mas que filha da puta. - Elena disse alto
- Hei, fala mais baixo.
- Desculpa, mas , você tem que contar.
- Como contar, Elena? Ele é meu amigo e ainda mais, eu o amo. Como contar que a namorada dele esta mentindo e possivelmente traindo ele? Ele vai ficar arrasado.
- Melhor arrasado e consciente, do que magoado com você e levando chifre.
- Ai, eu não sei o que fazer. Foi por causa disso que acordei assim. Se quer saber quando eu saí do shopping, meu filho não parou de mexer e hoje acordei mega enjoada.
- Está tendo enjôo ainda?
- Não, fazia tempo que não tinha. Foi por causa disso.
- , isso é um sinal. É o seu filho dizendo que você tem que contar a verdade.
- Eu vou, Elena. Só preciso arrumar uma maneira que ele acredita em mim e não fica muito arrasado.
- Arrasado acho que ele não vai ficar, mas um pouco triste e muito fudido, isso sim.
- Por que acha isso?
- Por que eu acho que ele não esta tão feliz assim com esse relacionamento. Como eu disse ontem por telefone, ele estava bem pensativo e quando Serena perguntou de Rebecah, ele não parecia muito feliz em falar dela.
- Sei lá, Elena, só não quero colocar mais coisa na cabeça.
Depois dessa conversa o dia passou lento e entediante, eu tinha pouco coisa pra fazer, o que fazia minha mente ir para pensamentos que eu não queria pensar. Sai do trabalho aquele dia pior do que cheguei. E ainda me encontrei com o Damon na garagem, que percebeu o meu estado e me fez varias perguntas. Consegui fugir de varias, mas a toda hora eu me via quase falando o que descobri e só de olhar pra cara dele, eu me lembrava do que Rebecah estava fazendo e sentia raiva, sabia que não era bom pra gravidez, mas não tinha como.

(...)


Uma semana se passou e eu não consegui contar ao Damon. Uma porque eu não tive coragem e outra por que ele teve que viajar a trabalho. Elena me pesou as idéias a semana todo e prometi a ela contar quando ele voltasse. E eu esperava que a semana demorasse a passar, mas ela voou e no sábado à noite ele chegou e foi direto pra minha casa.
Eu estava deitada no sofá de calcinha e uma blusa de frio, já que logo menos chegaria o inverno. Damon entrou e eu acabei me assustando, por estar assistindo um filme de suspense.
- Que susto, Damon. - disse me levantando e acendendo a luz.
- Filme de suspense? - ele perguntou com um meio sorriso, mas percebi que ele estava estranho.
- É. - o analisei e percebi que estava um pouco abatido - Tudo bem?
- Sim. - ele voltou a dar o meio sorriso, largou as malas perto da porta e veio me abraçar e beijar a minha barriga.
- Veio direto pra cá?
- Vim, algum problema? - ele perguntou se sentando no sofá.
- Não, claro que não. - me sentei também e ficamos um tempo em silencio.
Ele olhava para a televisão que ainda passava o filme, só que estava sem som e eu olhava para ele. Algo tinha acontecido e eu sabia. Puxei-o pra deitar no meu colo e comecei a passar a mão em seus cabelos.
- Me conta. O que aconteceu? - ele fez um barulho, típico de quando ele estava triste.
- Você me conhece muito bem.
- 22 anos, meu querido. - disse sorrindo e ele sorriu também.
- Não quero te encher com os meus problemas.
- Damon. - disse seria
- Ta. - ele revirou os olhos. - O problema é esse meu namoro.
- O que tem?
- Uma semana. Faz uma semana que estou tentando falar com a Rebecah e ela não me atende, não retorna as minhas ligações. - nessa hora me lembrei do que tinha acontecido e que tinha que contar. - Eu sei que ela me disse que ia fazer um trabalho em Búzios, mas ficar sem falar comigo? Sem mandar uma simples mensagem. Eu não estou bravo ou triste, esse que é o problema. Pra falar a verdade eu nem ligo, mas sei lá. Nós somos namorados, era pra eu ligar se isso esta acontecendo, era pra eu estar correndo atrás, arrumando uma maneira de ir ate lá. Só que eu não tenho vontade de fazer isso. Estou achando... não, eu tenho certeza, que esse namoro já deu o que tinha que dar.
- Com isso você quer dizer...
- Que já esta na hora de eu terminar esse namoro.
- Tem certeza? - perguntei meio que em duvida
- Absoluta. Eu não sei o que esta acontecendo lá. Ela tem me evitado e eu sei que é isso que esta acontecendo. Ela não se esforça para tentar vir me ver. Sempre diz que esta trabalhando, mas já vi varias fotos dela em eventos.
- Damon. - disse quando ele deu uma pausa
- Oi.
- Se eu te contar algo, você vai acreditar?
- Claro. Eu nunca acharia que você esta mentindo pra mim.
- Bom, é que... - as palavras começaram a sumir de minha boca, mas as lembranças de Rebecah com outro cara aqui na cidade vieram com tudo.
- Fala, .
- Eu vi a Rebecah aqui na cidade domingo passado. - disse de uma vez
- Como? - ele levantou com tudo e me encarou
- É isso mesmo. Eu estava no shopping, na praça de alimentação e vi-a numa mesa, com um...
- Com um, o que?
- Com um cara e eles pareciam bem íntimos.
- Não, não, não. Ela não faria isso comigo! Não viria pra cidade e não me falaria. Ela estava em Búzios, ela me ligou no sábado.
- Damon, é verdade. - eu disse ficando de pé - Eu vi, ninguém me contou.
- E por que não me falou antes? Por que não me ligou na hora?
- Eu fiquei sem saber o que fazer. Fiquei com raiva dela, com o que ela estava fazendo. Eu tentei te contar depois, mas eu não sabia como e nem a sua reação, não queria te ver triste e depois você foi viajar e não achei certo te contar por telefone.
- Você a viu outra vez? - ele estava bravo, raivoso, eu via pelo os olhos dele.
- Não. Só aquele dia.
Ele começou a andar de um lado para o outro e depois do nada, saiu de casa, batendo a porta e deixando tudo pra trás, menos a chave do seu carro. Corri ate lá fora, mas o elevador já tinha fechando e eu estava sem calça. Voltei pra dentro desesperada, peguei o meu celular e ligando para o Stefan, fui colocar uma roupa.
- ?! - escutei a voz de sono do Stefan.
- Stefan, por favor, não deixa ele fazer uma loucura.
- Loucura? Quem?
- O Damon.
- O que houve? Você esta nervosa.
- Eu contei. - eu disse apenas, pois sabia que Elena tinha contado. - Ele saiu daqui transtornado e de carro.
- Calma, lembre do bebê. Eu vou tentar falar com ele. Fique calma. E não sai de casa.
- Não posso, Stef. Já estou indo atrás dele.
- Mas você nem sabe pra onde ele foi.
- Eu descubro.
Desliguei o celular, terminei de me arrumar e corri pra porta, pegando as minhas chaves e indo atrás do Damon. Tentei ligar pra ele, mas só chamava e chamava e por fim caia na caixa postal.
- Droga, Damon, atende.
Eu dizia ainda dirigindo. O meu celular tocou depois de um tempo, pensei que era o Damon, mas era o Stefan.
- Falou com ele? O encontrou?
- Não.
- Stefan, onde ele esta? - eu disse começando a chorar.
- Calma, . Eu estou com a Elena rodando a cidade e você?
- Estou fazendo o mesmo.
- Você não sabe pra onde ele poderia ter ido?
- Não. - eu disse pensando em algum lugar, ate que. - Já sei.
Disse no celular e desliguei, mas antes escutei o Stefan perguntar:
- Onde?
Mas eu não tinha tempo para responder. Só acelerei o carro e fui pro lugar que eu tinha certeza que o Damon iria. Quase uma hora de viagem, cheguei onde Damon estava e para comprovar, encontrei seu carro parado ali. Desci do carro e senti o vento frio que era aquele lugar, apertei o casado ao meu corpo e comecei a andar, seguindo a trilha que tinha ali. Quinze minutos de caminhada e eu encontrei Damon sentado numa pedra, olhando a cidade. Fui me aproximando lentamente, subi duas pedras e me sentei ao seu lado. Ele não se mexeu e nem me olhou, só ficou encarando a frente com o rosto molhado e os olhos saindo lagrimas.
- Desculpa. - eu disse e ele me olhou
- Não é você que me deve desculpas.
- Eu devia ter te contado antes.
- Você sempre me disse quem era a Rebecah, eu que nunca ouvi.
- Mas você mesmo disse que o relacionamento tinha acabado, por que esta assim?
- Não estou assim por causa do relacionamento. Estou assim porque sou um idiota e estou com raiva.
- Você não é um idiota. Só era um cego apaixonado. - Damon riu fraco
- Eu não fui um cego apaixonado o relacionamento inteiro. Antes de ela ir pro Brasil, eu já estava começando a ver quem era ela de verdade, já não estava mais apaixonado, mas mesmo assim quis continuar o relacionamento.
- E por quê?
- Nem eu sei. Acho que eu já estava acostumado a ter alguém, ter uma namorada e eu não conseguia pensar em terminar um relacionamento, mesmo que não amasse mais ela.
- Mas você podia terminar com ela e encontrar outra pessoa, que valesse a pena.
- Eu já encontrei essa pessoa. Mas eu não sei se ela sente o mesmo. - ele voltou a olhar a cidade e eu abaixei a cabeça, senti vontade de chorar agora.
Mais uma vez eu estava perdendo o Damon. Ele já estava interessando em outra, já estava apaixonado por outra e eu aqui, acreditando que um dia ele seria meu.
- Por que não tenta ver o que ela sente? Se arriscar é sempre bom. - disse sorrindo, pra não chorar.
- Sempre tive medo em arriscar. Mas acho que se eu não arriscar nunca saberei, certo?!
- Isso mesmo. - disse segurando ainda mais o choro.
Senti o braço de Damon me puxar pra mais perto dele e me abraçar forte. Ficamos em silencio por um tempo e eu sabia que começaria a chorar logo, se não falasse alguma coisa e mudasse de assunto.
- E pra você saber, quase me fez ter um treco com o jeito que saiu.
- Serio? - ele perguntou divertido
- É e eu sou uma mulher grávida, não posso ter esses sentimentos. - disse rindo.
- Desculpe. - ele disse passando a mão em minha barriga. - Não faço mais isso.
- Espero.
O silencio voltou, ate que sinto Damon me puxar mais, me fazendo sentar em seu colo.
- Damon, o que esta fazendo? - perguntei sem entender, encarando seus olhos azuis e sua boca carnuda.
- Me arriscando.
Então ele selou nossos lábios, me pegando de surpresa e fazendo o meu coração pular a milhões. Ele mantinha a mão em minha cintura, então passei meus braços por seu pescoço. Quando o ar começou a faltar, separamos os lábios dando selinhos e Damon sussurrou:
- Te Amo, .
Perdi o ar e por um momento achei que estivesse sonhando. Abri os meus olhos lentamente para ver se era real e encontrei Damon sorrindo e com os olhos brilhando. Sorri com essa cena e sorrindo com os olhos saindo lagrimas, eu respondi:
- Te Amo, Damon.
O sorriso dele aumentou o que fez o meu aumentar também. Depois voltamos a nos beijar. Iríamos continuar a nos beijar se o meu celular não estivesse tocado. Pensei em não atender, mas lembrei que Elena e Stefan não sabiam que eu tinha encontrado o Damon e deviam estar preocupados.
- Preciso atender. - disse me afastando relutantemente de Damon
- Por quê?
- Seu irmão e sua cunhada estão preocupados com você.
- Claro, você ligou para eles.
- E você queria o que? Sai de casa daquele jeito, pensei que pudesse fazer alguma loucura.
- O que descobri não valia a pena fazer loucura nenhuma.
- Que bom. - dei mais um selinho nele e atendi o celular insistente. - Alo.
- Ate que enfim.
- Oi Stefan
- Encontrou o Damon? Você desligou na minha cara àquela hora.
- Desculpe, mas eu estava desesperada.
- E agora parece bem calma e feliz.
- Eu encontrei o Damon.
- E como ele esta? Onde vocês estão? Precisa que eu vá ai?
- Quanta pergunta, Stef. Ele esta bem, estamos num lugar lindo e você não precisa vir aqui.
- Pelo o que eu vejo você não apenas se encontrou com ele, como aconteceu alguma outra coisa.
- Talvez, mas conversamos mais tarde.
- Certo e diga ao meu irmão que se ele me fizer sair atrás dele novamente no meio da noite com uma mulher grávida me ligando desesperada, será para bater nele.
- Pode deixar, Stefan. - disse gargalhando com o jeito dele falar. - E a Elena?
- Está dormindo aqui dentro do carro.
- Serio que ela consegue dormir com toda essa preocupação?
- Também não sabia disso. - ele disso e eu tinha certeza que estava sorrindo enquanto olhava para ela.
- Certo, diga pra ela que o Damon esta bem e amanha a gente conversa.
- Okey, beijo e se comportem.
- Tchau, Stefan. - disse revirando os olhos pelo o que ele disse.
- E ai? - Damon perguntou assim que desliguei o celular
- Estavam preocupados com você, mas já estão indo pra casa.
- E podemos voltar onde estávamos? - ele disse sorrindo e já se aproximando.
- Não. - coloquei a minha mão na boca dele.
- Por quê? - ele fez bico, o que deu uma vontade de beijá-lo, mas resisti.
- Está frio, se você não percebeu e eu preciso ir pra casa e dormi. Ainda sou uma mulher grávida.
- Verdade. - ele disse dando um pulo e ficando de pé
Quando eu ia falar algo, ele voltou a abaixar e me pegou no colo, o que fez eu soltar um grito.
- Damon, eu sei andar.
- Eu sei.
- Então me coloca no chão.
- Não.
- Eu estou pesada.
- Quem disse.
- Damon.
- Nada de reclamar. Vou levar você no colo.
E ele começou a descer as pedras e o pequeno morro, entrando na trilha comigo no colo. E eu me rendi, já sabia que não ia ter jeito mesmo e estava muito bom ali, aconchegante e quente.

Capitulo 16 - Hora de saber


Cada um foi com o seu carro, mas Damon me acompanhou ate em casa.
- Vai dormir bem sozinha? - ele perguntou sorrindo
- Você é muito bobo. - eu disse batendo em seu ombro - Se quer dormir aqui em casa é só falar. Suas malas estão ai.
- Verdade, tinha ate me esquecido delas.
- Então, vai dormir aqui ou não? - Damon fingiu pensar e sorrindo disse
- Só se for na sua cama. - eu rolei os olhos e ele sorriu mais
- Que tal irmos com calma?
- Não dá. - ele disse serio
- E por que não?
- Como ir devagar se você já esta ate grávida. - ele começou serio, mas gargalhou no final.
- Estou falando que você é bobo. Mas é serio.
- Okey, . Só vamos dormir mesmo.
- Certo.
Guardamos o carro na garagem e subimos.

(...)


Os dias se passaram e eu e o Damon estávamos cada dia mais juntos e apaixonados. Agora não precisávamos mais esconder da gente mesmo o que sentíamos. Mas isso era só entre nós, já que ninguém ainda sabia e, tecnicamente, Damon ainda namorava Rebecah. Nós podíamos ficar juntos em casa ou quando estávamos sozinhos ou com apenas o Stefan e a Elena.
Lá fora era um pouco difícil de se segurar e muitas vezes já nos descuidamos, mas por sorte ninguém percebeu. Damon passava mais tempo em casa do que na casa dele, e Serena acabou percebendo. Ela fez vários comentários e perguntas, mas Damon soube fugir de todas. Eu não queria que fosse assim, mas Damon ainda não teve oportunidade para falar com Rebecah e nem coragem para encará-la, sem dizer o que sabia. Ele queria apenas terminar com ela e não dizer varias verdades. Eu fui contra, mas ele disse que queria fazer isso olhando para a cara dela pessoalmente.

(...)


O fim do mês chegou e o dia da consulta também. Eu fiquei ansiosa a semana toda e no dia eu nem conseguia dormir, muito menos comer. Damon, como sempre, me forçou a comer e a única coisa que desceu foram apenas algumas frutas. Como a consulta era de manha, nem fomos trabalhar. Arrumei-me e fui com o Damon ate a doutora Meredith.
- Bom dia, .
- Bom dia doutora.
- Como você esta? - ela perguntou passando a mão em minha barriga
- Ansiosa.
- E o pa... Quer dizer o Damon? - ela começou a falar e acabou se envergonhando do erro.
- Estou bem e ansioso também. - percebemos o que ela ia falar e apenas sorrimos.
Deitei-me na maca e me preparei para receber o gel gelado em minha barriga, Damon se sentou ao meu lado e pegou em minha mão, sorrindo e olhando para o monitor atrás da minha cabeça. Meredith se sentou do outro lado e começou a passar a maquininha, logo imagens começaram aparecer, era tudo um borrão e não dava para entender nada. Então Meredith começou a explicar o que era cada coisa.
- Querem ouvir o coração? - ela perguntou sorrindo
- Claro. - dissemos juntos
Então ela ligou o som e um barulho surgiu, era alto e rápido. Era o coração do meu bebê. Meus olhos encheram de água e eu olhei para o Damon, que já chorava.
- Esta batendo bem forte. - eu disse com algumas lagrimas caindo.
- Quer dizer que esta tudo bem e saudável. - ela disse nos encarando. - Querem saber o sexo?
- Da pra ver? - Damon perguntou limpando as lagrimas
- Da sim.
Ela voltou a passar a maquininha e olhar o monitor, depois de um tempo ela sorriu e nos encarou perguntando:
- Alguma preferência?
- Não. O que vier está bom, vindo com saúde. - eu disse
- Então se preparem, por que será uma menina.
Só foi ela dizer pra eu começar a chorar. Olhei pro Damon que também chorava. Seria uma menina, a minha menina.
- Uma menina, Damon. Nossa menina. - eu disse sem perceber o que falava.
- Nossa menininha, . Nossa princesa. - Damon depositou um beijo em minha testa.
Olhei pro monitor e depois para Meredith que sorria e percebi pelas as suas feições de que ela entendeu, de que suas suspeita estavam certas.
Depois de curtir um pouco aquela imagem, Meredith deu alguns papeis para limpar a minha barriga e desligou o aparelho, Damon me ajudou a levantar e fomos nos sentar.
- Agora vocês podem começar a arrumar o quarto. - ela disse sorrindo e eu assenti, olhando pro Damon e fazendo uma pergunta com olhar e ele assentiu.
- Como eu acho que você já suspeitava e depois de hoje mais ainda, e como você é a minha medica e esta acompanhando tudo, acho que eu devo falar...
- Se é sobre a paternidade...
- É sobre isso mesmo. Damon é o pai da minha filha. - ela sorriu e assentiu
- Vou ser sincera, suspeitei desde o começo. Não é normal um amigo vim com a amiga grávida em todas as consultas e ficar ansioso e preocupado por qualquer coisa.
Ficamos conversando sobre mais coisas, sobre a minha filha, sobre manter em segredo ainda e por fim fomos embora. Chegamos à revista e eu não me continha de felicidade, Damon estava igual, mas conseguia se conter mais. As meninas passavam por mim e me cumprimentavam, as mais chegadas passavam a mão em minha barriga. Quando chegamos à sala da Elena, ela se levantou com tudo e me puxou, pedindo para Damon fechar a porta.
- E ai? O que vai ser? Vou ter afilhado ou afilhada? - fiquei sorrindo para ela e quieta, eu queria ver ela nervosa e ansiosa. - Fala logo, . Assim vai me matar.
- Calma, Lena. - Damon disse rindo, quase gargalhando pelo o jeito da sua cunhada.
- Como calma?! Vocês não falam logo.
- Vai ser uma menina, Lena. A minha menina. - eu disse rindo, mas voltei a sentir as lagrimas de felicidades.
Elena deu um grito fino e correu pra me abraçar. Abraçava-me apertado e gritava, depois puxou Damon com a mão e fez ele nos abraçar.
- Nem acredito. Menina. Uma princesa. A nossa princesa. - Elena dizia quase gritando e pulando, sem conter a felicidade.
- Calma, cunhadinha. - Damon pediu se afastando e rindo
- Damon, eu estou muito feliz. - ela disse me soltando também
- E você acha que eu não estou. - ele disse encarando a nós duas
- E eu nem me fale.
- Podíamos pedir folga hoje e ir comemorar. Passar na faculdade do Stefan e pegar ele.
- Não vai dar, ne Lena. - eu disse balançando a cabeça. - Muito mais nós três. Marisa não vai deixar, ainda mais com o fim do mês.
- A esta certa, mas podemos pensar em algo pra amanha. - Damon disse serio e depois sorriu.
- E o que passa em sua cabeça?! - perguntei sorrindo e me aproximando dele, beijando sua bochecha.
- Viajem.
- Como?! - eu e a Elena perguntamos juntos
- Simples, hoje é sexta e amanha ninguém trabalha ou estuda. Pegamos as coisas e vamos para o lago.
- Mas meu amor, estamos entrando no inverno. Vai estar super frio lá.
- E o que tem isso? Vamos em casal, nada melhor para se esquentar. - ele disse sorrindo malicioso e me dando um selinho.
- Eu topo. - Elena disse sorrindo e pulando
Acabei aceitando, porque ia ser bom, ficar um tempo longe, só Damon e eu, sem se preocupar com alguém ver.

(...)


Passamos o dia trabalhando, contei para as meninas que eu teria uma filha. Marisa quase surtou e disse que ia me presentear com varias coisas, falei que não precisava, mas falar com ela é a mesma coisa que não falar nada. E o fim do dia chegou, para a minha alegria.
Sai da revista e fui pra casa, combinamos de nos encontrar em frente ao meu apartamento. Depois de tomar banho e arrumar a mala, sentei no sofá e liguei para a minha mãe.
- Oi filha
- Oi mãe.
- Tudo bem?
- Sim, tenho noticias.
- Serio?! O que?
- Coloca o celular no viva a voz.
- Coloquei.
- O pai está ai?
- Estou sim, filha.
- Estão sentados?!
- Fala logo, . - meus pais disseram juntos
- Eu vou ter uma menina.
- Uma menina?! - a voz da minha mãe era de felicidade
- Eu vou ser vô de uma menina?! Nem acredito.
Conversamos, rimos, choramos e falamos do futuro. Estava sendo a melhor coisa da minha vida. Era como se nada pudesse me deixar triste. Tudo estava dando certo, eu estava feliz, grávida de uma menina saudável e estava junto do pai dela e amor da minha vida.

Capitulo 17 - Casa do Lago


Quinze minutos depois que desliguei o telefone, meu interfone tocou. Vou ate lá pra atender e a voz do Stefan surge.
- Estamos te esperando.
- Já desço.
- Damon perguntou se precisa de ajuda com as malas?
- Diga que não. Estou bem. - digo sorrindo com a preocupação do meu namorado.
Coloco o interfone no gancho e pego as minhas malas na sala, fechando tudo e descendo. Quando chego ao portão, Stefan estava me esperando, ele pega as minhas malas e coloca na caminhonete do seu pai. Ele me ajuda a entrar, enquanto eu rolo os olhos com o tanto de cuidado que ele usa, dou um selinho no meu namorado que estava dirigindo e um aceno de mão para a minha amiga que estava no banco de trás com o Stef.
- Caminhonete do seu pai?! - pergunto com um meio sorriso, depositando a minha mão em sua perna.
- Sim, ela é maior e melhor. - ele disse sorrindo e dando de ombros
- O que sua mãe disse?
- Sobre?
- A viagem.
- Achou estranho, perguntou se eu estava bem, se estava tudo bem comigo e com a Rebecah, com quem eu ia... Essas coisas.
- E não esqueça dos conselhos e toda a preocupação que ela ficou quando dissemos que a ia. - Stefan disse rindo
- Preocupação comigo?
- É, por causa da gravidez. Disse para o Damon ficar de olho em você e que qualquer coisa viéssemos embora o mais rápido possível.
- Ah ta, entendi.
- Você não contou que descobrimos o sexo do bebê?!
- Ainda não.
- Por?!
- Ela esta tão animada com a chegada do seu bebê, fazendo tantos planos e isso porque ela nem sabe que é neto dela, então eu pensei: imagina quando ela souber que vai ser uma menina, o sonho dela sempre foi ter uma menina e eu estou privando-a de ter uma neta menina. E eu sei que vou ficar tentado a contar tudo. - ele dizia com um misto de alegria e lamento.
- Entendo. Sei também que vou ficar do mesmo jeito quando me encontrar com ela.
- E por que vocês não contam?! - Elena perguntou
- Como? - eu revirei os olhos e a encarei
- A Elena tem razão, por que vocês não contam?
- Stefan, esqueceu de tudo o que envolve?! - perguntei encarando ele e depois Damon, que balançava a cabeça concordando comigo.
- Mas vocês se amam, estão juntos, Damon vai terminar com a Rebecah...
- Falou certo, vai. Ele não terminou ainda.
- É só ele apresar as coisas...
- Mas...
- Quer saber. - Elena falou seria. - Essas desculpas toda são porque vocês estão com medo.
- Medo?! - indagamos juntos com a testa enrugada
- Sim, medo. Medo do que seus pais vão falar, medo dessa nova vida, medo do que todos vão pensar.
Eu senti tudo o que Elena falava e percebi que ela tinha razão e sem saber o que responder, fiquei na minha e quieta. Olhei para o Damon que também estava quieto, só encarando a estrada. O silencio reinou depois disso e nenhuma palavra foi dita depois e para não ficar um silencio incomodo, liguei a radio e sintonizei em alguma estação boa.
A viagem levou três horas e chegamos ao lago já eram duas da manha, o lugar estava frio, como eu imaginei, ate fumacinha sai da boca e nevoa era o que mais tinha, o que dificultava enxergar onde pisávamos.
- Eu te ajudo. - Damon segurou em meus braços assim que sai do carro.
Ele me levou ate a porta, destrancou e eu entrei, sendo seguida pela a Elena.
- Vou ajudar o Stefan com as malas.
Assentimos e fomos acender as luzes, dar uma olhada no lugar. Fazia muito tempo que eu não vinha aqui, mais ou menos, um ano. Enquanto os meninos colocavam as coisas pra dentro, fui ajudar Elena com as lenhas, para acender a lareira.
Depois de tudo feito, Damon fechou a porta e olhou ao redor.
- Não mudou nada. - ele disse vindo me abraçar
- Que comece o fim de semana. - Stefan disse sorrindo abraçando a Elena.
Nos quatros sorrimos e terminamos nos beijando. Aos pouco a casa ia ficando mais quente e nós fomos ver os quartos e arrumar as coisas.
E como estava tarde, a única coisa que fizemos foi trocar de roupa e dormir, porque queríamos começar o dia cedo.

(...)


Uma leve claridade invadiu o quarto, mas como ainda estava com sono, puxei a coberta para cobrir meu rosto. Estiquei o braço para o lado e não senti Damon lá, tirei a coberta do rosto e abri apenas um olho, para confirmar que ele realmente não estava na cama. Virei-me um pouco, procurando um relógio, ate que encontrei um no criado mudo do meu lado, lá marcava sete e meia da manha. Bocejei e me espreguicei, tirando toda a coberta de cima de mim, já sentindo a mudança de temperatura e me arrepiando toda.
Peguei minha nécessaire e fui pro banheiro, fiz minha higiene matinal e entrei no chuveiro, tomando um banho quente e dispersante, sai de lá e fui me trocar, colocando uma roupa bem quente, para em seguida sair do quarto. Assim que desci as escadas e me encaminhei para a cozinha, senti o cheiro de chocolate e meu estomago roncou de fome, me fazendo sorri. Quando entrei na cozinha, encontrei Damon de costas mexendo em algo, me aproximei dele e passando a mão pela a sua cintura, depositei um beijo em suas costas, senti-o estremecer para então virar a cabeça pra mim e sorrir.
- Bom dia. - ele desejou me dando um beijo na testa
- Bom dia. - disse me soltando e lhe dando um selinho. - Acordou cedo. - disse indo me sentar no balcão.
- Pra falar a verdade eu acordei cedo porque queria levar o café pra você - ele sorriu. - Mas também perdi o sono.
- Perdeu o sono? - perguntei lhe encarando com a testa enrugada
- Não sei se você sabe, mas você dorme se esfregando nas pessoas. E eu acho que você devia estar sonhando com algo ou alguém, já que se esfregava em mim e gemia. - ele acabou gargalhando e eu fiquei envergonhada.
- Eu não sabia disso. - disse ainda envergonhada e com a cabeça meio baixa - E não me lembro muito bem do que sonhei.
- Você precisava ver como eu acordei. - ele continuava a sorrir. - Tive ate que tomar banho frio.
- Desculpe - me levantei e me aproximei dele - Essa noite eu te compenso. - sorri maliciosa e lhe beijando.
- Oww... Agora fiquei feliz! - ele sorriu me beijando novamente
- Então espera ate a noite para ficar em êxtase. - me afastei, lhe dando um tapa na bunda.
Damon sorriu malicioso pra mim e virou de costas, para depois voltar com duas xícaras na mão fumegantes. Colocou uma em minha frente e sentou, puxando uma bandeja pra perto, cheia de torradas, pães, frutas e geléias.
- Espero que esteja gostoso o chocolate quente.
- Você sempre faz o melhor chocolate quente. - sorri e assoprei o chocolate, tomando um pequeno gole.
Tomamos o café da manha e quando estávamos terminando, Stefan e Elena chegaram ali. Cumprimentamos os dois e eles foram preparar seu café.
- O que vamos fazer hoje? - Lena perguntou
- Vamos de barco ate o lado oposto do lago. - Damon respondeu
- E o que vamos fazer lá? - perguntei
- Pegar um carro e... - Damon parou e sorriu
- E? - perguntamos eu e Elena juntas.
- Surpresa - Stefan respondeu acompanhando o sorriso do irmão
Vendo que não íamos tirar nada dos irmãos Salvatore, demos de ombros e terminas de comer e arrumar a cozinha.
Elena foi se arrumar e eu fui pegar mais um casaco, uma bolsa e um óculos de sol, porque independendo do frio, lá fora fazia um sol fraco. Voltei pra sala e me sentei, esperando Damon, Stefan e Elena ficarem prontos. Depois de cinco minutos eles apareceram ali, saímos da casa e fomos pro barco. Damon me ajudou a entrar e me sentar e depois entrou, indo pra trás do volante e ligando-o. Olhei para o barco, que não parecia nada simples. Tinha quatro bancos acolchoados, um volante e cambio, na frente tinha um vidro, para se proteger dos respingos de água. O barco parecia mais com uma lancha. Olhei pra parte de trás e vi duas caixas medias, ia perguntar o que era, quando Stefan sorriu pra mim e disse:
- Nem pergunta, você sabe a resposta.
Sorri também e dei de ombros, um pouco irritada. Eu não gostava de não saber das coisas.
Meia hora depois chegamos ao outro lado do lago, Damon me ajudou a descer e fui andando ate um carro que nos esperava, entrei no banco de trás e Elena entrou logo em seguida, sentando ao meu lado. Stefan e Damon demoraram um pouco pra entrar, os vi pegando as caixas e colocando no porta malas. Depois Stefan entrou e Damon foi conversar com um cara, para em seguida entrar e ligar o carro.
Andamos mais uma meia hora em puro silencio e isso já estava me irritando. Quando o carro parou, descemos e esperamos os dois se aproximarem com as caixas.
- E agora? - perguntei olhando em volta e só vendo floresta e mato.
- Nos sigam. - Damon respondeu
- É perigoso? - Elena perguntou me olhando.
Eu sabia que a pergunta dela era se eu ia precisar de ajuda, já que estava parecendo uma bola, com a minha barriga de cinco meses.
- Não. O terreno é segurou e não tem subida.
Assentimos e começamos a andar, entramos na floresta e seguimos os dois. Aos poucos a paisagem ia mudando, em vez de uma floresta fechada e só verde, ela ia se abrindo e se colorindo, cheia de flores e cheiro. Andamos um pouco e chegamos a uma área aberta, com algumas arvores e varias flores, num canto, em baixo de uma arvore enorme, a maior dali, tinha uma toalha, com algumas almofadas. Damon e Stefan foram pra lá e colocaram as caixas no chão, eu e a Elena estávamos sorrindo e olhando ao redor, fechei os olhos e comecei a sentir e escutar ao redor. Eu podia sentir os cheiros das flores, da terra, ouvir o barulho dos pássaros e outros animais, e pude ouvir o barulho de água também, era como se fosse água caindo. Abri os olhos encontrando Damon perto de mim.
- Tem uma cachoeira também? - sorri ainda mais
- Tem, depois vamos lá. - ele sorriu e me puxou para seu peito, me beijando.
Fomos no sentar e ajudar a tirar as coisas das caixas.
- Vocês pensaram nisso quando?
- Enquanto arrumávamos as malas pra vir pra cá.
- Então estão organizando isso desde ontem? - Lena perguntou se aconchegando no peito de Stefan
- Sim. - ele respondeu beijando sua cabeça
- Pensaram em tudo, em. - me aconcheguei no Damon
- Está tudo lindo e perfeito. - Elena pegou duas uvas, colocando uma no boca do Stefan e outra na sua.
- Como acharam esse lugar? - perguntei aceitando um morango que Damon colocava em minha boca
- A gente vem aqui desde pequeno, cada canto desse lago, conhecemos como a palma da nossa mão. - Stef sorriu pegando suco e colocando em quatro copos.
- E já trouxeram mais alguém aqui? - perguntei sorrindo, mas com um certo incomodo.
- Não, vocês são as primeiras. - Stefan respondeu e eu virei meu rosto encarando Damon, que estava com uma expressão seria.
- Damon. - chamei baixinho
- Oi. - ele respondeu voltando a sorrir e beijando minha testa
- Tudo bem? - perguntei um pouco preocupada
- Sim. Só estava pensando.
- Hum. - disse voltando a olhar pra frente e aceitando o copo de suco, para depois pegar algo pra comer.
- Você é a primeira que trago aqui e será a única. - ele sussurrou em meu ouvido e mordendo o lóbulo, me arrepiando.
- Isso é bom. - sorri fraco.
Passamos a manha ali, conversando, brincando, comendo, contando historias e namorando. As horas passaram muito rápido e quando vi, já era meio dia e ainda tinha comida, o que dizia que dava para ficarmos ali mais tempo. Estava frio, mas acabou esquentando mais um pouco, fazendo com que nem percebêssemos. Elena estava deitada com a cabeça no colo de Stefan que fazia cafuné, ela sorria com os olhos fechados e parecia bem relaxada. Gostava de vê-la assim, em paz. Eu estava sentada com a cabeça do Damon deitada em meu colo, eu gostava de tê-lo assim, eu podia passar a mão em seu cabelo macio e sedoso. Ele também sorria, mas notei uma ruga em sua testa, me abaixei o quanto pude e beijando sua testa enrugada, sussurrei:
- Tudo bem mesmo? - ele abriu os olhos
- Sim, por quê?
- Tem uma ruginha em sua testa, parece de preocupação.
- Não é nada. - eu sabia que ele estava me escondendo algo
- Damon. - disse baixo, mas seria.
- Você me conhece tão bem. - ele sorriu e acariciou a minha bochecha
- Às vezes eu acho que ela tem conhece melhor que eu. - Stefan disse sorrindo e me encarando
Sorri pra ele e voltei a minha atenção para Damon, ele tinha assumido que algo estava acontecendo.
- Vamos dar uma volta? Conhecer o lugar, ir pra cachoeira - ele perguntou se sentando.
- Vamos. - entendi isso como uma maneira de conversarmos a sós
Ele se levantou e me ajudou a levantar, tirei o casaco que estava me esquentando demais e segurei em sua mão estendida. Anunciamos pra onde íamos e saímos andando abraçados. Fui contemplando o lugar, que ficava mais lindo a cada passo. Passamos por uma área cheia de rosas vermelhas, sorri e continuei a andar, quase não acreditando que aquele lugar existia mesmo. Quanto mais nos aproximávamos da cachoeira, mais o barulho das águas ficava alta, o caminho todo fizemos em silencio, só sorrindo e curtindo o lugar, o clima, a paisagem.
Quando chegamos à cachoeira, senti uma paz me invadir e tive a sensação de que o lugar não existia ainda mais. Olhei o lugar de boca aberta, olhos arregalados. Virei-me pra Damon que sorria também, só que menos maravilhado.
- Gostou?
- Parece surreal.
- Fiquei do mesmo jeito quando vim aqui pela a primeira vez.
- Quantos anos tinha?
- 14 anos.
- Estou pensando em nossa filha aqui, no verão. Nós três curtindo as águas, a paisagem.
- E isso vai acontecer. - ele sorriu. - Eu prometo. - ele me abraçou apertado
- Eu acredito em você. - fomos nos sentar numa pedra bem perto da água. - Agora me conte o que esta acontecendo.
- Ontem antes de ir te buscar pra virmos aqui, eu recebi uma mensagem.
- Por que sinto que não é apenas uma mensagem?!
- Porque não é. Foi a Rebecah.
- E o que ela mandou? - perguntei com um nó na garganta.
- Que estava com saudades, dando varias explicações por que do sumiço, que me amava e esta planejando vir me visitar em breve. - ele disse como se isso não fosse nada.
- E...?
- E que eu não acreditei em nada.
- Nem na parte da visita?
- Na hora não
- E o que mudou?
- Hoje de manha ela mandou outra mensagem.
- E o que dizia?
- Que ela vai chegar terça-feira, perto da hora do almoço.
- Isso é...
- Bom e ruim. - Damon completou a confusão que estava na minha cabeça

Capitulo 18 - Casa do lago - parte 2


Fiquei encarando Damon sem saber o que falar ou o que pensar. Quando eu pensava na volta de Rebecah, eu imaginava que seria simples, Damon ia terminar com ela e poderiamos ficar juntos, mas agora parece outra coisa, agora era uma coisa real, que tinha data e hora pra acontecer. E eu sabia que Rebecah não ia aceitar isso numa boa, ela podia ser tudo, podia ter varios defeitos, mas gostava do Damon independente de qualquer coisa, as vezes eu achava ate que ela o amava.
- Hei. - ele passou a mão pelo os meus cabelos. - Não fica assim, eu vou resolver isso.
- Você não ficou mexido? - a pergunta saiu do nada
- Não. - ele respondeu simplesmente e eu encarei seus olhos, ele não vacilou e ali estava a verdade. - Por que ficaria? Ela me enganou por varias anos tenho certeza, me traiu.
- Mas você foi feliz com ela, não foi? - perguntei com um incomodo na barriga, mas que não tinha nada a ver com o bebê.
- Eu fui, não vou mentir. Rebecah tem seu lado bom. - o incomocou piorou. - Mas aos poucos eu fui percebendo que o lado ruim dela, transpassava o bom. E agora depois que eu realmente abri os olhos, vejo que Rebecah não tem quase nada de bom, não ao ponto de reatar com ela. Nada que ela faça ou fala.
- Isso é algo bom de se ouvir. - o incomodo foi passando e um alivio passou pelo o meu peito, fazendo-me suspirar.
- Fique tranquila, eu vou deixar bem claro pra ela que não terá mais volta.
- Mesmo assim eu acho que ela não vai aceitar.
- Mas ela vai ter que aceitar.
Assenti com a cabeça, decidida a encerrar esse assunto e Damon entendeu. Ele me abraçou mais apertado e eu virei a cabeça, selando nosso labios. Ficamos em silencio, perdidos em nossos pensamentos e curtindo o lugar, o barulho da água, que fazia nossos pensamentos ir longe e por um momento meu pensamento ou ilusão foi tão longe, que senti meu peito apertar e meu coração sangrar. Imaginei Rebecah fazendo mal a minha filha, a mim enquanto estava gravida, tudo para ferir a minha filha, minha vida. Ate onde ela poderia chegar para ter o Damon de volta? Isso eu não sabia e não ia querer saber, por isso mesmo ia fazer de tudo para que ela não soubesse que Damon é o pai da minha filha.
- Hei, por que esta chorando? - Damon perguntou me puxando pra mais perto
- Nada. - sorri - Nem tinha percebido que estava chorando.
- Mas você estava pensando em algo, o que era que te deixou assim?
- Bobagem. - limpei as lagrimas e me levantei, indo pra mais perto da água.
- Não é. - Damon apareceu logo em seguida ao meu lado - Você esta fugindo disso.
- É bobagem, certeza. - sorri e lhe dei um selinho - Esquece isso.
- Tem haver com a Rebecah. - ele falou me virando e eu acabei me rendendo depois de ver aqueles olhos azuis me fitando preocupado.
- Só tenho medo do que ela possa fazer se descobrir sobre o bebê.
- Ela não vai fazer nada, porque eu não vou deixar.
- Eu não queria que ela soubesse, não por enquanto.
- Tudo bem, tambem acho melhor assim. - ele beijou minha testa. - Mas só por enquanto. Depois quero gritar para o mundo.
Ele riu e eu o acompanhei, para depois nos beijarmos.
- Quanta beijação. - escutei uma voz fraca atrás de nós.
Me separei de Damon e vi Stefan e Elena se aproximando abraçados. Ficamos os quatros juntos perto da cachoeira conversando e brincando, depois resolvi ir pra onde estava a comida, pelo simples fato que já estava com fome. Damon riu com isso e me acompanhou. As horas correram mais ainda e o céu começou a escurecer, indicando que o fim de tarde estava chegando. Recolhemos tudo, jogamos as coisas foram e voltamos pro carro, para depois irmos pro barco e voltar pra casa. Quando chegamos na casa, já tinha anoitecido e tudo o que eu queria era um banho bem quente e ir pra cama com o Damon.

(...)


Descemos do carro e entramos, colocamos as comidas que sobraram na geladeira e armario, e cada casal foi para seu quarto.
- Banho? - Damon perguntou sentando na cama
- Sim, urgente. - sorri já indo pegar minha toalha e langerie
- Acompanhada? - ele perguntou malicioso
- Com certeza. - sorri entrando no banheiro
Ia ser a primeira vez depois daquele dia na casa do Samuel que tomavamos banho juntos. Fui tirando a roupa com a porta aberta, esperando Damon entrar, mas ele demorou um pouco, o que deu tempo de ficar nua e abrir o chuveiro, deixando a água quente cair pelo o meu corpo e me refazer. Olhei pra minha barriga redonda e passei a mão, eu não via a hora de ver a carinha da minha filha.
- Sabia que essa visão é a melhor de todas?! - a voz de Damon me despertou
- E sabia que a visão que eu estou tendo é melhor ainda - sorri olhando o seu corpo quase nu, coberto apenas pela a boxer branca.
Ele sorriu pra mim e veio caminhando, se livrando da cueca no caminho, sorri mais ainda e puxei ele, colando nosso corpo, fazendo com que um arrepiou passase pelo o meu corpo, sem falar no choque dos nossos corpos, que fazia minha exitação aumentar. Passei minhas mãos pelo o seu braço e fui subindo, ate entrelacar seu pescoço, puxando seu rosto pra mais perto, para enfim nos beijarmos.
- Uhhm. - ele gemeu na minha boca ao passar a mão pela as minhas costas e chegar em minha bunda, apertando-a.
- Está animado, em. - disse me afastando um pouco ao sentir seu membro perto da minha entrada
- Você que me deixa assim. - ele disse baixo e beijando o meu pescoço.
- Uhmm. - foi a minha vez de gemer e puxar ele pra mais perto ou o tanto que a minha barriga deixava.
Ele voltou a beijar minha boca e acabou se tornando mais selvagem, Damon me empurou de leve, ate que as minhas costas encontrasse a parede gelada, me fazendo arrepiar. Ele desceu seus beijos para o meu pescoço e depois para o vão dos meus seios, passando a lingua lá, me fazendo gemer e segurar seu cabelo. Ele abocanhou o meu seio direito, me fazendo gemer mais alto e segurar mais forte seu pescoço, joguei a minha cabeça pra tras, enconstando-a na parede, enquanto curtia as sensações que a lingua dele em meus seios causavam, vendo que logo em teria um orgasmo, puxei a cabeça de Damon pra cima, beijando-o, enquanto descia a minha mão pelas as suas costas e contornava chegando em sua barriga e descendo, pegando em seu membro grande e ereto, fazendo um pequeno movimento de vai e vem, que acabou fazendo ele gemer e afastar seus labios do meu.
Ele se afastou um pouco e eu achei estranho, então ele respirou fundo e voltou a se aproximar, deixei pra lá e tentei voltar a pegar em seu membro, mas ele segurou a minha mão e a prendeu na parede, olhei pra ele brava, só que ele apenas sorriu e abaixou, ficando na altura da minha entrada e ele foi se aproximando e eu gemi em antecipação, quando soube o que ele ia fazer e em seguida senti sua lingua tocar minha virilha e deslizar pra minha entrada. Ele depositou um beijo em meu clitores e desceu sua lingua por toda a minha fenda, fazendo com que eu gemesse loucamente e tentasse soltar os meus braços, para poder segurar em seu cabelo, mas ele intensificou o aperto e as lambidas.
Fechei os meus olhos e gemi, sentindo as minhas pernas amolecerem e um orgamos intenso chegar e apenas mais algumas lambidas e eu gemi alto, chegando ao meu primeiro climax. Minhas pernas fraquejaram e Damon me segurou pela a cintura, me matendo em pé, ele sorriu e eu puxei-o para beija-lo, sentindo o meu gosto em sua boca. Damon desceu sua mão para a minha bunda apertando-a e depois puxando-a pra cima, fazendo os meus pés sairem do chão e entrelacar em sua cintura. Ao sentir nossas intimidades se chocando, gememos um na boca do outro. Rebolei um pouco, para provoca-lo e vendo que deu certo, fiz varias vezes e já não aguentando mais e ele tambem, me encachei melhor e com sua ajuda, senti seu membro me invadir. E quando já estava tudo dentro, Damon começou a estocar de forma lenta e aumentando aos poucos.
- Damon. - gritei - Mais rapido. - pedi quando senti outro orgasmo se aproximar
E ele aumentou as estocadas, indo mais rapido e fundo. Percebi que ele tambem não ia aguentar por muito tempo, então contrai a minha entrada, fazendo ele urrar em meu ouvido.
- Vem comigo, amor. - ele sussurrou em meu ouvido.
Mais algumas estocadas e chegamos ao climax juntos, gritando o nome um do outro. Damon virou, ficando de costas para a parede e deslizando, ate sentar no chão e eu sentar em seu colo, com ele ainda dentro de mim.
- Tudo bem? - ele perguntou
- Sim.
- Não machuquei você ou o bebê?
- Claro que não. - sorri pra ele.
Me mexi em seu colo e ele saiu de mim, fazendo os dois gemer. Ficamos mais um pouco sentando, ate que nossa respiração se regulou, depois voltamos a nos levantar e terminamos o banho, envolta de varios carinhos e beijos. Depois de sair, coloquei a minha langerie e fui pro quarto, eu queria continuar fazendo amor com ele na cama, mas estava um pouco cansada, então deitei, colocando apenas uma camisola, mesmo com o frio e puxei a coberta. Quando entrou no quarto, Damon sorriu pra mim e veio se deitar ao meu lado, apenas de cueca boxer.
- Está cansada? - assenti com a cabeça deitando em seu peito. - Durma um pouco.
Beijei seu peito e fechei os olhos, pegando no sono logo depois, sentindo os carinhos que ele fazia em minhas costas.
No meio da noite eu acabei acordando, com calor e excitada, lembrando de nosso momento intimo, de nós fazendo amor e isso fez com que eu perdesse o sono, me deixando desejosa por mais. Abri os olhos e encontrei o rosto do Damon sereno, dormindo como um anjo, me ajeitei um pouco e acabei roçando a minha perna em seu membro, o que me causou mais desejo, ainda mais percebendo em como ele estava excitado. Deslizei a minha mão lentamente por sua barriga ate chegar na barra de sua boxer, Damon gemeu e continuou a dormir, sorri com isso e desci mais ainda a minha mão, passando ela por seu membro ainda por cima da cueca, prendi meus labios com os dentes para não gemer, diferente dele que soltou outro gemido e logo em seguida ouço sua voz rouca:
- Isso é feio, abusar das pessoas dormindo.
Encarei seu rosto que mantinha os olhos fechados e um sorriso.
- Feio é ficar no estado que eu estou. - disse pegando a sua mão e colocando no meio de minhas pernas.
Senti ele subir as mãos e chegar na minha calcinha, passando um dedo. Num minuto eu estava ao seu lado e no outro estava em cima dele, rebolando e beijando-lhe.

(...)


- Hei, acordem! Vocês tem que ver isso. - escutei a voz de Elena ao longe, mas não consegui sair do meu sono. - Vamos gente, vem ver.
- O que você faz aqui? - agora foi a voz do Damon que parecia irritada
- Vem ver. - abri um olho e encarei minha amiga que estava perto da janela
- O que tem ai? - perguntei com a voz rouca de sono
- Vem ver. - bufei e me preparei pra levantar, pois sabia que se eu não fosse, ela não ia desistir.
Peguei um casaco que estava ali perto e coloquei, indo ate a janela e olhando pra baixo. Arregalei os olhos, para em seguida sorrir, Damon vendo a minha expressão, se levantou tambem e veio ver.
- Neve? - ele perguntou encarando o quintal branco
- Nevou a noite toda. - Elena falou. - Maneiro, ne?!
- Mais ou menos. - disse. - Acabou o nosso dia.
- Claro que não. - Elena respondeu se afastando da janela
- Como não? O que vamos fazer?
- Ficamos parte da manha aqui em casa e depois do almoço podemos dar uma volta na cidade, ver algumas lojas, tomar chocolate quente, curtir uma musica em algum barzinho.
- Certo, isso ate que é bom. - Damon disse assentindo e eu fui abraça-lo.
- Okey, se troquem e descam.
- E por que? - perguntei encarando Elena e depois a cama, eu estava pensando em voltar pra cama.
- Stefan esta fazendo o café.
E ela saiu fechando a porta, olhei pro Damon que deu de ombros e fui pro banheiro fazer a minha higiene, depois Damon entrou. Eu estava terminando de me trocar, quando Damon voltou pronto e passou a mão por minha barriga e nesse momento nossa filha mexeu.
- Oi filha. - ele disse se abaixando e beijando a minha barriga
Ela se mexeu novamente e eu sorri.
- Esta quentinha ai dentro? Por que aqui fora esta frio.
- Vamos. - peguei na mão dele e o puxei. - Estou com fome.
- Sempre com fome essa minha mulher. - ele me abraçou e saimos do quarto
- Não, quem fica com fome é a sua filha.
Descemos brincando sobre quem comia mais e quando chegamos a sala, vimos a mesinha de centro com algumas frutas e no meio estava a panela de fundue.
- Ate que enfim desceram. - Stefan veio falando da cozinha com uma jarra de suco na mão
- Fundue? - perguntei encarando seu sorriso enorme
- Claro, nada melhor que fundue num dia nevoso. - Elena veio falando logo atras com os copos na mão.
Sorri com isso e fui me sentar no chão, onde tinha almofadas. Logo Stefan e Elena se juntou a nós.
- E ai já pensaram em algum nome? - Lena perguntou mergulhando um morango no chocolate
- Eu ainda não. - disse colocando uma uva na boca
- Muito menos eu. - Damon disse
- Eu acho que seria bom colocar o nome de Patricia. - Stefan disse sorrindo
- Como? - perguntei com as sombrancelas unidas
- É um nome bonito.
- Não pra minha filha
- Então que tal Jennifer? - Elana sugeriu e foi a vez do Damon recusar
- Nem pensar, nome de piriguete.
- Que maldade, tenho uma priminha com esse nome.
- Desculpe, mas é a minha opinião.
- Rafaela. - Stefan sugeriu
- É bonito. - Damon concordou
- Mas eu não gostei. - Elena fez careta
- E você, ? De alguma ideia. - Stefan pediu
- Sei lá, gente. Ainda tem quatro meses para pensar.
- Mas de alguma ideia, sugestão.
- Eu gosto de Beatriz.
- Bonito nome. - Damon disse me abraçando
- Então vai ser esse? - Elena perguntou sorrindo
- Ainda não sei. Vamos esperar. - disse me aconchegando no peito de Damon.
Passamos o começo da manha comendo fundue e conversando, perto da hora do almoço Stefan e Damon se trancaram na cozinha e só sairam de lá quando estava tudo pronto e o cheiro maravilhoso. Sentamos os quatro para comer e abrimos as cortinas, tendo uma visão do lago e do quintal totalmente branco. Eu e Elena ficamos com a louça e assim que terminamos, fomos nos trocar para ir dar uma volta na cidade.
Aproveitei enquanto escolhia a minha roupa, para arrumar a mala, já que de noite iamos voltar.
- Pronta? - Damon perguntou me abraçando por tras
- Sim. - disse virando o meu rosto e lhe beijando.
Entramos no carro e Stefan foi dirigindo, a casa era um pouco longe do centro, mas em meia hora estavamos lá. Paramos numa rua e fomos andando, passando por algumas lojas, olhando e comprando algumas lembrancinhas ou coisinhas para a minha filha, ate mesmo roupinhas. Entramos numa lojinhas de roupas de bebês, Elena me puxava para varios lugares, deixando assim os rapazes para trás. Uma mulher veio me atender e eu fui ver algumas roupinhas rosa.
- Uma menininha? - ela perguntou sorrindo e simpatica
- Sim.
- Já sabe um nome?
- Ainda não, acabei de descobrir.
Fui vendo umas roupas, ate que escuto a porta da loja abrindo e olho pra tras, vendo os meninos entrando, sorri pra eles e voltei a ver as roupas. Resolvi chamar Damon pra ver comigo, olhei pra tras procurando-o e o vi conversando com uma atendente e ela jogando charme pra ele, pra falar a verdade ela só faltava se jogar em seu colo, larguei as coisas e sai andando, pisando duro e com cara fechada ate ele. Elena e a atentente me encararam sem entender e pude ouvir minha amiga explicar o que estava acontecendo.
Parei ao lado dele e encarei a moça que tinha um sorriso enorme no rosto.
- Sim? - ela perguntou ainda sorrindo, lançando um olhar de espera para Damon
- Eu que perguntou o que você deseja. - disse dando o meu sorriso falso
- Como? - ela perguntou com o sorriso diminuindo. - Você já foi atendida? - ela perguntou impaciente, por eu estar atrapalhando o seu flerte
- Já sim, mas eu quero saber se você não tem que atender alguem ou fazer alguma outra coisa?
- Não, agora se você me dá licença. - ela voltou a sorrir para o Damon.
- Ah claro. - sorri pra ela e peguei na mão do Damon, puxando-o comigo. - E mais uma coisa. - me virei pra ela. - Se eu ver você dando em cima do meu namorado, ou olhando pra ele, ou se pensar em chegar perto dele... As coisas vão ficar complicadas pra você.
Ela fechou a cara e saiu andando de cabeça baixa. Sorri por dentro e olhei de cara feia para Damon.
- O que? - ele perguntou sorrindo
- O que? - exaltei. - Você não tem medo do perigo não?
- Não, por isso adoro te deixar ciumenta. - ele me beijou profundamente, me tirando o folego.
- Bobo. - me afastei dele, segurando o sorriso e tentando fazer cara de brava.
- Que você ama muito. - ele me puxou e me beijou.
Fiquei mais calma e voltei a ver as roupas, com Damon ao meu lado e dando opiniões. A atendente pediu desculpas pela a funcionaria e eu disse pra deixar pra lá, Stefan estava rindo sem parar do episodio, enquanto Elena tentava acalmar ele, segurando a sua risada. Saimos da loja depois de comprar algumas coisas e fomos para um barzinho.
Voltamos pra casa já era quatro horas da tarde, e foi só limpar e arrumar o lugar, colocar as coisas no carro para pergarmos a estrada. Passei a viagem toda dormindo, porque eu realmente estava cansada. Só acordei quando chegamos na casa dos Salvatore, descemos e Damon institiu em me levar no colo e assim que passamos pela a porta, vi Serena perder a cor e quase entrar em panico.
- O...que...aconteceu? - ela tentava falar sem gaguejar
- Calma, mãe. - Stefan correu ate ela, levando-a no sofá
- A estava dormindo no carro e eu resolvi traze-la no colo. - Damon ia falando e me levando ao sofá
- Tem certeza? - ela perguntou me encarando e eu vi a sua cor voltar
- Tenho sim, Serena.
- Que susto, não fazem mais isso.
- Eu falei pra ele não fazer, mas você conhece seu filho.
Sentamos todos no sofá e ficamos conversando sobre o fim de semana e eu acabei falando que seria uma menina e Serena não conseguiu se conter, saindo pulando pela a casa, gritando e fazendo planos e acabei ficando com remorso por ela não saber a verdade e quase falei, se não fosse o Guilherme sair da cozinha falando que o jantar estava pronto.

Capitulo 19 - Resolvendo os assuntos inacabados


A segunda-feira chegou e passou voando, quando vi já era sete horas da noite, peguei meu casaco e minha bolsa e sai da sala, meu andar já estava vazio, Elena tinha saido mais cedo, já que ia jantar com Stefan e alguns amigos da faculdade, então desci sozinha, cheguei na garagem e peguei meu carro. No meio do caminho resolvi dar uma volta no shopping, já que eu estava precisando de algumas coisas e estava com vontade de comer um Iogurte que só tinha lá no shopping.
Estacionei o carro e entrei, andei por algumas lojas, comprei o que precisava e parei em frente da Iogurteria, entrei na fila e fiquei esperando a minha vez, quando ouço alguem me chamar, me viro e vejo Samuel vindo ao meu encontro.
- Hei . - ele disse beijando minha bochecha
- Sam, quanto tempo. - digo me afastando um pouco
- Verdade, você esta diferente.
- Quer dizer mais gorda.
- Um pouco, mas continua linda. Acho que ate mais.
- Nem tanto, em. - ri e ele me acompanhou
- O que faz aqui? Desejo?
- Tambem. - sorri. - Vim comprar algumas coisas.
- E o bebê?
- Está bem, descobri sexta-feira que vai ser uma menina.
- Serio? - assenti - Então já posso comecar a comprar as coisinhas.
- Que isso, não precisa.
- E como anda o resto? Trabalho? Vida amorosa? - notei a ultima pergunta com segundas intenções e logo pensei em Paty
- Está tudo indo. Estou trabalhando bastante, mas daqui a pouco já pego licença. E você?
- Está indo tambem, estou estudando bastante, fazendo estagio, que esta bem puxado.
- E a Paty? - perguntei sorrindo
- Continua amiga da Aline. - ele sorriu sem graça
- Chegou a minha vez. - disse olhando pra frente, onde uma menina tinha acabado de pegar seu Iogurte.
Fiz meu pedido e Samuel ficou me esperando, paguei e peguei, saindo logo em seguida e me sentando numa mesa, Sam se sentou comigo.
- Você não me respondeu sobre sua vida amorosa.
- Ela esta bem. - sorri pensando em Damon, mas logo meu sorriso morreu ao me lembrar que Rebecah chegava amanha.
- Serio? Não parece. - ele me analisava
- Ela esta bem sim, só lembrei de uma coisa. - dei de ombros
- E o Damon? Continua com ciumes de você ou era só comigo?
- Damon continua com ciumes, mas agora é menos. - e isso era verdade, agora que estavamos juntos, o ciumes dele tinha diminuido e o meu aumentado.
- E o que seu namorado pensa? - eu sabia que ele estava investigando
- Eu não estou namorando serio ainda. Poucas pessoas sabem, então...
- Ah. - ele olhou pro lado e depois voltou a me encarar. - Você ainda não o apresentou?
- Mais ou menos.
- Ele aceitou você gravida?
- Sim. - respondi um pouco mais firme, por que essas perguntas comecaram a me irritar.
- Por algum acaso você não esta namorando o pai da sua filha, esta?
- O que isso tem haver? Não estou te entendendo, Samuel. Somos amigos, mas isso não te da o direito de se meter em minha vida. Já disse que nós não vamos mais ter nada um com o outro, eu estou bem com a minha vida e acho melhor você seguir a sua. Não quero peder a sua amizade por bobagem, então não se meta na minha vida.
Me levantei e sai andando, logo sinto alguem segurar meu braço, olhou pra trás e vejo Samuel.
- Desculpe. - ele estava com cara de arrependido
- Tudo bem. - disse e ele soltou o meu braço
- Eu sou idiota, é que eu ainda acredito em nós e pensei que eu podesse ter alguma chance.
- Sinto muito, mas não. Nós só seremos amigos.
- Claro.
- Tenho que ir. - disse depois de ficarmos nos encarando.
- Certo, nós vemos por ai.
- Okey. E diga para a Aline aparecer lá em casa ou na revista.
- Pode deixar, ela vai pirar quando souber que é uma menina.
- Já ate imaginei.
Me despedi de Samuel, um pouco ainda chateada com o acontecimento e fui embora, entrei no meu carro e fui pra casa, estava morta de cansaço.
Assim que entrei, coloquei as sacolas na sala e fui pro quarto, tirando a roupa e entrando no chuveiro, para sair logo em seguida, me trocar e cair na cama. Peguei meu celular e pensei em ligar para o Damon, nós não nos vimos o dia todo e nem nos falamos, estava com saudades, mas logo pensei em Rebecah novamente e no encontro de amanha e senti um aperto no coração, fezendo com que a minha filha se remexesse inquieta. Desisti de ligar e joguei o celular pro lado, me arrumando na cama e dormindo.
Tive sonhos estranhos e nunhum terminava bem, e isso fez com que eu acordasse no meio da noite assustada e suada, sentei na cama e senti minha filha mexer, ela não parava e isso estava começando a me incomodar. Levantei e fui tomar água, passei pela a sala e vi que era duas e meia da manha, eu não tinha dormido quase nada e não era essa a senção que tive. Bebi a água, ainda sentindo minha filha se mexer, comecei a falar com ela, para ver se acalmava-a, mas de nada adiantou.
Voltei pro quarto e deitei, tentando voltar a dormir, mas eu não conseguia ficar parada, não com o bebê se mexendo como estava.
- Hei amor, o que foi? - sentei na cama e passei a mão pela a barriga, senti um chute que me fez perder o ar. - Que isso, amor?! Por que esta machucando a mamãe? - dessa vez o chute foi mais fraco. - Por que não quer deixar a mamãe dormir? Está com medo dos pesadelos? - mais um chute. - Não vai acontecer nada, papai te ama e não vai nos abandonar. - dessa vez foi um chute forte, como se ela tivesse discordado. - Ele não vai. - disse mais alto, tentando convencer a mim mesmo.
Senti um aperto no coração novamente, procurei pelo o celular e disquei para Damon, cinco toques depois uma voz de sono atendeu.
- Alo.
- Damon. - tentei soa tranquila, mas não deu.
- ? Esta tudo bem? Aconteceu algo? - percebi que ele estava mais desperto
- Tudo bem, Damon. - dessa vez a voz soou tranquila. - Desculpe te acordar.
- Não, tudo bem.
- Eu perdi o sono e nossa filha esta um pouco agitada.... Nós só queriamos ouvir sua voz. - sorri
- Oh meu amor. - eu sabia que ele sorria tambem. - Nem nos vimos hoje, senti saudade.
- Nós tambem sentimos. - senti um chute e varios remelexos. - Ela esta dizendo que te ama.
- Eu tambem amo ela, amo as duas. - sorri e percebi que estava chorando
- Queria poder te beijar agora e dormir abracadinha com você.
- Se você quiser posso ir ai. Sem problemas.
- Não, que isso. É madrugada, não vou fazer você sair de casa agora.
- Tem certeza? Pra mim não é problama.
- Tenho sim.
- Precisamos pensar sobre isso.
- Sobre o que?
- Sobre morar juntos.
- Você nem terminou com a Rebecah e já ta pensando nisso?
- O assunto Rebecah vai ser resolvido amanha.
- Então amanha ou depois conversamos sobre isso.
- Então você quer morar comigo? - ele perguntou um pouco entusiasmado
- Claro, mas que pergunta. - sorri
- Te amo. - ele falou, me fazendo sorrir ainda mais e minha filha chutar.
Me despedi dele e desliguei o celular, indo tomar um banho pra ver se assim eu conseguia relaxar e voltar a dormir.
O banho não resolveu em nada e eu tive que ligar a TV do meu quarto, pra ver se assim ajudava. Só sei que depois de um tempo consegui dormir, mas acordei hoje cansada, sem vontade de levantar e pensar no encontro do Damon com a Rebecah me deixava mais pra baixo, então peguei meu celular e disquei um numero.
- ?
- Bom dia, Marisa.
- Tudo bem?
- Sim, só estou ligando pra pedir um dia de folga.
- Certo, mas algum problema?
- Mal consegui dormir essa noite e estou bastante cansada.
- Claro, você pode ficar em casa, sem problema.
- Obrigada.
- E eu ainda vou te mandar uma café da manha.
- Não precisa.
- Que isso, faço questão.
Não tive o que falar, a não ser agradecer. Marisa era uma excelente chefe e eu adorava ela, mas não era assim com todos da redação. As unicas que gostavam de Marisa era eu e Elena, o resto do pessoal não a surportavam, eu não entendia o por que.
Assim que terminei de falar com Marisa, liguei para Elena.
- Mas você esta bem mesmo?
- Estou sim, Lena. Só noite mal dormida.
- É só isso mesmo ou tem algo mais? - suspirei, Elena me conhecia muito bem.
- Hoje a Rebecah chega.
- Como? E eu não sabia?
- Ela decidiu vir.
- E o Damon?
- Ele disse que vai aproveitar e terminar tudo.
- Ah entendi. Você esta assim por causa do encontro.
- Não vou mentir, esse encontro esta me deixando nervosa. Tenho medo do que vai acontecer, do Damon não conseguir terminar com ela ou dela complicar com tudo.
- Você tem que confiar nele. Ele te ama e vai terminar tudo e não vai deixar ela complicar as coisas.
- Eu sei, mas queria tanto estar junto, para dar uma força.
- Isso não é bom. - ficamos em silencio por um tempo. - Mas podemos pensar em algo.
- Como?
- Você não precisa estar perto, mas pode ver tudo de longe.
- Estou gostando.
- Liga para o Damon e pergunta que horas eles vão se encontrar e onde, depois me liga.
- Okey, beijo e ate mais.
Deliguei o celular e não esperei a Elena responder, ligando logo em seguida para o celular do Damon. Tocou três vezes e antes da quarta, atendeu.
- Oi Damon.
- Não é o Damon. - escutei uma voz fina e estridente, travei o maxilar.
- Rebecah. - disse com raiva
- Oi queridinha, não acha muito cedo para estar ligando para o namorado dos outros?
- Pensei que estivesse no Brasil. - ignorei seu comentario anterior
- Cheguei ontem de madrugada. - sua voz estava radiante
- Ontem? - senti minhas pernas falharem, ainda bem que estava sentada.
- Sim.
Pensei na minha ligação, na minha conversa com o Damon. Será que ela veio direto pra casa dele? Será que eles dormiram juntos? Pra ela estar na casa dele logo de manha... Não, ele não faria isso. Ele esta com odio dela, mas por que ela atendeu o celular? Onde ele estava? Varias perguntas rondavam a minha mente, meu coração acelerou e se apertou.
- Está ai ainda? - ela perguntou com um tom alegre na voz
- Onde esta o Damon?
- No banho.
- Vocês já se encontraram? - perguntei e minha voz falhou no final.
- Não é do seu interesse. - seu tom mudou para raiva. - Rebecah? - escutei a voz surpresa de Damon no fundo.
Meu coração se aliviou um pouco, por saber que ele ainda não tinha visto ela e que Rebecah só estava jogando comigo. Mas agora eu não sabia o que fazer, não sabia se continuava com o celular ligado ou desligava, mas não deu tempo de decidir, a voz do Damon soou pelo o aparelho.
- ?
- Oi Damon. - disse tentando soar tranquila
- Tudo bem? Podemos conversar depois?
- Tudo otimo, só liguei pra avisar que não vou trabalhar.
- Aconteceu algo? Você esta bem?
- Estou sim, não se preocupa. Te mandou uma mensagem, fica com o celular.
- Certo, beijo.
Desligamos e eu resolvi tomar um banho, eu precisava. Sai da cama e tive que sentar novamente, senti uma tontura forte e vi tudo ficar escuro, fiquei um pouco assustada, mas logo passou. Respirei fundo umas três vezes e voltei a me levantar, agora melhor. Eu não podia ficar do jeito que fiquei, fazia mal para o bebê. Entrei no banho e logo sai, quando terminei de me arrumar, o interfone tocou e fui atender.
- Entregador. - uma voz forte soou pelo o fone
- Pode subir. - disse depois de pensar que a minha situação não deixava eu descer.
Abri a porta esperando o elevador chegar, assim que chegou eu assinei e peguei a cesta, levando-a para a cozinha e abrindo. O cheiro ali era uma delicia, então comecei a comer. Enquanto levava o suco a boca, peguei o meu celular e escrevi uma mensagem para o Damon.

De:
Para: Damon
Fiquei surpresa quando ela atendeu o celular. Como esta sendo tê-la ai na sua frente? Onde vocês vão conversar e que horas?

Envie e fiquei esperando, enquanto comia. Depois de satisfeita, levei tudo pra pia e lavei, quando terminei de arrumar, o celular anuncia uma nova mensagem.

De: Damon
Para:
Surpreso fiquei eu quando sai do banheiro e a vi ali. Obra da minha mãe, mas não posso culpa-la. Esta sendo horrivel não poder falar tudo que esta preso na minha garganta e ela ainda se faz de incocente, o que faz meu odio aumentar. Estou saindo agora de casa para trabalhar, na hora do almoço vou conversar com ela, no restaurante Bulemar.
Estou preocupado com você, acordou no meio da madrugada e hoje não vai trabalhar. Queria pra passar ai.

De:
Para: Damon
Só estou cansada, nada preocupante. Espero que de tudo certo na conversa, estou um pouco preocupada, mas acredito em você. Qualquer coisa me ligue. Te amo e um otimo trabalho.

De: Damon
Para:
Quero te ver ainda hoje. Me liga qualquer coisa. Te amo tambem. Descanse e fique melhor. Beijo.

Depois dessa ultima mensagem, fui pra sala e me sentei, peguei um livro e comecei a ler.
Uma hora depois, olhei no relogio que marcava dez horas e decidi ligar para Elena.
- E ai, ?
- Ele vai se encontrar com ela na hora do almoço no Bulemar.
- Passo ai dez pra meio dia e vamos pra esse restaurante.
- Você não acha que é muito arriscado?
- Não, o lugar é grande e eu conheço o dono, nós podemos entrar pelo os fundo e ficamos numa mesa bem afastada.
- Certo, estarei pronta dez pro meio dia.
- Então ate mais tarde.
- Ate.
Desliguei o celular e voltei a ler, mas logo senti dor de cabeça, então fui limpar e arrumar a casa.

Capitulo 20 - Inimiga declarada


Era meio dia, quando eu e Elena entramos pela a porta dos fundo do restaurante Bulemar e seguiamos para uma mesa bem no canto, onde era de dificil acesso. Dali conseguiamos ver todo o restaurante, mas as pessoas do restaurante não consegui nos ver. Olhei em volta e não encontrei nenhum dos dois.
- Ele nem tinha saido ainda da redação, quando eu sai.
- Certo.
Um graçom veio nos atender e eu pedi um suco de maracuja, eu precisave me acalmar.
Enquanto tomava meu suco, vejo uma moça loira entrando e indo se sentar, observo bem e vejo que é Rebecah, pelo menos eles não vieram juntos. Fico olhando fixamente para a porta, ate que vejo Damon chegar, sua cara não era das boas e ele estava bem serio. Rebecah sorriu ao ver ele e se levantou, indo beija-lo, senti meu coração se apertar e meu estomago revirar, só imaginando ver os dois se beijando, mas para o meu alivio, Damon virou o rosto e se sentou, sem falar nada.
- Queria tanto escutar eles.
- Ai você quer demais. - Elena riu
Rebecah estava com a cara fechada e não parecia de bom humor, mas ela tentava puxar conversa e pelo o que eu podia ver Damon cortava todas. Comecei a sentir o clima se fechar na mesa deles. O garçom chegou em nossa mesa e eu resolvi fazer algum pedido, e pedi uma salada verde com frango grelhado, estava sem fome e bem nervosa.
Eles tambem fizeram seus pedidos e Rebecah novamente tentou puxar conversa, e dessa vez Damon deu corda, parecia que era do interesse dele. Imaginei que ela estivesse contando da viagem ao Brasil, contando as mentiras. Elena me observava, enquanto eu observava eles.
- Acho melhor parar de encarar.
- Oi? Como?
- Estou vendo que não esta fazendo bem isso a você.
- Nada a ver Elena.
- , você esta nervosa, pode fazer mal pro bebê.
- Elena, deixar eu prestar atenção.
Voltei a ignorar a minha amiga e encarar Damon e Rebecah. A mesa estava em silencio e Damon olhava pra todo o lugar, menos para Rebecah, enquanto ela tentava chamar sua atenção, falando ou tentando pegar em sua mão. Eu realmente estava nervosa e percebi que estava comecando a me atingir, já que um leve incomodo começou na parte de baixo da minha barriga, coloquei a minha mão lá e acariciei, para ver se assim a dor passava, só que mais demorava para terminar aquela conversa, mais eu ficava nervosa e mais a dor aumentava, comecei a respirar fundo pra me acalmar. Ate que vejo Rebecah ficar brava enquanto Damon falava e ele parecia bem serio.
- Acho que ele tocou no assunto. - Elena falou e eu não tirava o olho de lá, fazendo eu me esquecer da dor.
O garçom chegou com os nossos pratos e eu acabei nem tocando na comida, enquanto via Damon e Rebecah discutindo, a voz deles ate aumentaram um pouco, mas da onde eu estava ainda não conseguia escutar.
Senti vontade de ir ao banheiro, só que eu não sabia se era por causa da dor que aumentou ou apenas xixi, mas tive que ir mesmo assim.
- Fica de olhou pra mim, não perca nada.
- Pode deixar.
Me levantei e fui ao banheiro. Chegando lá, fui para um reservado e tranquei a porta, abaixei a minha calça e sentei no vaso sanitario, fiquei pensando nas coisas enquanto fazia xixi, quando fui me limpar percebi que tinha um pouco de sangue no papel. Levei a mão ao coração que acelerou, mas logo tentei me acalmar, respirando fundo.
Levantei do vaso e olhei pra dentro, a cor da agua estava vermelha, tinha sido bastante sangue pra quem estava gravida. Me apoiei na parede e voltei a respirar fundo, dei uma checada e vi que não tinha mais sangramento, então resolvi me vestir.
- Calma, foi apenas um pouco de sangue. - eu tentava me convencer
Dei descargar e quando ia sair, escuto alguem entrando e percebo que é Rebecah, já que escutei a voz dela.
- Terminar comigo? Quem ele pensa que é? Ninguem terminar com Rebecah. E que conversa era aquela de que não tinhamos mais um namoro fazia tempo?! Será que alguem andou falando com ele? Só pode ser aquela amiguinha apaixonada. Ah mas ele que pensa que eu vou aceitar facil assim, esta muito enganado. Vou cancelar o meu contrato no Brasil e voltar a trabalhar aqui, vou grudar nele como chichete e ainda vou falar com aquela biscate da . Ninguem vai tirar o Damon de mim.
Senti raiva ao escutar ela falando tudo aquilo, minha vontade era de sair do reservado e bater nela, ate ver aquele rosto de puta desfigurado, mas me segurei por causa da minha filha, se eu já sangrei, imagina se me irritar mais ainda. Esperei ela sair do banheiro e sai logo atras, ate me esquecendo da dor na barriga e do sangramento.
- Você esta bem? Demorou - Elena falou se levantando
- Estou bem sim. - disse sorrindo ou tentando
- Você encontrou a Rebecah? Ela foi ao banheiro.
- Ela não me viu, eu fiquei no reservado.
- Você parece com raiva.
- Você não ouviu o que ela disse.
- O que? Eles discutiram bastante.
- Ele terminou com ela.
- Que bom, não é?
- Muito bom, se ela aceitasse.
- Como?
- Vamos embora que eu te conto tudo.
Pedimos a conta e fomos embora, sendo que eu nem comi nada. Elena me encheu por causa disso e eu disse que comia depois. No meio do caminho contei tudo o que ouvi Rebecah falar no banheiro.
- E o que vocês vão fazer agora? Se ela descobrir sobre o bebê, é bem capaz de fazer algo.
- Ela não vai descobrir e eu vou falar com o Damon. Temos que pensar em algo. - Elena assentiu - Eu não tenho medo dela, só tenho medo por causa da minha filha.
Elena me deixou em casa e insistiu em ficar comigo, mas ela tinha que voltar a trabalhar e depois de afirmar que eu ficaria bem, ela se foi. Eu senti meu corpo fraquejar e me sentei no sofá, minhas mãos e pernas tremiam e meu coração estava apertado, minha filha chutou e a dor foi grande, coloquei a mão na barriga e tentei me acalmar e acalmar o bebê. Depois de varias respiradas e um copo com açucar, fiquei mais calma e me levantei, eu precisava ser forte e eu teria Damon sempre ao meu lado, Rebecah não ia fazer nada.
Fui pro meu quarto e troquei de roupa, colocando algo mais fresco, já que a temperatura do meu corpo estava um pouco elevada, deitei na cama e dormi. Acordei sentindo uma mão passar pelo os meus cabelos e rosto, abri os olhos preguisosamente, já imaginado quem seria a fazer o carinho, sorri ao encarar aqueles olhos azuis, que me fitavam alegres, mas que percebi no fundo um pouco de preocupação.
- Oi. - sussurrei e Damon se aproximou selando nossos labios
- Oi. Dormiu o dia inteiro? - ele perguntou se aconchegando ao meu lado
- Não. - disse e pensei se contava ou não que fui no restaurante.
- Que foi? - ele perguntou notando algo estranho
- Não fica bravo. - falei já sentindo meu coração se apertar, ele me encarou e pediu que eu proceguisse. - Eu fui com a Elena no restaurante Bulemar.
- Você foi? - ele perguntou, mas seu rosto estava serio e eu não conseguia indentificar suas emoções
- Fui sim. Eu precisava, eu queria estar lá.
- Você não estava acreditando que fosse terminar com ela? - sua voz continuava calma, mas percebi que ele estava um pouco decepcionado
- Não é isso. Claro que eu acreditei. Mas eu estava nervosa por nos dois e queria te dar apoio, mas não seria legal se eu estivesse ao seu lado, por isso fiquei numa mesa afastada. - disse um pouco nervosa.
Damon ficou quieto, me encarando, sem nenhuma reação ou palavra e isso me deixou mais nervosa. E quando eu ia voltar a falar, Damon sorriu e me beijou e eu fiquei sem entender.
- Te amo. - ele disse e voltou a me beijar
- Tambem te amo, mas não estou entendendo sua reação.
- Você é perfeita. Não existe mulher igual a você.
- Você não esta bravo? - perguntei receosa
- Por que ficaria? Você só queria me dar apoio, como uma mulher apaixonada.
- Eu devia ter te contado.
- Já passou, não tem importancia. Mas me responda uma coisa...
- O que?
- Foi ideia da Elena, certo? - ele perguntou rindo
- Certo. - sorri tambem
- Minha cunhada não tem jeito.
- Ela só queria me ajudar.
- Eu sei, amor.
Damon pousou sua mão em minha barriga e acariciou, falando com nossa filha, só que hoje ela não mexeu e ele percebeu:
- Por que ela esta quietinha? - eu tambem estranhei e acabei ficando preocupada, mas tentei não aparentar
- Ela deve estar dormindo, ela mexeu muito hoje.
- Ah. E você?
- Eu estou bem, descansei bastante. - menti, mas eu não queria preocupa-lo
- Tem certeza? Você parece um pouco quente. - ele disse passando a mão pelo o meu rosto
- Tenho sim. - coloquei a minha mão na testa pra ver se estava quente, mesmo que não precisasse, eu me sentia quente. - Eu estou quente por causa das cobertas e a casa toda fechada.
- Okey. Esta com fome? - ele mudou de assunto, mas percebi que não estava convencido
- Estou sim.
- Vou fazer algo pra comermos.
- E eu vou tomar um banho.
Esperei Damon sair do quarto e levantei, indo pro banho. Me analisei pra ver se tinha algo de errado, mas estava tudo em ordem, não tinha mais sangramento e quando eu entrei debaixo do chuveiro, senti a minha filha se mexer um pouco, sorri com isso e passei a minha mão, para logo tomar banho e sair.

(...)


Quarta, quinta e sexta passaram voando que eu nem notei, minha filha voltou a se mexer normalmente, não tive mais sangramento, mas meu apetite tinha diminuido bastante e tinha vez que eu nem comia, e sem falar em minha temperatura, ela estava alta desde de terça, eu medi e marcou 37°C, mas pra mim não era nada a se preocupar. As vezes eu ficava em estado febriu.
Damon dormiu todas as noites desde de terça em casa, Rebecah como eu tinha escutado ela falar, voltou a trabalhar aqui e eu acabei contando para ele o que ouvi e ele disse que iamos encontrar uma maneira de nos vermos livre de Rebecah. Serena ficou muito contente quando Damon contou que tinha terminado com Rebecah e já falou que dessa vez era para Damon escolher melhor sua namorada, ele sorriu e me deu uma olhada de canto.
Rebecah não deixou Damon sussegado esses dias, sempre ligando e mandando mensagem. Ela não tentou procura-lo, mas eu sabia que era coisa de tempo para ela comecar a segui-lo.
No sabado eu tirei para fazer uma pesquisa de preço em relação ao quarta da minha filha, fui com Elena em varias lojas e fui marcando os preços, para depois conversar com o Damon. Na parte da tarde ficamos em casa pesquisano na internet modelos de quartos, preços de tintas, papel de parede e decoradores. No domingo eu fui almoçar na casa da Serena, passei a tarde lá e tive que me segurar muito para não ficar grudada em Damon e ele tambem teve. Conversamos sobre o quarto do bebê, Serena deu algumas ideias e disse que ia comprar um enfeite de porta que tinha visto numa loja muito bonito e só estava esperando que eu escolhesse o nome, para mandar gravar.
Segunda-feira chegou com neve, o que para mim era uma maravilha, já que sempre gostei de neve. Tomei uma chuverada bem quente e fui escolher uma roupa, para sair nesse dia frio. Eu me sentia bem, a minha temperatura tinha abaixado, só que mesmo assim eu não tinha vontade de comer. Não senti dor nenhum e minha filha continuava a se mexer, agora ate mais. Damon não tinha vindo dormir esse noite aqui em casa, já que teria uma reunião logo cedo e não queria se atrasar, já que a ultima coisa que a gente faz é dormir.
Eu sai de casa, passei numa lanchonete e comprei umas rosquinhas e chocolate quente e fui pra revista, eu senti que hoje seria um dia tranquilo e agradavel, era essa sensação que a neve me passava. Mas meus sentimentos mudaram assim que cheguei ao meu andar e Fernanda veio falar comigo.
- Bom dia, .
- Bom dia, Fer. - disse sorrindo levemente e tomando o meu chocolate
- Tem uma moça lhe esperando em sua sala.
- Okey. - dei de ombros, imaginando quem poderia ser.
Fui andando ate a minha sala sorrindo para as minhas colegas de trabalho e assim que entrei, vi uma moça alta, magra e loira parada de costas para a porta, senti um arrepio e uma sensação ruim. Fechei a porta e Rebecah se virou pra mim sorrindo.
- Bom dia, . - senti o veneno saindo de sua boca ao falar meu nome
Não respondi e continuei a sustentar seu olhar, ela me olhou de cima a baixo e vi seu sorriso morrer ao poucos, ao notar o tamaho de minha barriga. Quando voltou a falar seu humor tinha mudado e estava seria, quase cuspindo odio.
- Vejo que realmente esta gravida. - ela deu um passo pra se aproximar de mim e eu inconscientemente passei meus braços ao redor da minha barriga e fui andando ate a minha mesa, me sentia mais segura atras dela.
- O que quer aqui, Rebecah? - perguntei
- Vim conversar com você.
- Sobre?
- Não se faça de sonsa, sabe muito bem. - levantei uma sobrancelha e ela bufou. - Vim falar sobre meu namorado.
- Ex-namorado, você quer dizer. - cortei-a
- Mas será por pouco tempo, você sabe disso.
- Será mesmo? Eu acho que será difinitivo.
- Você não sabe nada. - ela agora estava nervosa e perto da minha mesa. - Você acha o que? Que agora que o Damon esta solteiro, ele vai olhar pra você mais que apenas uma amiga? Que vai te dar mole? Se enxerga, garota. Ainda mais agora que você esta gravida. - ela ria. - Quem foi o trouxa que te engravidou? Só pode ter sido um idiota para ter caido na sua labia. Não, já sei... Você nem sabe quem é o pai, já que dá pra todo mundo mesmo. - dessa vez foi eu quem ri
- Acho que você esta confundindo de pessoa. Eu não sou você, Rebecah. Não sou eu quem já pegou metade da cidade enquanto namorava ou todos os modelos, fotografo e afins...
- Eu nunca trai o Damon. - Rebeca falou mais alto
- Claro, por que você é uma santa. Rebecah você não me engana e nunca enganou.
- Olha aqui. - ela apontou o dedo no meu rosto
- Abaixa esse dedo e tom, você esta no meu lugar de trabalho. - disse lhe encarando
- Você não sabe com quem se meteu. Damon nunca será seu e ele ainda vai voltar pra mim, você pode falar qualquer coisa pra ele, mas no fim todos sabemos que ele vai voltar pra mim.
- Claro, se você quer se iludir. Mas você já perdeu o Damon, perdeu ele no dia que traiu-o pela a primeira vez e eu vi.
- O que você viu? - notei um medo passar pelos os seus olhos
- Você sabe, já que estava lá. - sorri triunfante
- Você esta blefando.
- Tem certeza? - continuei sorrindo
- Saiba que você tem uma inimiga agora e é a pior que você podia ter arrumado.
- Não tenho medo de você. - ela já tinha virado as costas e estava perto da porta, quando eu falei.
- Mas tenha medo por esse bebê - ela apontou pra minha barriga e eu passei meu braço para proteger. - E será pior ainda se eu descobrir que esse bebê é filho do Damon. Ai você pode me aguardar.
E antes que eu pudesse rebater, Rebecah saiu da minha sala. Senti meu corpo tremer, minha boca ficar seca, uma dor forte em minha barriga me fez gemer baixo e com raiva, peguei o primeiro objeto que vi e taquei na parede, fazendo um barulho enorme. Elena entrou na sala com tudo e me encarou.
- ?! - ela veio correndo pro meu lado me amparando
- Eu odeio ela. - disse chorando de raiva e Elena me sentou
- Eu vi a Rebecah sair daqui, ela te fez algo?
- Não.
- Então o que houve?
- Eu a odeio. - voltei a repetir
- Você esta quente. - ela passou a mão por meu rosto
- Ela não vai fazer nada com a minha filha.
- . - Elena não sabia o que falar. - Vem. - ela me levantou. - Vou te levar pra sua medica.
- Não. - protestei
- Sim, eu venho te percebendo desde terça-feira, você não esta bem. Passou muito nervoso e agora esse encontro... Temos que ver se sua filha esta bem.
Elena pegou a minha bolsa e saiu da sala comigo, não paramos em lugar nenhum, mesmo as pessoas perguntando o que havia acontecido, só paramos para pegar a bolsa da Elena. Quando iamos entrar no elevador, Fernanda parou na nossa frente, preocupada.
- O que houve?
- Nada, Fernanda. - Elena nunca gostou dela e disse rispida
- Foi por causa da moça que eu deixei entrar? Ela fez algo com você?
- Você o que? - Elena perguntou mais brava. - Quando eu voltar irei conversa com a Marisa, mas já pode se preparar se não for pra rua, descera de nivel.
E o elevador chegou, eu ia tentar defender Fernanda, mas o que ela tinha feito era errado e eu não estava em condições de pensar em nada. Chegamos a garagem e fomos para o carro da Elena, ela me colocou dentro e foi pro motorista. Mas antes de sairmos completamente do estacionamento, Damon parou ao nosso lado com o seu carro, ele chegava de algum lugar. Ele olhou pra dentro do carro e me encarou de testa enrugada.
- Hei, aconteceu algo?
- Depois vocês conversam. - Elena continuava brava
- ? - Damon me chamou e eu lhe encarei com os olhos baixo
- Eu já volto, Damon e a noite eu converso com você.
Elena subiu o vidro e arrancou dali, indo pro consultorio da Dra Fell.

Capitulo 21 - Cuidado dobrado


Mesmo não tendo marcado a consulta, Meredith aceitou me atender, ela tinha um tempinho e aproveitou. Mas eu sabia que não ia sair daquele consultorio sem uma consulta, porque foi o que a Elena disse e deixou bem claro para a recepcionista. Acabei ate ficando com dó da moça, ela ficou ate assustada e pensou que era algo grave, ate perguntou se eu queria passar na frente, mas disse que não precisava e que a minha amiga estava fazendo um pouco de drama.
Ficamos esperando cerca de uma hora e meia no consultorio, vimos varias mulheres entrarem ali, algumas sozinhas, outras com a mãe ou alguma amiga e poucas com o marido ou namorado. Quando a minha vez chegou, Elena decidiu entrar comigo, sentamos em frente a mesa e Meredith sorriu, eu abri a boca para cumprimenta-la, mas Elena não me deu tempo, falando sem parar.
- Eu quero que a doutura examine a minha amiga. Ela não esta bem e sei que a minha afilhada pode não estar tambem. Ela pasou muito nervoso esses dias, teve febre, perdeu o apitite e tenho ate certeza, mesmo ela não tendo falado nada, que teve sangramento. Então nós não vamos sair daqui sem um exame completo e de você me dar a confirmação que de eu não devo me preocupar e que esta tudo bem com a mãe e o bebê.
Eu e a Meredith olhamos com os olhos arregalados para Elena, que se manteve seria todo o tempo. Depois o olhar foi direcionado pra mim e se o olhar cortasse, posso ter certeza que a minha pele estava toda cortada, pois o olhar de Meredith para mim era bem profundo.
- É verdade tudo isso, ? - ela me repreendia e estava brava
- É.. Mais ou menos. - eu disse fugindo do seu olhar
- Tenho certeza que é verdade. - Meredith disse balancando a cabeça e se levantando da cadeira. - Vem aqui. - ela me chamou perto da maca
Fui ate lá sem abrir a boca e passamos a primeira meia hora fazendo varios tipos de exames, andei por varios corredores daquele consultorio e Meredith ate cancelou algumas consultas e depois de uma hora e meia, ela tinha todos os exames em mão, tudo porque ela pediu que fosse feitos com urgencia, me deixando um pouco nervosa. Por que no primeiro exame, que foi o ultra, ela não fez uma cara muito boa.
- E ai, doutora? - Elena perguntou nervosa, mas menos do que eu.
- Você tinha razão, Elena. As coisas não estão boas.
- Como? - eu perguntei alarmada. - Diga que a minha filha esta bem? - pedi quase chorando
- Ela esta bem, , por enquanto. - sua cara não era das boas a cada exame que ela abria. - Você esta proibida de se exaltar, de ficar nervosa ou ter muitas emoções juntas.
- O que ela tem realmente?
- Ela esta com a gravidez em risco. A qualquer momento ela pode sofrer um aborto. Sua pressão esta alta, você esta com um pouco de diabete...
- O que eu posso fazer? Eu não quero perder a minha filha.
- Você não vai perder a sua filha. Não é tão grave assim, mas pode ficar. Você tem que tomar outro tipo de vitamina, que eu irei prescrever. Vai ter que pedir licença do trabalho mais cedo e evitar emoções fortes, como eu já disse.
- Mas eu não preciso ficar de repouso, certo?
- Não, mas é sempre bom, pelo menos duas ou três horas por dia, ficar deitada, descansar.
- Certo, ela fará tudo isso. - Elena ia assentindo em tudo.
- . - Meredith me chamou seria. - Cuidado dobrado agora.
- Pode deixar.
- E qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, venha ate mim. Mesmo um pouco de sangremento. Entendido?
- Sim.
- Obrigada doutora, por nos atender mesmo sem termos marcado consulta.
- Só fiz isso por que me apeguei a e ao Damon, e sei como essa gravidez é importante.
- Mesmo assim obrigada.
Agradeci Meredith tambem, ela me passou a receita da vitamina e saimos de lá. Fomos pro carro e Elena manteve uma cara fechada e eu sabia o por que, eu me deixei levar por tudo o que aconteceu, eu não soube me proteger e deixei que os sentimentos ruins me atingisse, principalmente com a chegada de Rebecah.
Elena queria me levar ate em casa, mas como o meu carro estava na revista, fomos pra lá mesmo. E mesmo que ela não falasse, eu ia pedir hoje mesmo a minha licença, ia explicar as coisas para a Marisa. Ao chegarmos na revista, subimos de levador ate nosso andar e eu fui direto para a sala de Marisa.
- ! - ela sorriu, mas percebi que estava seria tambem
- Oi Marisa.
- Fiquei sabendo que saiu e não avisou ninguem.
- Desculpe, sei que fiz coisa errada. Mas foi por algo serio.
- Aconteceu algo? É com o bebê?
- Sim, acabei de voltar da minha medica.
- E o que foi?
- Tenho que pegar licença mais cedo. Tipo agora. Minha gravidez esta em risco. - disse triste
- Nossa. - ela levou a mão a boca e levantou vindo ate mim. - Mas é serio?
- Não tanto, mas pode virar.
- Então esta concedida a sua licença e você pode ficar o tempo que precisar, seu emprego aqui não será afetado.
- Obrigada, Marisa, eu sabia que ia me entender.
- Sempre, ainda mais por causa de uma gravidez.
- Mas eu não quero ficar totalmente afastada. Quero, por e-mail, continuar trabalhando.
- Tem certeza?
- Sim, absoluta.
- Okey, e será ate melhor, não sei como seria sem suas opiniões.
Marisa assinou a minha licença e eu sai de sua sala, a partir de hoje eu poderia ficar em casa. Passei na minha sala, peguei tudo o que eu ia precisar nos dias que estaria fora e fui ate a sala da Elena. Ao chegar a sua porta, vi Fernanda me encarando, sorri triste pra ela e entrei.
- Fernanda não esta com uma cara muito boa.
- E é pra ficar assim mesmo. - Elena mexia em algumas papeladas e disse brava.
- Ainda brava?
- Um pouco. - me sentei em sua frente - Mas já estou me acalmando.
- Brava comigo?
- Não, mas estava. - ela sorriu e parou de mexer nas folhas. - Já pediu a licença?
- Pedi sim.
- E o que faz aqui ainda?
- Vim conversar com você e dizer tchau.
- Você vai fazer falta aqui. - ela disse triste.
- Eu não vou me afastar totalmente.
- Como assim?
- Minhas tarefas serão feitas em casa, mandarei tudo por e-mail e se precisarem de minha opinião tambem.
- Ah entendi. Já esperava isso de você. - ela sorriu pra mim
- Então eu já vou.
- Passo mais tarde na sua casa.
- Okey, te espero lá.
Dei um beijo em sua bochecha e fui ate a porta, abri e antes de sair, disse:
- Pega leve com a Fernanda, ela não fez por mal.
- Vou ficar de olho nela agora, mas um em falso e pronto.
Sai de lá balançando a cabeça e fui ate o elevador. Ele desceu três andares e parou, abrindo a porta pra mim. Eu estava no andar que Damon trabalhava, então fui ate sua sala, algumas meninas de lá me olharam de canto e alguns homens me cumprimentaram sorrindo, quando cheguei em sua porta, bati e esperei ele responder.
- Oi. - disse abrindo a porta, depois de ouvir ele pedido pra entrar
- Hei. - ele levantou a cabeça assim que ouviu a minha voz e veio ate mim, fechando a porta. - Tudo bem? - ele perguntou e me deu um selinho
- Agora sim. - sorri tentando passar tranquilidade.
- Por que agora sim? E o que é essa sacola? - ele foi me guiando ate o sofá que tinha ali
- Podemos conversar mais tarde, em casa?! - perguntei fazendo careta.
- Podemos. - ele demorou pra responder e respondeu derrotado. - E essa sacola?
- São as minhas coisas.
- Suas coisas? - ele perguntou enrugando a testa
- Sim, eu já estou de licença.
- Como assim de licença? Mas não era só daqui dois meses?
- Tive que adiar.
- O que você não esta me contando? - ele estava serio
- Se eu contar agora, você não vai conseguir trabalhar e a Marisa não vai deixar você sair antes do horario.
- Eu já estou acabando o meu trabalho, daqui a pouco posso sair.
- Damon, não precisa...
- , me fala logo.
- Então fazemos assim, eu espero você terminar tudo e vamos embora juntos. - sorri de lado esperando a sua resposta
- Okey. - ele disse novamente derrotado.
Fiquei sentada ali no sofá, vendo-o trabalhar. Nunca tinha visto-o trabalhar e como alguem podia ficar tão lindo, ou no caso dele, mais lindo ainda? Ele todo concentrado, mexendo nos papeis, ou quando ficava nervoso ou preocupado e mordia a caneta ou o canto da boca. Sem falar nas horas que passava a mão pelo o cebelo ou se espreguicava. Eu já estava começando a ter ideias e fantasias, que me fazia sentir quente. Eu já estava quase indo ate ele e o agarrando. Levantei do sofá e fui ate a janela, olhando lá em baixo e respirando fundo algumas vezes.
- Tudo bem? - sua voz soou perto da minha nuca, lançando seu halito quente e me arrepiando.
- Tudo. - me segurei para não agarra-lo ali mesmo e me virei. - Só vim ver a paisagem. - sorri
- Certo. - ele beijou meu pescoço e depois a minha boca.
E foi ai que eu não consegui mais me segurar. Passei meus braços pelo o seu pescoço, o puxando pra mais perto, pedi passagem com a minha lingua, que foi concedida imediantemente, senti um choque passar pelo o meu corpo e desci minhas mãos pela as suas costas e depois subindo pela a frente. Quando cheguei em cima, comecei a desabotoar sua camisa, primeiro um e depois dois, três e quando estava indo pro quarto, ele segurou a minha mão e parou de me beijar.
- Estamos no trabalho. - ele estava ofegante
- Você que me tentou. - sorri pra ele e me afastei
- É só esperar mais um pouco. - ele sorriu indo pra sua mesa.
- Por que?
- Já acabei por hoje. - ele pegou sua pasta e a chave do seu carro. - Vamos? - ele perguntou ao meu lado
- Vamos. - sorri e fui ate a porta.
Passamos pelo os corredores juntos e vi varios olhares em nossas direções. Algumas meninas ali tinham inveja da minha amizade com o Damon e imagina o que elas sentiriam se soubessem que agora eramos mais que amigos? E que minha filha era dele? Eu sabia que ali tinha muitas mulheres que já tiveram um sonho com o Damon, que já se imaginaram tendo uma noite bem louca com ele. Eu já tive um sonho assim e que no meu caso realizou. Acabei rindo sozinha e Damon me olhou de canto, fazendo careta, só que não disse nada.
Fomos pro elevador e descemos pra garegem, depois cada um foi para seu carro. A todo o momento eu via o carro do Damon atras de mim e sorria comigo mesmo. Quando chegamos ao meu apartamente, abri o portão da garagem e nos dois entramos. Depois subimos de elevador e entramos em casa.
- Gente, que cansaço. - Damon se jogou no sofá, tirando seu sapato.
- Quer uma massagem? - perguntei indo pegar um copo de agua pra ele
- Seria bom. - ele respondeu quando voltei pra sala. - Mas eu prefiro outra coisa. - sorriu malicioso.
- Safadinho. - entreguei o copo de agua e me sentei ao seu lado.
- Topa? - ele perguntou vindo me beijar.
E eu ate ia topar, se soubesse que depois ele não fosse ficar bravo. Eu tinha que contar agora pra ele, se deixasse pra depois eu ia escutar e muito. E tambem tinha o que a Meredith disse, eu não precisava ficar de repouso o tempo inteiro, mas não sabia se o sexo poderia complicar alguma coisa, então deixei uma nota mental de ligar pra ela hoje mesmo e perguntar. Damon começou a fazer careta e percebi que ainda não tinha respondido a sua pergunta.
- Não. - falei e vi-o enrugar a testa
- Não? Você escutou o que perguntei, certo?
- Escutei, mas é que eu tenho que te contar algo.
- Ihh.. Já vi que não é algo bom.
- E não é.. Bem que eu queria que fosse bom.
- Fala logo então.
- Tem duas coisas. Mas vou começar com a menas pior. - Damon jogou a cabeça pra trás e bufou, voltando em seguida a me encarar. - Rebecah foi me procurar hoje lá na revista.
- Como? - ele se exaltou, como imaginei.
- Sim e nossa conversa não foi boa. Acabei ficando bem nervosa e quase fiz umas loucura.
- O que ela falou?
- Varias bobagem, me ameaçou, me acusou... Coisas da Rebecah.
- Te ameaçou? - ele segurava e puxava o cabelo
- Sim, mas eu não tenho medo dela e ela não vai fazer nada comigo.
- Certo, mas eu ficarei de olho e se precisar, vou falar com ela de novo.
- Não, não precisa. - disse me aproximando e lhe beijando, para ver se assim ele acalmava um pouco, para a proxima noticia
- E qual é a outra?
- Por causa desse encontro, Elena resolveu me levar pra ver a Dra. Fell. Ela queria ver se estava tudo bem.
- E..?
- E que não esta nada bem. - vi as feições de Damon mudar aos poucos e ele perder um pouco da cor. - Damon? Meu amor? - segurei em sua mão e a senti gelada.
- Como assim não esta bem? O que a nossa filha tem? - ele disse depois de um tempo calado.
- Calma. Ela esta bem sim. Mas o problema maior sou eu. Eu estou com um pouco de diabete e pressão alta. Não posso me exaltar e nem ter muitas emoções. A Doutora disse que a minha gravidez esta em risco.
- Risco?
- É, mas não é pra ficar assim, não é grave. Ela só pediu que eu tirasse licença agora e ficasse de repouso, que tivesse cuidado redoprado.
Passei meia hora tentando acalmar e fazer Damon entender tudo o que estava acontecendo, ele ficou muito nervoso e eu achei que ele pudesse ter um treco, mas depois de muito conversar e dele ver que estava tudo bem mesmo, voltamos a conversa normal e sobre outros assuntos.
Damon ficou na sala assistindo um seriado e eu fui tomar banho, precisava relachar um pouco. Quando a agua começou a ficar gelada, sai e fui me trocar, indo pra sala. Do corredor eu escutei duas vozes e já sabia quem era.
- Boa noite, gente. - disse entrando na sala
- Como esta, amiga? - Elena perguntou vindo me abraçar
- Bem melhor.
- Como esta a minha afilhada? - Stefan perguntou vindo ate mim e passando a mão em minha barriga
- Estou bem, titio. - fiz voz de criança e ele riu. - Estou com muita fome, minha mãe não me dá comida. - continuei a fazer voz de criança, levando todos a rir.
- Mas que mamãe mais cruel. - Stefan entrou na brincadeira. - O titio vai fazer uma comida maravilhosa pra você.
Ele saiu da sala e foi pra cozinha, enquanto eu ia sentar no sofá. Acabou que eu e Elena ficamos conversando na sala e Damon e Stefan foram fazer o jantar. Stefan era um mestre na cozinha e não era de se surpreender ele ter escolhido fazer culinaria. Damon tambem era bom na cozinha, quase tanto quanto o Stefan, mas ele preferiu fazer jornalismo. Ser bom na cozinha era de familia, Guilherme era chefe de cozinha e teve um restaurante, mas as coisas foram mudando e agora ele é apenas empresario, tendo é claro varios restaurantes, que ele apenas comandava de fora.
Depois de uma hora de preparo, da cozinha já se podia sentir o cheiro delicioso, meu estomango roncou e minha filha se revirou toda, era como se ela pudesse sentir o cheiro tambem. Isso acabou me levando a rir e Elena riu comigo, sentindo a minha filha se mexer. Stefan nos chamou para jantar e nessa mesmo hora me celular tocou, eu ia deixar tocar, mas vi o nome da minha mãe e fazia uma semana que não nos falavamos, então decidi atender. Fui pro quarto e atendi:
- Oi mãe.
Ficamos conversando uma meia hora, contei o que estava acontecendo comigo e ela se desesperou, dizendo que ia vir pra cá, mas acalmei ela e a convenci de seguir viajem com o papai. Antes de desligar ela disse que logo chegaria um presente para a minha filha, vindo especialmente da Inglaterra, sorri com isso e tentei saber o que era.
- Só quando chegar. - ela disse.
- Vem jantar. - Damon apareceu no quarto
- Já vou. - sussurrei pra ele. - Mãe, preciso ir. Vou jantar.
Me despedi dela e desliguei, indo pra cozinha e sentando a mesa.

Capitulo 22 - Ferias


Duas semanas depois que pedi licença do trabalho, eu me senti melhor. Damon dormiu toda a noite aqui em casa comigo, eu liguei pra Meredith e perguntei sobre fazer sexo e ela disse que não tinha problema, mas que era pra pegar mais leve, só que mesmo assim Damon não quis fazer, ainda preocupado com o que podia acontecer, masmo eu fazendo ele conversar com a Meredith. Elena era outra que vinha bastante aqui e eu continuei a trabalhar, mas em casa. Todo dia tinha um e-mail novo ou alguem me ligando.
Essa semana eu voltei a ver o negocio do quarto da minha filha, mas depois de uma conversa com o Damon, resolvi pensar nisso depois, pois ele queria que fossemos morar juntos, então fazer um quarto agora era perca de tempo. Só que depois de uma conversa com a Elena, eu voltei a ver tudo. Pois ele podia muito bem vir morar comigo, o apartamento era grande, tinha mais dois quartos sem uso e um deles podia ser para o bebê.
Hoje eu decidi que iria conversar com ele sobre isso e estava esperando-o. Não demorou muito para ele chegar em casa, mas deixei que ele fosse tomar um banho e relaxar, para iniciar essa assunto.
- Podemos conversar? - perguntei depois que ele sentou ao meu lado no sofá
- Claro. - ele sorriu
- Eu estava conversando com a Elena e decidi algo.
- O que?
- Sobre a gente morar juntos. Em vez de procurarmos um casa, por que você não vem morar aqui? O apartamento é grande, meu quarto é grande, tem dois quartos sem uso, o lugar é tranquilo, não tem barulho, é seguro, sei lá.
- É uma boa ideia e eu ate já tinha pensado nisso, só não falei nada, pois achei que você fosse querer morar numa casa.
- Não, eu gosto daqui.
- Por mim tudo bem.
- Certo. - sorri. - Agora posso voltar a ver o quarto da nossa filha.
- Claro, mas qual será?
- Acho melhor ser o perto do nosso quarto, fica mais facil e o outro eu posso deixar pra quando meus pais vier me visitar.
- Okey. Vou falar com um amigo meu que é arquiteto e decorador, tudo bem?
- Ele é bom?
- Muito bom.
- Pode ser, eu estava mesmo procurando um.
- Certo, vou falar com ele.
- Eu já fui ver algumas coisas com a Elena, mas eu quero que façamos isso juntos.
- Eu tambem quero.
- E quando você vai se mudar pra cá?
- Acho melhor esperarmos mais um pouco.
- Rebecah continua no seu pé?
- Sim.
Nessas duas semanas Rebecah procurou por Damon varias vezes, chorou, implorou para ele voltar com ela e tambem tinha as ligações, e-mais e mensagens. Eu já estava quase enloquecendo com isso e sempre que pegava o celular dele e via as mensagens, ficava nervosa e tinha que me lembrar que podia ser perigoso. Eu já não sabia mais o que fazer, pensei em falar com a policia, mas não ia diantar em nada, então o caso era manter nosso relacionamento escondido ate a nossa filha nascer.

(...)


Mais uma semana passou e eu completei seis meses de gestação, mas eu continuava em repouso. Essa semana Damon voltou pra casa dele e eu voltei a dormir sozinha, pois era fim de mês e a revista era uma loucura. Ele entrava cedo e saia tarde.
Com aquele mês entrando, a neve caia todo dia o que me alegrava, mas isso fazia eu ficar em casa sem nada pra fazer. Era uma quarta-feira e o dia tinha amanhecido com sol fraco e sem neve, aproveitei isso e decidi ir ate a casa dos Salvatore, passar a tarde com Serena. Já que Elena, Damon e Stefan estava ocupados. E assim ela poderia me ajudar a ver algumas coisas do quarto da minha filha e sem falar no nome que eu poderia dar. No dia seguinte ao telefonema da minha mãe, chegou em casa uma caixa com o simbolo da Inglaterra e logo eu fui abrir e acabei me emocionando. Minha mãe tinha me enviado um kit para berço todo em lilas, era lençol, fronha, coberta, manta, mosqueteito, tudo muito lindo.
Depois de me trocar, peguei a minha bolsa e fui ate o meu carro, entrando e partindo para a casa dos Salvatore. Ao passar pelo o portão, parei o meu carro em frente a casa e fui entrando, mas diminui meus passos ao ouvir a voz de Elena e Damon:
- Você tem que fazer algo. - Elena falou. - Mais um encontro com a Rebecah e ela pode perder o bebê.
- Eu sei, Lena e já ate pensei em algo.
- E o que?
- Minhas ferias vai ser semana que vem, vou aproveitar a licença dela e nós dois vamos viajar. Vamos pra longe por um tempo.
- É uma boa ideia e tenho certeza que ela vai gostar.
Sorri com isso e percebi tambem que estava chorando, era tão emocionamnte ver meu namorado e amiga preocupados comigo. Limpei o meu rosto e resolvi entrar.
- ? - Elena sorriu
- O que faz aqui? - Damon perguntou me beijando
- Eu que pergunto, não era pra vocês estarem trabalhando?
- Começo de mês, . As coisas são tranquilas e Marisa nos liberou mais cedo, claro que só quem não tinha nada pra fazer. - Elena ia dizendo e dando de ombros.
- Ah é. - sorri e me sentei
- E você, amor?
- Decidi sair de casa um pouco e vim visitar Serena.
- Minha mãe saiu.
- Okey. Cadê o Stefan?
- Ainda não chegou.
- Pensei que ele saisse da faculdade na hora do almoço.
- Ele sai, mas hoje ele foi atras do estagio.
- Verdade, logo ele termina a faculdade.
- Sim.
- Daqui a pouco temos uma formatura pra ir. Já sabe quando vai ser?
- Daqui quatro meses.
- Nossa filha já vai ter nascido. - Damon falou e eu sorri
Ficamos conversando na sala, esperando Stefan chegar e em nenhum momento eles falaram sobre a viagem e nem eu falei que tinha escutado, esperei Damon tomar a iniciativa. Stefan chegou junto de sua mãe e Serena veio correndo me abraçar e bajular.
- Você ta cada dia mais linda.
- Eu acho que estou cada dia mais gorda, isso sim. - sorri
- Nada a ver, amor. - Damon disse ao meu lado e sua mãe arregalou os olhos.
- Amor? - ela perguntou nos encarando e Elena e Stefan colocaram a mão na boca
- Er... Como? - Damon se fez de desentendido
Tinha saindo tão naturalmente a palavra amor que nem eu tinha reparado, eu já estava tão acostumada, mas sabia que uma hora isso ia acontecer, já estava ate demorando.
- Você chamou a de amor, você nunca a chamou assim. Esta acontecendo algo entre vocês? - Serena estava seria, mas parecia feliz.
- Acontecendo nada, mãe. Continuamos amigos. - Damon deu de ombros e Serena me encarou.
- .
- Oi Serena.
- Você e meu filho estão namorando?!
- Claro que não, Serena, ele acabou de sair de um relacionamento.
- O que isso tem haver?
- Mãe, esquece isso, okey? Se eu chamei ela de amor, saiu sem querer.
- Eu não vou esquecer isso e vou descobrir o que esta rolando. Só não entendo por que vocês não estão me contando.
- Mãe. - Stefan chamou. - Vamos esquecer isso, é o melhor para todos.
Eu, Damon e Elena assentimos e Serena deu de ombros, indo pro seu quarto e voltando com uma sacola.
- Presente. - ela sorriu. - Eu decidi comprar já e escrever o nome depois.
Ela tirou da sacola um enfeite de porta lindo, em lilas. Tinha uma menininha e varias outras coisas, e tinha um lugar pra escrever o nome da criança. Sorri pegando o enfeite e mostrei pro Damon, toda emocionada.
- Lindo, Serena.
- Eu sei que não sou nada do bebê, mas me sinto como uma avó.
- Que isso, claro que você é algo do bebê. Você é vó dela. - eu sorri me sentindo estranha por esconder isso dela.
- Fico feliz por me deixar ser avó dela, já que os meus filhos não me dão netos. - ela disse encarando Stefan e Damon.
- Muito lindo mesmo, mãe. - Damon disse pegando o enfeite. - Agora só falta escolher o nome.
- Verdade, estou esperando isso. Você não tem nenhum nome em mente?
- Eu tenho. Beatriz. Mas não sei se é esse ainda.
- A tem mais um tempinho pra pensar. - Lena disse pegando o enfeite
- Combina com o conjunto de berço.
- Que conjunto de berço?
- Cristina mandou um conjunto de berço lilas para a . - Damon respondeu
Entramos numa conversa sobre o quarto do bebê, agora tomando mais cuidado no que falavamos, para que Serena não desconfiasse mais. Nem vimos a hora passar, só quando Guilherme chegou em casa é que percebemnos que passamos a tarde toda conversando sobre a minha gravidez e tudo mais.

(...)


Quinta e sexta passou e nada do Damon tocar no assunto sobre a viagem, fiquei sabendo que Rebecah não foi procurar por ele nesses dois dias e eu esperava que ela ficasse assim. Sabado de manha e eu ainda estava deitada na minha cama, hoje eu tinha acordado com preguiça e com enjoo, por isso decidi ficar na cama. Perto das onze horas, escutei a porta se abrindo e passos vindo ate o quarto, fechei os olhos e esperei Damon entrar no quarto e caminhar ate a cama, ele passou a mão pelo o meu rosto sussurrando o meu nome, esperei mais um pouco e abri, encarando seus olhos azuis.
- Bom dia. - sussurrei
- Esta sentindo alguma coisa?
- Preguiça e enjoo.
- Quer alguma coisa?
- Só você . - sorri e ele me acompanhou.
- Okey. - ele deitou ao meu lado. - Tenho algo pra você.
- Pra mim? - ele assentiu. - O que é?
- Isso. - ele tirou um papel do bolso, peguei e vi que não era um e sim dois e era duas passagens.
- Viagem? - perguntei sorrindo
- Mas não é qualquer viagem, duas viagem para o Caribe.
- Caribe?
- Sim. Sol, calor e muita agua. - sorri e lhe beijei
- Obrigada, estava precisando.
- Duas semanas lá, partiremos quarta-feira.
- Mas é o decorador? Ele vem na quinta.
- Já falei com a Elena e meu irmão, eles vão organizar tudo. Depois você fala com ela tudo o que quer e pronto.
- Okey. - dei de ombros e ficamos namorando um pouco.
Os quatro dias que antecederam a viagem foram bem corridas, conversei com a Elena e disse tudo o que queria no quarto, tambem conversei com o decorador e expliquei algumas coisas, fui fazer algumas compras e fui conversar com Marisa, já que Damon disse que não queria saber de trabalho nessas duas semanas. Serena ficou mais desconfiada ainda dessa viagem e eu tomei a decisão de contar tudo pra ela na volta. Tambem liguei para Meredith cancelando a consulta desse mês e marcando a outra pra primeira semana do mês que vem. Quarta-feira ao meio dia, Stefan e Elena nos levaram ao aeroporto e de lá pegamos um avião, que nos levaria direto ao Caribe.

Capitulo 23 - Caribe


Foi uma viagem rapida, pelo menos pra mim, que fui dormindo. Assim que chegamos no aeroporto, pegamos um taxi e fomos pro hotel, lá os carregadores levaram nossas malas, enquanto conversavamos com a recpcionista. Instalados em nossos quartos, deitei na cama e sorri:
- Feliz?
- Muito.
- É nossa lua de mel adiantada.
- Está me pedido em casamento Sr. Salvatore?
- Ainda não. - ele sorriu e se jogou ao meu lado. - O que quer fazer agora?
- Agora? - me virei pra ele. - Eu gostaria muito de um banho de banheira com você.
- Okey, seu pedido é uma ordem. - ele levantou da cama
Eu ia me levantar, mas Damon me pegou no colo e me levou pro banheiro. Começou a tirar lentamente a minha roupa, enquanto eu ria e acabei ficando apenas de lingerie. Ele foi enxer a banheira, enquanto eu colocava os sais e terminava de me despir. Entrei na banheira e esperei Damon entrar tambem, depois foi duas horas de banho e namoro, eu fazia de tudo para provoca-lo e sairmos do zero a zero, mas ele dificultava as coisas.
- Damon. - choraminguei
- Para de me provocar. - ele disse serio.
- Mas nós podemos fazer.
- , é perigoso.
- Não é, a Maredith já conversou com você sobre isso.
- Mas e se...
- E se nada. Vamos tentar, ir devagar.
- . - ele bufou e jogou a cabeça pra trás - Se você sentir algo me fale, okey? Qualquer coisa.
- Okey. - sorri pra ele e me virei lhe beijando
Como estava sentada no meio de suas pernas foi facil fazer ele ficar excitado e logo passamos da banheira pra cama, parando um pouca pra descansar e voltando logo em seguida a nos amar, queriamos recuperrar o tempo perdido.
- Cansada? - ele perguntou depois de nos amarmos mais uma vez
- Não. - sorri e ele enrugou a testa
- Serio? - Não estou. - e eu não estava mesmo. - Eu estou com fome, isso sim.
- Okey. Vou pedir algo pra comermos.
- Podiamos... - olhei pro relogio. - Podiamos ficar por aqui. - disse depois de ver que já era meia noite.
- O tempo passou rapido, ne?
- Muito.
Damon pegou o telefone e chamou o serviço de quarto, em quinze minutos bateram na porta. Damon colocou uma bermuda e eu me enrolei no lençol, esperando a comida chegar. Depois de jantar, ficamos assistindo filme, ate pergamos no sono.

(...)


Quando senti uma claridade no meu rosto, abri os olhos lentamente e olhi pro lado, onde Damon devia estar dormindo, mas não estava. Levantei a cabeça pra olhar pelo o quarto, mas não o encontei.
- Damon.
- Oi. - ele entrou no quarto com uma bandeja. - Bom dia, meu amor.
- Bom dia. - sorri e me sentei
- Quer café da manha?
- Quero sim, mas antes vou escovar os dentes.
Pulei da cama e fui ate o banheiro, fazendo minha higiene e voltando pra cama.
- Acordou muito cedo? - perguntei me sentando nas suas pernas
- Não muito. - ele respondeu comendo uma uva
Tomamos o café e deitamos na cama, assistindo um pouco de TV.
- Vamos fazer o que? O sol esta lindo lá fora.
- Podiamos dar uma volta, conhecer algumas praias.
- Eu topo. - Damon pulou da cama e eu fui junto.
Nos trocamos, arrumei minha bolsa e saimos do quarto, assim que chegamos no hall a recepcionista nos deu um guia e saimos, indo alugar um bugue. Chegamos na primeira praia era nove horas, ficamos um pouco lá, andamos, conhecemos o lugar e fomos embora, a praia estava muito cheia e não era tão bonita. Fomos para a segunda praia e fizemos a mesma coisa, ate que encontramos uma praia deserta, a mais linda ate agora e já era uma hora da tarde, resolvemos que iriamos comer em algum restaurante e depois voltar para aquela praia, voltamos pro bugue e seguimos para o centro da cidade.
- Que tipo de restaurante?
- De comida simples. - dei de ombros
- Okey.
Peguei o guia e fui vendo os restaurantes que tinham por ali e indiquei um. Almoçamos e voltamos pro hotel, eu precisava tomar um banho e descansar um pouco. Quatro horas da tarde saimos do hotel e voltamos para aquela praia deserta, ficamos lá o resto da tarde, namorando e curtindo o lugar. Quando entrei na agua, que estava um pouco gelada, minha filha se mexeu toda e eu acabei rindo.
Voltamos pro hotel e eu estava acabada, nem conseguia mais me aguentar em pé, tudo o que eu queria era um banho e cama, dormir ate amanha de tarde. Deixei o Damon tomar banho primeiro e deitei no sofá, com a TV ligada, e só sei que apaguei.
- ! - escutei uma voz fraca no fundo. - . - a voz ficou mais forte.
- Oi. - abri um olho. - Damon.
- Você dormiu no sofá.
- Estou cansada. - sussurrei
- Toma um banho e vá dormir na cama.
- Okey. - ele me ajudou a levantar e eu fui pro banho
- Quer comer algo? - parei no meio do corredor
- Quero. Um açai.
- Açai? Você acha que tem isso aqui?
- Não sei, mas estou com vontade.
- Você podia ficar com vontade de outra coisa.
- Damon. - choraminguei
- Okey, vá tomar banho, que eu vou ver se encontro o açai.
Sorri e entrei no banho, assim que senti a agua gelada cair no meu corpo, relaxei tudo e ate senti a minha filha mexer, como se tivesse relaxando tambem. Escutei o meu celular tocar no quarto, então deliguei o chuveiro, peguei a toalha e fui atender.
- Oi Elena.
- Nem pra ligar, em. - ela reclamou sorrindo
- Tava aproveitando o dia.
- Sei. - ela riu. - Como foi o primeiro dia?
- Maravilhoso. Conheci varias praias, uma mais linda que a outra.
- Que bom. E o Damon?
- Esta pedido algo pra comermos. Como esta as coisas ai?
- Tudo bem.
Conversamos um pouco e depois eu desliguei, indo pra sala e vendo Damon assistindo TV.
- Encontrou o açai?
- Eu liguei no serviço de quarto e ninguem nunca ouviu falar nessa coisa ai.
- É uma fruta.
- Brasileira. Como você acha que eles vão conhecer?
- Lá em Nova York eu encontrei.
- Por que você foi numa lanchonete brasileira.
- Não encontrou nada? - fiz biquinho
- Não. - ele sorriu e veio me beijar
- Okey, perdi a vontade.
- Tão rapido?
- Sim.
- Gravidas. - ele balançou a cabeça e sorriu - Ainda quer comer?
- Não, perdi a fome. Eu quero é dormir abraçada com você.
- Seu pedido é uma ordem. - ele me pegou no colo e me levou pro quarto.
Deitamos na cama e logo dormimos, sem nos preocupar com o tempo. Comecei a sentir um incomodo na minha barriga, tentei me mexer mais não consegui, abri um olho pra ver o que estava acontecendo e vi que Damon estava quase em cima de mim e um dos seus braços estava em minha barriga, o que ocasionava o incomodo, tentei me mexer e sair de baixo dele, mas não consegui, Damon era muito pesado.
- Damon. - comecei a chama-lo. - Damon, acorda.
- Hum? - ele resmungou
- Você esta me machucando. - reclamei
- Ham?
- Você esta quase em cima de mim, esta me machucando e a nossa filha tambem. - Damon deu um pulo, quase caindo da cama e eu acabei rindo
- Desculpe. - ele começou a se desculpar
- Tudo bem. Não machucou, mas estava incomodando.
- Desculpe mesmo. Quer que eu durma no chão ou no sofá?
- Por que? - perguntei lhe encarando
- Pra não te machucar de novo.
- Nem pensar, você vai dormir aqui comigo. - agarrei ele e não soltei
- ? - ele tentava se afastar um pouco
- O que?
- Agora você que esta me machucando.
- Desculpe. - sorri soltando um pouco ele
- Está com fome? - ele perguntou olhando pro relogio, que marcava duas horas da manha
- Não, apenas com sono.
- Então vamos voltar a dormir.
E não demorou muito e estavamos dormindo novamente.

(...)


Quando amanheceu senti que Damon não estava ao meu lado, mas nem me preocupei, pois escutei barulhos vindo da sala, me virei na cama tentando achar uma posição confortavel e tentei voltar a dormir, mas acabou que eu não consegui e fui pro banheiro, tomar um banho e fazer a minha higiene matinal. Ao sair do banheiro dei de cara com Damon.
- Bom dia, amor. - disse lhe beijando
- Bom dia. Dormiu bem?
- Sim. - disse indo me sentar na cama - E você?
- Tambem. - ele se sentou ao meu lado. - Esta com fome?
- Varada. - sorri e ele me puxou, seguimos para a sala, onde uma mesa estava posta com o café da manha.
Tomamos o café entre varias conversas banais e quando acabamos, o serviço de quarto veio recolher as coisas, enquanto isso eu fui me trocar. Ao colocar uma roupa percebi que já passava das dez e meia da manha e quando Damon entrou no quarto falei:
- Por que não me acordou mais cedo? Perdemos metada da nossa manha.
- Por que hoje nosso dia irá começar depois do almoço.
- E por que, posso saber?
- Claro. - ele sorriu parando em minha frente. - Porque hoje você vai conhecer o Caribe noturno e para isso você tem que estar descansada.
Dei de ombros sorrindo, lhe beijei e fomos pra sala. Ficamos o resto daquela manha assistindo um filme e na hora do almoço fui me trocar, para irmos almoçar no restaurante do hotel e assim que terminamos, fomos dar uma volta pelo o centro, comprar algumas coisas e conhecer o lugar de dia. Por volta das três e meia voltamos pro hotel para descansar, resolvi aproveitar esse momento e tomar um banho de banheira, mas eu queria muito mais que isso, eu queria fazer amor com Damon, então resolvi provoca-lo.
Ele estava deitado na cama assistindo um seriado e eu de pé na varanda, entrei sorrindo e parei em sua frente, ele me olhou se entender nada e eu falei:
- Quero tomar um banho de banheira.
- Quer que eu preparei ela pra você? - ele perguntou
- Não. - disse fazendo sinal com o dedo - Eu quero que você tome esse banho comigo.
- , eu sei onde esse banho vai terminar e você não pode se esforçar.
- Damon, para de ser chato.
- Eu não estou sendo chato, só estou pensando em nossa filha.
- Você sabe que isso não vai afetar em nada.
- Mas...
- Você só esta arrumando uma desculpa. Eu sei que o meu corpo mudou, que eu não estou mais bonita...
- Não. - ele se levantou, se sentando na cama. - Nada disso, . Você continua a mulher mais linda desse mundo.
- Okey. - disse brava. - Não quer tomar banho comigo, tudo bem. - dei de ombros
Sai da sua frente e ele voltou a deitar, bufando. Comecei a tirar a minha roupa lentamente ate ficar apenas de lingerie, olhei pra trás e Damon me encarava, quase me comendo com os olhos. Me virei de frente e coloquei as mãos pra trás, abrindo o feicho do meu sutian, que caiu aos meus pés, por causa da gravidez, eles estavam maiores e percebi que Damon salivava por eles, tanto que quase babou, sorri internamente com isso e coloquei minhas mãos na lateral do meu corpo, tirando a minha ultima peça, fui descendo ela lentamente e Damon não tirava seus olhos de mim, assim que me vi livre dela, me virei lentamente e comecei a andar pro banheiro, parando na porta e perguntando:
- Tem certeza que não quer vir? - fiz uma cara sexy e dei uma empinadinha na bunda
Percebi um volume no meio das penas de Damon e sorri mais ainda, ele estava sem reação só olhando pra mim, então decidi entrar no banheiro, eu sabia que ele não ia aguentar. Comecei a enxer a banheira e a colocar os sais de banho, estava bem distraida e por isso mesmo não percebi que ele se aproximava, só fui perceber quando senti seu corpo colar ao meu e seu membro ficar no meio das minhas pernas, me fazendo gemer baixo.
- Você me deixa louco. - ele sussurrou em meu ouvido, pousando a mão em minha barriga
- Só assim pra você vir tomar banho comigo. - sorri e sussurrei
Damon me pegou no colo e entrou comigo na banheira, se sentando e me sentando no meio de suas pernas. A agua estava uma delicia e Damon passava a mão por minhas costas, o que me deixava mais relaxada ainda, eu fui subindo as minhas mãos por sua perna e ele foi descendo suas mãos por minhas costas e ao chegar na parte de baixo, passou elas pra frente e continuou a descer, chegando em minha intimidade, me fazendo gemer ao sentir seu dedo precionar meu clitores e depois a fazer movimentos circulares no mesmo. Passei as minhas mãos pra minhas costas, procurando seu membro e ao encontra-lo, segurei com força e comecei a fazer movimentos de vai e vem, escutando seus gemidos em meu ouvido. Damon parou de fazer os movimentos circulres e penetrou um dedo em mim, me fazendo gemer mais alto e aperta seu membro, fazendo o gemer mais alto tambem. Quando eu estava chegando ao meu primeiro orgasmo, Damon tirou o dedo de dentro de mim e afastou a sua mão de minha intimidade, me fazendo protestar e ele tambem afastou a minha mão de seu membro, mas antes que eu pudesse reclamar, ele me virou e começou a me beijar e foi subindo suas mãos ate chegar aos meus seios, eu já estava ficando louca e sem paciencia, e percebi que Damon tambem, então comecei a provocar mais, ate que ele não aguentou e me colocou sentada em seu membro, deslizando-o pra dentro de mim, ao senti-lo todo dentro, soltei um gemido alto e comecei a subir e a descer, levando nos dois a loucura, quando estavamos chegando ao climax, Damon apertou forte minha cintura me ajudando a ir mais rapido e em mais algumas estocadas, chegamos juntos ao orgasmo.
Encostei minha cabeça em seu peito e senti-o descansar sua cabeça na minha, nossa respiração estava alto e frenetica e aos poucos ela ia se acalmando, quando senti o meu coração mais calmo, Damon me ajudou a sair de seu colo, seu membro deslizou pra fora da minha intimidade e eu acabei gemendo, sentei no meio de suas pernas e voltei a repousar a minha cabeça em seu peito.
- Te machuquei? Esta sentindo algo? - ele perguntou preocupado
- Estou bem. - sorri. - Muito bem. - ele sorriu comigo e voltamos a ficar em silencio, nos acariciando
- Te Amo, Damon. - disse me afastando do seu peito
- Tambem te amo, . - ele me beijou.
Ficamos mais um tempo ali na banheira, mas a agua começou a ficar fria e resolvemos sair, tomei uma chuveirada para tirar a espuma e fui pro quarto, colocando um roupão, Damon apareceu ali logo em seguida tambem de roupão. Olhei pro relogio e vi que já era quinze para seis, então fui pedir um serviço de quarto e separar uma roupa para uma noite no Caribe.
A noite foi incrivel, Caribe era linda a noite. Fomos a varios lugares, conhecemos um lugar mais lindo que o outro e por fim fomos a uma praia, resolvemos passar a noite lá e ver o dia amanhecendo. Voltamos pro hotel era sete horas da manha, trocamos de roupa e saimos, voltando a curtir o Caribe.

(...)


Já era a ultima semana da nossas ferias, para ser mais exata, era a nossa ultima noite lá e resolvemos fechar com chave de ouro, Damon alugou um iate e fomos ate uma ilha conhecido por ali, iriamos passar a noite nesse iate, jantariamos e desfrutariamos de uma noite perfeita ali e enquanto jantavamos a luzes de vela e ao som de uma melodia calma, falei:
- Eu pensei num nome hoje e gostaria de saber se gosta.
- E que nome seria? - ele perguntou curioso e sorrindo
- Katherine. - falei meio receosa com a sua resposta
- Katherine - ele falou o nome pensativo, serio e eu assenti sorrindo nervosa - Um nome muito bonito. - ele sorriu por fim e eu respirei aliviada
- Serio? - Muito, adorei esse nome. - ele colocou sua mão em cima da minha e acariciou.
- Então será Katherine. - falei sorrindo e acariciando a minha barriga, senti nossa filha mexer e sorri mais ainda. - Acho que ela gostou.
Damon levantou e veio acaricia a minha barriga e ficamos assim, brincando e sorrindo como bobos, depois Damon me tirou pra dançar e a noite foi ficando perfeita a cada minuto.

(...)


Senti o sol incomodar meu rosto, puxei o lençol mais pra cima, mas ele não se moveu, abri um olho e percebi que Damon estava segurando ele enquanto dormia, tentei puxar mais forte, só que de nada adiantou. Então resolvi levantar, peguei minha camisola que estava jogada no chão, já que essa noite eu dormi sem ela, e fui pro banheiro. O iate estava mexendo muito aquela manha e isso estava comecando a me deixar enjoada, assim que sai do banheiro resolvi acordar Damon para voltarmos e assim irmos embora.
Uma hora depois do almoço, estavamos no aeroporto esperando o voo que nos levaria de volta pra Nova York e depois de uma viagem cansativa, chegavamos ao meu apartamento, chegavamos ao mundo real.

Capitulo 24 - Enfrentando Rebecah


Damon dormiu em meu apartamento mesmo, a viagem tinha nos deixado muito cansado e quando amanheceu, ele levantou cedo, se trocou e foi trabalhar, eu levantei com ele e fiz o café da manha.
- Sabe que não precisava, certo? - já era a decima vez que ele dizia isso
- Estou treinando pra quando você vir morar comigo. - sorri
- E quem disse que você precisa treinar alguma coisa? - ele disse sorrindo tambem
- Diga pra Marisa que hoje depois do almoço eu vou passar lá.
- Tem certeza?
- Claro.
- Okey.
Tomamos o café juntos e logo ele saiu, eu voltei pro meu quarto, tirei a camisola e coloquei outra roupa, abri toda a casa e comecei a fazer faxina, desfi minhas malas e a do Damon, coloquei algumas roupas pra lavar e as outras eu guardei, ate a dele eu guardei no guarda-roupa. Eu terminei de fazer faxina era dez pro meio dia, estava bem cansada já, então tomei um banho e pedi uma comida num restaurante aqui perto, almocei assistando TV e depois eu fui me trocar, pra ir ate a revista. Eu estava muito ansiosa para ver o quarto da Katherine, pois eu tentei abrir a porta, mas descobri que estava fechada, com certeza era obra da Elena e eu ia aproveitar a minha ida ate a revista para pegar a chave com a minha amiga.
Fiz o caminho que tanto me fazia falta, cheguei na revista em vinte minutos, coloquei o carro na garagem e subi o elevador, quando cheguei no meu andar, alguma meninas vieram me recepcionar, todas falando em como eu fazia falta e eu como estava bonita gravida, e mais um monte de coisas. Antes de ir pra sala da minha chefe, passei na sala da Elena, eu estava sentido muita falta da minha amiga, bati três vezes e sua voz soou lá de dentro, pedindo que eu entrasse, abri a porta sorrindo e ela pulou, vindo corrrendo me abraçar.
- . - ela me abraçou apertado
- Oi Lena.
- Que saudades. - ela se afastou
- Tambem estava - fechei a porta e sentamos no sofá
- Me conta tudo. Quero saber como foi a lua de mel antecipada.
- Foi maravilhosa. O Caribe é lindo, mas depois eu conto com mais detalhes.
- Okey. E minha sobrinha como está?
- Está otima, mexendo sem parar, nem deixando a mamãe dormir. - brinquei passando a mão na minha barriga
- E o Damon?
- Ele está bem. Não o viu aqui na revista?
- Não parei um segundo se quer desde semana passada. Está uma correria só. Sabe, a minha companheira de trabalho está de licença. - brincou rindo
- Desculpa Lena, mas eu vim aqui pra isso mesmo.
- O que? Vai voltar a trabalhar?
- Não, calma ai. - sorri com o nervossismo dela - Só vim conversar com a Marisa e levar algumas coisas pra casa.
- Ah ta. - ela sorriu mais calma
- Eu tenho uma novidade. - disse mais empolgada
- O que? - Elena tambem se empolgou
- Sua sobrinha já tem nome.
- Serio? Não acredito. Como é?
- Não sei se merece saber. - disse seria e ela fechou a cara
- Nem vem, pode me falar.
- Okey, vou falar. - ri com a cara de brava dela - Ela vai se chamar... - fiz suspense
- Fala logo.
- Paciencia é bom e todos gostam, Lena. - brinquei e ela ficou mais brava ainda - Ta bom, ela vai se chamar Katherine.
- Katherine? - assenti - Ahhhh, que nome lindo. - Elena gritou e levantou, fazendo uma dança muito estranha.
- Que isso, menina?!
- Minha sobrinha vai ter nome de princesa, Katherine. A pequena Kath. - Elena dizia quase gritando
- Okey, okey. Chega ne?! - me levantei e parei na frente dela
- Okey. - ela disse suspirando - O Stefan já sabe?
- Acho que não, não sei se o Damon contou.
- Okey, vamos combinar assim hoje a noite vamos todos jantar lá na minha casa, vou ligar pra Serena e pro Guilherme.
- Só se o Stefan for cozinhar? - brinquei, mas eu estava morrendo de vontade de comer a comida do meu cunhado.
- Pode deixar, tenho certeza se eu disser que foi você quem pediu, ele não vai pensar duas vezes.
- Então está combinado. Mas agora eu tenho que falar com a Marisa.
- Certo, então ate a noite. - fui saindo de sua sala, mas lembrei de algo e voltei.
- Ah Lena.
- O que?
- Quero a chave do quarto da Katherine.
- Nossa é verdade. - ela disse com um sorriso suspeito
- Que sorriso é esse?
- Você precisa ver como ficou. Maravilhoso.
- Antes de ir embora, eu passo aqui e pego a chave.
- Quem disse que você vai ver?!
- Saiba que não se pode deixar uma gravida ansiosa.
- Okey, você venceu. - ela disse triste - Mas é só por causa da Kath.
- Agora ta assim, é?!
- Claro.
Sai de sua sala rindo e fui pra sala de Marisa, passei por mais algumas meninas que me deram oi e vieram falar comigo, outras garotas que não gostavam de mim, apenas viraram a cara e ficaram queitas, mas antes de entrar na sala da Marisa, vi algumas cochicarem entre si. Bati na porta de Marisa, que veio atender a porta pessoalmente, me abraçando assim que me viu.
- , que saudades.
- Tambem estava morrendo de saudades de você. - estavamos dentro da sua salá já
- Como foi a viagem?
- Foi maravilhosa, consegui descansar bem.
- E o bebê?
- Está bem tambem e já tem ate nome.
- Ah é? Qual vai ser?
- Katherine.
- Que nome lindo, você que escolheu?
- Sim. - assenti
- Damon disse que você viria falar comigo.
- É sobre o trabalho.
Começamos a falar de trabalho, sobre alguns editorial, entrevistas e desfiles. Depois de tudo acertado, sai de sua sala e voltei pra da Elena, peguei a chave do quarto e fui pro elevador, parei no andar do Damon e fui andando ate a sua sala, antes de chegar Sheron, colega de trabalho dele, me parou sorrindo falso.
- , tudo bem? - disse com a voz fina e irritante
- Olá Sheron. - nem respondi sua pergunta, eu não era falsa a esse ponto
- Veio falar com o Damon?
- Sim, o que mais eu estaria fazendo aqui?
- Ele não está no momento. - ela disse sorrindo mais ainda
- Ah é? E onde ele foi? - perguntei, mesmo sabendo que Damon estava sim em sua sala
- Ele recebeu a ligação da namorada dele e foi ate ela. - ela não podia ter dito uma mentira pior
- Namorada, tem certeza?
- Claro, a Rebecah.
- Não sei se você sabe, mas eles terminaram. - ela fez cara de surpresa, mas não se abalou
- É, mas ela ligou e ele saiu pra falar com ela.
- Sheron, posso saber o que você ganha inventando essas mentiras? - eu já estava perdendo a paciencia
- Não é mentira.
- Okey. - peguei o meu celular e fui ate o numero do Damon - Então eu posso ligar pra ele, certo? - mostrei o visor do celular com o numero dele - Ele vai confirmar o que você disse? - ela vacilou e se manteve quieta - Eu vou fazer isso e se você estiver mentindo, as coisas vão ficar ruim pro seu lado.
Sheron estava nervosa, eu podia ver o arrependimento em seus olhos, mas tambem podia ver furia e isso ate que estava me divertindo, mas resolvi deixar pra lá e ir logo falar com o Damon.
- Sai da minha frente. - disse seria e ela abaixou a cabeça e saiu andando
Cheguei na sala dele e nem bati, apenas entrei e sentei no sofá, eu já estava comecando a sentir o cansaço de tudo o que tinha feito hoje e essa conversa com Sheron apenas me desgastou mais. Ao me ver ali, Damon largou o que estava fazendo, fechou a porta e veio ate mim.
- Hei, está bem? - ele estava preocupado
- Estou sim, só essa barriga de sete meses que está me deixando cansada muito rapido. - eu não queria preocupa-lo
- Tem certeza? - mas ele era dificil de convencer
- Sim. - sorri e lhe dei um selinho
- Como foi com a Marisa?
- Normal, resolvi varias coisas e descobri que sem mim aqui, nada acontece.
- Minha mulher é tão importante. - ele brincou sorrindo
- E sou mesmo.
- Sei que é. - ele me deu um beijo na testa - Como está nossa filha hoje?
- Bem, chutou um pouco e mexeu, mas nada de ruim.
- Que bom. - ele acariciou minha barriga
- Teve noticias de Rebecah?
- Nada, ainda.
- Eu já estou esperando a proxima coisa que ela irá fazer.
- De mim ela não terá nada.
- Eu sei, mas ainda tenho medo pela a nossa filha.
- O que quer fazer?
- Realmente?
- Sim.
- Quero que você se mude lá pra casa hoje. - sorri fraco, mas era a verdade.
- Por mim eu já tinha me mudado há muito tempo.
- Eu sei e tem mais.
- O que?
- Quero contar pro seus pais. Eu já estou de sete meses, quase oito, eles merecem saber, como meus pais merecem saber.
- Tem certeza disso?
- Absoluta.
- Então iremos contar.
- Já tenho o lugar certo.
- Onde?
- Hoje, na casa da Elena. Ela nos convidou pra jantar lá.
- Okey. Assim que eu sair daqui, vou pra minha casa e pego todas as minhas roupas e levo pro seu apartamento, amanha e depois eu vou fazendo as mudanças.
- Okey. - assenti feliz e decidi ir embora, estava muito cansada.
Fui o caminho todo pensando no que ia acontecer hoje, no que eu ia contar e pensei nos meus pais e resolvi que precisava ligar pra eles, eu queria eles logo aqui, eu precisava deles. Assim que cheguei em casa, liguei pra eles.
- Mãe. - falei assim que escutei sua voz
- Oi filha, como foi o Caribe?
- Uma maravilha.
- Você não foi sozinha, não é?
- Mãe, eu falei pra você que o Damon foi comigo.
- Eu sei, mas as vezes eu acho que você disse isso apenas pra não me preocupar.
- Eu realmente fui com o Damon.
- Filha, você tem algo para nos dizer?
- Em certo modo tenho sim, mas não é algo que se diga por telefone.
- É algo grave?
- Não. - disse sorrindo - Onde vocês estão?
- Estamos no Brasil.
- Serio? - na mesma hora eu pensei no açai
- Sim, por que?
- Vocês poderiam me trazer algo? - Claro, mas isso quer dizer que você nos quer ai?
- É mãe. - choraminguei - Estou precisando de vocês. Desculpa estar sendo egoista em pedir isso, mas tem como vocês abandonarem a viagem e vir pra cá.
- Não é egoismo, filha. Você está passando por um momento delicado de sua vida, é normal querer os pais nessas horas.
- Mãe, sinto tanto a sua falta e a do papai tambem. - eu comecei a chorar e minha mãe chorou comigo.
- Oh filha. Nós vamos pra casa logo, viu. Seu pai só esta resolvendo algo por aqui, talvez leve uma semana ou duas, mas assim que tudo acabar pegaremos o primeiro voo e estaremos ai.
- Obrigada mãe. - agradeci limpando minhas lagrimas
Comecamos a falar de minha filha, acabei contando o nome que escolhi pra ela e por fim desliguei. Fui pro quarto e deitei na cama, eu precisava descansar e como eu já tinha separado uma parte do guarda-roupa pro Damon, não me preocupei com as roupas que ele ia trazer e dormi ate ele chegar.
Só acordei quando ouvi uma movimentação no meu quarto, tirei a coberta do rosto e abri um olho, vendo um homem alto mexendo no meu guarda-roupa, pela as costas eu já sabia quem era, sorri e me mexi, sentando-me na cama e observando Damon guardar suas roupas no armario. Cinco minutos depois, ele percebeu que eu já estava acoradada e o observava.
- Há quanto tempo está acordada? - ele perguntou vindo me beijar
- Faz cinco minutos. E você, chegou faz tempo?
- Vinte minutos. - ele voltou pro armario - Não quis te acordar. Parecia bem cansada.
- E estava mesmo. - concordei bocejando
- Percebi. Cheguei aqui em casa e estava tudo arrumado e limpo. - ele me advertia com os olhos
- Sabe que eu não gosto de ficar parada. Eu estou gravida e não doente.
- Mas é uma gravidez de risco.
- Não é uma gravidez de risco.
- Ainda, você quis dizer. - ele falava com a voz alterada
- Não quero brigar. - levantei e fui pro banheiro.
Me tranquei lá e liguei o chuveiro, nesse meu cochilo, acabei suando muito e estava precisando de um banho, sem falar que daqui a pouco iriamos sair. Enquanto tirava a roupa e entrava no box, fiquei pensando nessa conversa e na reação do Damon, e o pior de tudo era que ele estava certo, eu não podia ficar me esforçando e toda a culpa era minha, se algo acontecesse com a minha filha, nunca que me perdoaria. Depois de um tempo, sai do chuveiro, me sequei e me enrolei na toalha, sai do banheiro e fui ate o armario, Damon já tinha terminado de arrumar suas coisas no quarto e pelo o barulho que eu estava escutando, ele estava no outro banheiro tomando banho. Vesti uma lingerie e um vestido, calcei um sapatinho baixo e fui pentear meu cabelo. Enquanto fazia isso, Damon entrou no quarto com uma toalha em volta da cintura, em nenhum momento olhou pra mim, foi ate o armario tirou uma calça e blusa e se trocou, indo pendurar a toalha no banheiro.
Aquele silencio permaneceu por um tempo e começou a me irritar, ele mal olhava pro meu rosto e eu não estava gostando disso, era o primeiro dia morando juntos e já estavamos assim, eu não queria continuar assim e não queria que isso se repetisse, então engoli meu orgulho e me aproximei dele, que estava na varanda, abracei sua cintura e sussurrei:
- Me desculpe - senti sua mão fazer carinho no meu braço - Sei que não devia ter feito muito esforço, mas eu juro que descansei depois e não estou sentindo nada. Prometo não fazer mais isso, mas por favor, fala comigo. - eu estava quase chorando
- Não estou bravo com você. - ele disse se virando e me abraçando - É que eu tenho medo de perder você e nossa filha, se algo acontecer eu nunca que vou me perdoar. - ele me abraçou mais apertado
- Nada vai acontecer, eu vou me comportar.
Ficamos um tempo abraçados e depois nos afastamos um pouco, para ele poder me beijar. Não sei quanto tempo ficamos ali, só se que escutei o meu celular tocar e foi ai que lembrei do jantar.
- O jantar. - me afastei entrando
- Estava quase me esquecendo - ele entrou atras de mim
Peguei o meu celular e vi que tinha uma chamada não atendida da Elena, retornei a ligação e escutei um sermão de como estavamos atrasados, disse que já estavamos indo e desliguei. Mas ao passarmos pela a porta do quarto que seria da nossa filha, lembrei da chave em minha bolsa e tive vontade de ver como tinha ficado, mas eu sabia que se abrisse agora, não chegariamos tão cedo no jantar, então deixei pra lá e fomos pro jantar.
Damon foi dirigindo seu carro, enquanto conversavamos sobre coisas banais, chegamos na casa da Elena em vinte minutos, estacionamos o carro e seguimos pra porta, Damon tocou a campainha e eu senti minha mão suar e um frio na barriga, mas respirei fundo e Damon me deu um selinho, iamos entrar de mãos dadas, mas seus pais já deviam estar ai e eles ainda não sabiam do nosso namoro. Elena veio nos atender cinco minutos depois.
- Ate que enfim, pessoal. - ela sorriu me abraçando
- Desculpa, Lena - abracei-a de volta - Damon se mudou pro apatamento hoje - sussurrei em seu ouvido
- Desculpas aceitas - ela disse depois de afastarmos e sorrindo
- Ola gente - disse entrando na casa para Serena e Guilherme
- Oi . Mas como você está linda. - Serena se levantou e veio me abraçar.
- Obrigada.
- Linda mesmo - foi a vez do Guilherme me abraçar
Eles cumprimetaram o filho tambem, depois sentamos todos para conversar, Stefan estava na cozinha fazendo o jantar, Elena trouxe um copo de vinho para Damon e um de suco pra mim, depois sentou com a gente e eu resolvi contar como tinha sido o Caribe, sempre editando as partes minha e do Damon juntos. Depois de alguns minutos Stefan veio anunciar que o jantar estava pronto e foi no meio do jantar que eu resolvi começar a contar as coisas, primeiro eu ia começar com a mais simples, o nome da minha filha.
- Eu tomei uma decisão. - disse chamando a atenção de todos - Consegui decidir o nome da minha filha. - Elena sorriu
- E qual é? - Serena perguntou curiosa, Stefan e Guilherme tambem estavam
- Ela vai se chamar Katherine. - esperei a reação dos três e não demorou a vir.
- Que nome lindo. - Serena sorriu largo
- Perfeito. - Guilherme falou em seguida
- Vai combinar perfeitamente - Stefan sorriu e olhou de mim para Damon
Depois eu respirei fundo, tomei um gole do meu suco e dei uma olhada de canto pro Damon, que assentiu com a cabeça me encorajando, agora que seria a revelação mais dificil.
- Tem mais - todos voltaram a olhar pra mim, Damon abaixou o olhar e segurou a minha mão
- Mais? - Elena me encarou confusa
- Sim. - sorri nervosa - Algo que eu preciso contar a Serena e ao Guilherme.
- O que é, querida? - percebi Serena ficar nervosa e segurar na mão do marido
- Todos perguntam quem é o pai da minha filha, eu disse a todos que não sabia quem era... Mas eu menti. - Damon segurou mais forte a minha mão por baixo da mesa e Elena e Stefan me deram um olhar encorajador - Espero que vocês não me julguem por isso, se eu menti foi pra proteger a minha filha, a mim e ao pai.
- , pode falar, não iremos te julgar - Guilherme me encorajou e eu resolvi falar de uma vez
- O pai da Katherine é o Damon. - soltei de uma vez e esperei a reação.
Damon me encarou e sorriu, para depois encarar seus pais que estavam sem expressão, olhavam pro nada, com o olhar desfocados e isso estava me deixando nervosa.
- Não vão falar nada? - Damon perguntou - Pai? Mãe?
- Katherine é filha do Damon. - Guilherme repetiu como um robo
- Filha do nosso filho. - Serena disse e tambem parecia um robo - Minha neta. - esperava que ela fosse gritar e brigar, mas ao contrario, ela levantou e veio ate mim, achei que ela fosse me bater, mas não, apenas me ajudou a levantar e me abraçou - Eu vou ser avó. Vó de uma menina. Guilherme, você acredita nisso? - ela continuava a me abraçar enquanto gritava.
Guilherme tambem levantou sorrindo e veio me abraçar, depois de um tempo estavam todos me abraçando e falando varias coisas que eu não conseguia entender, quando todos se acalmaram, voltamos a sentar na mesa e a conversar sobre a noticia.
- Vocês não fazem ideia de como essa noticia me deixou - Serena dizia sorrindo - Eu já me sentia avó dela, agora sabendo que sou mesmo, estou nas nuvens.
- Só acho que vocês devia ter contado antes. - meu sogro disse serio
- Desculpe. Mas foi tão repentino e o Damon estava namorando ainda. Como eu disse, foi pra proteger nossa filha e eu não queria estragar o relacionamento dele com a Rebecah.
- É, mais agora eles não estão mais juntos. - Serena continuava a sorrir
- E tem isso tambem - foi a vez do Damon falar - Eu e a estamos namorando faz um tempinho e hoje eu me mudei pro apartamento dela.
- E estavam escondendo tudo isso da gente? - Serena esbravejou - Não confiam em nós?
- Confiamos sim, Serena - apressei em falar - É que envolve tantas coisas e nós estavamos com medo da reação de vocês, de todos e principalmente da Rebecah.
- Mas ninguem ia dizer nada - Guilherme falou.
- Não é bem assim não. - Stefan concertou
- Como? - Serena e Guilherme perguntaram sem entender
- Rebecah não aceitou o fim do nosso namoro, ela já ameaçou a uma vez e ameaçou nossa filha tambem, isso por que ela nem sabe que é minha filha.
- Mas vocês tem que fazer algo. Não pode viver escondidos pra sempre.
- E não vamos, Serena. Estamos apenas esperando a Kath nascer. Não quero que a Rebecah faça algo comigo que possa machucar minha filha.
- Pai e mãe, por favor, por enquanto vocês tem que mante em segredo.
- É mesmo, Serena e Guilherme, é muito importante isso.
- Pode deixar, de nós ninguem saberá. - Guilherme sorriu e Serena concordou
- E seus pais? - minha sogra perguntou
- Eles ainda não sabem, mas falei com eles hoje, daqui duas semans no maximo eles chegam e ai eu conto tudo.
Ela assentiu e comecamos a conversar sobre varias coisas, sobre como tudo aconteceu, em como isso estava na cara que um dia ia acontecer e mais um monte de coisas. Depois que o jantar acabou, Stefan trouxe a sobremesa e comemos, depois todos foram ajudar ele a arrumar as coisas.
- Estava tudo uma delicia, Stefan - disse enquanto ajudava-o a tirar as coisas da mesa
- Matou as saudades? - perguntou divertido
- Pergunta pra sua sobrinha - peguei a mão dele e coloquei em minha barriga, onde Katherine se mexia toda
- Nossa, do jeito que ela esta se mexendo, minha comida estava maravilhosa.
- Pode ter certeza disso. Seu restaurante vai fazer sucesso.
- Estou longe de conseguir ter um restaurante.
- Mas quando tiver, vai fazer muito sucesso.
- Espero. - ele sorriu e terminamos de tirar as coisas
Depois sentamos todos no sofá e continuamos a conversar, era assunto que não acabava mais, só que ficou tarde e fomos embora. Assim que chegamos em casa, fui direto pra porta do quarto de Katherine e esperei por Damon.
- O que está fazendo ai?
- Eu peguei a chave com a Elena hoje. - sorri mostrando a chave - Quer ver?
- Não precisa nem perguntar - ele sorriu e se juntou a mim
Coloquei a chave na fechadura e girei, peguei na maçaneta e abri, lentamente fui emburrando a porta, antes de entramos acendi a luz e ofeguei, coloquei a mão na boca sem conseguir acreditar no que estava vendo, o quarto estava perfeito, do jeito que eu imaginava. Olhei pra trás e a expressão do Damon era indecifravel, era uma mistura de felicidade, surpresa, contentamento, sei lá, só sei que estavamos sem palavras. Entramos no quarto, olhando cada canto. Tinha de tudo ali, o berço no meio do quarto, o trocador, a poltrona de amamentação, o guarda-roupa, sem falar nas paredes que estavam lindas, as cores escolhidas e o papel de parede combinavam direitinho, tinha ate um lustre perfeito.

(...)


Depois dessa noite, os dias passaram como dias normais. Em dois dias Damon fez sua mudança e nesses dois dias fizemos algumas mudanças no apartamento tambem, tudo para ficar mais aconchegado. Nesse semana Serena mandou gravar o nome da Katherine num enfeite de porta e ficou lindo, na segunda-feira seguinte eu tive uma consulta com a Meredith e o Damon foi comigo, fizemos os exames de rotina, estava tudo bem comigo e com a Katherine, mas eu ainda tinha que ficar em repouco e tomar cuidado, no exame de ultra-som conseguimos escutar de novo o coração acelerador dela e a doutora viu que ela já tinha se virado, comentei que teve uns dias que ela se mexeu demais e Meredith disse que podia ser ela se virando, agora só faltava ela se encaixar e esperar mais alguns dias para podermos ver o rostinho dela, eu tinha acabado de completar oite meses.
Estava fazendo duas semanas que Damon se mudou lá pro apartamento, era uma sexta-feira, meus pais iam chegar no sabado e eu já estava nervosa para a reação deles perante a nova noticia, que Damon era o pai da minha filha e meu namorado e juntando com o fim da gestação, só piorou. Eu estava em casa como fazia todos os dias, hoje eu nem tinha almoçado, estava sem fome e resolvi arrumar o quarto da Katherine, ela tinha ganhado roupas novas e eu precisava guardar. Eu passava a maior parte do tempo no quarto dela, arrumando e olhando tudo, era o meu lugar preferido na casa. Estava lá distraida, quando a campainha tocou, estranhei isso, pelo o fato de não estar esperando ninguem e pelo o porteiro não ter avisado, cheguei a conclusão que podia ser o Damon que esqueceu a chave, então fui ate a porta e abri, me arependendo no minuto seguinte, antes de conseguir fechar a porta, Rebecah seguro-a e entrou com tudo, fazedo com que eu fosse pra trás.
- O que esta fazendo aqui? - perguntei pasando o meus braços em volta da minha barriga
- Vim ter uma conversinha com você. - ela disse ironica
- Não tenho nada pra conversar - dei mais um passo pra trás
- Mas eu tenho. - ela avançou - Como vai a "coisinha"? - perguntou apontando pra minha barriga
- Não é da sua conta. - disse com a mandibula travada
- Okey, vamos direto ao assunto - ela sorriu - O que quer pra se afastar do Damon?
- É serio isso?! - sorri incredula - Quer me pagar pra me afastar dele?!
- É isso ou o bebê? Quer se afastar por bem ou por mal?
- Você nunca vai enconstar um dedo na minha filha. - olhava furiosa pra ela
- E quem vai impedir? Você? Ou o pai... - ela colocou a mão na boca e sorriu - Ops, sua filha não tem pai.
- Você não sabe o que está falando. Ninguem vai deixar você encostar na minha filha, principalmente eu.
- Mas você esta sozinha aqui e gorda, não consegue fazer nada contra mim.
- Você que pensa. Eu faço qualquer coisa para proteger a minha filha.
- Então vá embora e se afasta do Damon.
- Como se ele fosse aceitar isso.
- Nada prende ele a você. Logo ele esquece que você existiu e volta pra mim - sorriu triunfante
- A melhor coisa em ter você aqui na minha frente, é que eu posso ver essa sua cara de iludida. Tão boba, tão idota. Você acha mesmo que o Damon te ama? Acha que eu coloquei coisas na cabeça dele para terminar com você? - ri da cara que ela fez - Damon sabe de tudo o que você fez, sabe das traição, das mentiras.
- Não existe traição e nem mentiras.
- Serio? - sorri mais - E aquela vez que você disse que estava em Buzios, mas estava aqui? Eu te vi e ele sabe disso, eu contei pra ele. - disse baixinho provocando ela.
- Você estragou meu namoro - ela avançou mais, parando em minha frente
- Eu não estraguei nada, você estragou. - sustentei seu olhar
- Eu vou acabar com você e essa cria nojenta.
- Não fala assim da minha filha. - apontei um dedo em sua cara
- Vou fazer Damon te odiar. - me afastei um pouco dela
- Tenta. - desafiei, mas nessa hora eu senti uma pontada forte abaixo da barriga, mas não demonstrei.
- Você vai desejar nunca ter me conhecido.
- Rebecah, eu não tenho medo de você. Você apenas fala e nunca faz nada. É uma idiota, burra e vadia. Nunca vai encontrar alguem que acredite em você, nunca terá uma familia.
- Damon vai ser meu, pode apostar nisso.
- Não vou apostar nada. Ele nunca vai ser seu.
- E nem seu - ela gritou brava
- Ele já é meu, querida - sorri e senti o meu rosto arder, Rebecah tinha me batido.
- Vagabunda - voltei dois tapas na cara dela e quando ia dar o terceiro, senti uma nova pontada só que mais forte.
- Damon nunca será seu, você o tem apenas em sonho. - ela estava ainda mais furiosa
- E você ainda acredita em coelhos da pascoa. Damon.Já.É.Meu. - disse pausadamente - E se quer saber, minha filha tem pai sim e o nome dele é DAMON SALVATORE.
E tudo aconteceu rapido demais, numa hora eu estava parada em frente a Rebecah e na outra estava jogada na parede da sala caida no chão, com uma dor absurda na barriga e nas costas, encarei Rebecah que sorria e tentei levantar, mas uma pontada muito forte me impediu, fazendo com que eu gemesse, o sorriso de Rebecah morria aos poucos e ao encara seu rosto, pude ver que ela olhava um ponto fixo em baixo de mim e quando segui seu olhar, me vi no meio de uma enorme poça de sangue, comecei a entrar em desespero e a tentar me levantar, mas não conseguia, encarei Rebecah pedido sua ajuda com o olhar, mas ela apenas dava passos pra trás se afastando e antes de passar pela a porta, ela disse:
- Se eu não posso ter o Damon, você tambem não pode.
- Rebecah, me ajuda. Minha filha pode morrer.
- Não é meu problema.
- Se ama o Damon, me ajuda. Ela tambem é filha dele, ele ama essa filha. - pedia já chorando
- Se você e nem ela estiver aqui, ele será meu. - ela saiu do meu apartamento sorrindo e fechou a porta
Tentei chamar por ela ou por alguem, mas ninguem veio. Cada vez mais a poça de sangue aumentava e a dor tambem, eu já não sentia mais a minha perna de tanta dor, junto da poça de sangue pude ver que tinha agua, a bolsa tinha estourando, eu teria a minha filha agora e pelo o tanto de sangue não sabia se ela chegaria viva ou seu eu permaneceria viva por muito tempo. Me arrastando o quanto conseguia, fui ate a mesinha perto do sofá, consegui pegar o telefone e disquei para o primeiro numero que veio a minha mente.
- Damon... Me ajuda. - minha visão começou a escurecer
- ? ? - eu conseguia ouvir sua voz
- Me....Aju..Da.. - minha voz estava fraca e minha visão escureceu completamente.
Escutei ele gritar meu nome e depois tudo escuridão, não via e nem escutava nada, ate a dor passou e tudo o que eu pensava era na minha filha.

Capitulo 25 - Chegou a hora


Em alguns momentos eu percebi uma movimentação a minha volta, escutava vozes e ate sentia mãos em mim, mas eu continava no escuro. Eu tentava abrir os olhos, fazer algum movimento, eu tentava colocar a mão em minha barriga, pois precisava ver se minha filha estava bem, só que nada acontecia. Por um momento eu queria ter forças para gritar, perguntar como Katherine estava e me tirar dessa agonia, mas a minha voz não surgia e eu tinha que me contentar com a escuridão e rezar para tudo ficar bem.
Senti uma mudança de temperatura e percebi que já não estava mais em meu apartamento, eu devia estar na rua, entrando na ambulancia talvez, ate que escuto a voz dele e uma esperança domina o meu corpo, ele estava ali e nada ia acontecer, ele tinha prometido. Sua voz estava grave, urgente e ele gritava o meu nome, perguntava como eu estava.
- . Meu amor. O que aconteceu? Como ela está?
- Conseguimos estancar o sangramento, mas ela precisa ir urgente pro hospital.
- E minha filha?
- Só vamos saber lá.
- Então vamos.
Senti mais movimentação e uma porta ser fechada, eu queria chamar pelo o Damon, queria saber onde ele estava. Mas antes de entrar em desespero, sinto sua mão segurar a minha e ele falar comigo.
- Vai ficar tudo bem. Estou ao seu lado sempre.
Escutei uns barulhos de aparelhos, vozes e o barulho da ambulancia, só que isso não durou muito tempo, pois eu apaguei, a escuridão me levou pra longe, onde eu não podia escutar e nem sentir nada e quando tiver forças pra voltar um pouco, eu já estava no hospital, podia escutar a voz da minha medica, a doutora Meredith.
- O que houve, Damon?
- Não sei, ela me ligou desesperada e depois o telefone ficou mudo. Liguei para a ambulancia ir pra lá e quando cheguei ela já estava quase dentro da ambulancia.
- Okey. Vou conversar com o enfermeiro que atendeu.
A voz de Meredith foi ficando distante, mas eu ainda sentia a mão do Damon na minha. Sua mão suava e eu sabia que ele estava nervoso, eu queria acalma-lo, dizer que eu estava bem e nossa filha tambem, pois eu consegui senti-la, ela mexeu dentro de mim e com mais essa esperança, usei toda a minha força e consegui ir mais adiante, consegui vencer a escuridão e abri os olhos. No começo eu vi apenas o teto do hospital, ate que eu virei a cabeça pro lado e vi Damon olhando pra frente, seus olhos não estavam brilhando como antes, ele estava atento, olhando pra frente, em sua testa tinhas varias rugas de preocupação. Para chamar sua atenção, usei minha pouca força e apertei sua mão, então ele olhou pra mim e sorriu:
- ? Meu amor, você acordou.
- No..ssa fi..l..ha?
- Shiii - ele colocou a mão em minha boca - Não fala nada. Vai ficar tudo bem.
Chegamos em frente a uma porta, eu passei e o Damon ficou, os medicos não deixaram ele entrar. Ele brigou e discutiu, tentou entrar, mas não deixaram.
- Damon? - sussurrei fraca, vendo seu rosto preocupado e nervoso sumir entre as portas
- Calma. - Meredith chegou ao meu lado - Logo você verá ele, mas temos que pensar primeiro em sua filha. Lembra dela? - ela sorriu, mas percebi que estava nervosa
- Não deixe que nada aconteça com ela. Por favor. - eu pedi chorando e já sentindo as minhas forças sumir
- Eu prometi pra você. Ela vai ficar bem.
- Faça tudo o que poder, mas salve ela.
Meredith assentiu com a cabeça e eu pude ver lagrimas brotar de seus olhos. Ela soltou a minha mão e começou a mexer nas coisas, em seu lugar ficou uma enfermeira que olhou pra mim sorrindo, me dando forças, tentei sorrir juntos, mas não consegui e resolvi me entregar a escuridão e tudo apagou, novamente eu não ouvia e nem sentia nada. Assim fiquei por varios minutos e quando voltei a sentir, pude ouvir as vozes dos medicos e os barulhos de aparelhos, mas tudo o que eu queria ouvir era o chora da minha filha, queria saber se ela estava bem.
Mas alguns minutos passaram e eu ouvi a voz da Meredith falar:
- Só mais um pouco. Isso. Vamos. - e por fim o chora da minha filha - Ela está bem. Tragam a tesoura aqui. Peguem ela.
O chora da minha filha me deu as forças que eu precisava, consegui voltar a enxergar a claridade e abri os olhos, a enfermeira ao meu lado sorriu e chamou Meredith, que veio com a minha filha nos braços.
- Aqui . Ela está bem. Sua filha. - ela trouxe a minha filha pra perto, onde eu pude ver seu lindo rostinho.
- Tão linda. - sorri acariciando sua cabecinha.
- Ela está saudavel, mas tenho que leva-la, ela nasceu fora do tempo.
Assenti sorrindo e vendo Meredith afastar, suspirei aliviada por ver a minha filha forte e saudavel, no fim ela estava bem. Sorrindo eu fechei os olhos, imaginando o rosto de felicidade do Damon, ele pegando nossa filha nos braços, então eu senti uma forte dor na barriga e tudo começou a rodar, ficar turvo, o aparelho ao meu lado começou a apitar e tudo apagou completamente, sem tempo pra pensar ou agir. Mas agora eu não estava com medo, apenas me deixei levar e a escuridão me levou pra longe, onde não teria mais volta.

(...)


Só podia ser um sonho, pois a ultima coisa que eu me lembrava era de estar no hospital tendo a minha filha. Mas agora eu me encontrava num lindo jardim, estava sentada num balanço e ia pra cima e pra baixo, com um sorriso que ia da orelha a orelha e apreciando a minha vista. Eu escutava os passarinhos, sentia a brisa do vento em meu rosto e tudo estava em paz, o balanço foi parando aos poucos e ao longe vejo uma linda garotinha vir correndo em minha direção, atras dela estava um rapaz alto, cabelos escuros e olhos azuis, a menina se aproximou de mim sorrindo e falando:
- Mamãe! Mamãe! - então ela pulou em meu colo - Papai que te dar algo. - ela falou com a voz de criança
- Ah é? O que? - perguntei sorrindo, vendo sua carinha de anjo
- Fala pra ela, papai. - o rapaz se aproximou mais e sentou ao meu lado
- Quer casar comigo? - ele abriu um caixinha, onde tinha uma aliança linda
Eu sabia quem era eles. Era o Damon e Katherine. Eu tinha ficado sem palavras, mas quando ia responder, tudo escureceu, Damon sumiu, minha filha sumiu e só restou eu e a escuridão. Tentei correr e gritar, mas só tinha o eco para me fazer companhia e quando estava começando a entrar em desespero, enxerguei uma luz clara bem longe, recuperei o folego e corri ate ela, quanto mais eu me aproximava mais a claridade aumentava, ate eu não conseguir enxergar mais nada, a claridade tinha me cegado, fechei os olhos e quando voltei a abrir, vi um teto branco. Voltei a fechar os olhos e passei a escutar o barulho em minha volta, eu podia ouvir os passarinhos, podia ouvir vozes ao longe, passos e algo fazendo um barulho irritando ao meu lado. Ao perceber que esse barulho era da maquina que controlava os batimentos cardiacos, tratei de abrir os olhos e olhar em volta. Passei o olhar lentamente em cada canto, ate chegar num canto onde tinha um sofá e Damon estava dormindo todo encolhido, pois o sofá mal cabia ele. Acabei sorrindo com isso, mas parei logo em seguida, pois a minha barriga doeu e ao pensar nela, me lembrei de minha filha e quando ia abrir a boca para falar algo, vejo a minha mãe entrando no quarto.
- ?! - ela veio toda emocionada pra perto de mim
- Mãe. - minha voz saiu grave
- Oh filha, que susto que deu na gente.
- Cadê a minha filha? - perguntei
- Ela está bem. Está na incubadora, ela nasceu prematura, precisa ficar lá ate ganhar o peso ideal.
- Okay. - assenti, tentando assimiliar tudo. - O que ele está fazendo ali? - apontei para o sofá onde Damon ainda dormia
- Ele está ali desde que você veio pro quarto. Só sai do seu lado pra babar na filha. - ela sorriu voltado seu olhar pra mim
- Você sabe? - perguntei nervosa
- Serena me contou. Já estava na hora, não acha? - ela falou seria, mas depois sorriu passando a mão em minha cabeça
- Desculpa esconder. Tinha tantas coisas envolvida.
- Eu sei, filha. Não estou brava.
- Há quanto tempo eu estou apagada?
- Dois dias.
- Tudo isso?! - me espantei e acabei falando mais alto, acordando o Damon.
- Meu amor. - ele levantou e veio pro meu lado, dando um beijo em minha testa.
- Oi - sorri fraco pra ele
- Como está?
- Acho que bem.
- Vou chamar a medica. - minha mãe me deu um beijo na testa e saiu
- Você parece cansado.
- Que isso. Estou bem.
- Minha mãe falou que você não saiu daqui e isso já faz dois dias.
- Ao seu lado eu ficou quantos dias for.
- Okey - assenti não querendo brigar - E nossa filha?
- É o bebê mais lindo do mundo. Tão pequena, mas tão forte. Parece muito com você.
- Quando eu a vi, achei parecida com você.
- Você não estava enxergando direito, pois ela se parece muito com você. - ele brincou e me deu um selinho
- Queria tanto pega-la no colo.
- Logo você vai.
- Você pegou?
- Sim. Fiquei ate com medo de machuca-la.
- Mas você não vai, por que você é o melhor pai. - sorri
Damon sentou na cadeira ao meu lado e ficamos falando sobre a nossa filha, ate que nossa conversa foi interrompida pela a entrada de Meredith e outro medico.
- Boa tarde, - ela saudou
- Oi Meredith.
- Como está?
- Bem. - sorri
- Então vamos te examinar.
Damon se afastou um pouco e os dois medicos vierem me examinar. Apertaram, apalparam e perguntaram, depois uma enfermeira entrou e tirou o meu sangue, saindo depois sendo acompanhando do medico.
- Tudo normal. - Meredith começou a falar - Vamos ver seu exame de sangue e se tiver tudo em ordem, você recebe alta.
- E minha filha?
- Ela está bem, está ganhando peso rapido, logo ela ganha alta tambem.
- Quando eu poderei vê-la?
- Já pedi que uma enfermeira a traga e você dará de mama tambem.
- Serio? - perguntei emocionada
- Sim. - ela sorriu concordando
Meredith ficou mais um tempo ali, ate Katherine chegar. Minha filha estava dormindo num bercinho quando chegou ao quarto, sorri emocionada e a enfermeira pegou-a e me deu. Ao senti-la em meus braços foi magico, não tinha nem palavras, acariciei seu rostinho e ela se mexeu, abriu rapidamente os olhos e voltou a fechar, nem tive tempo de ver a cor.
- Oi meu amor. É a mamãe. - ao dizer isso, ela se mexeu toda e se aninhou em meus braços.
Levantei a cabeça sorrindo com os olhos cheio de lagrimas, Damon se aproximou e sentou ao meu lado, me abraçando e babando em nossa filha comigo. A porta se abriu e eu olhei pra ver quem era, Elena e Stefan entravam no quarto, os dois choravam e sorriam, Elena trazia uma camera na mão.
- A madrinha veio tirar foto - ela disse baixo pra não acordar Katherine.
Eu sorri mais ainda e me ajeitei, Damon se ajeitou ao meu lado e Elena tirou foto, depois Stefan veio para o meu outro lado e Elena tirou mais uma foto, quando ia ser a vez dela, meu pai entrou e tirou a foto. Mas já estava na hora de dar de mama, Katherine já estava começando a reclamar, então deixamos os fotos pra depois. Enquanto eu dava de mamar, que era uma sensação incrivel, iamos conversando. Agora no quarto estavam os meus pais, Elena, Stefan e os pais do Damon. Conversamos sobre tudo, desde a minha entrada no hospital ate agora e depois que eu terminei de dar mama e minha filha ter ido pra incubadora, foi que veio a pergunta que todos queriam saber:
- O que houve para acontecer tudo isso? - quem perguntou foi minha mãe
- Bom - respirei fundo - Eu recebi uma visita nessa dia.
- Rebecah. - Stefan, Elena e Damon falaram juntos, fazendo meus pais e meus sogros olharem
- Sim, Rebecah foi lá em casa. Veio me enfretar, me ameaçar por causa do Damon. Acabamos brigando e eu falando demais, quando eu falei que o pai da minha filha era o Damon, ela perdeu a cabeça, veio pra cima de mim e me empurrou na parede e o fim todos sabem.
- Ela te deixou lá sangrando? - Elena esbravejou, quase gritando
- Sim.
- Eu mato ela. - Elena disse brava, indo pra porta
- Você não vai a lugar nenhum - Stefan a segurou
- Deixa ela pra lá, Lena.
- Claro que não, o que ela fez não se faz.
- Elena, esqueça ela. tem razão, deixa ela pra lá. - Damon concordou comigo
- Sim, vamos deixar ela pra lá. Mas se ela voltar a se aproximar da minha filha ou da minha neta, vou jogar um processo nela ou ate mesmo coloca-la na cadeia.
- Calma pai, não é pra tanto.
Mas meu pai não me deu ouvidos, ele estava serio e a Rebecah que se cuidasse agora. Olhei para a minha familia e sorri, depois de tudo, estavamos bem e feliz. Acabei bocejando e isso fez com que Damon espulsassem todos dali, pois eu precisava descansar.
Cada um veio me dar um beijo antes de sair, desejando uma boa recuperação e foram embora, ficando apenas Damon ali comigo.
- Você não acha que tem que ir pra casa desncasar, não? - disse seria encarando meu namorado
- Não vou sair do seu lado.
- Eu já estou bem, meu amor. - disse balancando a cabeça - Vá pra casa, descanse e amanha você volta.
- Não. - ele disse serio
- Por favor, por mim. - pedi fazendo bico e por um tempo ele se manteve firme, mas não resistiu e concordou.
- Okey. Mas eu vou deixar seu celular aqui do lado e qualquer coisa é só me ligar.
- Damon - o chamei seria - eu estou num hospital, nada vai me aocntecer.
- Eu sei, mas é só pra me deixar calmo.
- Okey, meu amor. - balancei a cabeça
- Vou falar com Meredith antes de ir.
- Okay.
Assenti com a cabeça e ele me deu um beijo intenso, me tirando ate o folego. Sorri vendo o ir embora, depois repousei a minha cabeça no travesseiro e fechei os olhos, me entregando ao cansaço.

Capitulo 26 - Lar doce lar


Na manha seguinte eu já estava de alta, mas era apenas eu, minha filha teria que ficar mais duas semanas e iam ser as piores semanas pra mim. Damon foi me buscar logo cedo, antes de irmos pra casa, fomos ate o berçario e nos despedimos de nossa filha, foi duro ter que deixa-la, sai do hospital com o coração na mão e com lagrimas nos olhos, mas Meredith prometeu que ela ia ser bem cuidada e que eu poderia visita-la sempre.
Ao chegarmos em nosso apartamento, me senti estranha, como se algo faltasse e inconcientemente coloquei minha mão na barriga, sentindo-a lisa, vazia e lagrimas comecaram a descer pelo o meu rosto.
- Logo ela está com a gente. - Damon me abraçou por trás e sussurrou em meu ouvido
- Era pra voltarmos pra casa juntas. Agora eu devia estar indo direto pro seu quarto e repousa-la em seu berço. - eu dizia chorando com um aperto no coração
- Você vai fazer isso. Em breve. Enquanto isso, vamos visita-la no hospital todos os dias. - ele sorriu me abraçando forte
Depois desse momento, respirei fundo e entrei em casa, indo direto pro meu quarto. Tomei um banho e fui me deitar, eu tinha que ficar mais alguns dias de repouso e Meredith aconselhou que eu me recuperasse totalmente agora, pois quando minha filha chegasse, eu não teria sossego.
Na parte da tarde Damon foi trabalhar, ele tinha se ausentando por muito tempo na revista e Marisa estava precisando dele. Mas ele só saiu de casa quando os meus pais chegaram, não queria me deixar sozinha, mesmo eu falando que o pior já tinha passado, mas ele bateu o pé dizendo que não saberia viver sem mim e não queria me perder de nenhum jeito, então o jeito foi aceitar e ficar quieta, por que no fundo eu sabia o que ele estava sentindo.

(...)


E os dias se seguiram assim, eu permanecia a maior parte do tempo deitada, sempre com alguem me fazendo companhia. Nos primeiro três dias eu recebia visitas de Serena, Guilherme, Stefan, Elena, Marisa e alguns colegas de trabalho, mas depois que o meu repouso acabou, as visitas diminuiram, vindo só a familia, mas não todos os dias . E os dias que seguiram, extamente as seis horas da tarde, eu e o Damon iamos visitar nossa filha, eu dava de mamar e ate trocava sua fralda e cada dia ela estava mais forte, chegando ao peso ideal.

(...)


Duas semanas se passaram desde que eu voltei pra casa, era uma sexta-feira de madrugada e eu não conseguia dormir, hoje minha filha ia receber alta e eu poderia traze-la pra casa, sua casa. Eu teria ela só pra mim, poderia cuidar dela a qualquer hora e isso estava me tirando o sono, me deixando ansiosa, não via a hora de poder tê-la em meus braços, coloca-la em seu berço, escutar seu chorinho.
Damon dormia ao meu lado, ele tinha chegado tarde ontem, por causa de uma reunião. Essas semanas tinham sido dificil pra ele, tudo corrido, ele não parava um segundo e tinha dias que ele não podia me levar para ver Katherine, fazendo assim Stefan ou meus pais me levarem, mas hoje isso ia mudar, ela estaria conosco em algumas horas.
Quando deu oito horas, resolvi levantar e ir tomar um banho. Assim que sai, coloquei um roupão e fui pra cozinha, fazer o café da manha, quando estava terminando de colocar a mesa, meus pais e Damon apareceram.
- Madrugou, filha? - meu pai perguntou sentando-se a mesa
- Não preguei os olhos a noite toda. - respondi me sentando tambem.
Tomamos o café da manha bem tranquilo e conversando banalidades. Hoje Damon não ia trabalhar, Marisa deu folga pra ele e para Elena tambem. Combinamos de buscar nossa filha depois do almoço, então eu teria que aguentar mais algumas horas, mas minha mãe fez o favor de me distrair, fazendo assim eu nem ver as horas passarem, quando ví já era uma e meia da tarde. Me troquei rapido, fiz a bolsa de Katherine, peguei o bebê conforto e fui pro carro do Damon. A ida ate o hospital levou quinze minutos, passei todo esse tempo em silencio, ansiosa para chegar e ter a minha filha em meus braços. Quando chegamos lá, Damon segurou em minha mão e eu percebi que ele estava ansioso e nervoso tanto quanto eu, respiramos fundo e entramos, seguindo pelo os corredores ate chegar ao berçario, onde nossa linda filha estava dormindo em um bercinho, longe daquela maquinha que imitava a barriga de uma mãe, sorri com isso e uma enfermeira veio ate nós.
- Vieram buscar Katherine? - ela perguntou carinhosa
- Sim. - minha voz quase não saia
- Certo. A doutora Meredith teve que sair, mas deixou a alta aqui é só assinar e poderam levar ela pra casa.
Assenti e fui ate uma bancada, onde a enfermeira me entregou um papel, onde eu e Damon assinamos e quando voltamos pra frente do vidro do berçario, nossa filha já não estava mais lá, olhei para uma porta e uma enfermeira saia de lá, com ela nos braços e assim que se aproximou de mim, me entregou ela.
- Aqui mamãe.
- Obrigada - sorri emocionada, pegando minha filha nos braços - Oi meu amor - ela abriu seus olhinhos e eu pude ver a cor - São azuis. - Comentei encarando Damon - Igual ao seus.
- São sim - ele comentou tão emocionado quanto eu
Ficamos observando nossa filha, ate que resolvemos ir embora. Eu queria conversar com Meredith antes de ir, mas como ela não estava ali, eu teria que conversar com ela depois. Chegamos ao nossa carro e eu coloquei Katherine no bebê conforto, depois entrei na frente e Damon seguiu pelas as ruas, ate nossa casa.
Eu estava tão feliz por ter a minha filha ali, que nem percebi que o caminho que Damon pegou não levava a nossa casa, só fui perceber quando ele parou o carro em frente a casa dos seus pais.
- O que estamos fazendo aqui? - perguntei curiosa
- Você vai ver.
Ele saiu do carro e eu o segui, mas antes que eu pudesse pegar nossa filha, ele fez isso, então eu fui pegar sua bolsa. Seguimos juntos para a entrada, subimos alguns lances de escadas e passamos pela a porta, tudo estava calmo e vazio, seguimos pelo o hall, depois por uma sala e continuamos a seguir, passamos pela a cozinha e chegamos a uma varanda, assim que colocamos nossos pés lá fora, escutamos varios gritos:
- Surpresa.
Olhei ao redor, vendo meus pais, Stefan, Elena, os pais de Damon, Meredith, Marisa e mais um monte de pessoas ali, todos sorriam e atras de uma mesa estava escrito "Bem-vinda a familia Katherine". Acabei me emocionando e abraçando ao Damon que retribuiu o abraço.
- Você sabia?! - perguntei em seu ouvido
- Sim. - ele assentiu
Todos vieram pra perto da gente, todos queriam ver Katherine. Mas antes de deixar que pegassem ela, fui ate o antigo quarto de Damon e coloquei uma roupa melhor nela, aproveitei para trocar sua fralda. Assim que voltei pra festa, Katherine passou de colo em colo, sendo paparicada por todos e todos se encatavam com a beleza dela, principalmente seus olhos azuis.
- Hei - Elena se aproximou de mim - Tudo bem?
- Sim. - concordei
- Como não deu pra fazer um chá de bebê, resolvemos preparar essa festa. - assenti - Todos trouxeram presentes, mas depois a gente vê.
- Não precisava - comentei adorando essa surpesa
- Claro que precisava, ainda mais depois do que você passou.
- Ideia de quem? - perguntei, mas já imaginando quem seria a mente por trás disso
- Eu, claro. - ela se vangloriou, como se eu não soubesse - Ideia da madrinha.
- Madrinha mais coruja, você quer dizer.
- Hei, minha primeira afilhada, tenho que ser coruja. - ela brincou, me fazendo rir - E falando nisso, ainda não consegui pega-la no colo.
Elena levantou da onde estava sentada e foi atras da minha filha, que estava no colo de Serena, outra que não parava de babar, essa junto da minha mãe eram mais corujas que Elena. Continuei sentanda só vendo a festa rolar, vendo a minha filha ser paparicada pelo os familiares, sendo disputada, todos queriam pega-la no colo. Fiquei um tempo sozinha, ate que Stefan sentou ao meu lado, olhando pra onde eu olhava.
- Já pegou sua sobrinha/afilhada no colo?
- Ainda não, mas terei muito tempo ainda.
- É terá. - concordei
- Ainda mais conhecendo você e o Damon como conheço.
- Como assim?
- Já estou ate vendo: meio da semana, oito horas da noite e o meu celular toca, vejo no visor o nome de vocês, atendo e sua voz sooa pelo o aparelho 'Stefan, o que está fazendo? Pode ficar com a Kath hoje? Desculpa ligar assim, mas é que hoje o Damon quer ir em tal lugar e não podemos levar nossa filha' e adivinha o que eu falo 'Tudo bem, , sem probelmas. Vou adorar cuidar da minha afilhada.'
Ele imitava as vozes me fazendo gargalhar, ainda mais com suas caras e bocas. Mas eu tive que rebater.
- Por que eu ligo? Damon que é seu irmão.
- Conheço o Damon, ele não tem coragem de ligar pedindo isso, não pra mim. E tem mais, ele sabe que se você pedir eu não conseguirei rejeitar.
- Isso você tem razão. Mas não fica por ai não, eu conheço sua namorada muito bem e já estou ate vendo: Eu em casa em pleno final de semana, imaginando passa-lo com a minha familia, quando o meu celular toca e no visor aparece o nome da Elena, atendo e a voz dela sooa pelo o aparelho ', amiga e cumadre, hoje eu estava pensando se você não quer passar um final de semana romantico, sabe só você e o Damon?! Eu e o Stefan podemos ficar com a Kath, sem problema nenhum. Iamos adorar.' E o que eu faço? Aceito, ne. Aquela voz dela é impossivel de se recusar, ainda mais com uma oferta tão tentadora. - brinquei no final, fazendo Stefan cair na gargalhada
Ficamos brincando mais um tempo com o futuro, gargalhando toda vez, as vezes ate chamando atenção do pessoal, mas ninguem se atrevia a interromper, a unica que teve coragem foi a Kath, que começou a chorar querendo mamar e o colo da mãe. Quando minha filha dormiu, a conversa diminuiu de tom, Damon foi ate o carro e pegou o carrinho, que eu nem sabia que estava lá e depois sentamos todos para conversar em roda, falando sobre varios assuntos. A familia se sentou toda perto, onde podiamos conversar coisas antigas, trocar historias, relembrar coisas que aconteceu, ate que decidimos falar do presente e o assunto inicial foi a formatura de Stefan, que estava chegando.
- Daqui uma semana - ele comentou empolgado, pude ver seus olhos brilharem
- E como vai o estagio? - minha mãe perguntou
- Uma maravilha, estou aprendendo tanto.
- Quando vai abrir seu proprio restaurante? - meu pai brincou e eu pude ver os olhos de Stefan brilharem mais
- Já estou pensando nisso. - ele disse empolgado
- Mais já? - meu pai perguntou surpreso
- Ele já fez ate projeto, teve ideias - Elena foi falando
E a conversa rodou em torno disso, do futuro restaurante de Stefan, que ele deixou bem claro que ia montar sozinho, com seu proprio esforço, com seu proprio suor, seu pai não ia entrar com nada e eu fiquei orgulhosa disso, de ver em como ele estava se tornando responsavel, Stefan tinha crescido muito, se tornando um bom homem e Elena tinha muita sorte de ser namorada dele e ela sabia aproveitar isso, ela reconhecia esse homem em Stefan.
Depois de um tempo, Katherine começou a choramingar no carrinho, fui pega-la, mas Damon não deixou, falando que era a vez dele e eu deixei, adorava ver Damon cuidando da nossa filha, adorava vê-lo como pai, todo preocupado e carinhoso.
- Hei princesa. - ele acariciou seu rosto, fazendo-a sorrir e abrir seus grandes olhos azuis
Sorri com isso e fiquei admirando esse momento, tudo estava perfeito, nada poderia estragar, mas esse pensamento foi cedo demais. Estavamos todos entretidos ali com conversas e brincadeiras, quando uma voz feminina me faz arrepiar toda e arrancar minha filha do braços de Damon, protegendo-a com meus braços. Damon levantou com tudo e encarou Rebecah, eu levantei logo depois, ficando atras de Damon, para dar mais proteção a Katherine.
- Serio, essa cena é muito linda - ela disse sorrindo falso e com desdem - Muito comovente. A puta, o desgraçado e a coisa insgnificante.
- O que está fazendo aqui, Rebecah? - Damon perguntou furioso, passando os braços pra trás e me segurando
- Estou vendo onde eu errei em deixar essa cachorra e sua cria viva. - eu podia ver odio passar pelo os olhos dela
- Eu devia bater em você. - Elena deu um passo pra frente, encarando Rebecah - Só pelo o simples fato de ter entrada na vida da minha amiga.
- Eu entrei na vida dela? - ela colocou suas duas mão na cintura - Ela entrou na minha vida, ela roubou meu namorado, ela que deu pro meu namorado e ficou gravida dele.
- Não, querida. - a cada palavra, Elena se aproximava mais dela - Você é que está sobrando aqui, sempre sobrou. Todos sabiam desde o inicio que Damon e devia ficar juntos, você foi apenas um pequeno obstaculo, que logo foi superando. - Elena falava tão cinicamente, que se eu não conhecesse minha amiga, ficaria com medo dela.
E sem que Rebecah esperasse, Elena puxou seu cabelo, derubando-a no chão, para depois socar seu rosto duas vezes, tirando sangue de sua boca. Mas antes que Elena pudesse fazer mais alguma coisa, Stefan puxo-a pra longe e ela ainda se rebateu, falando:
- Eu ainda não acabei com essa cadela. Isso ainda foi pouco pra ela.
Mas ninguem podia imaginar o que Rebecah ia fazer a seguir, ela levantou balançando a cabeça sorrindo, olhou pra todos nós e por fim parou em mim, deu dois passos pra frente, pra mais perto de mim e com a voz completamente mudada em puro odio, falou:
- Eu ainda não acabei. Eu vim aqui com um objetivo - ela parou pra fazer suspense e depois voltou a falar - Acabar com você.
Ela colocou a mão pra trás mexendo em algo, depois voltou a traze-la pra frente, apontando uma arma na direção minha e do Damon. Todos se apavoraram, pediam pra ela abaixar a arma, que ela estava fazendo uma loucura, que não precisava disso, mas ela não ouvia, estava agindo em puro odio, seus olhos mostravam isso e sua mão tremendo tambem.
Damon tentou dar um passo pra frente, para pode falar com ela, desarma-la, mas ele não consegiu, ela não deixou.
- Fica parado ai - ela disse quase gritando
- Rebecah, por favor.
- Ela acabou com a minha vida, me tirou tudo.
- Não, Recebah. não fez isso, nosso namoro ia acabar de um jeito ou de outro. Eu ia descobrir suas traições e eu nunca te amei de verdade, era apenas paixão.
- Eu nunca te trai - ela gritou - foi invenção dessa vadia.
- Não é invenção dela. - Damon dizia tudo calmamente - Eu fui atras para saber a verdade, eu conversei com algumas pessoas, ate mesmo homens com quem você dormiu. - ela e ate eu ficamos surpresa com isso, Damon não tinha me contado nada.
- Mesmo assim. Eu te amava, te trair foi um erro e eu nunca mais vou fazer isso.
- Não adianta. Eu não...
- Cala a boca. Não fale nada. Eu vou acabar com ela e essa criança e podemos ficar juntos, felizes para sempre.
Aos poucos eu fui percebendo que o odio de Rebecah ia passando e vendo que nem tudo era por causa do odio, ela estava louca, estava obcecada pelo o Damon. Rebecah estava precisando se tratar. E não foi só eu que percebi isso, todos que estavam ali perceberam.
Mas o que eu queria saber era como iamos tirar a arma da mão dela, sem que alguem se machucasse?! Varias coisas passava por minha cabeça, mas nada que ia adiantar, nem Damon estava conseguindo convence-la e quando eu achava que tudo estava perdido, vejo dois policiais entrando pela a casa, vindo ate onde estavamos, eles estavam entrando em silencio, iam pegar Rebecah de surpresa e para não denunciar nada, mudei o meu foco ate que os policias conseguiram imobiliza-la. Ele foram pra cima dela, desarmaram-a e a prenderam, levando-a para o carro. Meus pais e sogros acompanharam os policiais, eles iam explicar tudo, enquanto eu fiquei pensando em como os policias chegaram ali, ate que Meredith chega ao meu lado e fala.
- As vezes é bom namorar com policiais. - encarei-a e depois ela apontou para um policial que estava entrando pela a porta. Ele veio ate nós, sorrindo - quero te apresentar Alaric, meu namorado.
- Prazer - estendi uma mão pra ele
- O prazer é meu.
- E muito obrigada.
- Não tem que agradecer a mim e sim a minha namorada.
- Obrigada, Meredith. - abracei-a - Mas como fez isso sem que ninguem percebesse?
- Eu estava atras de todos, Rebecah nem deve ter me visto. Eu simplesmente mandei uma mensagem pro Ric, resumidamente expliquei o que estava acontecendo e ele logo acionou a policia.
- Você me salvou duas vezes. Nem sei como agradecer.
- Não precisa. Eu me encatei muito com você. Passamos tanto tempo juntas, te ajudei quando mais precisou e saiba que eu faria tudo de novo. Você me lembra muito minha irmã.
Abracei Meredith mais uma fez, dessa vez eu estava emocionada e ate chorando. Agradeci ela mais algumas vezes, depois chamei Damon para conhecer Alaric, ou Ric, como ele disse que gostava de ser chamado. Depois eu tive que dar algumas declarações para a policia, explicar algumas coisas e por fim, fiz um pedido:
- Rebecah não precisa de uma prisão, ela precisa de um pisquiatra. Precisa se tratar. Acho que um hospital pisquiatra ia ajuda-la.
- Nós vamos estudar tudo o que escutamos aqui hoje e ela vai fazer um exame e se for confirmado isso, ela irá para um hospital pisquiatra.
- Obrigada.
Depois que os policiais foram embora, não teve mais clima para continuar a festa, despedimos de todos e resolvemos ir embora. Elena ficou triste e chateada, mas garanti que essa não ia ser a ultima festa em familia, então ela desencanou. Com a ajuda de Stefan e Elena, levamos todos os presentes pro carro, lotando o porta-malas e os bancos da frente, despedimos dos dois e fomos para nossa casa. O caminho todo fizemos em silencio, não queriamos conversar sobre o ocorrido e nem tinham o por que conversar sobre aquilo, quando chegamos ao apartamento, ajudei Damon a colocar todos os presentes no elevador e depois peguei Katherine. Damon pegou suas coisas e subimos, já dentro de casa com todos os presentes na sala, segui pro quarto de Katherine com Damon me seguindo, paramos em sua porta e sorrindo para ela, falei:
- Bem-vinda ao lar.
Ela deu um sorrisinho e eu entrei com ela, troquei sua fralda e coloquei outra roupa para ela dormir, me sentei na poltrona e dei de mamar, sendo observada pelo o Damon, que não tirava o sorriso do rosto. Depois de coloca-la no berço e ligar a baba eletronica, fomos pra sala, nos jogamos no sofá e começamos a ver os presentes.
Passamos boa parte da noite vendo os presentes, meus pais não iam dormir em casa e eles estavam ate pesando em alugar um apartamento, para deixar eu e Damon mais a vontade, perto das três horas da manha Katherine acordou chorando, levantei do sofá e fui dar de mama a ela novamente e quando ela voltou a dormir, fui pro quarto, onde Damon me esperava e onde eu tive uma noite maravilhosa de sono, com Damon me abraçando.

Capitulo 27 - E no fim tudo fica bem


Minha noite de sono estava sendo maravilhosa, eu já conseguia sentir meu corpo relaxar e minha mente ser dominada pelo o cansaço, mas isso durou exatamente meia hora, pois a babá eletronica no meu quarto fez um barulho e logo o som do choro da minha filha me despertou, levantei a cabeça e abri os olhos pra ver se não estava sonhando e quando o som ficou mais alto, percebi que ela precisava de mim, quando ia levantar, Damon colocou um braço em minha barriga e disse, com a voz de sono:
- Deixa que eu vou.
- Acho que é fome, deixa que eu vou.
- Não, eu vou. Se for fome, eu trago ela aqui.
E como eu estava cansada, dei de ombros e deixei o Damon ir. Amanha era sabado e Damon não trabalhava, então ele não precisava acordar cedo. Ele levantou da cama e saiu do quarto, eu me arrumei melhor e fechei os olhos, tentando voltar a dormir, mas não consegui, ficava apenas de ouvido em pé, pra ver se Damon ia precisar de mim. Alguns minutos depois ele voltou sozinho, nossa filha já não chorava mais e ele entrou no quarto com um sorriso no rosto, me fazendo sorrir junto, ele voltou a se deitar e me abraçou:
- O que era?
- Apenas a fralda.
- Você a trocou? - perguntei um pouco indignada
- Sim, por que? Acha que eu não sei trocar fralda? - perguntou em tom de brincadeira
- Sei lá. Eu nunca vi.
- Depois que contamos para a minha mãe quem era o verdadeiro pai da Kath, ela começou a me ensinar algumas coisas e eu aprendi a trocar fralda.
- Foi dificil a primeira trocar?
- Que nada. Kath é um doce e ficou tão quieta. - agora eu estava entendendo o sorriso dele
- Ela voltou a dormir?
- Sim, cantei uma musica pra ela e foi facil faze-la pergar no sono.
- Então vamos dormir, pois daqui a pouco ela acorda querendo mamar.
E não demorou muito pra voltarmos a dormir e ate que eu consegui descansar. Katherine só voltou a chorar seis e meia da manha, mas dessa vez Damon nem se mexeu, ele estava em sono profundo e como eu não queria que ele acordasse, tirei seu braço da minha cintura e levantei, vesti meu robe e segui pro quarto da minha princesa, entrei lá e a peguei no colo, sentei na poltrona e dei de mamar a ela.

(...)


E assim seguiu a semana, durante o dia Katherine passava dormindo e mamando, a noite era quase a mesma coisa, mas ela tinha mais dificuldade para dormir. Na quarta-feira eu levei-a ate o consultoria da Meredith, queria ver se estava tudo bem e conversar com ela. Meredith me deu algumas dicas e examinou minha filha, tudo estava em ordem. Um das dicas foi que eu tentasse manter ela acordada durante o dia, assim durante a noite ela dormiria mais e naquele mesmo dia eu comecei a fazer isso.
Mas ficar em casa o dia inteiro com a minha filha não ajudava muito, ainda mais se eu ficava sozinha, pois eu precisava arrumar as coisas e não tinha como manter Katherine acordada, por isso comecei a sair. Um dia eu ia na casa de Serena, no outro eu ia no novo apartamento dos meus pais, as vezes tambem aparecia na revista e ate no restaurante que o Stefan trabalhava eu fui.
O final de semana chegou e com ele a formatura do Stefan. Na sexta-feira eu fui ate o shopping com a minha filha, comprar um vestido pra mim e uma roupinha pra ela, aproveitei e peguei o terno que Damon tinha alugado.
No sabado de manha eu deixei Katherine com a minha mãe e fui ate um salão de beleza, fiz a unha, cortei o cabelo e fiz mais algumas coisas basicas e depois voltei pra buscar minha filha.
Perto das seis horas comecei a arrumar minha filha, enquanto Damon se arrumava. Dei banho e a troquei, depois deixei ela com o pai e fui me arrumar, saimos de casa era sete e quinze. Chegamos num salão enorme, onde iria ser a colação de grau e o baile, entramos com o nosso convite e seguimos ate as cadeiras, encontrando Elena, Serena, Guilherme, minha mãe e meu pai. Cumprimentamos todos e sentamos, Elena pegou Katherine no colo assim que sentamos, mas não reclamei, apenas sorri.
A formatura de Stefan foi linda e emocionante, o baile seguiu maravilhosamente e bastante divertido, mas eu e Damon não ficamos muito, pois Katherine tinha que dormir.

(...)


Depois da formatura, cada dia era diferente. Eu ainda estava de licença, então era eu quem passava a maior parte do tempo com Katherine. Era eu quem acoradava de madrugada quando ela chorava, mas de vez em quando, quando Damon não estava muito cansado, era ele quem ia, as vezes ate discutiamos, eu queria que ele descansasse e ele insisitia em poder ajudar, mas no fim ele sempre vencia, fazendo aquela carinha que eu não resistia. Com o tempo, eu não precisava mais ficar saindo de casa para Katherine não dormir, ela já tinha acostumado a dormir pouco a tarde e mais a noite, então eu comecei a ficar mais em casa, apenas recebendo as visitas.
Uma semana antes de Katherine completar quatro meses, fui ate uma igreja perto de casa e marquei seu batizado e nesse mesmo dia, fiz um jantar em casa para Elena e Stefan, um jantar para convidar e confirmar os padrinhos. Mesmo já sabendo que iriam ser os padrinhos, Stefan e Elena se emocionaram e agradeceram muito, já mostrando que iriam ser os melhores padrinhos e que iriam mima-la muito.
Dois dias depois que Katherine completou quatro meses, foi o batizado. Era uma manha clara e quente, o céu estava azul claro e sem nuvens, o dia perfeito para o batizado. Aproveitei que Katherine ainda não tinha acordado para mamar e fui tomar banho, teve que ser um banho rapido, pois eu sabia que logo minha pequena ia abrir o berreiro, assim que sai do banheiro, a cama já estava arrumada e nem sinal do Damon, penteei o cabelo e me vesti, seguindo depois para o quarto dela, abri a porta lentamente e vi que o berço estava vazio, sai do quarto e fui ate a sala, quando cheguei lá, vi Damon brincanco com Katherine, abri um sorriso enorme e fui ate eles.
- Sem choro? - perguntei sorrindo
- Sem choro. - ele respondeu sorrindo tambem
- Hei princesa. - sentei ao lado de Damon - Não está com fome hoje? - perguntei pegando-a no colo
Mas só foi falar em fome para ela começar a reclamar, Damon gargalhou e levantou, enquanto eu dava de mamar para a faminta. Enquanto eu ficava na sala, Damon fazia nosso café. Cinco minutos depois que sentamos na cozinha para comer, o interfone tocou e eu fui atender.
- Quem?
- Stefan - a voz do meu cunhado soou pelo o aparelho
- Pode entrar.
Alguns minutos depois, Stefan e Elena entravam em meu apartamento, trazendo um pacote nas mãos. Assim que entraram na cozinha, Kath começou a se mexer toda dentro do carrinho, chamando a atenção dos padrinhos, que nem nos cumprimentaram e foram ate ela.
- Bom dia para vocês tambem - Damon reclamou comendo
- A é. Bom dia - Stefan sorriu, sentando ao meu lado
- Bom dia. - Elena tirou Katherine do carrinho e ficou com ela no colo
- Bom dia. - sorri para os dois - O que tem no pacote? - perguntei encarando Stefan
- Um presente para a Kath. - ele sorriu e me entregou o pacote
Deixei o presente na cadeira do lado e terminei de comer, enquanto Stefan e Damon conversavam e Elena brincava com Katherine. Depois de largar as coisas sujas na pia, peguei o pacote e abri, vendo um lindo vestido branco, uma sandalinha e uma tiara, tudo branco. Sorri pegando a roupa e encarei Elena.
- É lindo. - elogiei
- É para ela usar hoje. - ela respondeu sorrindo e eu assenti.
Eu sai da cozinha levando o presente, Elena veio logo atras de mim trazendo Katherine. Quando chegamos ao quarto, Elena virou pra mim e disse:
- Posso dar banho nela? - sua cara era tão engraçada fazendo o pedido, que eu acabei rindo e assentindo.
Fui com ela ate o banheiro e expliquei algumas coisas, fiquei ao seu lado, dando dicas e ajudando. Depois de um tempo, Katherine estava cheirosa e Elena levo-a para o quarto, e foi a minha vez de arruma-la, coloquei uma fralda limpa, o vestido e a sandalinha, depois penteei seu cabelo e coloquei a tiara, deixando-a linda. Sorri com o resultado final e assim que me virei, Elena já estava com uma camera na mão. Eu me ajeitei e ajeitei Kath no meu colo, para Elena poder tirar foto, depois fizemos as trocas e eu tirei uma foto delas duas juntas. Saimos do quarto e encontramos Stefan e Damon na sala, todos prontos, mas antes de sairmos, tiramos algumas fotos.
Seguimos para a igreja, encontrando os meus pais e os pais do Damon em frente, nos esperando. Tinha mais algumas crianças que iam ser batizadas lá, então esperamos ate o horario combinado com o padre. Quando deu o horario, os avós foram se sentar e os pais, as crianças e os padrinhos entraram, seguindo para seus lugares. Depois de todo o processo, de toda a celebração, chegou a hora da criança ser batizada, o padre foi chamando os nomes das crinças, ate que chegou em Katherine. Eu a levei no colo com Damon ao meu lado, quando chegamos perto do padre, ele falou algumas coisas lá e molhou a cabeça da nossa filha, que chorou um pouco, mas logo parou e depois ela foi para o colo dos padrinhos, voltamos a sentar ate a celebração acabar. Depois da igreja, fomos almoçar num restaurante, para celebrar a mais nova integrante da familia.

(...)


Nesse mesmo mês eu tive que voltar a trabalhar e ter que deixar Katherine com a minha mãe ou minha sogra foi a coisa mais dificl que eu fiz, eu estava tão acostumada a cuidar dela, a escutar seu choro e a dar de mamar, que o primeiro dia de trabalho eu passei mais tempo ao telefone falando com a minha mãe do que trabalhando, mas isso foi apenas na primeira semana, depois tudo voltou ao normal. A saudade já não era tão grande, minhas ligações era apenas durante o almoço e eu só recebia ligações se algo de grave acontecesse. As noite agora era divida entre eu e o Damon, mas isso foi apenas ate o sexto mês, pois dai por diante, Katherine dormia a noite toda, acordando apenas de manha para mamar.

(...)


Minha vida estava maravilhosa, eu tinha tudo. Tinha um namorado perfeito, uma filha doce, carinhosa e maravilhosa, um lar feliz e aconchegante, uma familia que me apoiava em tudo. Não tinha como melhorar e eu nem tinha o que reclmar, apenas agradecer. Agradecer tudo o que me aconteceu, agradecer ao termino do meu namoro com o Tyler, agradecer a bebedeira, agradecer ao amigo maravilhoso que eu sempre tive, agradecer aquela balada, ao homem que estava me pertubando e principalmente agradecer aquela noite. Uma noite que mudou tudo, que me fez a mulher feliz que sou hoje. A noite que trouxe o homem da minha vida e junto a minha flha, que sem ela eu não saberia viver.
Seria uma noite para se lembrar sempre. Seria a noite.

Capitulo 28 - Epilogo


Katherine estava prestes a completar um ano. Eu não conseguia nem acreditar nisso, um ano tinha se passado e passou tão rapido. Ela estava cada dia mais linda e mais parecida com o Damon, seus olhos grandes e azuis, seus cabelos pretos e sua pele clara. Damon vivia dizendo que ela tinha muito de mim tambem, como o formato da boca, o nariz pequeno, o formato dos olhos e o jeito expressivo deles, ele tambem dizia que a docura que Katherine tinha, era igual a minha. Já eu tinha que falar que a teimosia e a preguiça era igual ao do pai.
Katherine já estava começando a dar seus primeiros passos, caindo as vezes, mas sempre levantando e persistindo. Elena era a que mais se orgulhava disso, sempre ajudando-a a andar e ate mesmo a falar, mas Kath apenas fazia barulhos. Elena e Stefan se mostraram padrinhos exemplares, sempre presentes, mimando-a, levando-a para os lugares e ensinando coisas. Os avós, tanto maternos como paternos, tinham orgulho dela, de mostra-la para todos e dizer de boca cheia que ela era neta deles.
Para a festa de um ano dela, tivemos a ajuda de Stefan e Elena, eles participaram de tudo, desde a escolha do tema ate a escolha dos doces. Fomos a varios lugares, fizemos varias pesquisas, tudo para a festa não sair do orçamento e no fim ela ficou perfeita. O tema era princesas, o lugar que alugamos tinha espaço para todo mundo, espaço para as crianças brincar e correr, espaço para montar os brinquedos e todos ficarem confortaveis, tinhamos contratado um buffe muito bom, que ainda iria trazer o bolo e os doces.
Na ultima semana antes da festa, eu, Damon, Katherine, Stefan e Elena fomos ao shopping, iriamos comprar as lembrancinhas e uma roupa para Kath. Andamos em varios lugares, entramos em varias lojas e quando tudo já estava comprado, fomos para a praça de alimentação. Escolhemos uma mesa e sentamos, ficamos na mesa eu, Elena e Katherine, enquanto os rapazes iam pegar as comidas. Estavamos brincando com Kath, quando ouço uma voz atras de mim, uma voz que não ouvia há muito tempo, quase um ano.
- ? - olhei pra trás e encontrei ele
- Samuel? - sorri, ele continuava o mesmo
- Tudo bem? - ele perguntou sorrindo e eu me levantei para abraça-lo
- Tudo e você? - perguntei me afastando
- Tambem. - ele olhou atrás de mim e sorriu mais - Sua filha? - ele perguntou se aproximando de Katherine, que estava no carinho
- Sim, é a Katherine.
- Muito linda ela. Se parece com você.
- Serio?! - achei estranho isso, já que todos falavam que ela era a cara do Damon
- Sim. - depois de brincar um pouco com a Kath, Samuel notou que Elena estava ali e foi cumprimenta-la - Só está vocês três aqui no shopping?
- Não. - respondi e olhei pra trás, vendo Damon e Stefan se aproximar com as bandejas - Damon e Stefan tambem estão aqui.
- Ah. - ele fez uma careta e seu sorriso sumiu - Continuam todos amigos. - ele comentou tentando dar um sorriso
- É, mais ou menos. - ele deu de ombros, deu uma olhando em Kath e voltou pra mim
- Como anda a vida?
- Bem. Continuo trabalhando na revista, agora tenho que dividir meu tempo com a minha filha, mas nada a reclamar.
- Nada de namorado? - nessa hora Damon chegou na mesa e encarou Samuel.
- Hei cara, quanto tempo. - Stefan largou a bandeja na mesa e veio cumprimentar Sam
- Verdade. - Samuel estava menos animado do que Stefan - Oi - ele encarou Damon atras de mim, que apenas acenou
- Senta ai com a gente. - Stefan ignorou o clima tenso e convidou Samuel a sentar
- Er... - ele olhou para todos nós e eu apenas dei de ombros - Okey.
Damon não gostou muito, mas se manteve calado. Depois de sentarmos, ficamos nos encarando por um tempo, mas eu resolvi esquecer isso e comer. Damon estava sentando ao meu lado, quase grudado em mim, Samuel estava do meu outro lado e Stefan a todo o momento puxava conversa com ele, fazendo assim ele parar de me encarar, o que já estava me incomodando. Katherine estava alheia a tudo o que acontecia em sua volta, ela só estava afim de brincar com seu novo brinquedo, mas quando ela viu eu comendo uma batata, largou o brinquedo e ficou resmungando e não parou ate que Damon deu uma batata pra ela.
- Damon. - reclamei
- O que foi? - ele perguntou inocente
- Essa batata é pura gordura. - tentei tirar dela, mas ao fazer isso ela abriu um berreiro
- É só um dia. Deixa de ser uma mãe chata. - ele brincou comigo, devolvendo a batata para Katherine
- Assim você vai estragar a alimentação dela. Depois, quando ela tiver o colesterol alto e não poder comer mais batata, ela vai ficar brava com você.
- Você está pensando muito longe, meu amor. - ele sussurrou a ultima parte em meu ouvido e eu apenas dei com a lingua pra ele
- Serio que vocês vão ficar falando da alimentação de uma crinça de um ano?! - Elena reclamou
- Eu apenas estou cuidando da saude da minha filha.
- E eu estou mostrando o lado bom dessa alimentação - Damon sorriu, piscando um olho pra mim
Quando a batata que Katherine comia acabou, ela voltou a reclamar pedindo mais, só que quando Damon ia dar mais uma, eu tirei da mão dele e comi, minha filha ficou me encarando e começou a chorar.
- Depois não reclama quando ela preferir ao pai. - Damon disse serio, tirando Katherine do carrinho.
- Pai? - a voz do Samuel soou ao meu lado, lembrando-me que ele estava ali.
- O que? - todos encararam Samuel
- Ele disse pai. - Sam apontou para Damon, que balançava Kath pra lá e pra cá, para ela parar de chorar - Você deixou ele ser o pai da sua filha, quando me barrou quando eu propus isso?
- Do que ele está falando? - Damon perguntou sem entender nada
Eu estava tão acostumada com todos sabendo que Damon era o pai de Katherine, ate o pessoal da revista sabia, que aquela perguntou me deixou um pouco zonza, encarei Elena e depois voltei meu olhar para Samuel, eu tinha que explicar pra ele muitas coisas.
- Samuel, não é isso.
- E o que é então? - ele disse serio e um pouco alto.
Pelo o jeito Sam ainda não tinha se esquecido e ainda gostava de mim, mas eu tinha que deixar claro que nunca iamos ter mais nada, pois eu amava o Damon e tinha construido uma familia com ele. Respirei fundo e não me abalei com o tom de sua voz, diferente de Damon que bufou e só não avanço em Samuel por causa da Kath.
- Damon é pai biologico da Katherine e nós estamos namorando, já faz um tempo.
- Pai biologico? - ele perguntou surpreso e com raiva
- Sim. - assenti
- Você sabia desde o inicio? - ele perguntou me encarando
- Sempre soube e ele tambem, mas naquela epoca as coisas estavam complicadas. Damon namorava e eu não queria atrapalhar o relacionamento dele, então nos dois mantivemos em segredo, ate quando não deu mais e contamos tudo.
- Ai vocês já estavam juntos?!
- Sim, as coisas com a namorada dele não deu certo e nos descobrimos que estavamos apaixonados.
Samuel levantou com tudo e virou as costas, começou a andar, mas parou e me encarou, falando:
- Você chegou a acreditar que podiamos ter um futuro juntos?
- Sim. - fui sincera - Mas eu sabia que ia ser um futuro incompleto.
- Por que? - seus olhos estavam marejados e eu senti um aperto no coração
- Por que eu nunca amei você. Eu sempre amei o Damon, antes mesmo da gravidez.
Ele assentiu e saiu dali, com a cabeça baixa. Damon voltou a colocar Katherine no carrinho, pois ela tinha dormido. A mesa onde estavamos ficou em silencio, cada um comendo sua comida, sem saber o que falar, ate que Stefan disse:
- Foi um erro convida-lo para se sentar com a gente.
- Não. - balancei a cabeça - Foi bom, eu dia ele ia saber mesmo. Eu acho que ate demorou.
- Eu acho que ele já sabia, só não queria acreditar - Elena comentou
- Não sei não. Ele ficou bem abalado.
- , ele sabia. Vai por mim. A Katherine é a cara do Damon, quando ele a viu, tenho certeza que ele enxergou muita coisa do Damon nela. Eu vi a expressão dele quando deu a primeira olhada nela.
- E o que foi tudo isso? - eu estava com uma sensação de culpa, por não ter contando quando eu tive tempo.
- Isso foi a verdade sendo ouvida. Ver é uma coisa, escutar é outra totalmente diferente.
Suspirei e olhei pra minha filha, dormindo tão serena e tão tranquila, sem saber o que era o mundo, o que lhe esperava quando crescesse.
Terminamos de comer e voltamos pra casa, o dia já não estava mais o mesmo. Em casa coloquei Katherine no berço e fui pro quarto, me joguei na cama e fiquei lá, ate que Damon entrou no quarto.
- Tudo bem? - ele deitou ao meu lado
- Sim. Só estou me sentindo estranha.
- Estranha como?
- Estou me sentindo culpada, sabe, pelo o que eu fiz Samuel passar.
- Você se resolveu com ele a um ano atras, não deixou nennhuma esperança. Se a reação dele foi essa, foi por que ele quis, ele ficou alimentando algo que não existia. Você não deve se sentir culpada. Vocâ não deixou nada em aberto, resolveu tudo. Ele que não entendeu.
- É, você tem rezão.
- Agora nós podemos fazer algo melhor.
- E o que é?
Damon deitou em cima de mim e começou a me beijar, enquanto sua mão subia pela a minha perna e ia subindo ate a minha barriga, ele infiltrou uma mão por dentro da minha blusa e foi subindo ate os meus seios, desceu os beijos para o meu pescoço e foi descendo e quando ele ia tirar a minha blusa, Katherine começa a chorar.
- Alguem acordou. - brinquei e ele saiu bufando de cima de mim.

(...)


Depois daquele dia, as coisas voltaram ao normal, eu não pensei mais em Samuel e no que aconteceu no shopping, voltei a me focar no aniversario de Katherine que estava se aproximando.
No dia do aniversario, tudo correu bem. Foi uma festa linda e divertida, todos se divertiram. Katherine ganhou varios presentes e comeu varios doces. Quando chegamos em casa, ela estava caindo de sono e eu logo a levei pro quarto, tirando sua roupa suja e colocando outra, para em seguida coloca-la na cama. Voltei pra sala e ajudei Damon com os presentes, deixamos tudo ali e fomos pro quarto, eu estava super cansada. Entrei no banheiro e tomei um banho rapido, coloquei uma camisola e voltei pro quarto, deitei na cama esperando Damon sair do banho. Eu estava quase pegando no sono, quando sinto Damon colocar seu peito em minhas costas.
- Muito cansada? - ele perguntou sussurrando
- Um pouco - respondi de olhos fechados
- Serio? - abri os olhos sentindo algo duro em minhas costas
- Quer saber... Acho que o sono foi embora.
Me virei de frente para ele sorrindo e sem esperar uma resposta, ataquei seus labios. Como Katherine estava cansada, ela dormiu a noite toda, o que foi maravilhoso, já que eu e Damon usamos nossa noite para algo muito melhor, ficamos a noite toda e mais a manha nos amando loucamente. E quando o dia amanheceu, resolvemos dormir, mas isso era algo impossivel numa casa onde se tinha uma filha pequena, então coloquei o meu robe e sai da cama, peguei o meu celular e liguei para Elena.
- ? Tudo bem?
- Sim, desculpa ligar as sete horas da manha num domingo.
- Não, tudo bem. Já estava de pé, eu e o Stefan vamos sair pra correr.
- Serio? Que legal. - comentei ironica
- O que quer?
- Tem como passar aqui pra pegar a Kath?
- Tem sim, mas posso saber o por que?
- É que eu e o Damon não dorminos nada essa noite. - falei maliciosamente e ela logo entendeu, gargalhando logo em seguida
- Ah sei, vocês estão querendo um irmãozinho para a Kath.
- Que isso, Elena. - falei seria, mas gargalhei no final
- Daqui a pouco estamos ai.
- Okey e obrigada.
- Madrinha/amiga é pra isso.
Desliguei o celular e fui ate o quarto de Katherine, arrumei uma bolsa pra ela e quando ela acordou, troquei-a e dei mama pra ela. Elena não demorou pra chegar, subiu, pegou Kath e foi embora, assim que fechei a porta, corri pro meu quarto e me joguei na cama, Damon me esperava todo animado, aproveitamos e fizemos amor, para só depois pegarmos no sono.

(...)


E assim foi seguindo a minha vida, mais perfeita impossivel. Cinco meses depois, Katherine já andava e falava um pouco, e eu já estava providenciando a nova etapa da vida dela, que seria entrar numa escolhinha. Damon me pediu em casamento no fim daquele ano, foi um dia perfeito que começou desde o café da manha e terminou em nos dois numa cama no melhor hotel da cidade.
Seis meses depois eu estava me casando, tendo a minha filha de dama de honra e um homem maravilhoso me esperando no altar. E ainda tivemos uma lua de mel, duas semanas em Paris e eu tive que deixar a minha filha com os meus pais.
Stefan acabou abrindo uma restaurante e colocou o nome de One Night. Disse que era uma homenagem a mim e ao Damon, pois foi numa unica noite que nossas vidas se entrelaçou e mudou, e que isso foi a melhor coisa que aconteceu. Eu tive que concordar pois era verdade. Ele e a Elena estavam morando juntos e noivos, o casamento já estava ate marcado.
Eu não soube mais do Samuel, nem da Aline e de ninguem da familia deles, acho que não era para termos nossas vidas entrelaçadas.

(...)


Um mês depois que voltamos da lua de mel, eu comecei a me sentir mal, ter enjoos, tontura, desejos estranhos e eu não precisava nem de teste para saber o que estava me acontecendo, mas não fazia mal nenhuma fazer um, só para ter a certeza e quando o teste ficou pronto, marquei uma consulta com a Meredith, que vibrou de felicidade.
Naquele dia eu sai mais cedo do trabalho, pois não estava me sentindo bem, então aproveitei e fiz um jantar para o Damon. Liguei para minha mãe e pedi que ela pegasse Katherine na escola e ficasse aquela noite com ela.
- Mas por que?
- Te conto amanha.
Foi o que eu respondi pra ela e desliguei, tomei um banho e coloquei uma roupa linda, terminei de fazer o jantar e fui pro quarto da Katherine, peguei um sabatinho branco que eu comprei quando estava gravida dela e ainda não sabia qual era o sexo, fui ate o meu quarto peguei uma caixinha e coloquei o sapatinho lá, quando ouvi a porta se aberta, sai do quarto e fui pra sala.
- . - Damon me chamou, colocando suas coisas no sofá
- Oi amor. - lhe dei um selinho
- Oi, tudo bem? Elena disse que saiu mais cedo.
- Eu estou bem. - assenti
- Cadê a Kath?
- Está na casa da minha mãe, ela vai dormir lá.
- Okey. - ele olhou em volta e disse: - Está um cheiro bom. Estamos esperando visita?
- Não, apenas fiz um jantar pra você.
- Nossa. Qual é a ocassião?
- Surpresa. Mas antes vá tomar um banho e se arrumar.
- Está bem. - ele saiu da sala sorrindo
Terminei de colocar a mesa enquanto esperava Damon voltar, coloquei a caixinha na cadeira que ele ia se sentar e quando ouvi seus passos vindo pelo o corredor, me sentei.
- Pronto. - ele sorriu parando em minha frente
- Agora se senta. - pedi apontando a cadeira e ele assentiu, com uma ruga de confusão na testa
- O que é isso? - ele perguntou depois de afastar a cadeira e ver a caixa
- Um presente. Abra - disse sorrindo.
Ele sentou e abriu a caixinha, pegando na mão o par de sapatinhos brancos. Depois me encarou e voltou a olhar os sapatinhos, sua expressão era um misto de surpresa e alegria, quando a ficha caiu, ele levantou e me puxou pra ele, me pegando no colo e me beijando.
- É serio isso?
- Muito.
Aquela noite foi ainda melhor. Se antes eu disse que a minha vida não podia melhorar, eu estava errada. Ela podia sim melhorar, ela estava melhorando. Aquela gravidez mostrava isso. E eu não podia estar mais feliz. Tinha um marido maravilhoso e que eu amava muito, uma filha linda, esperta e doce, estava gravida de mais um filho que eu já amava e eu tinha a melhor familia que alguem poderia ter. Era o meu paraiso na terra.
- Eu amo você e nossos filhos. - Damon sussurrou em meu ouvido, antes de me beijar.

Fim

(N/A: Mais uma estoria chega ao fim. Espero que tenham curtido. Ate breve. E não esqueçam de comentar. Kiss!)

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